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Propedêutica Neurológica 4 1. Funções superiores a. Consciência b. Cognição c. Compreensão d. Comunicação (linguagem) 2. Motricidade a. Voluntária (movimentação espontânea e força) – via piramidal, corticoespinhal ou corticobulbar b. Involuntária: reflexos (arco reflexo), movimentos anormais (extrapiramidal) c. Automática: tônus e marcha – extrapiramidal d. Coordenação e equilíbrio - cerebelar 3. Sensibilidade a. Superficial b. Profunda c. Especial d. Sinais meníngeos 4. Pares cranianos 5. Funções autonômicas Pares Cranianos • O exame dos nervos cranianos (NC) permite, de maneira não invasiva, obter informações quanto à integridade e ao funcionamento dos NC e de diversas estruturas encefálicas relacionadas a eles. • Os pares cranianos → sistema nervoso periférico Nervo Olfatório (NC I) • Também é referido como o nervo da olfação, dada sua função primária de carrear as informações olfatórias recebidas na mucosa olfatória (parcela especializada da mucosa nasal) aos centros superiores onde ela será decodificada e interpretada. • Distúrbios: 1. Parosmias: alucinações olfatórias dos mais variados tipos e falam a favor de alterações centrais 2. Cacosmia: sensação de odor fétido (muitas vezes, pode ser o único sinal de uma crise epilética no úncus do hipocampo) 3. Anosmia e hiposmia: excluir as causas mais comuns de perda da acuidade olfatória, como a coriza do resfriado comum e a atrofia de mucosa. Causas centrais em tumores que afetem o córtex olfatório e em fraturas da base anterior do crânio; a anosmia, em especial, pode ser uma manifestação precoce das doenças de Parkinson e de Alzheimer → lembrar do COVID • Em geral é avaliada depois de trauma na cabeça ou quando houver suspeita de lesões na fossa anterior (meningioma) ou se pacientes relatarem odor ou paladar anormal • Pede-se ao paciente para identificar odores (p. ex., sabonete, café, cravos) colocados junto às narinas enquanto a outra narina é ocluída. Nervo Óptico (NC II) • O nervo óptico está para a visão assim como o nervo olfatório está para a olfação. • Transmite as imagens formadas na retina ao córtex cerebral, onde elas vêm à consciência. • Esse exame costuma ser dividido em três etapas distintas: 1. exame de acuidade visual 2. do campo visual (o de maior interesse do neurologista) 3. do fundo de olho, visando diferenciar um déficit neurológico de um problema exclusivamente oftalmológico • Distúrbios 1. Ambliopia: redução da acuidade visual 2. Amaurose: abolição da acuidade visual • Podem ter causas neurológicas bem definidas, como hipertensão intracraniana, doenças degenerativas do sistema nervoso, doenças desmielinizantes, neurites ópticas etc. Acuidade visual Tabela de snellen • Campo visual: a. Teste estático: olho parado b. Teste cinético: De frente para o paciente, mova um alfinete de 5 mm com a cabeça vermelha desde os limites de cada quadrante do campo visual até a linha média, ao longo de uma linha entre os meridianos horizontal e vertical. Peça ao paciente para avisar quando percebe a cor vermelha pela primeira vez. Obs: lembrando que o diagnostico neurológico é sindrômico, etiológico e topográfico 1. Lesão direta no nervo óptico: o lado do nervo lesado não consegue ver de nenhum lado → amaurose temporal 2. Hemianopsia bi temporal → localizado no quiasma e não terá visão das duas têmporas 3. Hemianopsia homônima → pegou o lado esquerdo para os dois lados → pegou alguma região antes do quiasma (trajeto encefálico) • Fundo de olho: a. Oftalmoscopia b. A parte posterior do olho (retina, corioide, fóvea, mácula, disco óptico e vasos retinianos) c. O nervo óptico (juntamente com seus vasos retinianos, penetra no globo ocular pela região posterior, visível com o oftalmoscópio no disco óptico) F • Nervos oculomotor (NC III), troclear (NC IV) e abducente (NC VI) • Nervos oculomotor (NC III) → mm. Reto superior, mm. Reto medial, mm. Reto inferior (faz a musculatura intrínseca pupilar também) • Troclear (NC IV) → mm. Obliquo superior → puxa o olho para baixo • Abducente (NC VI) → porção temporal → mm. Retos laterais • Mobilidade ocular são avaliados conjuntamente