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Esquenta Magistratura 2020 - Raio X

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1
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
2
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
 aviso importante
RAIO X
Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo 
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa 
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva 
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão 
reservados.
Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-
per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, 
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do 
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção 
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF 
para os formatos doc, odt, txt entre outros.
3
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................5
RAIO X – DIREITO ADMINISTRATIVO .............................................................................27
RAIO X – DIREITO CIVIL ...................................................................................................... 62
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ............................................................................................ 101
DIREITO PENAL .................................................................................................................... 115
PROCESSO PENAL ...............................................................................................................159
DIREITO EMPRESARIAL ......................................................................................................217
DIREITO ELEITORAL............................................................................................................ 236
DIREITO AMBIENTAL ......................................................................................................... 242
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .............................................................. 262
DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................................................ 276
TRIBUTÁRIO .......................................................................................................................... 288
4
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
Prezados(as) alunos(as), 
É com muita alegria e entusiasmo que a Família Ciclos vem desejar as boas-vindas ao nosso curso 
ESQUENTA MAGISTRATURA!
O Raio-X tem por objetivo montar um estudo estratégico e analítico dos pontos do edital comumente 
elaborado para os concursos para a magistratura, enfatizando o que é mais importante, a partir da análise de 
certames anteriores e do perfil das principais bancas organizadoras (como, por exemplo, as bancas FCC, CESPE e 
VUNESP). A intenção é destacar os pontos que são satisfeitos com um estudo mais conciso e voltado para a leitura 
da letra da lei, bem como o que merece um estudo mais aprofundado, com atenção à doutrina e à jurisprudência.
Neste momento inicial, o Raio-X NÃO precisa ser lido na íntegra. Na verdade, ele serve para orientar 
o estudo do dia-a-dia, devendo ser lido gradativamente, sobre os pontos que forem surgindo no cronograma de 
vocês. Há pontos do edital em que colocamos questões retiradas de concursos recentes para a magistratura, das 
principais bancas que elaboram o certame para a carreira. É importante sempre manter o ritmo de resolução de 
questões para, além de praticar, conhecer a forma como cada banca costuma cobrar aquele ponto do edital.
O erro mais comum quando nos deparamos com um edital dessa magnitude é querer enfrentá-lo de ponta 
a ponta de maneira homogênea, dedicando o mesmo tempo e atribuindo a mesma importância a pontos de ex-
trema relevância e a outros com menor densidade de informações e incidência na primeira fase. O resultado disso: 
um estudo corrido, sem oportunidade para revisão, pouco consolidado e ineficiente.
O estudo para concurso público é formado por três pilares: determinação, foco e estratégia. Não temos 
dúvidas de que vocês já possuem os dois primeiros! Mas, tão importante quanto ter determinação e foco nos 
estudos, é saber o que estudar com mais vigor e o que pode ser negligenciado sem tanto risco. O “ideal” seria 
dominar tudo e tudo muito bem, mas, no campo do “real”, nosso tempo encontra limitações. Por isso, precisamos 
saber o que pode ser sacrificado (leia-se menos explorado), a fim de direcionar nosso tempo e energia aos pon-
tos mais importantes. Estratégia, então, é a chave do sucesso – e estamos aqui para auxiliá-los a introduzi-la no 
cronograma.
Vamos, então, analisar juntos os principais pontos do edital que elaboramos para vocês! 
5
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
DIREITO CONSTITUCIONAL1
Olá meus queridíssimos futuros magistrados!! É com muita alegria e entusiasmo que a família Ciclos vem 
desejar as boas-vindas ao nosso curso ESQUENTA MAGISTRATURA!
Direito Constitucional é uma disciplina gostosa de se estudar e muito relevante para os concursos da Magis-
tratura. Em geral, é uma das disciplinas com maior número de questões nas provas. 
O estudo desta matéria exige o conhecimento de doutrina mais aprofundado do que outras matérias, bem 
como o acompanhamento da jurisprudência do STF, embora não dispense a leitura do texto da Constituição e das 
leis de Processo Constitucional. 
Recomendamos, pois, a leitura gradativa sobre os pontos que forem surgindo no cronograma de vocês. Aqui 
não pretendemos aprofundar o estudo dos temas, mas tão somente orientar como conduzir com maior eficácia e 
de forma estratégica o seu estudo.
Então, vamos à radiografia do Edital! 
1 Por Rostônio Oliveira, @rostonio
Poder constituinte
4%
Estrutura 
federativa 
brasileira
18%
Direitos individuais
5%
Poder legislativo
12%
Constituição
12%
Poder Judiciário
16%
Interpretação da 
constituição
2%
Direitos e garantias 
fundamentais
4%
Controle de 
constitucionalidad
e
16%
Ações 
constitucionais
4%
Direitos sociais
7%
CONSTITUCIONAL
6
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
CONSTITUCIONAL
QUESTÕES ANALISADAS
PONTO DO EDITAL (L) (D) (J) Nº TOTAL DE QUESTÕES
Poder constituinte 01 01 00 02
Estrutura federativa brasileira 04 04 02 10
Direitos individuais 01 02 00 03
Poder legislativo 04 02 01 07
Constituição 03 04 00 07
Poder Judiciário 03 03 03 09
Controle de constitucionalidade 03 01 05 09
Ações constitucionais 01 01 00 02
Interpretação da constituição 00 00 01 01
Direitos sociais 02 00 02 04
Direitos e garantias fundamentais 01 00 01 02
56
LEGENDA
(L) Questões de Legislação
(D) Questões de Doutrina
(J) Questões de Jurisprudência
*Foram analisadas questões das seguintes provas: TJ/SP 2018; TJ/MT 2018; TRF - 2ª Região 2018; TJ/MG 2018; TJ/
CE 2018 e TRF – 3ª Região 2018.
1. Constituição: conceito e classificação; conteúdo da Constituição; Supremacia da Constituição; teoria 
formal e material da constituição. Aplicabilidade das normas constitucionais: classificação quanto à 
eficácia.
 Trata-se de tema majoritariamente doutrinário e de conhecimento necessário. Este assunto é sempre abor-
dado pelos principais manuais de direito constitucional. Normalmente, as bancas têm cobrado o conhecimento 
básico sobre o assunto. 
 Neste ponto é necessário saber a evolução histórica do constitucionalismo. As experiências constitucionais 
da Inglaterra, França e Estados Unidos, bem como as principais características do neoconstitucionalismo, pois 
sempre vem sendo cobrado nos concursos. Cite-se recentemente o concurso de Juiz Substituto do TJMT 2018 or-
ganizado pela VUNESP: 
7
ESQUENTAMAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
Assinale a alternativa correta a respeito da Constituição e do Constitucionalismo2.
A) Nos Estados Unidos, diferentemente da França, a constituição americana deu pouca relevância ao papel do 
juiz, dada a aversão à sua figura pelos revolucionários, reduzindo a função do Judiciário a mero emissor da voz 
da lei.
B) A Constituição francesa de 1791 construiu um sistema fundado na supremacia do legislativo, restando ao exe-
cutivo a função de dispor dos meios aptos à aplicação da lei. 
C) O modelo de constitucionalismo praticado no mundo contemporâneo segue, nas suas linhas gerais, o padrão 
que foi estabelecido pela Constituição francesa de 1791, especialmente no que diz respeito à função do Judiciário.
D) A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 são os dois marcos mais impor-
tantes do Neoconstitucionalismo. 
E) Influenciada pela revolução francesa e pelas revoluções americanas, a Constituição brasileira de 1824 continha 
importante rol de direitos civis e políticos, tendo adotado a separação tripartite de Montesquieu na divisão e no 
exercício do poder político.
 
O tema também foi abordado no concurso do TJPR 2017 e TJSP 2015.
Ademais, para aprofundamento, sugerimos a leitura de alguns temas recentes sobre Resiliência Constitu-
cional, em especial a leitura do texto de uma colega3. Este tema, inclusive foi cobrado no concurso do TJCE 2018. 
 Além da classificação das constituições tradicionalmente abordada nos manuais, sugerimos também o 
domínio de algumas caraterizações peculiares de manifestação constitucional, tais como: constituição dirigente; 
constituição simbólica; constituição chapa-branca; constituição ubíqua; constituição liberal-patrimonialista; consti-
tuição plástica, que por vezes são cobradas em concursos. O tema também foi cobrado no TJAL 2015, TJPR 2015, 
TJMG 2014 e, mais recentemente, no TJCE 2018:
No sentido moderno, o conceito de Constituição articula fundamentalmente a limitação de poder do Estado e a 
garantia de direitos dos cidadãos em textos dotados de supremacia que diferenciam normas de caráter formal 
das de caráter material. O conceito contemporâneo de Constituição, por sua vez, contempla aspectos diversos 
àqueles. Com relação a esses aspectos, assinale a opção correta.4
A) Constituição compromissória é o pacto político-jurídico celebrado pelo poder constituinte que não incorpora 
limites ao poder de reforma.
