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03 Aula - 02 de maio de 2013

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Aula III – 02-05-2013
Distribuição
Nas Ações Trabalhistas, as distribuições de Petições Iniciais devem ocorrer na comarca onde o reclamante efetivamente trabalhava, ou seja, prestava serviço.
Algumas exceções devem ser observadas, como no caso, da comarca da distribuição da petição inicial seja um local distante da residência do autor, neste caso, o juízo poderá não acatar.
Da Notificação
Ao distribuir um processo eletronicamente, automaticamente receberá um nº do processo, a vara que o processo tramitará, a data e horário da audiência
As partes, ao receberem a notificação, terão ciência se a audiência será conciliatória ou Una, sendo certo que a reclamada não receberá mais a contra-fé, podendo acessar a Petição Inicial e seus documentos através do site do TRT (www.trt.jus.gov.br).
Da Petição Inicial
A petição inicial trabalhista contém algumas diferenças em relação à inicial cível, tais como: na qualificação do reclamante, obrigatoriamente, deverá conter o número do PIS, número e série da CTPS e nome da mãe.
Na qualificação do reclamado, não há obrigatoriedade de conter o número do CNPJ da mesma.
A inicial deverá conter todas as fundamentações relativas ao pacto laboral, sendo certo que na parte dos pedidos, deverá conter os requerimentos de condenação da reclamada, de todos os itens constantes na fundamentação.
Das Audiências
As audiências podem ser unas, conciliatórias ou de instrução e julgamento.
Unas: Nessas audiências a reclamada deverá comparecer munida tanto da figura do preposto quanto do seu advogado. Então as partes também deverão obrigatoriamente levar suas testemunhas sob pena de perda a prova.
Audiência de Conciliação: nessas audiências não serão ouvidas as testemunhas, tão perice o reclamante ou preposto. Nesta audiência busca-se somente a conciliação entre as partes, caso mesmo não seja obtidas é designada uma nova audiência, sendo esta de Instrução e Julgamento.
Audiência Instrução e Julgamento: desta audiência, deverá ocorrer por parte do juízo nova tentativa de conciliação, caso não tenha êxito, o juízo ouvirá as partes além de suas testemunhas.
Da Sentença:
Constará na ata de audiência se a leitura de sentença será com data marcada ou sine die.
Na sentença, serão analisadas inicialmente as preliminares e as nulidades, para em seguida constar no relatório do processo, para seguinte será a transcrição da sentença que julgara procedente ou improcedente os pedidos constantes na inicial, com base nas provas trazidas aos autos, tanto pelo reclamante quanto pelo reclamado.
Obs.: Os processos que tramitem pelo rito ordinário terão no máximo 3 testemunhas para cada parte, não tendo obrigatoriedade de liquidação dos pedidos constantes na petição inicial.
Do Procedimento Sumaríssimo:
852ª 8520I
Inicialmente em conformidade com o art. 852 A, o valor da ação não pode ultrapassar 40 vezes o valor do salário mínimo. Os pedidos constantes na petição inicial deverão obrigatoriamente indicar o valor correspondentes sob pena de nulidade caso não o faço.
Não será cabível citação ou notificação por edital as audiências serão sempre unas, pelo certo que todas as provas serão apresentadas nesta audiência.
As testemunhas, em nº máximo de 2, deverão com parecer nesta audiência, e por fim, na sentença, os pedidos que foram julgados procedentes deverão estar devidamente liquidado pelos juízos fazendo com que as partes tenham ciência dos valores da condenação.
Substituição Processual
A Substituição Processual, também chamada de legitimidade extraordinária ou anomola, consiste na possibilidade de alguém ir à juízo postular em nome próprio direito alheio. O referido instituto não se confunde com representação processual. Representante não é parte, não é parte, ele apenas atua em nome daquele que representa, defende o nome de outrem em nome alheio.
Na substituição processual, o substituto age em nome próprio, é parte e atua pela sua pessoa para defender interesse de outrem. A substituição processual tão pouco não se confunde com o litisconsortes ou mesmo com a sucessão das partes.
O litisconsórcio é a presença das partes do processo que é titular do direito material discutida em juízo. E na sucessão, o sucessor atua em nome próprio postulando direito seu. Pela sucessão a parte substituída deixa de ser parte passando a sê-lo a sucessor.
A legitimidade extraordinária não fica só adstrita à substituição processual no polo ativo da lide, como também ao polo passivo, na medida em que possibilita a defesa de direito alheio – significa que o substituto não é titular do direito afirmado na pretensão ou não corresponde aquele de que ela resiste.