durante o exame da motricidade ocular intrínseca (respostas pupilares) e extrínseca (motilidade ocular) • Mobilidade intrínseca: pupila Nervo trigêmeo (NC V) • Natureza mista: fibras motoras (músculos da mastigação) e fibras sensitivas (face e parte do crânio) • Reflexo córneo palpebral é proveniente do trigêmeo • Raiz sensitiva – Ramos oftálmico, maxilar e mandibular. Sensibilidade da córnea e da face, exceto pelo pavilhão auricular e pelo ângulo inferior da mandíbula (inervado pela raiz de C2). • Raiz motora - Responsável pela inervação dos músculos da mastigação: masseter; temporal; pterigoideo medial e lateral. • Avaliação sensitiva: testar a sensibilidade facial e passa uma mecha de algodão na parte inferior ou lateral da córnea para avaliar o reflexo da córnea. Quando há perda de sensibilidade facial, deve-se examinar o ângulo da mandíbula; a preservação dessa área (inervada pela raiz espinal C2) sugere um déficit trigeminal. • Avaliação motora palpando-se o músculo masseter, enquanto o paciente cerra firmemente os dentes, e pede-se para que abra a boca contra resistência. Quando o músculo pterigoideo está fraco, a mandíbula desvia-se para o lado desse músculo. (um teste interessante que pode ser realizado é solicitar ao paciente que morda um abaixador de língua e, em seguida, tente retirá-lo. A força que o examinador terá de exercer para retirar o abaixador de língua será consideravelmente maior no lado são do que no lado paralisado) Nervo facial (NC VII) • Funções motoras, sensitivas e autonômicas grosseiramente dividido em nervo facial propriamente dito (que acumula as funções motoras do VII) e nervo intermédio (cujas fibras suprem todas as outras funções do sétimo par craniano) • Motor: toda a inervação da musculatura da mímica facial, com exceção do músculo elevador da pálpebra superior (inervado pelo NC III), do músculo estilo-hióideo e do ventre posterior do músculo digástrico • Nervo intermédio: sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua, pela sensibilidade proprioceptiva dos músculos da mímica e pela sensibilidade tátil, térmica e dolorosa do tímpano, do conduto auditivo externo e da parte pavilhão auditiva + funções autonômicas de natureza secretória (glândulas lacrimais e salivares submandibular e sublingual) Obs: lembrar que 2/3 anteriores da língua é proveniente do fácil e 1/3 posterior é do glossofaríngeo Ramo temporal Ramo zigomático Ramo bucal Ramo mandibular Ramo cervical • É importante notar que durante seu trajeto, o nervo facial penetra na glândula parótida (um importante local de acometimento, principalmente cirúrgico, do nervo facial), mas não a inerva. • Motricidade dos músculos da mímica enrugar a testa, franzir o supercílio, fechar os olhos com força, estufar as bochechas de ar, assoviar, sorrir e mostrar os dentes (A paralisia do nervo facial é uma afecção relativamente frequente, podendo ter origem periférica ou central) • Sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua • Sensibilidade do pavilhão auditivo • Paralisia facial central apenas o andar inferior da face contralateral ao lado lesionado está paralisado o andar superior da face recebe dupla inervação (inervado por ambos os hemisférios cerebrais), portanto sempre será suprido pelo feixe nervoso contralateral, excetuando-se, apenas, os casos de lesão central bilateral • Paralisia facial periférica paralisia de toda hemiface ipsilateral ao lado da lesãodo nervo facial em seu trajeto intratemporal (nesse caso, ambos os feixes nervosos dos hemisférios estarão lesados, uma vez que a lesão ocorre após esses feixes se unirem para inervar a musculatura da mímica facial) • Conceitualmente, paralisia facial é a perda parcial ou completa da função motora dos músculos da mímica facial, sendo decorrente de lesões centrais ou periféricas. A causa mais frequente é a paralisia de Bell (PB), uma paralisia periférica aguda, unilateral, idiopática e geralmente com prognóstico favorável. A incidência anual de PB é de 20 a 30 casos por 100.000 habitantes.3 Ocorre mais comumente em pessoas com diabetes melito e gestantes no terceiro trimestre. Embora pessoas de 15 a 45 anos sejam mais