B) Constituição plástica é aquela definida pelos fatores reais presentes nas disputas de poder na sociedade.
2 Gabarito: letra B
3 Lunardi & D. Dimoulis. Resiliência constitucional: compromisso maximizador, consensualismo político e desenvolvimento gradual. São Paulo: Direito GV, 
2013. http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/10959/Resiliencia_constitucional.pdf?sequence=3&isAllowed=y
4 Gabarito: letra D
8
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
C) Constituição unitextual consagra, em um único documento, emendas à Constituição, embora admita a exis-
tência de leis com valor normativo igual ao da Constituição.
D) Constituição subconstitucional admite a constitucionalização de temas excessivos e o alçamento de detalhes 
e interesses momentâneos ao patamar constitucional.
E) Constituição processual é aquela que define um programa e estabelece parâmetros para gerir a atividade 
estatal.
 
Não olvidar de estudar as teorias acerca da constituição: concepção sociológica de Lassale; concepção nor-
mativa de Kelsen; concepção eclética de Hesse; concepção Política de Schmitt e a concepção de constituição como 
integração de Smend. Houve cobrança no concurso do TJMS 2015, elaborado pela Vunesp.
 Quanto à classificação das normas constitucionais, o tema foi mais recentemente cobrado no TJPR 2017 
e no TJ-PA, em 2019, embora não tenha tido grande incidência em outras provas nos últimos anos. Vale aqui co-
nhecer a tradicional classificação de José Afonso da Silva5 que distingue as normas constitucionais em normas de 
eficácia plena, contida e limitada (programáticas e de princípio institutivo). Para aprofundamento, vale também co-
nhecer a classificação proposta por Maria Helena Diniz que divide as normas constitucionais em eficácia absoluta, 
eficácia plena, eficácia relativa restringível e eficácia relativa complementável. 
Considerando a doutrina clássica do direito constitucional, assinale a opção correta a respeito das normas cons-
titucionais de eficácia contida e as normas constitucionais de eficácia limitada.6
A) As normas de eficácia limitada não necessitam de uma normatividade ulterior para desenvolver a sua aplica-
bilidade plena.
B) As normas de eficácia contida necessitam de uma normatividade ulterior para desenvolver a sua aplicabilida-
de.
C) As normas de eficácia contida regulam suficientemente determinada matéria, havendo apenas uma margem 
para a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
D) As normas de eficácia limitada regulam suficientemente determinada matéria, havendo margem apenas para 
a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
E) As normas de eficácia contida, embora dependam de legislação suplementar para ter eficácia plena, não ad-
mitem margem para a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
2. Estado Democrático de Direito: conceito; fundamentos constitucionais; princípio da República. 
5 José Afonso da Silva. Aplicabilidade das normas constitucionais. 6.ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
6 Gabarito: Letra C.
9
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
 Para o estudo sobre os princípios fundamentais, é essencial a leitura do texto constitucional, para que se 
evitem pegadinhas corriqueiras. É importante, portanto, não confundir os fundamentos do art. 1º, com os objetivos 
fundamentais do art. 3º, ou com os princípios que regem o Brasil nas relações internacionais constante do art. 4º. 
Vejam como a simples leitura bastava para responder a questão trazida pelo TJMG 2014:
Assinale a alternativa que descreve COMPLETAMENTE os objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil.7
A) Erradicar a pobreza e o analfabetismo.
B) Garantir o desenvolvimento pessoal dos cidadãos e construir a riqueza de sua gente.
C) Construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional com erradicação da 
pobreza e da marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, promovendo o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
D) Promover a defesa nacional contra atos de Estados estrangeiros que intervierem nos assuntos internos da 
nação.
 Por certo, o tema tem grande apelo doutrinário. Daí a importância de dominar os conceitos de soberania 
(interna e externa, e sua importância para formação dos Estados Nacionais – Paz de Westphalia); cidadania (con-
ceito lato e estrito trazido pela Lei da Ação Popular – nº 4.717/1965); dignidade da pessoa humana (relacionando 
especialmente com o pós-guerra e o neoconstitucionalismo); valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; bem 
como o pluralismo político (compreendendo que este vai além do pluralismo partidário, buscando incluir aqui a 
opção constitucional pela convivência harmônica das diversas manifestações culturais, sociais, políticas, religiosas 
etc., em sua acepção ampla). 
 Também não se pode esquecer, de modo algum, dos fundamentos inseridos no caput do art. 1º da CF:
• República
• Federação
• Estado Democrático de Direito
São temas exaustivamente estudados pela doutrina e pelos manuais de direito constitucional. Aqui, de certo 
modo, temos que ter o cuidado para não nos desviarmos do nosso foco. É importante buscar uma leitura comple-
ta, mas direta. Fica no rodapé uma sugestão de leitura8. A incidência de jurisprudência neste ponto é inexpressiva. 
 Este tema foi recentemente cobrado no concurso do TJMG2018, exigindo do candidato uma correlação de 
conhecimentos, não bastando apenas saber os conceitos:
7 Gabarito: Letra C
8 http://www.editoradinamicajuridica.com.br/livros/teoria-da-constituicao-por-rostonio-uchoa
10
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas9.
I. “Os princípios fundamentais constituem os alicerces, a base, a fundação do edifício jurídico constitucional, 
condição para que as demais normas assentem sobre a matriz político-constitucional do Estado. Em nossa Cons-
tituição, o princípio republicano, não o princípio democrático, alicerça a temática insculpida no art. 37, caput.”
PORQUE
II. “O princípio democrático é postulado do regime político e o princípio republicano é postulado da forma de 
governo.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
A) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
B) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
C) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
D) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
3. Interpretação da Constituição: hermenêutica constitucional; critério da interpretação conforme. 
 Trata-se de tema de imenso apelo doutrinário, sem legislação ou jurisprudência correlata. 
 Tem significativa incidência nos concursos e não pode ser esquecido pelo aluno. Mais recentemente foi 
cobrado no concurso do TJSP 2018 e no TJSC, em 2019:
Com relação aos princípios e métodos de interpretação constitucional, pode-se afirmar que10
A) a interpretação conforme a Constituição, instrumento previsto no artigo 28, parágrafo único, da Lei n° 
9.868/1999, permite a interpretação contrária à literalidade da norma (contra legem), desde que necessária à 
preservação do princípio da supremacia da Constituição. 
B) segundo o princípio da concordância prática ou da harmonização, eventual conflito entre bens juridicamente 
protegidos deve ser solucionado pela coordenação e combinação entre eles, de modo que o estabelecimento 
de limites recíprocos evite o sacrifício de uns em relação aos outros.
C) por representar ampliação dos poderes do juiz em prejuízo da esfera de opção política do legislador, sem que 
tenha sido adotado como norma geral pelo texto constitucional, o princípio da proporcionalidade só pode ser 
aplicado pelos tribunais nas hipóteses específicas previstas em preceitos esparsos da Constituição.
D) segundo o princípio da unidade da Constituição, as normas constitucionais devem ser interpretadas como 
integrantes de um todo, de modo que, se qualquer delas implica ruptura da unidade, deve ser declarada incons-
titucional, conforme já decidiu o Supremo Tribunal na ADIN 815.
A respeito de métodos de interpretação constitucional e do critério da interpretação conforme a constituição, 
assinale a opção correta.11
9 Gabarito: letra C
10 Gabarito: letra B
11 Gabarito: Letra 
11
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
A) A busca das pré-compreensões do intérprete para definir o sentido da norma caracteriza a metódica norma-
tivo-estruturante.
B) O método de interpretação científico-espiritual é aquele que orienta o intérprete a identificar tópicos para a 
discussão dos problemas constitucionais.
C) A interpretação conforme a constituição não pode ser aplicada em decisões sobre constitucionalidade de 
emendas constitucionais.
D) A interpretação conforme a constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto 
são exemplos de situações constitucionais imperfeitas.
E) A interpretação conforme a constituição é admitida ainda que o sentido da norma seja unívoco, pois cabe ao 
STF fazer incidir o conteúdo normativo adequado ao texto constitucional.
 O tema também foi exigido no TJMT 2018, TJCE 2018, e TJRS 2018 – não há dúvidas de que se trata de ponto 
cuja cobrança é bastante recorrente.
 Aqui, portanto, é importante o domínio dos seguintes princípios: unidade da Constituição; concordância 
prática ou harmonização; correção funcional; maximização das normas constitucionais (ou máxima efetividade); 
eficácia integradora; força normativa; interpretação conforme à Constituição; proporcionalidade e razoabilidade. O 
tema é normalmente abordado pelos tradicionais manuais de direito constitucional. Para quem tiver tempo para 
maior aprofundamento, vale a complementação da leitura da FUC com algum dos manuais indicados no rodapé12.
 Quanto aos métodos ou critérios de interpretação da Constituição, os examinadores esperam do candidato 
o domínio dos métodos modernos de interpretação constitucional (método tópico-problemático, hermenêutico-
-concretizador, científico-espiritual, normativo-estruturante e comparação constitucional) sem esquecer que os 
tradicionais métodos de interpretação (literal, gramatical, lógico, sistemático, teleológico) das normas também se 
aplicam à Constituição. 
