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OXIGENOTERAPIA E VM (1)

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OXIGENOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA 
LIMOEIRO DO NORTE-CE
2022
OXIGENOTERAPIA
A oxigenoterapia pode ser definida como a administração de oxigênio superior à encontrada na atmosfera (21%) com objetivo de minimizar o déficit de oxigênio que o organismo está necessitando.
OXIGENOTERAPIA
Tem por objetivo reduzir o esforço ventilatório, nas situações como a atelectasia que prejudica a difusão, ou quando os volumes pulmonares estão diminuídos devido à hipoventilação alveolar, este procedimento aumenta os níveis de oxigênio nos alvéolos;
Nas situações de infarto do miocárdio ou em uma arritmia cardíaca, a administração de oxigênio é necessária para um paciente cujo miocárdio já está comprometido.
OXIGENOTERAPIA
Indicações:
Parada Cardiorrespiratória;
IAM – reduz sobrecarga cardíaca;
Traumatismos graves;
Angina instável;
Recuperação pós-anestésica;
Insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada;
Insuficiência cardíaca congestiva.
OXIGENOTERAPIA
Indicações:
Situações de Hipoxemia: SatO2<90% em ar ambiente e repouso;
Baqueteamento
OXIGENOTERAPIA
O tratamento com diferentes dispositivos está vinculado ao grau de severidade da incapacidade respiratória que o paciente apresenta.
Tipos de Sistemas da Oxigenoterapia 
Sistemas de baixo fluxo
Cânula nasal dupla
Cateter naso-faríngeo
Sistemas de alto fluxo
Máscara de Venturi
Máscaras faciais de nebulização
DEFINIÇÕES
Saturação de O2 : 
Quantidade de O2 na Hb( hemoglobina);
Normal no Rn-85 a 95 %;
Normal adulto-acima de 90%
Oximetria de pulso
DEFINIÇÕES
Pressão parcial de O2 (PAO2):
Eficácia das trocas de o2 entre alvéolos e os capilares pulmonares;
VALOR NORMAL: 80 a 100 mmhg;
< que 60: hipoxemia significativa;
DEFINIÇÕES
Fração inspirada de O2- Fio2
Gases da atmosfera: 02, nitrogênio, dióxido de carbono;
Fio2 da atmosfera -21%;
Pacientes críticos irão precisar de uma Fio2 maior;
Dispositivos que ofertam de 21% até 100%;
Gases
Oxigênio 
x 
Ar Comprimido
Gases
REDE DE O2:
Utilizado para dar o aporte de oxigênio ao paciente, através de máscara, cateter nasal, intubação, fazer nebulização e etc.
REDE DE AR COMPRIMIDO:
Gás não toxico, para Transporte de substâncias medicamentosas para pacientes por via respiratória, nebulização, como fração gasosa na ventilação mecânica.
O circuito do gás oxigênio
UMIDIFICADOR
FLUXÔMETRO
MANÔMETRO
BALA OU CILINDRO DE O2
Formas de administração
Posicionamento adequado
SISTEMA DE BAIXO FLUXO
Formas de Administração
Sistemas de baixo fluxo:
Catéter tipo óculos
Máscara facial simples
Sistema de alto fluxo:
Máscara de Venturi
Formas de administração
Cateter tipo óculos:
Empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2;
Confortável por longos período;
Não impede a alimentação e fala;
Pode ocorrer irritação de mucosa nasal
Cateter tipo óculos
Cateter tipo óculos:
Vantagens: 
Conforto e comodidade;
Economia, não necessita ser removida; 
Convivência -pode comer, falar, sem obstáculos; 
Facilidade de manter em posição. 
Desvantagens: 
Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais;
Concentração de 02 baixa;
De pouca aceitação por crianças pequenas; 
Não permite nebulização. 
Formas de administração
Máscara facial simples:
Concentração média ou baixa de O2;
Abrange nariz e boca;
O corpo da máscara em si coleta e armazena oxigênio entre as inspirações do paciente;
A expiração se faz através de orifícios laterais. 
