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Le Corbusier (Ville Contemporaine, Ville Radieuse e Plan Voisin) AULA 06-1

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L E C O R B U S I E R 
H A B I T A Ç Ã O E C I D A D E: 
 
V I L L E C O N T E M P O R A I N E 
 V I L L E R A D I E U S E 
P L A N V O I S I N 
Teoria e História do Urbanismo e Paisagismo II 
Aula 06 
 
Profa. Noemi Yolan Nagy Fritsch 
Charles-Edouard Jeanneret-Gris 
Le Corbusier (1887-1965) 
Funções da cidade moderna (segundo Le Corbusier). 
1. Habitar, 2. Trabalhar, 3. Cultivar o corpo e o espírito, 4. Circular. 
Cidade pós-liberal: ênfase nas 
funções produtivas terciárias: 
comércio, circulação, 
sacrificando as outras. 
 
Cidade moderna (após crítica): 
 
1) residência: se torna o 
elemento mais importante da 
cidade (onde se passa a maior 
parte do dia), mas elas são 
inseparáveis dos serviços que 
são seus complementos 
imediatos. 
 
2) atividades produtivas 
(agricultura, indústria, comércio) 
no mesmo nível da residência e 
determinam os 3 tipos 
fundamentais de 
estabelecimento humano: a 
empresa agrícola espalhada 
pelo território, a cidade linear 
industrial e a cidade 
radioconcêntrica das trocas. 
3) atividades recreativas são reavaliadas: não 
são mais ilhas separadas da cidade burguesa, e 
sim um espaço único onde todos os elementos 
se distribuem livremente: zonas verdes para 
jogos, esportes, parques, etc. 
 
4) rua-corredor (onde se misturam os pedestres 
e os veículos) é substituída por sistema de 
percurso separado para os pedestres, bicicletas, 
veículos lentos e veículos velozes, traçados 
livremente no espaço contínuo da cidade-
parque 
Conjunto residencial em SP (Arq. Attílio Corrêa Lima) 
 
5) tentativa de superação da dualidade campo–cidade. Crítica da apropriação privada 
sobre território urbano: reconquista do controle público sobre todo o espaço da cidade. 
 
6) definição dos mínimos elementos para cada função urbana. O procedimento 
científico vai do geral ao detalhe p/ garantir correção e controle dos resultados. O 
objeto pode assumir várias formas ou um desenho constante dependendo da 
complexidade do problema. 
 
7) moradia: ponto de partida para reorganizar a cidade. Rejeição dos modelos de 
edifícios da cidade burguesa, pois o palácio construído no alinhamento e a vila 
afastada dessa linha dependem da relação entre propriedade particular e espaço 
público da cidade pós-liberal. A arquitetura moderna propõe reconstrução da moradia 
segundo exigências dos habitantes. Analisam-se primeiramente a estrutura interna da 
moradia e as relações entre os ambientes, e depois se estabelecem regras para o 
agrupamento livre baseadas nas necessidades dos habitantes, considerando a relação 
da casa com os serviços coletivos (escolas, hospitais, lojas, quadras de esporte, salas 
de espetáculo, ruas para pedestres e para carros). 
 
8) unidades de habitação: agrupam certo número de moradias com ampla gama de 
serviços, estendendo o controle arquitetônico a uma escala muito maior, 
diferentemente da cidade burguesa, onde há excesso de pequenos lotes com edifícios 
independentes e várias combinações diferentes para serem controladas. 
9) Urbanismo monumental. 
 
10) Funcionalismo e planta livre. 
 
11) Fragmentação e 
independência dos elementos 
morfológicos do sistema urbano. 
 