suscetíveis, crianças abaixo de 10 anos também podem ser afetadas, porém com incidência menor (2,7 por 100.00). • Uma das principais complicações é não conseguir fechar o olho totalmente, levando ao ressecamento da córnea e um possível acometimento Lado direito Obs: A paralisia periférica acomete o nervo facial perifericamente e leva a paralisia de metade da face, já a paralisia central (encéfalo) ela ocorre em uma das partes do nervo facial, sendo assim a parte da fronte continua mexendo (trajeto motor) pois temos irrigação dos dois hemisférios, porém ela é mais grave. Nervo vestibulococlear (NC VIII) • Avalia equilíbrio e audição • É formado por dois contingentes de fibras: o nervo coclear ligado à audição e o nervo vestibular relacionado ao equilíbrio • Pesquisa coclear: avaliação da percepção da voz o Condução sonora óssea e aérea (diapasões e audiômetros) → Provas de Rinne e Weber (surdez de condução X surdez de percepção ou sensorioneural) – usa-se diapasões • Pesquisa vestibular: tontura, nistagmo Romberg Nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X) • São examinados em conjunto por razões anatômicas (relação intrínseca com o núcleo ambíguo e emergem do crânio pelo forâmen jugular) e clínicas (raramente são acometidos isoladamente) • Responsáveis tanto pela inervação motora quanto sensitiva da faringe • NC IX, isoladamente, é responsável pela sensibilidade gustativa do terço posterior da língua e sensibilidade visceral (alterações de PA na Aorta) • NC X é responsável pela nocicepção visceral e controle do parassimpático visceral • Pesquisa motora dos NC IX e X: 1. Primeiro tempo: inspeção da cavidade oral. Pede-se que o paciente abra a boca e diga “aaaa...” -> busque por assimetrias do palato ou da úvula. O palato do lado afetado não se eleva ao pronunciar as vogais “a” ou “e”, promovendo desvio da úvula e da rafe mediana da faringe para o lado são. 2. Segundo tempo: testagem do “reflexo do vômito”. Utilizando uma espátula, o examinador deve estimular a parede posterior da faringe (reflexo faríngeo) e o palato (reflexo palatino). Em indivíduos normais, o reflexo faríngeo manifesta-se com a elevação da faringe, constrição e náusea; já o reflexo palatino manifesta-se com elevação do palato mole e retração da úvula. • Pacientes com lesão motora bilateral dos IX e X nervos frequentemente apresentam disfagia grave, sendo comum a regurgitação nasal. • A lesão do X nervo está também relacionada com disfonia por paralisia da corda vocal. Obs: importante o reflexo vagal ligado aos barorreceptores Nervo acessório (NC XI) • Exclusivamente motor • Inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoideo, origina-se na medula de C1 a C6, ascende para o crânio e penetra pelo forâmen magno. Dentro do crânio acopla- se ao nervo vago e, com ele, emerge pelo forâmen jugular • Uma vez que os NC IX, X e XI têm um trajeto intracraniano bastante próximo, não é de se estranhar que as lesões da porção interna (intracraniana) do nervo acessório confundam- se com as do nervo vago, sendo comuns as alterações de respiração e fonação • Músculo esternocleidomastóideo: movimentação da cabeça inicialmente livre e, depois, contra uma resistência imposta pelo examinador. • Músculo trapézio: movimentação da elevação livre e contra resistência dos ombros • Alterações: diminuição da força muscular, diferença de altura dos ombros e redução da massa muscular do lado afetado Nervo hipoglosso (NC XII) • O nervo hipoglosso é responsável pela inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. • Pesquisa estática língua apresenta desvios, fasciculações ou atrofias (lesões unilaterais, a língua em repouso tende a desviar-se para o lado lesado) • Pesquisa dinâmica pede-se ao paciente que exteriorize a língua e realize movimentos em todos os eixos, forçando-a contra a bochecha para a avaliação de alterações da motricidade e força • As lesões do hipoglosso provocam disartria, principalmente quando a lesão é bilateral, e com certa frequência observam-se fasciculações da língua Exame das Funções Autonômicas • Involuntário • Sistema simpático (“luta ou fuga”) e parassimpático (“relaxe e digira”) O exame do