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Desmame Processo de interrupção da VM, independente do tempo utilizado. Refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por tempo superior a 24h. Protocolos de Desmame Identificação sistemática de pacientes em condições; Redução significativa da duração da VM; Equipe multidisciplinar; Maior sucesso do processo. Por que descontinuar a VM? Após 12h de VM: diminuição de força e atrofia muscular. Após 18h de VM: protease. Após 24h de VM: estresse oxidativo. Após 48h de VM: perda de 1% de massa muscular ao dia. Após 3 dias de VM: lesão de miofibrila. Quando iniciar o Desmame? Evidência de melhora clínica; Oxigenação adequada; Estabilidade hemodinâmica; Eficácia da tosse; Capacidade de iniciar esforço inspiratório (drive); Nível de consciência adequado (Glasgow > 9). Classificação dos tipos de Desmame Simples: pacientes apresentam sucesso de extubação após o primeiro TER. Difícil: pacientes apresentam sucesso de extubação após 3 tentativas de TER, em um intervalo de tempo inferior a 7 dias desde a primeira tentativa. Prolongado: pacientes necessitam de mais de 3 tentativas de TER, em um intervalo de tempo superior a 7 dias desde a primeira tentativa O TER é a base fundamental para realização do desmame simples, considerado estratégia inicial para os protocolos sistematizados de desmame da VM. ABCDE do Desmame da VM Conjunto de medidas baseado em evidências: A: despertar matinal (AWAKE); BC: controle da ventilação (breathing coordination); D: monitorização diária do delirium; E: mobilização precoce (early mobilization). Etapas do Desmame Principais Preditores do Desmame Técnicas de Desmame Tubo T = TER: prova de ventilação espontânea; Ventilação por Pressão de Suporte (PSV) = TRE; Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP). Tubo T / Prova de ventilação espontânea / TRE Retirar o paciente da VM e conectar à peça “T”. Suporte de oxigênio; Aumento gradativo. Máximo 30 min. Parâmetros de avaliação: o FR; FC; Sat. O2; PA. o Gasometria arterial. o Sinais clínicos. Primeiro método de desmame da VM; Risco: Fadiga. Desmame e Extubação Sinais de Intolerância ao TRE Vantagens do Tubo T: simplicidade, boa responsabilidade, poucos efeitos adversos. Desvantagens do Tubo T: suporte nutricional inadequado, alterações metabólicas, redução da força dos músculos respiratórios, tempo prolongado. Ventilação por Pressão de Suporte PSV PS associado PEEP; Desmame gradual; PS auxilia na inspiração; FR, VC livre/esforço do paciente. PS = 5-7cmH2O; PEEP: 5 cmH2O; Extubação com Sucesso. Método mais utilizado; Suporte para vencer a resistência do circuito; Redução gradual do suporte; Monitorização: FR e VC. PSV - Materiais Fonte de oxigênio; Ventilação pressão de suporte 7cmH2O (PSV). Sucesso manutenção VE. Mínimo 48hrs. Falha/ Fracasso no Desmame: VM /Repouso; Reavaliação; Planejamento; Novo test após 24hrs; Pressão Contínua nas Vias Aéreas CPAP Modalidade para auxiliar desmame do paciente crítico. Fluxo contínuo, reduz sobrecarga, gerador de fluxo, máscara facial/nasal. Interrupção da Extubação Interrupção da VM/ Extubação: Pacientes que toleram um teste de respiração espontânea (TRE). Extubação: Retirada da via aérea artificial (TOT); “Extubação direta dos pacientes, após teste de resp. espontânea (TRE) – TUBO T ou PSV – desaconselhada; Decanulação: Retirada da cânula de TQT. 40% retorno a VM; Indicação: iniciar processo de desmame! Critérios Clínicos Pré-Extubação Proposta de Estratégia de Desmame Avaliação da força muscular respiratória/periférica Comprometimento muscular respiratório e periférico causa frequente do insucesso do desmame VM; Fatores que contribuem: imobilismo, longos períodos de VM controlada, hiperglicemia, sepse, bloqueadores neuromusculares; Avaliação FMP vem sendo realizada pelo score da MRC (MEDICAL RESEARCH COUNCIL) ou força de preensão palmar: Testa seis movimentos específicos bilateralmente: o Nível de força para cada movimento 0 -5; o MRC menor 48, sugestivo = franqueza neuromuscular. o Preensão palmar = disfunção muscular periférica; o M = 7KGF / H= 11KGF. Atuação do Fisioterapeuta no Desmame Implementar/Acompanhar protocolos, monitorização continua MR, prevenir/tratar a fraqueza muscular resp./ periférica, avaliar o risco de falha de desmame/extubação; aplicar VNI nos pacientes selecionados. Fisioterapeuta que conduz protocolos de desmame, maior chance de sucesso no desmame VM. Atuação do Fisioterapeuta envolve no DESMAME: identificação dos pacientes para TER, avaliação da condição muscular resp./periférica, avaliação dos índices preditores de sucesso/falha, VNI pós-extubação e indicação TMR/ TQT. Passo a Passo para Extubação Cabeceira elevada (30 – 45º) => explicar ao paciente => separar material => aspiração antes da extubação => suporte de oxigênio => uso de profilático de corticoides sistêmicos => higiene brônquica => desinsuflação do cuff => umidificação => monitorização => VNI. Sucesso no Desmame Manutenção da ventilação espontânea durante pelo menos 48h após a interrupção VMI. Rotina/ avaliação diária. Monitorização contínua. Condições clínicas/fisiológicas. Reintubação Denomina-se reintubação ou fracasso na extubação, a necessidade de restituir VMI. A reintubação é chamada precoce quando acontece nas primeiras 48h e aumenta em 37% o risco de morte.
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