MÁSCARA FACIAL SIMPLES
Vantagens: 
Respiração nasal e oral; 
Veículo para administração de medicações inalatórias
Desvantagens:
Dificulta comunicação oral; 
Dificuldade para beber e comer 
Evitar uso prolongado, devido lesões por pressão
OXIGENOTERAPIA POR CÂNULA NASAL (baixo fluxo)
A cânula (ou cateter) nasal é um dispositivo de polietileno ou silicone com duas pequenas cânulas, que medem em torno de 1,5 cm, introduzidas nas narinas e que permitem fluxo de oxigênio regulável que não ultrapasse 6 l/min. 
Ele é ofertado ao paciente na forma seca até 2 l/min e umidificado para valores superiores em virtude do risco de epistaxe. 
Geralmente, utilizam-se fluxos superiores a 8l/min, mas podem causar desconforto e ressecamento nasal, mesmo com dispositivos de umidificação acoplados.
Resulta em 23% a 30% de fração O2 para o paciente.
OXIGENOTERAPIA POR CÂNULA NASAL (baixo fluxo)
Cuidados de Enfermagem:
Aplicar compressas de gaze nas áreas de pressão sob o nariz e sobre as orelhas;
Trocar o cateter sempre que apresentar falha em seu funcionamento;
Higienizar as narinas do paciente, no mínimo, uma vez ao dia, e sempre que necessário, atentando para a presença de lesões.
OXIGENOTERAPIA POR CÂNULA NASAL (baixo fluxo)
CÂNULA NASAL
OXIGENOTERAPIA POR CÂNULA NASAL (baixo fluxo)
CÂNULA NASAL / CATETER ÓCULOS
Oxigenoterapia por máscara facial aberta (BAIXO FLUXO)
A máscara facial aberta é utilizada para a administração de oxigênio de forma umidificada. 
Recobre o nariz e boca do paciente, mas não possui sistema de vedação.
Pode ofertar até 40% de concentração de oxigênio dependendo da velocidade do fluxo que pode variar de 5 a 12 l/m.
Oxigenoterapia por máscara com reservatório (baixo fluxo)
Máscara acoplada a uma bolsa inflável com capacidade para 1l, fixada à entrada de oxigênio, produzindo FiO2 mais elevada que a máscara simples.
Fluxo de 7 a 10l/min.
Reinalação parcial: o fluxo é adequado para esvaziar apenas 1/3 de seu conteúdo no reservatório;
Sem reinalação: o fluxo é suficiente para evitar o colapso do reservatório.
Oxigenoterapia por máscara com reservatório (baixo fluxo)
Máscara de não-reinalação:
Impede a reinalação através de válvulas unidirecionais.
Uma válvula inspiratória se encontra no topo da bolsa, enquanto as válvulas expiratórias cobrem as portas de expiração sobre o corpo da máscara.
OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI (alto fluxo)
A máscara de Venturi é uma máscara facial fenestrada que possui sistema de alto fluxo. 
O oxigênio passa por um orifício, sob pressão, permitindo a aspiração do ar ambiente para o interior da máscara, o que provoca a mistura de ar ambiente e oxigênio.
É considerado um método eficaz por permitir o controle da quantidade exata de O2 por meio de adaptadores coloridos e removíveis, atingindo até 50% de concentração de oxigênio.
OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI (alto fluxo)
OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI (alto fluxo)
Conc. O2
OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI (alto fluxo)
Cuidados de Enfermagem:
Ajustar firmemente a máscara, e aplicar compressas de gaze sob as tiras para prevenir ulcerações;
Certifique-se de que não ocorra coleta da condensação e consequente drenagem sobre o paciente.
Oxigenoterapia em neonatologia
Suporte inalatório:
Cânula de oxigênio nasal
Oxigenoterapia em neonatologia
Suporte inalatório:
Capacete de oxigênio (oxi-hood)
Oxigenoterapia em neonatologia
Suporte por pressão positiva:
Reanimador de silicone autoclave com reservatório:
Oxigenoterapia em neonatologia
Suporte por pressão positiva:
CPAP Nasal
Oxigenoterapia em neonatologia
Suporte por pressão positiva:
Ventilação Mecânica
Oxigenoterapia em neonatologia
Cuidados de Enfermagem:
Explicar o procedimento ao paciente;
Manter VAS por aspiração, S/N;
Proporcionar uma fonte de umidificação;
Verificar as concentrações de O2;
Observar a resposta do paciente ao oxigênio;
Organizar os cuidados de enfermagem de modo que a interrupção da terapia seja mínima;
Verificar todo o equipamento a cada plantão (limpeza; desinfecção e troca);
Oxigenoterapia em neonatologia
Cuidados de Enfermagem:
Manter materiais combustíveis isoladas;
Encerrar gradualmente a oxigenoterapia;
Monitorizar continuamente o desmame da criança;
Avaliar sinais vitais e controlar parâmetros;
Instalar oxímetro de pulso, s/n;
Registrar condutas e comunicar intercorrências;
Promover suporte a família.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
A ventilação mecânica pode salvar vidas e é usada na ressuscitação cardiopulmonar, medicina de tratamento intensivo, e anestesia.