sistema nervoso autônomo deve abordar: 1. Exame das pupilas 3. Exame da pulsação/frequência cardíaca 4. Exame da pressão arterial 5. Exame da temperatura transpiração da pele 6. Exame da função vesical e intestinal • Incontinência, urgência, volume urinário exacerbado com tônus anal normalmente são indícios de lesões frontais (bexiga frontal) • Retenção urinária com incontinência e polaciúria associada a constipação e tônus anal normalmente são indícios de lesão autonômica medular (bexiga medular) • Incontinência de sobre fluxo com distensão indolente, flacidez vesical e grandes volumes residuais associados à incontinência fecal e à redução do tônus anal, podendo ainda haver “anestesia em sela” e impotência, são indícios de lesão autonômica da cauda equina (bexiga neurogênica) Síndromes Neurológicas • Exame neurológico -> diagnóstico sindrômico -> diagnóstico topográfico -> diagnóstico etiológico 1. Síndrome do I neurônio motor → córtex (voluntario) 2. Síndrome do II neurônio motor → medular para musculo (efetor) 3. Síndrome extrapiramidal → involuntário 4. Síndrome cerebelar → equilíbrio 5. Síndromes medulares 6. Síndrome meníngea 7. Síndrome da hipertensão intracraniana Motricidade 1. Voluntária: movimentação espontânea e força → Piramidal a. Espasticidade – sempre contraído- AVC b. Pode ser de déficit (hiperreflexia) ou de libração (hiperreflexia e sinal de babiski) 2. Involuntária: reflexos, movimentos anormais → Arco reflexo a. Sinal da roda dentada, por exemplo 3. Automática (tônus e marcha) → Extrapiramidal 4. Coordenação e equilíbrio → Cerebelar Síndrome do I neurônio motor (síndrome piramidal) • A síndrome piramidal se manifesta quando há interrupção da via piramidal (corticoespinal) • lesões desde o córtex cerebral até o final da medula espinal (altura de L2) • conhecendo a organização dos feixes nervosos no encéfalo (giro pré-central, cápsula interna, decussação das pirâmides bulbares) e na medula (níveis medulares miótomos correspondentes), é possível localizar as lesões que interrompem a via piramidal (diagnóstico topográfico) • Suas principais causas são acidente vascular cerebral, tumores, doenças desmielinizantes (p. ex.: esclerose múltipla), processos degenerativos (esclerose lateral amiotrófica – ELA), traumatismos e infecções do SNC (diagnóstico etiológico) • Exemplo: Síndrome hemiplégica interrupção do sistema piramidal entre o encéfalo e a medula perda da motricidade de um hemicorpo Síndrome do II neurônio motor • Neurônios motores que partem do SNC em direção à periferia inervando diferentes grupos musculares • Final de convergência dos impulsos nervosos do sistema motor-> todos os atos motores (voluntários, automáticos e reflexos) estão abolidas causas: poliomielite anterior aguda, esclerose lateral amiotrófica, amiotrofia mielopática infantil, polineuropatia periférica, radiculopatias, mononeuropatias, etc. Síndrome extrapiramidal • O sistema extrapiramidal é composto primordialmente pelo giro pré-central (área motora primária), pelos núcleos da base e por determinados núcleos do tronco cerebral (p. ex.: substância negra) • Esse sistema é o grande responsável pela modulação, pelo ajuste fino e pela automatização dos movimentos • Dependendo da topografia da lesão desencadeante, a síndrome extrapiramidal pode se manifestar tanto por distúrbios hipercinéticos (p. ex.: coreia, distonia e hemibalismo) como hipocinéticos (p. ex.: parkinsonismo) Síndrome cerebelar • Lesões do cerebelo • Pode cursar tanto com alterações de coordenação quanto de equilíbrio ou tônus • Lesões hemisféricas repercutem sobremaneira na coordenação dos membros ipsilaterais ao hemisfério acometido (diagnóstico topográfico) • Causas: lesões expansivas (p. ex.: tumores e abcessos), infecções, distúrbios vasculares (p. ex.: infarto e hemorragia), intoxicações exógenas (p. ex.: álcool), traumas, doenças degenerativas, etc. (diagnóstico etiológico) Síndromes Medulares 1. Síndrome medular anterior • Alteração: tato, pressão, dor e temperatura • Preservada: propriocepção + sensibilidade epicrítica (vibração e toque fino) • Etiologia: - Trauma medular - Isquemia A. espinhal anterior 2. Síndrome