 Confira como foi cobrado pelo TJSP 2017 e 2018:
Leia o texto a seguir.
“(…) arranca da ideia de que a leitura de um texto normativo se inicia pela pré-compreensão do seu sentido 
através do intérprete. A interpretação da constituição também não foge a esse processo: é uma compreensão 
de sentido, um preenchimento de sentido juridicamente criador, em que o intérprete efectua uma atividade 
prático normativa, concretizando a norma a partir de uma situação histórica concreta. No fundo esse método 
vem realçar e iluminar vários pressupostos da atividade interpretativa: (1) os pressupostos subjetivos, dado que 
o intérprete desempenha um papel criador (pré-compreensão) na tarefa de obtenção de sentido do texto cons-
titucional: (2) os pressupostos bjetivos, isto é, o contexto, actuando o intérprete como operador de mediações 
entre o texto e a situação a que se aplica: (3) relação entre o texto e o contexto com a mediação criadora do 
intérprete, transformando a interpretação em ‘movimento de ir e vir ’ (círculo hermenêutico). (…) se orienta não 
12 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, Saraiva. LENZA, Pedro. Direito 
Constitucional Esquematizado. Saraiva.
12
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020
RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
por um pensamento axiomático mas para um pensamento problematicamente orientado.”
Da leitura do texto do constitucionalista J.J. Gomes Canotilho, conclui-se que o autor se refere a que método de 
interpretação constitucional?13
A) Método tópico-problemático-concretizador.
B) Método científico-espiritual.
C) Método tópico-problemático.
D) Método hermenêutico-concretizador.
Com relação aos princípios e métodos de interpretação constitucional, pode-se afirmar que14
A) a interpretação conforme a Constituição, instrumento previsto no artigo 28, parágrafo único, da Lei n° 
9.868/1999, permite a interpretação contrária à literalidade da norma (contra legem), desde que necessária à 
preservação do princípio da supremacia da Constituição.
B) segundo o princípio da concordância prática ou da harmonização, eventual conflito entre bens juridicamente 
protegidos deve ser solucionado pela coordenação e combinação entre eles, de modo que o estabelecimento 
de limites recíprocos evite o sacrifício de uns em relação aos outros.
C) por representar ampliação dos poderes do juiz em prejuízo da esfera de opção política do legislador, sem que 
tenha sido adotado como norma geral pelo texto constitucional, o princípio da proporcionalidade só pode ser 
aplicado pelos tribunais nas hipóteses específicas previstas em preceitos esparsos da Constituição.
D) segundo o princípio da unidade da Constituição, as normas constitucionais devem ser interpretadas como 
integrantes de um todo, de modo que, se qualquer delas implica ruptura da unidade, deve ser declarada incons-
titucional, conforme já decidiu o Supremo Tribunal na ADIN 815.
 
Para conhecimento, caso tenham um tempinho sobrando, recomendo a leiturasobre as situações constitu-
cionais imperfeitas e a técnica da lei “ainda constitucional”. Seguem algumas sugestões no rodapé.15 16 
13 Gabarito: letra D
14 Gabarito: letra 
15 https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7099/A-tecnica-da-lei-ainda-constitucional-a-luz-jurisprudencial-do-STF
16 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo272.htm - (Info 272) - A controvérsia constitucional objeto deste recurso extraordinário 
já foi dirimida pelo Supremo Tribunal Federal, cujo Plenário, ao julgar o RE 135.328-SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, fixou entendimento no sentido de que, en-
quanto o Estado de São Paulo não instituir e organizar a Defensoria Pública local, tal como previsto na Constituição da República (art. 134), subsistirá, íntegra, 
na condição de norma ainda constitucional - que configura um transitório estágio intermediário, situado “entre os estados de plena constitucionalidade ou de 
absoluta inconstitucionalidade” (GILMAR FERREIRA MENDES, “Controle de Constitucionalidade”, p. 21, 1990, Saraiva) -, a regra inscrita no art. 68 do CPP, mesmo 
que sujeita, em face de modificações supervenientes das circunstâncias de fato, a um processo de progressiva inconstitucionalização, como registra, em lúcida 
abordagem do tema, a lição de ROGÉRIO FELIPETO (“Reparação do Dano Causado por Crime”, p. 58, item n. 4.2.1, 2001, Del Rey). 
É que a omissão estatal, no adimplemento de imposições ditadas pela Constituição - à semelhança do que se verifica nas hipóteses em que o legislador comum 
se abstém, como no caso, de adotar medidas concretizadoras das normas de estruturação orgânica previstas no estatuto fundamental - culmina por fazer 
instaurar «situações constitucionais imperfeitas» (LENIO LUIZ STRECK, «Jurisdição Constitucional e Hermenêutica», p. 468-469, item n. 11.4.1.3.2, 2002, Livraria 
do Advogado Editora), cuja ocorrência justifica «um tratamento diferenciado, não necessariamente reconduzível ao regime da nulidade absoluta» (J. J. GOMES 
CANOTILHO, «Direito Constitucional», p. 1.022, item n. 3, 5ª ed., 1991, Almedina, Coimbra - grifei), em ordem a obstar o imediato reconhecimento do estado 
de inconstitucionalidade no qual eventualmente incida o Poder Público, por efeito de violação negativa do texto da Carta Política (RTJ 162/877, Rel. Min. CELSO 
DE MELLO, Pleno).
13
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RAIO X
ESQUENTA MAGISTRATURA 2020 | @CICLOSR3
 
4. Poder Constituinte: conceito; legitimidade e limites; poder originário e poder derivado; poder 
constituinte estadual. 
 Poder Constituinte é tema que nunca sai de moda. Principalmente em épocas de instabilidade democrá-
tica como a que vivemos no Brasil hoje, é assunto sempre presente na criatividade do examinador. Pode-se consi-
derar que se trata de um dos temas mais cobrados pelos examinadores 
 Foi cobrado recentemente no TJSP 2018:
Sobre a reforma e revisão constitucional, pode-se afirmar que17
A) embora, segundo doutrina majoritária, os termos revisão e emendas, por se tratar de espécies do gênero 
reforma, não se confundam, nos anos 1990 o Congresso Nacional acabou por equipará-los de fato ao adotar 
para a revisão os mesmos requisitos formais e materiais exigidos para as emendas.
B) no direito constitucional brasileiro, os limites materiais ao poder de reforma constitucional são os expressos no 
artigo 60, § 4° , da Constituição, rejeitada pela doutrina majoritária a existência dos chamados limites materiais 
implícitos.
C) em precedentes dos anos 1990, em especial na ADIN-MC 981, o Supremo Tribunal Federal adotou entendi-
mento no sentido de que as chamadas emendas de revisão não estavam sujeitas aos limites materiais estabele-
cidos pelo artigo 60, § 4° , da Constituição.
D) inicialmente prevista apenas no artigo 3° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a revisão cons-
titucional acabou incorporada ao corpo da Constituição como mecanismo permanente de reforma, mediante 
edição de emendas de revisão.
 O tema também se fez presente no concurso do TJRS 2018 e TJSP 2017 (com duas questões), TJSC 2017 e 
TJRJ 2016 (também com duas questões). Confira essa questão cobrada pelo TJSP 2017:
Modernamente, pode-se afirmar sobre o Poder Constituinte Originário18:
A) para a preservação da cláusula democrática, o Poder Constituinte Originário deve se submeter a referendo 
popular.
B) o Poder Constituinte que se expressa historicamente estará sempre condicionado pelos valores sociais e polí-
ticos que levaram à sua deflagração e pela ideia de direito decorrente do processo civilizatório.
C) como expressão do poder fático, é prévio ao direito constituído e, assim, não se limita por condicionantes 
pré-constituintes.
D) o Poder Constituinte é fato essencialmente político e, portanto, insuscetível de condicionantes jurídicos no 
plano do direito material.
17 Gabarito: letra A
18 Gabarito: letra B
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RAIO X
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 Faz-se relevante o conhecimento doutrinário sobre a classificação das manifestações do poder constituinte 
em originário e derivado; características e subclassificações; limites; e eficácia. Não esquecer também de dedicar 
um tempo para o estudo sobre mutação constitucional, relacionada ao poder constituinte difuso.
Outro tema sempre recorrente é o poder constituinte dos Estados (poder constituinte derivado decorrente). 
Atente que a doutrina majoritária não atribui às Leis Orgânicas dos Municípios a qualidade de manifestação do 
poder constituinte. Importante estudar aqui os limites constitucionais para a elaboração de normas constitucionais 
pelos Estados e os princípios constitucionais aplicáveis (sensíveis, implícitos e explícitos). 
 É importante a leitura da Constituição, na parte em que se refere ao processo legislativo de reforma e re-
visão da constituição, e seus limites, bem como ao processo de incorporação das normas constantes de tratados 
sobre direitos humanos. 