12) Edifícios altos e grandes 
blocos habitacionais soltos no 
terreno. 
13) Crença cega na civilização 
maquinista e na tecnologia. 
VILLE CONTEMPORAINE, 1922 
V I L L E C O N T E M P O R A I N E - 1 9 2 2 
cidade para 3 milhões de habitantes 
espaço para a 
atividades esportivas 
área central comercial 
área residencial 
centro 
educativo 
e cívico 
jardim inglês 
área industrial 
cinturão verde 
cinturão verde torres de escritórios grande travessia habitação em redentes Immeubles villes 
Eixo central. 
Ville Contemporaine – 1922 
 
• Apresentada em Paris no Salão de Outono, para 3 milhões de habitantes. 
• Princípios fundamentais: descongestionamento dos centros urbanos, 
aumento da densidade, dos meios de circulação e de áreas verdes. 
• Fundamentalmente um estudo do centro de uma cidade grande com edifícios 
públicos, escritórios e habitação. 
• Cidade capitalista de elite com centro de administração e controle, com 
cidades-jardim para os trabalhadores, situadas junto às indústrias, para além 
do cinturão verde que envolvia a cidade. 
• 3 modelos tipológicos e construtivos novos: a torre de escritórios, a 
habitação em redentes (denteadas) e a habitação em immeubles villes 
(conjuntos de edifícios com mais de um pavimento), com jardins 
suspensos, dispostas como bloco perimetral. Formava-se um espaço 
qualitativo da casa, uma unidade autônoma que incorporava amplo terraço 
ajardinado e um ambiente vital de altura dupla de dimensões fixas. 
passagem de vias 
de automóveis sob 
as habitações 
separação das 
áreas comerciais 
amplas áreas 
verdes 
separação entre 
pedestres e 
veículos 
estacionamentos edifícios residenciais 
redentes 
Zona residencial. 
 
• Cidade apenas esboçada, mas o centro era apresentado em detalhe, 
com 600 mil hab. e envolvido por cinturão verde onde se situavam as 
cidades-jardim com 2 milhões de habitantes. 
• Vias de comunicação se organizavam em 3 níveis hierárquicos: a 
grande travessia, as vias diagonais e as locais. 
• Entre as torres de escritório e o jardim inglês estava o centro educativo 
e cívico com grandes edifícios públicos, museus, câmara municipal, etc. 
immeubles villas habitação em redentes torres de escritórios 
• 24 arranha-céus com capacidade para 
abrigar de 10 a 50 mil empregados 
cada uma. 
Immeubles villes - 1922. 
Pavilhão Esprit Noveau – 1922. 
Immeuble villa trabalhada e exposta como protótipo. 
torres de escritórios 
50 pavimentos 
terraço jardim 
aeroporto 
de taxis aéreos 
estação central 
garagens abertas 
e cobertas 
amplas áreas 
verdes 
grande travessia 
vias de altas velocidade 
estações de 
transportes 
uma em cada torre 
cafés, bancas 
de revistas, etc. 
Área central. 
• Centro  estação com plataformas de aterrissagem para taxis aéreos. 
Eixo central. 
Atenção se volta mais para a arquitetura dos edifícios e seu entorno 
imediato do que para uma análise do organismo urbano. 
P L A N V O I S I N – 1 9 2 5 
Reestruturação do centro 
de Paris. 
Plan Voisin – 1925 
• Projeto sobre uma zona de Paris. 
• Propunha arrasar o tecido urbano conservando apenas os edifícios 
históricos, que ficariam envolvidos por áreas verdes e se transformariam em 
monumentos isolados e admirados como objetos autônomos. 
Torres de 
 escritórios 
praça central 
separação entre 
pedestres e veículos 
• Destruição da memória e renovação integral. 
• No terreno, depois das demolições, seriam traçadas 
as vias e dispostos os grandes edifícios de 
habitação e escritórios. 
V I L L E R A D I E U S E - 1 9 3 0 
Blocos construídos em grandes áreas verdes. 
Esboço de Le Corbusier - 1935. 
Ville Radieuse – 1930 
 
• Apresentada no III 
Congresso dos 
CIAM (Congresso 
Internacional de 
Arquitetura 
Moderna) em 
Bruxelas. 
• Juntamente com a 
unité d’habitation, 
foram modelos que 
influenciaram o pós-
guerra até os anos 
70. 
 