Ventilaçãomecânica
A ventilação mecânica é utilizada como suporte de vida, em todos os hospitais do mundo quando a respiração não se processa satisfatoriamente;
O VENTILADOR MECÂNICO é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
A ventilação mecânica (VM) é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI) sendo utilizada em pacientes com insuficiência respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não constitui um procedimento curativo.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Tipos de Ventiladores Mecânicos:
Ventiladores por pressão negativa – Sustentam a ventilação semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa externamente no tórax, permitindo que o ar inspirado preencha o volume torácico. Estes ventiladores estão indicados em pacientes com insuficiência respiratória crônica associada às patologias neuromusculares. O pulmão de ferro, envoltório corporal e couraça torácica, são exemplos de ventiladores mecânicos que funcionam por pressão negativa.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Tipos de Ventiladores Mecânicos:
Ventiladores por pressão positiva - Em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os alvéolos ampliam-se no momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da atividade mecânica da respiração espontânea é a possibilidade de permitir uma oxigenoterapia com frações de O2 variáveis. Os ventiladores ciclados por pressão, tempo, volume e fluxo são os tipos de ventiladores por pressão positiva.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA - VNI
O suporte ventilatório não invasivo é feito por meio de máscaras, que mantêm pressão positiva contínua (continuous positive airway pressure - CPAP) ou de dois níveis que mantêm a pressão contínua na inspiração e expiração(bilevel positive airway pressure - Bipap). 
Asseguram a manutenção das trocas gasosas com diminuição do trabalho respiratório melhorando o padrão respiratório.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA - VNI
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA - VNI
CPAP
A respiração com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) consiste na aplicação terapêutica da PEEP em respiração espontânea, onde é mantido um elevado fluxo com uma mistura gasosa na fase inspiratória e níveis de PEEP na fase expiratória. Na CPAP, todo o ciclo ventilatório é realizado com um sistema pressurizado positivo e constante.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA - VNI
A máscara de CPAP pode ter como complicações a broncoaspiração em crianças, devido o aumento da salivação, devendo ser instalada com pelo menos uma hora de jejum. Já nos adultos, a principal queixa, além da intolerância, é de náuseas, podendo ser seguidas de vômitos.
Para máscara de BIPAP, é importante a administração de sedação, sem que haja prejuízo do padrão respiratório, para que o paciente tolere melhor a utilização do suporte respiratório.
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
A ventilação mecânica invasiva é a assistência ventilatória por meio de respirador (ou ventilador) mecânico.
As principais indicações são a diminuição do consumo de oxigênio exigido pelo músculo cardíaco na vigência de cardiopatia, bloqueio neuromuscular para a realização de procedimentos invasivos e diminuição da hipoxemia ou hipercapnia para pacientes que apresentam insuficiência respiratória. Pode ser utilizado para prevenção de atelectasias e da fadiga respiratória.
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
LARINGOSCÓPIO
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
A ventilação mecânica fornece o gás ao pulmão por meio de pressão positiva a uma determinada frequência e essa quantidade de ar pode ser limitada pelo tempo, pela pressão e pelo volume.
O ajuste dos parâmetros de funcionamento devem levar em consideração alguns fatores, como os resultados da gasometria e da radiografia de tórax, a patologia de base.
Podem ser ajustadas: pico de pressão inspiratória, relação inspiração x expiração, modalidade e frequência respiratórias, pressão expiratória positiva final (Peep) e fração inspiratória de O2 (FiO2).
