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Psicologia Social I Estrutura e Dinâmica da Vida Cotidiana -Como nossa vida se organiza em sociedade e para que possamos fazer parte dela e construir essa cotidianidade ↳é um processo lento e que se modifica -A dinâmica da vida cotidiana e os processos de apreensão da realidade ↳Heller possuía bases marxistas e, por ser húngara, tinha crítica a regimes totalitários. No pós-guerra, migrou aos EUA por ter movimentos contrários/perseguição ao seu pensamento -Conceito: a vida de todo homem. A vida do homem inteiros, o homem participa na vida cotidiana em todos aspectos de sua individualidade -Vida cotidiana heterogênea: a organização do trabalho e da vida privada, lazer e descanso. Atividade social sistematizada ↳esse conceito esbarra como o do senso comum (sem sistematização), mas diferencia-se do mesmo. Heller quis trazer uma dinâmica do viver, do dia-a-dia ↳a organização social tem uma dinâmica/movimento, e esse movimento nos faz apreender o que, da cultura, se produz ali, tanto por um olhar macro quanto micro (apreensão individual dos sujeitos) ↳subjetivação (seu entendimento) é fonte de individualidade e alienação ↳o cotidiano é um processo que permite apreensão da sociedade e possibilita socialização -Cotidiano é relacionado a tudo que circunda a vida do homem (vida pública, privada, trabalho) → no capitalismo, o trabalho passou a ser alienado. Ele é nossa principal atividade humana -Marx dizia que, no capitalismo, o indivíduo não se apropria do produto de seu trabalho (trabalho alienado) → essa alienação não é inerente ao trabalho, tanto que alienação se estende a outras atividades humanas socializadoras ↳quando as atividades que deveriam ser para o desenvolvimento humano tornam-se coisificação/desumanização (tornar coisa o que não é coisa) -Individualidade surge por relações experienciais com a cultura, por nossa historicidade -Características da vida cotidiana: ser heterogênea (todas as atividades sociais que compõem nossa vida) e hierárquica Vida cotidiana hierárquica -Condição de organicidade - estruturas de poder ↳nossas atividades heterogêneas estão numa estrutura social de poder ↳para desempenhar atividades, apreendemos da vida pública e privada -Atividade humana como apropriação social na constituição do individual (para criação da individualidade, desenvolvimento do particular, sendo “individualidade” diferente de “individualização”) (usos, costumes, tradições, linguagem, etc) Vida cotidiana é história, portanto, é movimento ↳vida cotidiana compõe todas as esferas da vida humana ↳é nessa estrutura e inserção do indivíduo nesse processo que se estabelece individualidade sobre a coletividade -Em si ↳“nós” ↳é esse ser comum de todos nós que está contido na vida cotidiana ser genérico ↳o homem é isso ↳identificação para si quando nos reconhecemos no outro ↳não há tal reconhecimento em outros seres universal ↳humanidade que reconhecemos no outro social -Para si ↳“eu” ↳relaciona-se às particularidades e a individualidade ser particular individual ↳individualização não é separada do social (ideia do homem como produto e produtor) -É movimento porque se produz em relação ao homem e a sociedade. Esse homem genérico é movimento, e nele se veem os processos de humanização e desumanização (alienação → algo te pertence, mas está afastado de você, sobre o domínio de outro) ↳quando identificamos um fenômeno como natural, não te pertencendo. Distanciamento do homem do fenômeno social a tal ponto que ele é visto como natural ↳ex: desigualdade (que é social por ser produzida pela forma que estruturamos nossa sociedade) -Alienação está presente tanto no ser genérico quanto no particular -Vida cotidiana é toda vida do homem e tudo que a constitui, estando ligada também aos meios de produção -A configuração (constituição social do humano)- do ser individual - sua subjetividade -A apropriação da realidade parcial (pela atividade humana) como elemento formador do indivíduo (e sua consciência). Portanto, a não cisão do indivíduo e do “social” ↳não há subjetividade em si e por si. É relação objetiva entre sociedade e seu meio/entre o indivíduo e seu meio ↳formador: forma singularidades, mas é um “eu” que não existe sem um “nós” ↳educação emancipatória: libertadora, que promove o desenvolvimento das condições mais humanas, sendo incongruente a dominação de gênero, raça, etc -Homogeneização - o eu voltado para si -Pensamento cotidiano orienta atitudes cotidianas (a práxis enquanto atividade humano-genérica) ↳pensamento cotidiano é produzido pela vida cotidiana ↳o que destrói as alienações são as produções de consciência ↳alienação é consciência “coisificada” -Pensamento cotidiano é pragmático (imediato) que leva a ultrageneralização (ex: preconceitos) -Vida cotidiana pressupõe imitação, e mesmice (fenômeno generalizado) leva a alienação -Alienação e vida cotidiana (p. 37 e 38)
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