1. Área residencial 
2. Área comercial 
3. Escolas 
4. Indústrias 
5. Indústrias pesadas 
 
1 
2 
4 
3 
3 
1 
4 
5 5 
Planta geral. 
Cidades satélites 
Centro de negócios 
Linha férrea 
Hotéis e embaixadas 
Residências 
Indústrias 
-Cidade dividida em 
zonas de faixasparalelas com uso 
previamente 
estipulado: zona de 
educação, 
comércio, 
transporte, hotéis e 
embaixadas, 
indústria leve e 
pesada, armazéns, 
trens de carga, e 
zona verde. 
- Cidade densa. 
• Edifícios dispostos em função do eixo heliotérmico (eixo geográfico de 19° para leste de 
 Paris. Segundo Le Corbusier, a orientação do plano a este eixo poderia melhorar o 
 rendimento global da luz do dia. Edifícios monofuncionais e unidades de 
 habitação que incluíam equipamentos elementares. 
• Abandono do seu bloco perimetral (immeuble-villa) em favor de uma arquitetura 
 mais apropriada à produção em série, surgindo o bloco projetado como uma faixa 
contínua de moradias “alinhadas”. 
• Projeto continha os princípios da organização urbana de Le Corbusier: cidade 
verde com forte percentual de solo livre, grandes construções pontuais sobre 
pilotis (que liberavam o solo e prolongavam os espaços verdes sob as construções. 
Terraço- 
 jardim 
• Moradia com critérios mais 
econômicos orientados para 
padrões quantitativos da 
produção em série. 
Apartamentos flexíveis de 
pavimento único e extensão 
variável, com ambientes 
reduzidos ao mínimo, (quartos 
assemelhando-se à ergonomia 
de um vagão), a ponto de 
serem inadequadas como 
barreiras acústicas (na unité 
d’habitation, os apartamentos 
eram duplex). Cada 
apartamento tinha certa 
capacidade de transformação, 
com a retirada das divisórias 
corrediças, potencializando 
diversos usos de um mesmo 
espaço. Civilização da era da 
máquina, próxima do desenho 
industrial. 
• Habitação em redentes. Aos poucos, os redentes, correndo o risco de serem confundidos 
com a rua-corredor, vão sendo abandonados na proposta da unité d’habitation para 1.800 
hab., com equipamentos elementares (creche e escola pré-primária na cobertura e rua 
comercial a meia altura), para Marselha e Lyon. 
Unidades de Habitação 
UNITÉ D’HABITATION 
 (1947-1952) - Le Corbusier 
Marselha, França 
As Unités d'Habitation são grandes edifícios modulares projetados por 
Le Corbusier após a II Guerra Mundial, originados de um programa de 
reconstrução do governo francês. A primeira unidade implantada, e a 
mais famosa delas, foi a da cidade de Marselha, elaborada entre 1947 
e 1953. O projeto também ficou conhecido pelo termo Cité Radieuse 
(cidade radiosa), visto que procurava recuperar em um edifício 
monumental a dinâmica da vida urbana. 
O projeto traduz os elementos 
fundamentais da Arquitetura 
Moderna expostos anteriormente 
por Le Corbusier: 
• está construída sobre pilotis, 
• possui planta livre da estrutura, 
• terraço-jardim(contendo creche, 
solário e piscinas na cobertura), 
• fachada livre 
• é essencialmente horizontalizada. 
Neste projeto Le Corbusier aplica 
• seus estudos sobre as proporções 
humanas: utiliza pela primeira vez 
o Modulor (um sistema de relações 
métricas baseados na distância dos 
membros do corpo humano de um 
indivíduo "universal"), estabelecendo 
todas as medidas importantes de 
projeto como múltiplos das medidas 
estabelecidas pelo Modulor. 
• Unidade de habitação: elemento morfológico de organização da 
 cidade. 
• 2 mil habitantes por unidade. 
• 4 elevadores para 20 pessoas . 
• Edifício com 140 metros de comprimento, 24 de largura e 
 56 metros de altura. 
• Cidade desenvolvida segundo os princípios da Carta de Atenas: 
1. Subverte todos os sistemas da cidade tradicional. 
 