 A jurisprudência também tem relevância neste tema. Cito como exemplo o concurso do TJPB 2015, realiza-
do pela Cespe:
A respeito dos elementos da CF, assinale a opção correta com relação ao poder constituinte.19
A) Conforme entendimento do STF, as normas emanadas do poder constituinte originário não têm, em regra, 
eficácia retroativa mínima, visto que são incapazes de atingir efeitos futuros de fatos passados. 
B) As disposições constitucionais sobre o habeas data constituem exemplo de normas de reprodução obrigatória 
pelos estados-membros no exercício do poder constituinte derivado decorrente.
C) O poder constituinte de reforma está sujeito a limitações materiais que podem estar presentes nas denomi-
nadas cláusulas pétreas implícitas. 
D) Conforme a definição clássica dos elementos da CF, o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da CF, 
é exemplo de elemento de estabilização constitucional.
E) Conforme a teoria positivista do direito, apesar de o poder constituinte originário ser ilimitado do ponto de 
vista do direito positivo anterior, esse poder é vinculado aos valores do movimento revolucionário que o ensejou.
 As nossas FUCs têm bastante informação. Mas, para aqueles que tiverem interesse e tempo para aprofun-
dar o tema, vale um checklist com um manual, como, por exemplo, o do Uadi Lammego Bulos. E, se tiverem mais 
tempo ainda, por que não passar os olhos no livro do Abade Sieyès, “O que é o Terceiro Estado?”, que é reconhecido 
como a obra que dá sustentação filosófico-jurídica para o poder constituinte. Deixo o link no rodapé.20
5. Poder Legislativo: organização, funcionamento e competências; Congresso Nacional; processo 
legislativo; Comissões Parlamentares de Inquérito e controle jurisdicional; imunidades parlamentares; 
orçamento e fiscalização orçamentária; Tribunais de Contas.
19 Gabarito: letra C
20 http://www.olibat.com.br/documentos/O%20QUE%20E%20O%20TERCEIRO%20ESTADO%20Sieyes.pdf
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RAIO X
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 É tema com incidência ainda maior queo tópico anterior, portanto, de leitura obrigatória. A título de in-
formação, foi cobrado no TJSC 2019, TJSP 2018, TJMT 2018 (duas questões), TJCE 2018, TJRS 2018, TJSP 2017 (duas 
questões), TJSC2017 (duas questões), TJRS 2016, TJAM 2016 (duas questões), TJRJ 2016 (duas questões), TJDFT (duas 
questões). Parei a pesquisa em 2016... mas deu para entender que é tema de extrema relevância, concordam? 
 Diferentemente dos anteriores, este é um tema no qual a jurisprudência ganha imensa importância. Daí, é 
crucial estar atento aos informativos e aos comentários aos julgados recentes feitos pelo Dizer o Direito. Importante 
tomar cuidado com as recentes alterações de posicionamento do STF sobre algumas matérias – tal como o fim do 
foro privilegiado. Para confirmar a importância de estar afiado com a jurisprudência, vejamos como foi cobrado no 
TJCE 2018:
A respeito das competências das CPI e do controle jurisdicional, assinale a opção correta, segundo o entendi-
mento doutrinário e a jurisprudência do STF.21
A) A CPI tem poder para requisitar de operadoras de telefonia acesso a informações que estejam sob segredo 
de justiça em processo judicial.
B) Eventual decretação da quebra de sigilo telefônico por CPI está isenta de posterior controle judicial.
C) Concluídos os trabalhos, a CPI poderá encaminhar o seu relatório circunstanciado à autoridade policial.
D) O fornecimento de informações resguardadas sob sigilo bancário independe de aprovação pelo plenário da 
CPI.
E) Busca e apreensão domiciliar podem ser determinadas pela CPI, independentemente de ordem judicial.
 Entretanto, muitas questões continuam a cobrar a letra da Constituição. Portanto, a leitura do texto consti-
tucional deve ser feito com atenção redobrada. Vejamos uma questão do TJRS 2018, que poderia ser resolvida com 
a leitura da CF:
A iniciativa popular no processo de reforma da Constituição Federal de 1988
A) não é contemplada pelo texto constitucional vigente, posto que este prevê que todo poder emana do povo, 
que o exercerá exclusivamente por meio de representantes eleitos.
B) é vedada pelo texto constitucional vigente, que prevê que a participação popular se dará exclusivamente por 
meio do voto, do plebiscito e do referendo.
C) é prevista expressamente pelo texto constitucional, podendo ser exercida pela apresentação de proposta 
subscrita por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado nacional.
D) não é prevista expressamente pelo texto constitucional, muito embora seja admitida por alguns autores, com 
fundamento em uma interpretação sistemática da Constituição Federal. 
E) é prevista expressamente pelo texto constitucional, podendo ser exercida pela apresentação de proposta 
subscrita por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional.
21 Gabarito: letra C
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 Atenção especial aos artigos: 44 a 47 (organização do Congresso); 50 (poderes do Congresso); 53 a 56 (dos 
Deputados e Senadores); 59 a 69 (do Processo Legislativo). 
Sobre imunidades parlamentares: efeitos da condenação e perda do mandato – aqui muita atenção para 
a recente mudança de entendimento do STF e para a divergência entre 1ª e 2ª Turmas. Vide https://www.dizero-
direito.com.br/2018/05/se-o-stf-condenar-um-parlamentar.html); parlamentares e sua extensão em benefício dos 
vereadores. No tema “comissões”, saber bem sobre a CPI (composição, quórum de instalação, instrumento de 
proteção das minorias parlamentares, poderes – o que pode e o que não pode). Para eventual esclarecimento, 
consultar o item 11 da FUC de constitucional. 
Para o estudo de processo legislativo, é suficiente uma leitura atenta dos artigos 59 a 69 da CF, com ênfase 
no art. 60 e no art. 62 (saber tudo de medida provisória: matérias que podem ser tratadas por MP, quórum, prazo, 
prorrogação, relação com a anterioridade tributária, produção de efeitos e decreto legislativo). Além disso, acom-
panhar a jurisprudência do STF sobre o assunto, pois nos últimos anos o Supremo julgou exaustivamente recursos 
versando sobre o tema. 
Neste ponto do edital, não há tanta matéria propriamente doutrinária, muito embora a doutrina exerça um 
papel muito relevante na sistematização das diversas competências previstas no texto constitucional, bem como 
para sistematizar a jurisprudência sobre o tema. Por esta razão a leitura acaba sendo interessante, em especial 
no que se refere aos poderes conferidos às CPIs; prerrogativas dos parlamentares; incompatibilidades e perda de 
mandato; fases do processo legislativo. As nossas FUCs cumprem muito bem este papel, além de trazerem diversas 
informações jurisprudenciais e temas interessantes cobrados em concursos. 
Dentro deste ponto do edital, a maior parte das questões referem-se propriamente ao processo legislativo. 
Este item, em especial, foi cobrado nos concursos do TJSP 2017, TJSC 2017 e TJMG 2018. Vejamos como foi cobrada 
neste último:
Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. “Se a Câmara Municipal rejeitar o projeto da lei orçamentária anual, por capricho ou espírito de vindita, o 
Juízo da Comarca pode, se provocado pelo chefe do Executivo do Município, determinar, mediante liminar, à 
Câmara, que reabra a sessão e dê continuidade ao exame e votação da matéria, e, ao Município, que adote a 
lei orçamentária do ano anterior para manter a máquina administrativa em funcionamento, enquanto aguarda 
a deliberação da Câmara.”
PORQUE
II. “A Constituição da República dispõe expressamente que a sessão legislativa não será interrompida sem a apro-
vação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.22
A) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira. 
22 Gabarito: letra B
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B) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. 
C) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
D) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
Como se vê, a resposta estava no texto da Constituição, demonstrando a importância quanto à sua leitura 
atenta.
CF, Art. 57, § 2º: A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamen-
tárias.
Como este ponto é bastante extenso, caso o aluno não possua tempo, deve priorizar a leitura dos artigos 
indicados e a jurisprudência referente às imunidades parlamentares; perda de mandato; CPIs; Processo Legislativo 
e Tribunais de Contas.
6. Poder Judiciário: a função jurisdicional; organização do Poder Judiciário; Supremo Tribunal Federal; 
Súmula Vinculante; Conselho Nacional de Justiça; Justiça dos Estados. 
 Embora não seja um tema tão recorrente nas provas de direito constitucional dos demais concursos, nas 
provas de magistratura é bastante importante. Portanto, é questão de sobrevivência dominar este ponto. 
 A grande parte das questões aborda a literalidade do texto da Constituição e a jurisprudência do STF.
 Dentro do tópico, destaca-se o tema referente à Organização do Poder Judiciário, o qual esteve presente 
recentemente no TJSP 2018, TJCE 2018, TJRS 2018, TJSP 2017 e TJPR 2017. Definitivamente, deve-se dar um destaque 
especial para as questões envolvendo o Conselho Nacional de Justiça, objeto de cobrança na maioria dos con-
cursos recentes. Vejamos como foi cobrado no TJRS e no TJRO:
Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o Conselho Nacional de Justiça.23
A) O Conselho Nacional de Justiça poderá exercer o controle abstrato de constitucionalidade, declarando, em 
tese e como questão principal de eventual procedimento de controle administrativo, a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo. 
B) Sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos Tribunais, o Conselho Nacional de Justiça pode 
avocar processos disciplinares e determinar, dentre outras sanções cabíveis, a perda do cargo de membro do 
Poder Judiciário.C) O fato de o Conselho Nacional de Justiça ser composto por algumas pessoas estranhas ao Poder Judiciário 
fere a independência desse poder, tanto que o Supremo Tribunal Federal já declarou inconstitucionais os dispo-
sitivos que versam sobre a composição do Conselho.
D) A Constituição Federal determina que a União crie ouvidorias de justiça, que serão competentes para receber 
reclamações e denúncias contra membros do Poder Judiciário e encaminhá-las aos respectivos Tribunais, mas 
23 Gabarito: letra E
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não diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. 
E) O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o Supremo Tribunal Federal e seus 
ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito.
A partir do quanto previsto pela Constituição Federal a respeito do Conselho Nacional de Justiça, assinale a 
alternativa correta.24
A) Todos os seus membros serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela 
maioria relativa do Senado Federal.
B) Dos 15 membros que integram o órgão, dois deles serão advogados indicados pelo Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil.
C) Dentre as suas competências, encontra-se a possibilidade de rever, de ofício ou mediante provocação, os 
processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de 2 anos.
D) O Conselho Nacional de Justiça é composto por 12 membros com mandato de 1 ano, admitindo-se uma única 
recondução pelo mesmo prazo.
E) Tem como uma de suas obrigações a elaboração de relatório anual estatístico sobre processos e sentenças 
prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário.
 Vê-se que além, da leitura do texto da constituição (art. 103-B), é indispensável estar em dia com a juris-
prudência envolvendo o CNJ25. O Dizer o Direito já colacionou diversos julgados – vou citar alguns como exemplo, 
mas não deixem de conferir os demais:
• O fato de o PCA instaurado no CNJ contar com um número elevado de partes interessadas não significa, 
necessariamente, violação ao devido processo legal;
• CNJ pode determinar que Tribunais de Justiça reduzam o adicional de férias dos magistrados para 1/3
• Constitucionalidade da verba “auxílio-voto”, paga aos juízes convocados para atuar nos processos de 2ª ins-
tância do Tribunal;
• CNJ pode avocar PAD que tramita no Tribunal se não há quórum suficiente para se atingir maioria absoluta;
• Constitucionalidade do art. 6º, I, da Resolução 146/2012-CNJ (redistribuição de cargos efetivos dos quadros 
de pessoal dos órgãos do Poder Judiciário da União);
• CNJ pode anular decisão do TJ que, em concurso de cartório, conferiu, na fase de títulos, pontuação com 
base em interpretação contrária à Resolução do Conselho
24 Gabarito: letra
25 Por exemplo: STF já declarou que o CNJ não possui competência para apreciar a constitucionalidade de lei ou ato normativo (STF, MS 28.872). No 
entanto, para fins de conhecimento, nada impede que faça controle de validade dos atos administrativo, mediante a não aplicação de leis inconstitucionais 
(Pet 4.656/PB). Na ADI 3.367, julgada em 2005, o STF declarou constitucional a EC 45/2004, que criou o CNJ, inclusive em relação a presença de membros 
não pertencentes aos quadros da magistratura. Na ADI 3.367, julgada em 2005, o STF apontou que a competência do CNJ é relativa apenas aos órgãos e 
juízos situados, hierarquicamente, abaixo do STF. Ademais, foi exposto que o STF é o órgão máximo do Poder Judiciário, estando o CNJ sujeito a seu controle.
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• O prazo de 1 ano previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88 incide apenas para revisões de PADs, não se apli-
cando para atuação originária do CNJ;
• CNJ não pode examinar controvérsia que está submetida à apreciação do Poder Judiciário;
• CNJ, no exercício de controle administrativo, pode deixar de aplicar lei inconstitucional. 
 Não se pode também deixar de atentar para as questões envolvendo a competência constitucional da 
Justiça Estadual, que foi abordada no TJSP 2018: 
Com relação aos tribunais estaduais, pode-se afirmar que26
A) dotados de órgãos de sistema de controle interno previstos nas respectivas Constituições, nas Leis de Or-
ganização Judiciária e nos Regimentos Internos, sujeitam-se ao controle externo realizado pelo Executivo dos 
respectivos Estados. 
B) sua atuação administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional de Justiça, e, por isso, eles 
não se sujeitam à fiscalização externa pelo Legislativo dos respectivos Estados.
C) sua atuação administrativa e financeira está sujeita aos órgãos de controle interno e à fiscalização externa rea-
lizada pelos respectivos Tribunais de Contas, restrito o controle exercido pelo CNJ ao cumprimento dos deveres 
funcionais de seus juízes. 
D) sua atuação administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional de Justiça, enquanto a 
fiscalização contábil, financeira e orçamentária é feita pelo Legislativo dos respectivos Estados, com o auxílio dos 
respectivos Tribunais de Contas.
As bancas também costumam cobrar as disposições constitucionais mais relacionadas à atuação da ma-
gistratura. Desta forma, temas como ingresso, promoção, garantias funcionais e vedações constitucionais, devem 
sempre estar na ponta língua, conjugando-se a leitura do texto da constituição com a jurisprudência relacionada. 
Veja como foi cobrado no TJPR2017:
O ingresso na carreira de juiz se dá mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB 
em todas as fases, exigindo-se do candidato que ele seja bacharel em direito com, no mínimo, três anos de ativi-
dade jurídica. Nesse sentido, de acordo com o entendimento do STF, a exigência de comprovação do triênio de 
prática forense, quando houver ausência de especificação de data no edital, deverá ser cumprida 27
A) no ato de inscrição definitiva no concurso.
B) na data da nomeação.
C) na data da posse.
D) no ato de inscrição inicial no concurso.
26 Gabarito: letra D
27 Gabarito: letra A
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 A Cláusula de Reserva de Plenário que está consagrada no art. 97 da CF não pode deixar de ser estudada, 
e há significativa jurisprudência sobre a sua aplicabilidade. Atentar para este ponto em nossa FUC.
Outro tema extensamente abordado na Constituição e com bastante jurisprudência correlacionada trata-se 
da sistemática de precatórios. Portanto, a leitura do art. 100 é indispensável.
 Um outro assunto bastante recorrente nas provas envolve a disciplina constitucional das súmulas vincu-
lantes. Importante, portanto, a leitura do art. 103-A, bem como procurar estar com todas as súmulas vinculantes 
na ponta da língua. Segue o link se você ainda não as fixou28.
 Por fim, não se pode deixar de dominar a competência constitucional definida para o STF e STJ, bem 
como distinguir a competência da Justiça Federal da justiça Estadual. Fazer a leitura da FUC. 
7. Funções essenciais à Justiça: Ministério Público (natureza, princípios e garantias, estrutura e funções 
constitucionais); Advocacia (o advogado e a administração da Justiça, direitos, deveres e inviolabilidade); 
Advocacia pública (procuradorias e defensorias). 
 Embora não seja nenhum recordista de incidência nas provas, este tema esteve presente no TRF5 2017, TJSC 
2017 e TJPR 2017. Então não pode ser desprezado. Em geral, as questões cobram a literalidade do texto constitu-
cional. Portanto, o aluno deve priorizar a leitura dos artigos 127 a 135. 
 Vejamos como foi cobrado no TJSC 2017:
Ao disciplinar o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública, a Constituição 
Federal
I. garante a todas essas instituições autonomia administrativa e financeira, cabendo-lhes o encaminhamento de 
suas propostas orçamentárias ao Chefedo Poder Executivo, dentro dos limites estipulados conjuntamente com 
os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
II. garante a todas essas instituições autonomia administrativa e funcional, a ser exercida nos termos da lei.
III. garante a todas essas instituições a iniciativa legislativa privativa para propor ao Poder Legislativo projeto de 
lei versando sobre a respectiva organização e funcionamento, observadas as normas da Constituição Federal a 
esse respeito.
IV. veda ao Poder Executivo realizar ajustes nas propostas orçamentárias encaminhadas pelo Poder Judiciário e 
pelo Ministério Público, ainda que seja para adequá-las aos limites previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
V. veda aos membros do Ministério Público o exercício da advocacia e aos membros da Defensoria Pública o 
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Está correto o que se afirma APENAS em 29
28 http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculante
29 Gabarito: letra D
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A) I, II e III. 
B) II e IV. 
C) I e V. 
D) V. 
E) III e IV.
 
8. Poder Executivo: princípios constitucionais da Administração Pública; presidencialismo e 
parlamentarismo; organização e estrutura do Poder Executivo; eleição e mandato do Chefe do Executivo; 
perda do mandato: hipóteses e consequências; responsabilidade do Chefe do Executivo; Estado de 
sítio e Estado de defesa; Medida Provisória: natureza, efeitos, conteúdo e limites; competência política, 
executiva e regulamentar. 