A Substituição Processual trata de uma transferência da titularidade do direito de ação. Por se tratar da transferência do próprio direito, sua pertinência é restrita e extraordinária. No direito Processual Civil brasileiro somente admite-se a substituição processual legal, não sendo válidas disposições de natureza contratual que obriguem o substituto a agir.
No processo do Trabalho a substituição processual é exercida pelo sindicato. Como fundamento legal dispõe o art. 8º III da CF: “Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais e administrativa.”
 Por muito tempo, principalmente a jurisprudência do TST, foi refratária em admitir que o mencionado dispositivo consagra a Substituição processual pelo sindicato, sob argumento de que o sindicato somente poderia substituir processualmente os membros da categoria mediante a autorização de lei infraconstitucional. Este entendimento esta normatizado pelo TST com escopo no art. 8º III da CF que consagrou a substituição processual do sindicato de forma ampla no processo do trabalho.
Os dispositivos que consagrou a substituição processual são: § único do art. 872 da CLT, 195 § 2º da CLT, art. 3º da Lei 8073/90 e o art. 82 da Lei 8078/90.
A autonomia que possibilita ao substituto a ingressar na LIDE permite o mesmo a ativar como assistente litisconsorcial, desistir da ação, transacionar e renunciar o direito, independentemente da concordância do sindicato, vez que o direito material é do substituído e não do substituto. O Sindicato não pode acordar ou renunciar á direito sobre o qual não possui, que é de terceiro, por isso há distinção as possibilidades somente para os titulares do direito material.
Isso não significa que os direitos de natureza trabalhistas são irrenunciáveis, porém a renuncia só é cabível por quem detenha o direito. O substituto não é parte no processo, o que implica na ausência de pratica de atos processuais por sua conta, podendo, todavia, intervir no processo como assistente do substituto, vez que tem interesse jurídico e não meramente econômico na causa. 
É faculdade do trabalhador substituído, desistir do processo, até mesmo sem anuência do Sindicato, pois poderá ter por diversos motivos desinteresse de promover a ação. O substituído pode desistir da ação antes da sentença transitar em julgado. Após, poderá extinguir ou renunciar o direito da execução do julgado.
O substituto processual detém a legitimação extraordinária, como prevista em lei. O substituído continua tendo a legitimação ordinária que lhe foi especulada. Caso o substituído desista da ação, o substituto ficará adstrito a analise de existência, ou não, de vicíos de consentimento, não podendo se opor a desistência do substituído. 
Sucessão Processual
Sucessão de empregadores é figura regulada pelos art. 10 e 448 da CLT. Consiste no instituto trabalhista em virtude do qual se opera no contexto da transferência de titularidade de empresa ou estabelecimento. Uma completa transmissão de crédito e assunção de dívidas trabalhistas entre alienante e adquirente envolvidos.
Tem fundamento nos princípios da continuidade do contrato de trabalho, despersonalização do empregador da inalterabilidade do contrato de trabalho. Por isso quem responde pelo crédito trabalhista é a empresa e não quem esteja em seu comando.
São hipóteses típicas desucessão para fins trabalhistas: a transferência de titularidade da empresa, fusão, incorporação e cisão de empresas, contratos de concessão e arrendamento, além também das privatizações de antigas estatais.
Para a doutrina clássica, são requisitos da sucessão para fins trabalhistas:
Transferência de uma unidade empresarial econômica de produção de um titular para outro;
Inexistência de solução de continuidade do contrato de trabalho, vale dizer: o empregado da empresa sucedida deve trabalhar para empresa sucessora.
A sucessão de empregadores configura-se quando ocorre a transferência do estabelecimento de um titular para outro, sem que seja interrompida a prestação de serviços.
Na atual jurisprudência dos tribunais, não há necessidade de que o empregado ou reclamante, em processo trabalhista, de prestar o serviço para a empresa sucessora, basta apenas que tenha havido a transferência parcial ou total de uma unidade de produção para outra afim de que ocorra a sucessão para fins trabalhistas.
A sucessão não exige prova formal, pode ser demonstrada por indícios e presunções, tais como a transferência do fundo de comércio, a transferência da atividade, dentre outros elementos. De outro lado, a simples transferência de maquinário ou compra do imóvel empresarial não configura sucessão.
A sucessão de empresas pode ser reconhecida pelo juiz do trabalho em qualquer fase do processo, inclusive na execução, uma vez que o sucessor tem a chamada responsabilidade patrimonial independentemente de ter figurado na fase de conhecimento, assim, seus bens podem ser atingidos. Na execução, a possiblidade de reconhecimento da sucessão de ofícia se justifica por força do art. 878 da CLT.
Não há violação do contraditório ou ampla defesa em executar bens de pessoas que não constam no título executório, pois conforme discorre o art. 878 da CLT, a execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio, pelo próprio juiz.

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