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
A ventilação mecânica basicamente é feita através do uso de pressão positiva nas vias aéreas, ao contrário do que se utilizava no início do seu uso clínico que era a pressão negativa. Desta forma, pode-se dividir a ventilação a pressão positiva em quatro fases:
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Modos de Ventilação Mecânica:
Ventilação controlada (CMV): Neste modo de ventilação não há participação do paciente, o aparelho determina todas as fases da ventilação. Este é o tipo de ventilação mais utilizado na anestesia.
Ventilação assistida: Neste modo de ventilação, o aparelho determina o início da inspiração por um critério de pressão ou fluxo, mas o ciclo só é iniciado com o esforço do paciente. Nas duas situações, o disparo é feito pelo esforço inspiratório do paciente que aciona o aparelho de acordo com a sensibilidade pré-determinada.
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Modos de Ventilação Mecânica:
Ventilação assistida-controlada: O modo assistido-controlado permite um mecanismo duplo de disparo fornecendo maior segurança para o paciente, pois o ciclo controlado entra sempre que o paciente não disparar o ciclo assistido.
Ventilação mandatória intermitente (IMV): Neste tipo de ventilação há uma combinação de ventilação controlada e/ou assistida intercalada com ventilações espontâneas do paciente dentro do próprio circuito do aparelho, através de válvulas de demanda.
Ventilação mecânica invasiva (vmi)
Ciclagem do ventilador: determina a mudança da fase inspiratória para a expiratória. Pode ocorrer das seguintes formas:
Ciclagem a tempo;
Ciclagem a volume;
Ciclagem a pressão;
Ciclagem a fluxo.
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Ciclagem do ventilador:
Ciclagem a tempo: A transição inspiração/expiração ocorre de acordo com um tempo inspiratório predeterminado, não importando as características elástico-resistivas do sistema respiratório do paciente.
Ciclagem a volume: Neste modo de ciclagem o final da fase inspiratória é determinado pelo valor de volume corrente ajustado. Há um sensor no aparelho que detecta a passagem do volume determinado e desliga o fluxo inspiratório.
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Ciclagem do ventilador:
Ciclagem a pressão: A fase inspiratória é determinada pela pressão alcançada nas vias aéreas.
Ciclagem a fluxo: Neste tipo de ciclagem, o tempo inspiratório é interrompido quando o fluxo inspiratório cai abaixo de um valor pré-ajustado.
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Cuidados de Enfermagem:
Vigilância constante;
Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular;
Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório;
Observação dos sinais neurológicos;
Aspiração de secreções;
Observação dos sinais de hiperinsuflação;
Higiene oral, troca de fixação do TOT/TQT, mobilização do TOT;
Controle da pressão do balonete;
Ventilação mecânica invasiva (VMI)
Cuidados de Enfermagem:
Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso corporal;
Controle nutricional;
Umidificação e aquecimento do gás inalado;
Observação do circuito do ventilador;
Observação dos alarmes do ventilador;
Nível de sedação do paciente e de bloqueio neuromuscular;
Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina;
Orientação de exercícios;
Preenchimento dos formulários de controle;
Apoio emocional ao paciente;
Controle de infecção.
TRAQUEOSTOMIA
A traqueostomia é uma técnica cirúrgica que inclui abertura da pele e planos musculares do pescoço, estabelecendo uma abertura na traquéia.
A traqueostomia é uma das operações mais antigas e era indicada quase que exclusivamente em situações de emergência, devido à obstrução da via respiratória causada pela difteria.
TRAQUEOSTOMIA
Atualmenteé um procedimento com os objetivos de:
Aliviar obstruções das vias aéreas superiores,
Oferecer suporte ventilatório prolongado,
Reduzir o espaço morto,
Facilitar a limpeza brônquica por aspiração,
Permitir um desmame mais rápido,
Diminuir o risco de lesões laríngeas e de sequelas estenóticas da traquéia.
Pacientes que precisam de assistência ventilatória acima de 10 dias, quando a canulação orotraqueal é substituída pela traqueostomia.
TRAQUEOSTOMIA
Ventilação Mecânica através do traqueóstomo:
REFERÊNCIAS
Ceará. Secretaria de Educação do Ceará. Curso Técnico de Enfermagem Integrado ao Ensino Médio. Manual de Cuidados ao Paciente Crítico – Manual do Aluno. 2013
Colégio Técnico São Bento. Enfermagem em Pacientes Graves.

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