 É um tema de grande relevância e que, pelo atual cenário político-constitucional brasileiro, tem atraído bas-
tante a atenção da mídia e da população em geral. Isso deve repercutir em mais questões sobre o Poder Executivo. 
Neste ponto, as questões envolvem principalmente:
• Imunidades
• Crimes Comuns
• Crimes de Responsabilidade
• Processo de Impeachment 30 31
Sobre o processo de impeachment, deixo no rodapé as importantes decisões sobre os casos Collor e Dilma. 
Caso tenham tempo, deem uma olhada. Se não tiverem tempo, estudem ao menos a ementa do julgado, ou as 
anotações do Dizer o Direito sobre o tema. Vide https://www.dizerodireito.com.br/2015/12/analise-juridica-da-de-
cisao-do-stf-que.html. 
Deve o aluno dominar as manifestações dos Sistemas de Governo (Parlamentarismo e Presidencialismo)
Tem entrado bastante em pauta, tanto na mídia quanto nas provas, o chamado “presidencialismo de coa-
lisão”. Então, para maior aprofundamento, caso disponha de tempo, recomendo a leitura do artigo “Presidencialis-
mo de Coalizão: o Dilema Institucional Brasileiro” de Sérgio Abranches. Deixo o link no rodapé.32
30 Impeachment do Caso Collor - http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo95.htm 
31 Impeachment Caso Dilma - http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=310056239&ext=.pdf 
32 https://politica3unifesp.files.wordpress.com/2013/01/74783229-presidencialismo-de-coalizao-sergio-abranches.pdf 
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 Ademais, o estudo não poderá dispensar a leitura dos artigos 76 a 91 da Constituição, pois muitas questões 
são resolvidas apenas com o conhecimento da literalidade desses dispositivos. 
9. Estrutura federativa brasileira: conceito e características da federação; repartição e classificação 
das competências na Constituição de 1988; União (natureza da unidade federativa; competências; 
organização), Estados (competências, organização e autonomia), Municípios (competências, organização 
e autonomia) e Distrito Federal (natureza, competências, organização e autonomia); intervenção nos 
Estados e Municípios (autonomia e intervenção, competência interventiva, pressupostos formais e 
substanciais, limites e controle). 
 Deve o aluno atentar para a leitura dos artigos 21 a 30 da Constituição Federal, em especial aqueles con-
cernentes à repartição das competências legislativas. Ressalto que normalmente as bancas não têm exigido que 
o aluno decore o rol extenso de competências dos entes. Tem-se cobrado muito mais os dispositivos constantes 
dos parágrafos dos artigos 22, 23, 24 e 25, bem como dos incisos do art. 30. Não descuidar da leitura do art. 31, 
complementando-o com a jurisprudência. Este ponto não apresenta grandes divagações doutrinárias, embora seja 
interessante consultar a doutrina em busca de um quadro esquemático da repartição das competências constitu-
cionais. De olho na FUC!
Vale o estudo intenso da jurisprudência! Atentar para as súmulas vinculantes, principalmente:
• Súmula vinculante 2-STF: É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre 
sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
• Súmula Vinculante 46-STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas 
normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
• Súmula Vinculante 39-STF: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das 
polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. 
• Súmula Vinculante 38-STF: É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabeleci-
mento comercial.
Atenção para Intervenção – mais do que na moda. A intervenção federal é instituto extremamente excep-
cional e foi deflagrado por duas oportunidades durante o governo de Michel Temer, uma no Estado do Rio de 
Janeiro e outra no Estado de Roraima. Para auxiliar, recomendo a leitura da apostila disponibilizada pelo Dizer o 
Direito.33
10. Direitos e garantias fundamentais: declaração dos direitos e sua formação histórica; natureza e 
eficácia das normas sobre direitos fundamentais; conceito de direitos e de garantias; classificação dos 
direitos fundamentais; 
33 https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2015/01/intervenc3a7c3a3o-federal.pdf 
23
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 Infelizmente este tema vem sendo esquecido pelo clamor público do momento político atual, porém não 
tem sido negligenciado pelas bancas. Apostaria que ele deve vir com mais força nos próximos anos. É tema sempre 
presente nos concursos e nunca poderá ser olvidado pelo candidato e muito menos pelo aprovado.
Nos últimos anos, o tema foi cobrado no TJSP 2018, TRF2 2018, TJCE 2018, TJRS 2018, TJPR 2018 e TRF2 2017, o 
que confirma a sua relevância. Nesses concursos, foram recorrentes quesitos sobre a eficácia horizontal dos direitos 
fundamentais; status normativo dos tratados internacionais sobre direitos humanos; dimensão objetiva e subjetiva 
dos direitos fundamentais; classificação dos direitos fundamentais; gerações dos direitos fundamentais. 
 Esse tema é puramente doutrinário e é amplamente explorado pelos autores de manuais. 
11. Direitos individuais: destinatários; classificação; direito à vida; direito à privacidade; dignidade 
da pessoa humana; igualdade; liberdade (pessoa física, pensamento, ação profissional); propriedade 
(conceito e natureza constitucional, propriedades especiais, limitações ao direito de propriedade, função 
social da propriedade); 
Sobre este tema existe uma vasta gama teórica e doutrinária sobre os direitos fundamentais (origem, classi-
ficação, efeitos, eficácias e status – tudo isso pode ser conferido no ponto 6 da FUC de constitucional), as bancas 
ainda cobram (MUITO!!!) a literalidade dos incisos do art. 5º. Portanto, muita atenção!!! Faça uma leitura cuidadosa 
dos incisos. Basta lembrar da discussão sobre a hierarquia dos tratados no ordenamento jurídico brasileiro. Leia e 
decore os parágrafos do art. 5º da Constituição Federal. 
Ademais, importante ficar atento à jurisprudência do STF sobre o assunto, pois sempre é cobrado. 
 
Vejamos como foi cobrado mais recentemente no concurso do TRF2 2018 e no TJAC:
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta:34
I - A adoção de critérios diferenciadospara o licenciamento dos militares temporários, em razão do sexo, não 
viola o princípio da isonomia.
II - Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excep-
cionais, em razão de conteúdo que viole valores constitucionais.
III - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados depende 
da autorização destes.
A) Todas as assertivas estão corretas. 
B) Somente está correta a assertiva III.
C) Estão corretas as assertivas II e III.
34 Gabarito: letra E
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RAIO X
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D) Estão corretas as assertivas I e III. 
E) Estão corretas as assertivas I e II.
Com relação aos direitos e garantias fundamentais, a Constituição Federal veda o uso da prova obtida ilicitamen-
te nos processos judiciais. Nessa temática, portanto, é correto afirmar que35
A) essa proteção não alcança a recusa do réu em fornecer material para exame de DNA quando essencial e 
indispensável para a solução do processo judicial.
B) a prova ilícita em favor do réu pode ser admitida, segundo jurisprudência do STF que entende que os direitos 
fundamentais vinculam apenas o Estado, e não os particulares.
C) não se considera ilícita a busca e apreensão realizada, sem mandado judicial, em escritórios comerciais ou no 
local de trabalho, por não ser reconhecidos como domicílio.
D) é lícita a gravação clandestina de conversa telefônica ou ambiental, ausente causa legal de sigilo ou de reser-
va da conversação, feita por um dos interlocutores, mesmo sem o conhecimento dos demais.
 
Observa-se, portanto, elevado grau de incidência de jurisprudência e literalidade do texto da Constituição. 
12. Direitos sociais: conceito e classificação; direitos dos trabalhadores (individuais e coletivos); direito 
à educação e à cultura; direito ambiental; direitos das crianças e dos idosos; direito à saúde e seguridade 
social (previdência e assistência social); disciplina da comunicação social; 
Embora não seja tema de grande incidência, este assunto foi cobrado recentemente nos concursos do TJSP 
2018 e TJPR 2017. Em geral, há predominância de questões jurisprudenciais. No TJAM 2016, cobrou-se a literalidade 
do art. 7º da Constituição. Portanto, não dispensaria a leitura do texto da CF e o estudo da jurisprudência correlata. 
No campo teórico, as grandes discussões referem-se ao conflito reserva do possível X mínimo existencial, 
daí surgindo questões referentes às políticas públicas e ao ativismo judicial. As recentes decisões do STF, autori-
zando que o Poder Judiciário determine a reforma de presídios, podem ser objeto de questionamento (lembrar 
do ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL). Ainda, recentemente decidiu o STJ em sede de recurso repetitivo 
a questão do fornecimento de medicamentos que estão fora da lista do SUS, estabelecendo alguns requisitos na 
tese firmada. No mesmo sentido, o STF se manifestou sobre o fornecimento pelo judiciário de medicamentos sem 
registro na ANVISA, através do julgamento do RE 657.718/MG. É preciso conferir este julgado36. Acrescente-se aí a 
problemática das escolhas trágicas e a proibição do retrocesso social (efeito cliquet).37 
13. Controle de constitucionalidade: sistemas de controle; o sistema brasileiro; exercício do controle; 
efeitos da declaração de inconstitucionalidade; efeitos da declaração de constitucionalidade; a 
inconstitucionalidade por omissão. 