medular posterior • Ataxia sensitiva - marcha MENOS RELEVANTE • Principais etiologias: - sífilis terciária (tabes dorsalis) - ataxia espinocerebelar (doença de Friedreich) Síndrome centro medular • Principais etiologias: o Lesão cervical do tipo chicote o Hemorragia • Hemisecção medular Brown Sequart Hemisecção medular • Plegia ipsilateral (cruza nas pirâmides bulbares) • Alteração da propriocepção ipsilateral (tronco) • Alteração da sensibilidade superficial contralateral • Principais etiologias: o Lesão por arma branca Síndrome do cone medular • L1/L2 • Principais etiologias: o Neoplasias - Hérnia de disco - Fraturas patológicas - Fraturas traumáticas Síndrome da cauda equina • Sistema nervoso periférico!! • Principais etiologias: o Neoplasias - Hérnia de disco - Fraturas patológicas - Fraturas traumáticas Síndrome da hipertensão Intracraniana • Caracteriza-se pelo aumento do conteúdo intracraniano sem aumento concomitante do contingente (crânio), resultando no aumento da pressão intracraniana (acima de 15 mmHg) que se manifesta por meio de um conjunto de sinais e sintomas. • Cefaléia Náusea Fotofobia Síndrome Meníngea • Decorre de processos irritativos que acometem as meninges e as raízes nervosas, sendo suas principais causas infecciosas (p. ex.: meningite) ou hemorrágicas (p. ex.: hemorragia subaracnóidea). • A síndrome meníngea pode ser subdividida em três síndromes, as quais, juntas, constituem seu quadro completo: • Síndrome da hipertensão intracraniana • Síndrome radicular: o Hiperestesia o Fotofobia o Raquialgia o Postura antálgica: preferência pelo decúbito lateral e/ou semiflexão dos membros inferiores o Sinais positivos: Kernig, Brudzinski e Làsegue. • Síndrome infecciosa: o Febre o Prostração o Astenia o Anorexia o Taquicardia • A avaliação das meninges é feita por quatro provas fundamentais: • Avaliação da rigidez nucal • Teste de Brudzinski • Teste de Kernig • Manobra de Lasègue Rigidez Nucal • Avaliação: irritação meníngea (coluna cervical). • Semiotécnica: o examinador posiciona as mãos na região occipital da cabeça do paciente, que estará em decúbito dorsal e com os membros estendidos. Inicialmente, o examinar deve rotacionar suavemente a cabeça do paciente descrevendo um sinal de “não” e, em seguida, fletir o pescoço do paciente levantando suavemente sua cabeça do leito. • Teste positivo: em qualquer uma das situações a seguir: o Rigidez, dificuldade ou limitação do movimento à rotação ou flexão do pescoço o Flexão do pescoço com flexão simultânea do quadril ou do joelho do paciente. Teste de Brudzinski • Avaliação: irritação meníngea (coluna cervical). • Semiotécnica: o examinador apoia uma de suas mãos na região occipital da cabeça do paciente, que estará em decúbito dorsal e com os membros estendidos, e executa a flexão passiva do pescoço dele (Figura 14.32). • Teste positivo: quando o paciente referir dor cervical e fletir seus quadris e joelhos executando uma posição antálgica Teste de kernig • Avaliação: irritação meníngea e radiculopatias (coluna lombossacra). • Semiotécnica: com o paciente em decúbito dorsal e uma de suas pernas em flexão de 90º do quadril e do joelho, o examinador deve estender o joelho do membro flexionado (Figura 14.33). • Teste positivo: quando o paciente referir dor ao longo do trajeto do nervo ciático associado à resistência bilateral à extensão do joelho (indica irritação meníngea) e à resistência unilateral à extensão do joelho (indica radiculopatia) Manobra de Làsegue • Avaliação: irritação meníngea (coluna lombossacra) • Semiotécnica: com o paciente em decúbito dorsal e suas pernas estendidas, o examinador executa a elevação de ambas de suas as pernas em extensão (Figura 14.34). • Teste positivo: a manobra é considerada positiva quando o paciente refere dor lombar e tende a fletir o pescoço quando a perna é elevada entre 30º e 60º Sintomas dos sinais de irritação meníngea • Cefaléia • Rigidez de nuca Fotofobia • Vômitos • Convulsão • Sonolência/irritabilidade • Febre • Petéquias • Mialgia ➔ Meningite infecciosa ➔ Meningite inflamatória ➔ Hemorragia subaracnóidea ➔ Neoplasia
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