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Arquiteto formado na Escola Imperial e Real das Artes Industriais de Viena, Austriaco, filho de Franz Sitte, também arquiteto. Possuía um grande conhecimento na área da historia medieval e renascentista por isso usando as duas formas urbanas para a criação do seu conceito de cidade perfeita. Considerado o primeiro pensador a olhar para a cidade do passado sob o ponto de vista estético, fascinado pela cidade medieval, pela relação cidade versus pessoas. Na visão de Sitte, esta relação foi perdida na cidade industrial (o tamanho da cidade não comporta os hábitos de convivência). Camillo Sitte foi especial porque marcou a origem do planejamento urbano moderno nascido, na Alemanha e depois expandidou - se para o mundo. Ele participou de inúmeros projetos de desenvolvimento,sendo um deles a expansão de Marienberg (Silésia). Sitte era fascinado por perspectiva, especialmente como empregada no período Barroco, preferindo pessoalmente panoramas de caráter pintoresco. Seus contemporâneos chamavam isso de vistas de efeito arquitetônico. A construção das cidades segundo seus princípios artísticos censurava falta de criatividade, a monotonia dos traçados retilíneos, o isolamento dos monumentos em vastos espaços abertos, e, principalmente, a ausência de continuidade entre as malhas existentes e aquelas que eram propostas pelos progressistas.Critica a ordem regular e obsessiva das novas praças, confrontando-o com a irregularidade da cidade medieval. "A praça deve ser visto como uma sala: ele deve formar um espaço fechado", a colocação isolada de igrejas, e confronta-o com a forma como monumentos foram anteriormente apresentados ao espectador. Ele teme que Urbanismo tivesse se tornado uma tarefa técnica simples, sem qualquer envolvimento artístico. Critica também a ignorância do relevo do solo ou de outros eventos físicos preexistentes na área considerada, restringindo o projeto urbanístico à precisão da representação geométrica, a restrição de elementos básicos do tecido urbano aos quarteirões. Praça nossa senhora dos remédios Praça da independência Praça Marechal Deodoro da Fonseca Nossa Senhora do Monte Serrat – Salto/SP Bergamo - Italia. Piazza Farnese - Roma Siena - Italia Praça do Carmo em- Recife Para Camillo Sitte, o mais importante não é a forma arquitetônica ou forma de cada edifício, mas a qualidade criativa inerente do espaço urbano, o todo como muito mais do que a soma de suas partes. Sitte sustentou que muitos urbanistas tinha esquecido se de considerar a dimensão vertical de planejamento, em vez disso se concentrar demais no papel, e que esta abordagem prejudicada a eficácia do planejamento de uma forma esteticamente consciente. Para Camillo Sitte a praça é o elemento mais importante da cidade, como local dos acontecimentos públicos e não um local que somente sirva como estacionamento. Outro aspecto que faz parte dos conceitos utilizados por Sitte é a noção de pitoresco; sua definição vem de uma categoria estética do final do século XVIII, refere-se a “paisagem natural e representada distinto do sublime”, valoriza a assimetria, a irregularidade, a espontaneidade e a perspectiva; característico do romantismo. A intenção de liberar o centro tem como finalidade a liberação das linhas de tráfego e também a liberação do plano de visão, que garante um efeito artístico favorável. Este raciocínio é aplicado a qualquer tipo de elemento, monumentos, edifícios, chafarizes e vegetação. As Igrejas recebem o mesmo tratamento quando localizadas próximas a uma praça, Sitte considera que o centro da praça deva ser mantido vazio. Em relação à forma das praças, estas podem ser divididas em largura e profundidade, a partir do edifício principal. As praças de profundidade são vantajosas quando o edifício tem o mesmo formato e quando estão no fundo. As praças de largura são mais interessantes para edifícios também mais dispersos e não tão altos. Quando Sitte trata sobre a paisagem, separa principalmente dois elementos; a água e o verde, que podem ser utilizados de forma decorativa ou sanitária. E explica cada um destes: O Efeito sanitário tem como função, a saúde, através da circulação do ar e respiração. Ele defende que os jardins devem ocupar lugares fechados. Já o efeito decorativo, é mais um elemento que irá unir-se aos edifícios e praças para tornar o ambiente mais belo. Associado à água, deve localizar-se nos locais de maior circulação. Camilo Sitte também estudou esse fenômeno e destacou o uso de configurações do tipo “catavento”, nas quais as vias não passam diretamente pelo espaço, o que diminuiria a sensação de contenção do espaço; ao contrário, as vias eram interrompidas pelas edificações para “recomeçarem” em outro alinhamento, aumentando a sensação de definição da ambiência. Influência de Sitte chegou às primeiras décadas do séc. XX e renasceu após a segunda guerra mundial, período que define o desenvolvimento da pesquisa em Arquitetura Urbana. O antigo Largo da Matriz Velha foi o pioneiro jardim da cidade de Campinas. Tinha um significado religioso e cívico, pois numa de suas extremidades existia a Casa de Câmara e Cadeia e na outra, a Matriz Velha ou Igreja do Carmo. Através de uma solicitação pública dirigida à Câmara Municipal o local foi contemplado, em 1870, com uma “modernização”, ou seja, um “embelezamento” transformando o antigo rocio em local mais agradável para a população frequentar. A partir de então uma “cultura de jardins” foi incorporada à cidade. Por indicação do Dr. Ricardo G. Daunt em 1889 a Câmara Municipal decidiu atribuir à quadra o nome de Praça Bento Quirino incluindo nela a igreja matriz e cadeia. http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.097/134 http://www.academia.edu/7587692/Uma_reflex%C3%A3o_sobre_a_obra_de _Camillo_Sitte http://arquitetandonanet.blogspot.com.br/2010/11/pioneiro-do-urbanismo- culturalista.html http://urbanidades.arq.br/2008/02/o-urbanismo/ http://pt.slideshare.net/StevesRocha/camillo-sitte-e-a-praa-da-estao
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