35 Gabarito: letra D.
36 https://www.dizerodireito.com.br/2018/07/o-poder-judiciario-pode-determinar-que.html. 
37 https://dirleydacunhajunior.jusbrasil.com.br/artigos/152845012/a-proibicao-do-retrocesso-e-o-efeito-cliquet-dos-direitos-fundamentais 
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RAIO X
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Controle de constitucionalidade é tema certo na prova de constitucional. Nos últimos quatro anos, apenas 
na prova do TJRJ não perguntaram sobre o tema. Nas provas do TJSP 2014 e 2015, caíram 2 questões. Na prova do 
TJMS de 2015, caíram 3 questões. Enfim, o tema é sempre relevante. 
Mais recentemente caiu no TRF2 2018:
Assinale a alternativa correta: 38
A) O chamado controle de convencionalidade impõe uma aferição de validade das normas nacionais, tendo por 
parâmetro não o texto constitucional, mas os tratados internacionais assumidos pelo Brasil em matéria de prote-
ção aos direitos humanos, ainda que estes não tenham sido regularmente ratificados pelo Estado.
B) O STF entende inválida a chamada superação legislativa da jurisprudência da Corte, quer ela se faça por meio 
de Emenda Constitucional ou legislação infraconstitucional, em razão de entender que, com ela, o Parlamento 
desrespeita a eficácia vinculante das decisões da Corte Suprema.
C) A despeito da previsão contida no artigo 97 da CF/88 (“somente pelo voto da maioria absoluta de seus mem-
bros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público”) é desnecessária a submissão à regra da reserva de plenário por turma de 
Tribunal Regional Federal, quando a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula 
do Supremo Tribunal Federal.
D) O STF não reconhece a existência da chamada “inconstitucionalidade progressiva”, que doutrinariamente 
ocorre quando a norma é declarada constitucional, mas caminha progressivamente para a inconstitucionalidade.
E) Não cabe reclamação de decisão judicial que contrarie súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal 
Federal.
Caso tenha interesse em complementar os estudos (se tiverem tempo), sugiro um livro sobre o assunto no 
rodapé39. 
Se quiserem aprofundar o assunto, vale consultar o seguinte artigo sobre controle de convencionalidade, 
tema novo, extremamente interessante e que já desperta o interesse das bancas.40
 Neste ponto, o estudo de controle de constitucionalidade deve priorizar a doutrina, em especial a classifica-
ção do controle, sistemas de controle, as características do controle no Brasil e os efeitos das decisões de controle 
de constitucionalidade.
É importante a leitura do ponto 4 da FUC de Constitucional, que traz um apanhado de doutrina. Como o 
tema é frequente, o mais comum, hoje, é a cobrança de recentes decisões do STF sobre a matéria. Portanto, fique 
de olho!
38 Gabarito: letra C
39 https://www.saraiva.com.br/curso-de-direito-processual-constitucional-3-ed-2017-9721684.html 
40 https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI87878,91041-Controle+de+Convencionalidade+Valerio+Mazzuoli+versus+STF 
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RAIO X
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Noções sobre o controle de constitucionalidade em âmbito estadual (ponto 4 da FUC de constitucional). 
ATENÇÃO PARA OS EFEITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NESSE CASO. Atenção também para as normas de 
reprodução obrigatória, caso em que o TJ, ao julgar ADI estadual poderá utilizar como parâmetro as normas da CF 
(vide https://www.dizerodireito.com.br/2017/02/tribunal-de-justica-pode-exercer.html). 
14. Ações Constitucionais: tutela de interesses individuais, difusos e coletivos; ações constitucionais em 
espécie (habeas corpus, habeas data, mandado de segurança individual e coletivo; mandado de injunção, 
ação civil pública, ação popular, ação direta de constitucionalidade, ação direta de inconstitucionalidade, 
arguição de descumprimento de preceito fundamental). 
Esse tema vai cair na prova. É um assunto bastante equilibrado, em que as questões exigem o conhecimen-
to da doutrina, jurisprudência e lei seca.
A leitura do texto das leis de processo constitucional é indispensável para acertar as questões cobradas nos 
concursos. Entretanto, de certo modo, a legislação sobre o processo constitucional é enxuta (são leis curtas e de 
fácil leitura) abrindo margem para integração jurisprudencial. Portanto, é impossível estudar o processo constitu-
cional sem acompanhar a jurisprudência do STF. 
Por fim, aqui não se pode negligenciar o estudodoutrinário. Nossas FUCs podem auxiliar significativamente 
na compreensão terminológica e das diversas teorias envolvendo o processo constitucional.
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RAIO X
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RAIO X – DIREITO ADMINISTRATIVO41
Oi, futuros juízes e futuras juízas! Chegou a hora de analisarmos a disciplina “Direito Administrativo”. 
Essa matéria, apesar de extensa, não possui muitos mistérios nas provas de Magistratura. Em alguns pontos, 
é necessário o estudo com embasamentos doutrinários, mas, de modo geral, são abordados conceitos simples e, 
muitas vezes, a leitura da lei e o conhecimento da jurisprudência já são suficientes para conseguirmos um bom 
desempenho na prova.
Vamos seguir atentamente o edital base para “tirar de letra” essa matéria.
ADMINISTRATIVO
QUESTÕES ANALISADAS
PONTO DO EDITAL (L) (D) (J) Nº TOTAL DE QUESTÕES
Responsabilidade civil do Estado 01 00 02 03
Improbidade administrativa 04 01 01 06
Organização da administração pública 02 02 00 04
41 Por Virgínia Penido
Responsabilidade 
civil do Estado
5%
Improbidade 
administrativa
11%
Organização da 
administração 
pública
7%
Bens públicos
4%
Intervenção na 
propriedade
9%
Princípios 
constitucionais
4%Processo 
administrativo
2%
Serviço público
16%O poder de polícia 
adminitrativa
2%
Servidores 
públicos
11%
Contratos 
administrativos
2%
Licitação
14%
Processo 
administrativo
2%
Ato administrativo
11%
ADMINISTRATIVO
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Bens públicos 02 00 00 02
Intervenção na propriedade 02 01 02 05
Princípios constitucionais 01 00 01 02
Processo administrativo 00 01 00 01
Serviço público 05 03 01 09
O poder de polícia administrativa 00 01 00 01
Servidores públicos 02 01 03 06
Contratos administrativos 01 00 00 01
Licitação 07 01 00 08
Processo administrativo 01 00 00 01
Ato administrativo 02 03 01 06
55
LEGENDA
(L) Questões de Legislação
(D) Questões de Doutrina
(J) Questões de Jurisprudência
*Foram analisadas questões das seguintes provas: TJ/SP 2018; TJ/MT 2018; TRF - 2ª Região 2018; TJ/MG 2018; TJ/
CE 2018 e TRF – 3ª Região 2018.
1. Formação histórica do Direito Administrativo brasileiro. A influência do Direito estrangeiro (francês, 
italiano e anglo-americano).
- É necessário conhecer os sistemas de controle – inglês e francês – e o regime jurídico administrativo.
- Sistema contencioso administrativo (francês) - Sistema de dualidade de jurisdição: o ato praticado pela Admi-
nistração é revisto e controlado pela própria Administração. O poder Judiciário só pode rever tais atos em casos 
excepcionais.
- Sistema de jurisdição única (inglês): há a possibilidade de controle pelo Poder Judiciário. De acordo com Ma-
theus Carvalho, “a adoção do sistema de jurisdição única não implica a vedação à existência de solução de litígios 
na esfera administrativa. Ao contrário, a Administração Pública tem poder para efetivar a revisão acerca dos seus 
atos, independentemente de provocação de qualquer interessado. Ocorre que a decisão administrativa não impe-
de que a matéria seja levada à apreciação do Poder Judiciário”. 
2. Conceito de Direito Administrativo e suas relações com as outras disciplinas jurídicas. A 
constitucionalização do Direito Administrativo.
- Foco nos critérios adotados para a conceituação do direito administrativo. Vale uma revisão das escolas que tra-
tam do conceito e do âmbito de estudo do Direito Administrativo.
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- Decorar e não confundir, porque sempre há cobrança:
a) Administração Pública em sentido formal/orgânico/subjetivo: faz referência aos órgãos, agentes e 
bens. A própria estrutura estatal, independentemente do Poder. 
b) Administração Pública em sentido material/objetivo: refere-se às atividades administrativas executadas 
pelo Estado. 
