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DIREITO TRIBUTÁRIO II PROF: ANANIAS RIBEIRO 1. NORMA TRIBUTÁRIA - Material: verbo (comprar) + complemento (carro); hipótese de incidência. - Pessoal: elemento subjetivo (sujeito ativo e passivo); é uma relação jurídica que possui conteúdo econômico. - Temporal: momento da ocorrência da hipótese de incidência. OBS: O vencimento de tributo não é matéria de lei e não se sujeita ao princípio da anterioridade. - Espacial: área em que a incidência tributária vai se materializar. Existe exceção; ex: A mesma incidência poderá dar-se no exterior (aplicação dos tratados internacionais). - Quantitativo: relacionado ao valor do tributo a se pagar. Está subdividido em base de cálculo e alíquota. A base de cálculo deve estar sempre relacionada com o elemento material! Em regra, a base de cálculo é apresentada em moeda corrente e a alíquota em percentual. Quando a base de cálculo é técnica (apresentada em outra grandeza), a alíquota é apresentada em moeda corrente. OBS: Existem tributos que não possuem alíquota! (Tributos Fixos) Hipótese + Consequência (relação jurídica entre um sujeito ativo e outro passivo) 2. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA A obrigação principal tem conteúdo patrimonial enquanto a mesma inexiste na obrigação acessória. A obrigação acessória é autônoma em relação à obrigação principal, ou seja, mesmo findando a obrigação principal, no caso de inadimplência da obrigação acessória, a mesma continuará a existir. Ex: A emissão de nota fiscal é uma obrigação acessória, tal qual a declaração de imposto de renda e escrituração de livros fiscais. A obrigação acessória é um instrumento para que o fisco possa melhor fiscalizar/cobrar o contribuinte. “O fisco sabe muito! Porém não sabe tudo” “ Todo direito e liberdade tem um custo” Obrigação principal é matéria de lei, ao passo de que a obrigação acessória não, todavia em razão de necessitar do acompanhamento de penalidade na hipótese de seu descumprimento, são criadas por lei. 3. FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO Incidência: quanto a situação hipotética da norma se materializa em razão da conduta do agente. Não incidência: situações que não vão ser alcançadas pelas normas tributárias. Em regra não precisa estar expressa! OBS: havendo qualquer forma de isenção, esta deve estar devidamente expressa e será interpretada literalmente (art.111) Alguns doutrinadores criticam que o código tributário nomeie apenas um nome para duas situações distintas. São eles: - Becker: dividiu o fato gerador em Hipótese de Incidência e Hipótese Realizada - Geraldo Ataliba: dividiu o fato gerador em Hipótese de Incidência e Fato Imponível - Paulo de Barros Carvalho: dividiu o fato gerador em Hipótese e Fato Jurídico. Situação de fato: acontecimento necessário, mas não regulamento em outro ramo de direito com exceção do tributário , que produz efeitos necessários para a produção de efeitos jurídicos. Situação jurídica: elege um fato gerador que está demonstrado em outro instituto jurídico. Classificação a) Quanto ao número de atos praticados: - Simples - Complexo b) Quanto ao tempo de sua o ocorrência - Instantâneo: são imediatos - Complexivo: pela demora da análise em sua integralidade, não podem ser realizados em caráter imediato. - Continuado: fatos periódicos c) Quanto a existência ou não de uma condição - Incondicional (regra) - Condicional: aplica-se somente aos fatores geradores que traduzem situação jurídica. Esta condição pode ser suspensiva (negócio ainda não ocorreu) ou resolutória (negócio já ocorreu) Norma Antielisão/Antievasão a) Elisão (ocorre antes do fato gerador): práticas lícitas do contribuinte para reduzir sua carga de tributos. Ex: Advogar como pessoa jurídica em detrimento de pessoa física. b) Evasão (ocorre depois do fato gerador): práticas ilícitas do contribuinte para reduzir sua carga de tributos. c) Elusão: atividade lícita mas praticada de forma abusiva. Comentários: Não necessariamente será uma pessoa jurídica de direito público, haja vista a possibilidade de pessoa jurídica de direito privado poder cobrar tributo. Comentários: Quem tem competência tem capacidade, mas quem tem capacidade não necessariamente tem competência! Comentários: Havendo desmembramento de um município A, o município desmembrado B ficará obrigado a cobrar os tributos de A, até que o mesmo crie sua própria legislação. Aplica-se o mesmo princípio no caso de desmembramento entre Estados e Territórios. Havendo o desmembramento de um território/município C, entre os territórios/municípios A e B, passa a viger a legislação mais favorável ao contribuinte ou a que o Fisco respectivamente escolher. Importante lembrar que essas hipóteses são válidas apenas até a criação da legislação própria do território/município C. Comentários: O contribuinte é a pessoa física/jurídica que possui relação pessoal e direta com a obrigação, responsável por materializar a condição devidamente expressa na lei que gera a sua obrigação. A lei determina sempre quem será o contribuinte e quem será o responsável! Na hipótese de morte do contribuinte, a lei determina um terceiro, ainda que não responsável por materializar a condição inerente a cobrança do tributo, a arcar com as despesas do contribuinte originário, desde que este terceiro tenha as relações mínimas de vinculação com o mesmo. Não há possibilidade do contribuinte e do responsável pela cobrança do tributo serem a mesma pessoa! OBS: Contribuinte e responsável são pessoas distintas. Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Comentários: Consagra o princípio da inoponibilidade das convenções particulares, que dispõe que particulares poderão dispor livremente de suas obrigações tributárias, mas que contudo não poderão impor a mesma relação contra a Fazenda Pública. É uma norma que traz segurança jurídica e deixa determinado quem é o sujeito passivo e ativo da obrigação tributária. 4. TÓPICO
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