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02 Aula - 25 de abril de 2013

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25 de abril de 2013-05-23
Ação
Conceito e Natureza Jurídica
É um Direito Subjetivo, público, de Natureza Constitucional, autônomo e abstrato, por meio do qual a parte, satisfeito os requisitos legais, solicita um pronunciamento jurisdicional do Estado acerca de um interesse manifestado.
Direito: o Estado ao proibir a auto tutela, fez do ato de provocar o exercício da função jurisdicional um inequívoco Direito;
Subjetivo: pertence aos sujeitos do Direito;
Público: o interesse da composição da LIDE é de todos, inclusive do Estado;
A sua natureza constitucional encontra-se no art. 5º ins XXXV da CF.
A ação pode ter as seguintes denominações: ação tabalhista, reclamação trabalhista, reclamatória trabalhista ou dissídio trabalhita.
Os elementos da ação (art. 301 § 2º CPC) são: sujeitos, objeto (pedido) e causa de pedir.
Ação de Conhecimento de Dissídio
A iniciativa na propositura da reclamação trabalhista pode ser: 	
a) Do empregado ou do empregador, pessoalmente (ius postulandi (art 791 e 839 da CLT);
“Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
“Art. 839. A reclamação poderá ser apresentada:
a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;
b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho;”
b) Empregado ou empregador por via do advogado (procurador);
c) Sindicato: na condição de substituto processual (art.6º do CPC).
 Procuradoria Regional do Trabalho (no caso do menor incapaz).
A reclamação trabalhista pode se dar na seguinte forma:
verbal (art. 840, 786 e 731 da CLT). Com o comparecimento do reclamante perante a Justiça do Trabalho, que aduz informações relativas ao contrato de trabalho.
“Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.(...) § 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.”
“Art. 786. A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parágrafo único. Distribuída a reclamação verbal, a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no Art. 731.”
“Art. 731. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do Art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.”
Escrita (art. 840 § 1º CLT e 282 CPC), através de petição inicial.
“Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.”
“Art. 282 - A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Procedimentos nos Dissídios Individuais
O Estado não admite a justiça privada, chamando a si o monopólio das soluções de conflitos. A esta função estatal de dizer o Direito, dar-se o nome de Jurisdição.
O exercício da jurisdição é feita de modo regrada por meio do processo. A função jurisdicional é inerte (sem iniciativa própria) e atua por meio de provocação que se dá pela instauração do processo. Não há jurisdição sem processo e nem processo sem ação. A LIDE provoca a ação, e esta ação provoca o processo que provoca a jurisdição, e por fim, a jurisdição compõe ou elimina a LIDE.
O Ministério Público do Trabalho demanda ação em nome do Estado
A ação é Direito Abstrato de agir. Pretensão é o direito de exigir, sendo assim, a ação é a pretensão e mais a atividade. Direito subjetivo é o poder jurídico de ter a faculdade de agir. Exercer a pretensão é exigir a prestação jurisdicional do Estado através de uma ação, a fim de que o mesmo resolua a LIDE.
O juiz, ao julgar a LIDE, enfrenta três ordens de matéria: matéria do processo, matéria da ação e matéria de mérito. Embora a ação e seja um direito subjetivo, um direito abstrato de provocar a jurisdição, há condições legalmente exigíveis para sua propositura, há também requisitos para que uma vez nascida a ação o processo se desenvolva validamente de modo a permitir uma decisão sobre o mérito. 
Os requisitos necessários para o nascimento de uma ação são chamados de condições da ação, dos requisitos necessários ao desenvolvimento regular do processo, de modo a permitir uma decisão sobre o mérito são chamados de pressupostos processuais que está previsto no art. 267 IV do CPC.
Pressupostos processuais
A doutrina costuma dividir os pressupostos processuais em objetivo e subjetivo. Os objetivos são ainda divididos em intrínsecos (positivos) ou extrínsecos (negativos).
Os objetivos intrínsecos dizem respeito à subordinação do procedimento as normas legais, temos como exemplos a petição inicial apta à citação realizada conforme a lei.
Os objetivos extrínsecos dizem respeito aos fatos impeditivos do exame sobre o mérito, temos como exemplo a perempção, a coisa julgada e a litispendência. 