3 Princípios Constitucionais da Administração Pública. 
- Princípios sempre é uma matéria importante. Pode cair dentro de vários outros temas do edital (licitações, limita-
ções à propriedade privada, atos administrativos etc.). Portanto, atenção especial! Não basta saber aqueles expres-
samente indicados no caput do art. 37 da Constituição Federal, saibam também aqueles indicados no art. 2º da Lei 
9.784/99, que trata do processo administrativo no âmbito federal. 
Súmula vinculante 13-STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi-
nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, 
de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal.
Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
4 Organização da Administração Pública.
- Este é um assunto que pode vir com cobrança de lei ou de doutrina (e até mesmo de jurisprudência). Não deixem 
de estudar a fundo cada uma das entidades da Administração Pública Indireta, a teoria do órgão, bem como a 
diferenciação entre a criação de pessoa jurídica (descentralização) e a criação de órgão público (desconcentração). 
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Para não confundir:
DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
Transferência da atividade administrativa
para outra pessoa, física ou jurídica,
integrante ou não do aparelho estatal.
Distribuição interna de atividade dentro de uma 
mesma
PJ, resultando na criação de centros de competências,
denominados órgãos públicos, dentro de uma mes-
ma
estrutura hierárquica.
Nova pessoa jurídica. Mesma pessoa jurídica.
Não há hierarquia, apenas controle e
Fiscalização
Há hierarquia.
Relação de vinculação Relação de subordinação.
- Atenção para a Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), que traz conceitos importantes. Se o tempo estiver apertado, 
foca na leitura dos artigos 2º, 3º e 4º, que trazem conceitos importantes para a compreensão do tema. 
Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, so-
mente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. 
Súmula 561-STJ: Os conselhos regionais de Farmácia possuem atribuição para fiscalizar e autuar as farmácias e 
drogarias quanto ao cumprimento da exigência de manter profissional legalmente habilitado (farmacêutico) du-
rante todo o período de funcionamento dos respectivos estabelecimentos.
Sobre as Agências Reguladoras, se atentem para a Lei nº 13.848/2019, que trouxe as seguintes alterações:
#NOVIDADELEGISLATIVA: Lei nº 13.848, de 25.6.2019 - Dispõe sobre a gestão, a organização, o processo 
decisório e o controle social das agências reguladoras, altera a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, a Lei 
nº 9.472, de 16 de julho de 1997, a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, 
a Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, a Lei nº 9.986, de 18 de julho de 
2000, a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, a Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, a Lei nº 
11.182, de 27 de setembro de 2005, e a Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001.
A Lei nº 13.848/2019 entra em vigor no dia 24/09/2019.
Vejamos as principais alterações42: 
c) Mandato (investidura a termo. Não é inteiramente adequado mencionar mandato pois pressupõe processo 
42 Informações retiradas do site Dizer o Direito.Disponível em: www.dizerodireito.com.br . Acesso em 28.06.2019.
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eletivo) de prazo determinado – o prazo depende de cada lei da agência. Com a lei n. 13.848/2019, o manda-
to dos Diretores de todas as agências reguladoras federais passou a ser de 5 anos (algumas leis previam 
mandato de 3 e outras de 4 anos). Além disso, passou a ser proibida a recondução dos diretores ao final dos 
mandatos. Outra novidade trazida pela aludida lei foi com relação ao período de quarentena, que passa a 
ser de 6 meses (antes era de 4 meses). Valer destacar que o que a lei veda é que diretor atue na iniciativa privada 
naquele ramo, pois já tem informações privilegiadas. Pode mudar de ramo ou continuar no ramo na iniciativa 
pública. Independência administrativa.
A lei também estabelece novos requisitos para o Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral e os de-
mais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada das agências reguladoras:
Art. 5º O Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral (CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ou da 
Diretoria Colegiada (CD II) serão brasileiros, indicados pelo Presidente da República e por ele nomeados, após 
aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, entre ci-
dadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento no campo de sua especialidade, devendo ser atendidos 1 
(um) dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, o inciso II:
I - ter experiência profissional de, no mínimo:
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, no campo de atividade da agência reguladora ou em área a ela 
conexa, em função de direção superior; ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa no campo de atividade da agência reguladora, entenden-
do-se como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais altos da 
empresa;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;
3. cargo de docente ou de pesquisador no campo de atividade da agência reguladora ou em área conexa; ou
c) 10 (dez) anos de experiência como profissional liberal no campo de atividade da agência reguladora ou em área 
conexa; e
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado.
Estabelece, também, vedações para a indicação de pessoas ao Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada:
Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada:
I - de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, dirigente estatutário de partido político e titular 
de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que licenciados dos cargos;
II - de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória 
de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral;
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
IV - de pessoa que tenha participação, direta ou indireta, em empresa ou entidade que atue no setor sujeito à 
regulação exercida pela agência reguladora em que atuaria, ou que tenha matéria ou ato submetido à apreciação 
dessa agência reguladora;
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V - de pessoa que se enquadre nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei 
Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990;
VI - (VETADO);
VII - de membro de conselho ou de diretoria de associação, regional ou nacional, representativa de interesses pa-
tronais ou trabalhistas ligados às atividades reguladas pela respectiva agência.
Parágrafo único. A vedação prevista no inciso I do caput estende-se também aos parentes consanguíneos ou afins 
até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas.
Estabelece vedações os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada:
Art. 8º-B. Ao membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada é vedado:
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas;
II - exercer qualquer outra atividade profissional, ressalvado o exercício do magistério, havendo compatibilidade 
de horários;
III - participar de sociedade simples ou empresária ou de empresa de qualquer espécie, na forma de controlador, 
diretor, administrador, gerente, membro de conselho de administração ou conselho fiscal, preposto ou mandatário;
IV - emitir parecer sobre matéria de sua especialização, ainda que em tese, ou atuar como consultor de qualquer 
tipo de empresa;
V - exercer atividade sindical;
VI - exercer atividade político-partidária;
VII - estar em situação de conflito de interesse, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013.
Por fim, estabelece uma nova hipótese de perda do mandato para os diretores:
Lei nº 9.986/2000
Antes da Lei nº 13.848/2019 Depois da Lei nº 13.848/2019
Art. 9º Os Conselheiros e os Diretores somente per-
derão o mandato em caso de renúncia, de conde-
nação judicial transitada em julgado ou de processo 
administrativo disciplinar.
Art. 9º O membro do Conselho Diretor ou da Dire-
toria Colegiada somente perderá o mandato:
I - em caso de renúncia;
II - em caso de condenação judicial transitada em 
julgado ou de condenação em processo adminis-
trativo disciplinar;
III - por infringência de quaisquer das vedações 
previstas no art. 8º-B desta Lei.
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá 
prever outras condições para a perda do mandato. Esse parágrafo único foi revogado.
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- O terceiro setor também deve ser estudado neste ponto. Apesar da pouca incidência nas provas, vale a pena 
fazer uma revisão rápida sobre o tema. O mais importante aqui é saber diferenciar a Organização Social (OS) da 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), conhecer suas peculiaridades, o que é facilmente 
feito através da leitura das respectivas leis, quais sejam, Lei nº 9.637/1998 (OS) e Lei nº 9.790/1999 (OSCIP) - não 
precisa ler tudo, apenas os dispositivos que trazem conceitos e as diferenças entre elas. Esta tabelinha vai direcionar 
o estudo de vocês:
OS OSCIP
NATUREZA JURÍDICA
Pessoa jurídica de direito privado, sem 
finalidade lucrativa, não integrante da 
administração pública.
Pessoa jurídica de direito privado, sem 
finalidade lucrativa, não integrante da
administração pública.
ÁREA DE ATUAÇÃO
Ensino, pesquisa científica, desenvol-
vimento tecnológico, proteção e pre-
servação do meio ambiente, cultura 
e saúde.
É mais ampla do que a das organizações 
sociais, porque abrange, além de todo 
o campo de atuação destas últimas, 
diversas outras áreas previstas no art. 
3.º da Lei 9.790/1999.
VÍNCULO JURÍDICO Contrato de gestão Termo de parceria
NATUREZA DO ATO DE 
QUALIFICAÇÃO Ato discricionário Ato vinculado
ATO DE QUALIFICAÇÃO
A qualificação depende de aprovação 
do Ministro ou titular de órgão super-
visor ou regulador da área de ativi-
dade correspondente ao seu objeto 
social e do Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão.
Concedida pelo Ministério da Justiça.
IMPOSSIBILIDADE DE 
DUPLA QUALIFICAÇÃO – 
OS E OSCIP
Não admite ser qualificada ao mesmo 
tempo como OSCIP
Não admite ser qualificada ao mesmo 
tempo como OS.
ESTRUTURA INTERNA
Exigência legal:
– Conselho de administração com 
participação obrigatória de represen-
tantes do Poder Público e membros 
da comunidade, de notória capacida-
de profissional e idoneidade moral;
– Diretoria.
Obs.: não se exige Conselho Fiscal.
Exigência legal:
– Conselho Fiscal.
Obs.: não se exige Conselho de admi-
nistração ou participação de represen-
tantes do Poder Público em qualquer 
órgão da entidade.
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LICITAÇÃO

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