Cidade desenvolvida segundo os princípios da Carta de Atenas: 
moradia, trabalho, circulação e lazer 
 
 2. Espaço de implantação se torna público, 
 permitido pelos pilotis. 
 
3. Orientação dos edifícios não 
 depende da posição na estrutura 
 urbana, mas da orientação solar 
 
Unidades de habitação: estruturas de concreto 
 aonde são inseridas as moradias. 
Cada piso previa a implantação de 56 habitações 
 4. Possibilidades construtivas com 
 a tecnologia do concreto armado, 
 aço e novos materiais 
1 
Apartamento tipo 
Planta pavimento superior 
1. Rua interna 
2. Entrada 
3. Sala/ cozinha 
4. Suíte casal 
5. Banheiro 
6. Quarto filhos 
7. Vazio 
 
Apartamento tipo 
Planta pavimento inferior 
Apartamento tipo 
Pavimento superior 
Corte longitudinal 
Apartamento tipo 
Pavimento inferior 
Perspectivas 
Vistas internas do espaço sala/cozinha 
Sala com acesso ao terraço por janelas corrediças horizontais (panos de vidro) 
Sala de estar 
com terraço. 
Dormitório dos filhos com portas de correr divisórias 
5. Novas relações para comércios, ruas, espaços 
 livres e acessos às habitações. 
 
Para além das habitações, contemplava a instalação de 26 serviços funcionais 
independentes, que se harmonizavam com os módulos de habitação. Esta era 
uma visão inovadora de Le Corbusier que vinha dar resposta às necessidades 
dos utilizadores do edifício, garantindo uma autonomia de funcionamento, face 
 ao exterior. Assim encontramos verdadeiras avenidas internas com serviços e 
comércio entre os quais restaurante, hotel, livraria e escritórios. 
6. Integração no interior do edifício de 
 funções que se localizavam nos térreos 
 da cidade tradicional. 
Na cobertura, privilegiando das perspectivas em redor do 
edifício, encontramos um centro de bem estar, com ginásio 
coberto, pista de atletismo de 300m, um clube e 
enfermaria, além de uma creche e espaço social. 
• As Unidades Habitacionais de Corbusier refletem a ideia moderna de 
habitar, mostrando uma forma racional de utilizar o espaço da habitação: 
espaço funcional e económico. 
• Aqui se criam novas dinâmicas de circulação e de integração entre 
habitação e a organização de serviços e funções, fazendo um reflexo da 
cidade dentro do edifício e colmatando as necessidades da sociedade 
moderna que apresentava nesta época um acentuado crescimento 
populacional no centro das cidades. 
• Foram construídas quatro unidades na França. Devido à fama 
internacional que o projeto obteve, o governo alemão solicitou um projeto 
em Berlim. Os cinco projetos, cronologicamente, são os seguintes: 
 
 
1947 em Marseille; 
1955 em Nantes; 
1958 em Berlim; 
1963 em Briey en Forêt; 
1965 em Firminy. 
 
 
Berlim 
 Críticas: 
 
• As ideias de Le Corbusier foram utilizadas de modo setorial 
 e fragmentado por especuladores imobiliários que defendiam a 
 construção de edifícios altos, obtendo um valor cada vez maior do 
 terreno. 
• A construção desses grandes blocos deveria vir acompanhada de 
 um alto grau de qualidade arquitetônica e ambiental, sem as quais a 
 cidade se transforma em uma banal justaposição de volumes. 
 
 
BENEVOLO, LEONARDO. História da Arquitetura 
 Moderna. São Paulo: Perspectiva: 2011. 
HALL, PETER. Cidades do Amanhã. uma história 
 intelectual do planejamento e do projeto urbanos no 
 século XX São Paulo: Editora Perspectiva, 2002 
LE CORBUSIER. Urbanismo. São Paulo: Martins Fontes, 
 2000 
pt.wikipedia.org 
www.flickr.com 
www.vitruvius.com.br 
 
BIBLIOGRAFIA:

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