Obs: Perempção: Quando o autor deixa de promover atos e diligências que deveria ter exercido, abandonando a causa por mais de trinta dias, gera a extinção do processo sem julgamento do mérito em virtude da inércia do autor, conforme previsto no art. 267, III do CPC.Coisa Julgada: coisa julgada material é o efeito da sentença transitada em julgado que, torna-se definitiva e imutável. Há dois tipos de coisa julgada: formal e material: a coisa julgada formal torna imutável a decisão apenas no processo, servindo também de pressuposto para a coisa julgada material. A coisa julgada material torna a decisão imutável, impedindo seu reexame, e que a mesma causa seja objeto de novo exame em outro juízo. Veja Arts. 467 e seguintes do Código de Processo Civil. Litispendência: Ocorre a litispendência quando duas causas são idênticas quanto às partes, pedido e causa de pedir, ou seja, quando se ajuíza uma nova ação que repita outra que já fora ajuizada, sendo idênticas as partes, o conteúdo e pedido formulado.
Os pressupostos processuais subjetivos dizem respeito aos sujeitos principais da relação processual (jus e parte), são eles:
1) Quanto ao juiz:
que se trata de órgão estatal investido de jurisdição;
que o juiz tem a competência originária ou adquirida;
que o juiz seja imparcial (desimpedido e insuspeito).
2) Quanto às partes:
Que tenham capacidade de ser parte (isto é, que seja titular de direito e obrigação, possuindo capacidade jurídica, ou seja, qe tenham capacidade para figurar em um dos pólos da relação processual). Tem capacidade de ser parte as pessoas naturais, jurídicas e as pessoas formais (massa falida, herança e o espólio).
Que tenham capacidade processual (que possuam capacidade de estar em juízo, isto é, que possam exercer direitos e deveres processuais e praticar de forma válida os atos processuais).
Que tenham capacidade de postular em juízo ( as partes devem participar do rol processual através de quem tenha direito de postular em juízo).
Condição da Ação
Vimos que ação é um direito abstrato de agir, para o exame das condições da ação, o juiz não precisa indagar se o direito material alegando se existe ou não. Condições da ação não são requisitos de existência de uma ação mas de seu exercício legítimo de modo a possibilitar umadecisão sobre o mérito. A falta de qualquer um das condições da ação leva a extinção do processo sem apreciação do mérito (art. 267 VI do CPC).
A falta de possibilidade jurídica do pedido conduz a inépcia da petição inicial podendo resultar no seu indeferimento liminar. Não importa saber se o autor é ou não titular da pretensão de direito material que afirma e invoca na ação, importa saber se o direito está ou não amparado pelo sistema jurídica, ou se esta proibida a providência pretendida.
A legitimidade para a causa trata-se da possibilidade jurídica desse afirmar titular da pretensão de direito material. Sendo a ação um direito abstrato de agir e sendo a relação processual autônoma, distinta da relação de direito material, não é necessário que o titular da ação seja verdadeiramente o titular do Direito Material.
Tem legitimação ativa para a a causa, portanto, todo aquele que se afirma titular do direito material. Tem legitimação passiva todo aquele que se identifique com o titular da obrigação e que deverá sofrer efeitos do provimento jurisdicional.
As Ações Coletivas na Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho também é competente para processar e julgar as ações coletivas. Os legitimados para promovê-las são o MPT, Sindicatos e Associações.
Com a promulgação da CF 88, os sindicatos e associações foram legitimados a reclamar em seus próprios nomes os interesses dos trabalhadores a eles vinculados, figurando como substituto processual. Dessa forma, agindo apenas um legitimado em nome de uma classe de trabalhadores, a coisa julgada atingirá todos os envolvidos.
Outra vantagem das ações coletivas é que sua sentença faz coisa julgada erga omnes para todos os tutelados, no entanto se ação dor julgada improcedente por “insuficiência de prova” a qualquer legitimado poderá individualmente propor outra ação com os mesmos fundamentos valendo-se de novas provas desde que não tenha intervindo na ação coletiva como litisconsórcio. 
Os autores que estejam pleiteando de forma individual determinado direito que também seja objeto de ação coletiva, só poderão se beneficiar caso tenham requerido a suspensão da mesma no prazo de 30 dias a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
Sob o ponto de vista jurídico, as ações coletivas são recomendadas não apenas para se evitar as decisões desarmonias ou contraditórias, mas também com a finalidade de atender o princípio da economia processual.
Portanto, inequivocadamente, estamos tratando de substituição processual, que se refere a um avançado instituto constitucional cuja finalidade é pleitear direito alheio em nome próprio, sem contudo trazer qualquer prejuízo aos seus tutelados, haja vista que não os impede de propor nova ação individual em caso de não obtenção de êxito na ação coletiva.

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