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Diversidade Cultural e Educação no Brasil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER 
MELISSA CRISTINA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
DIVERSIDADE CULTURAL – FASE II 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
MELISSA CRISTINA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
DIVERSIDADE CULTURAL – FASE II 
Trabalho apresentado às disciplinas de 
Fundamentos Históricos da Educação Brasileira e 
Estudo das relações étnico-raciais para o ensino 
de História e cultura afro-brasileira e africana, no 
Curso de Licenciatura em Matemática, Turma 
07/2015, 1º semestre, do Centro Universitário 
Internacional de Curitiba – UNINTER. 
 Prof Maria Agueda Marques Staichok 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
RESUMO 
 
 
 Neste trabalho iremos discutir e comparar as principais leis elaboradas a partir do 
século XX que colaboraram para a formação do sistema educacional brasileiro 
como o conhecemos hoje. Abordaremos também como a diversidade cultural e 
principalmente as culturas indígena e africana contribuíram para formação da nossa 
sociedade. Veremos que tanto a educação escolar quanto a inclusão de 
afrodescendentes e indígenas na sociedade sempre foram assuntos à margem da 
prioridade. O sistema educacional Brasileiro somente vai ser alvo de estudos mais 
aprofundados a partir da década de 60, o que nos leva a poucos registros para 
análise, porém é de suma importância o estudo do conteúdo já reunido. Usaremos 
de livros, estudos publicados e internet para formular uma discussão dos 
fundamentos sobre os quais nosso sistema educacional está baseado e a 
importância de valorizarmos a diversidade cultural que forma nossa sociedade. O 
conteúdo do tópico três faz parte de uma aula expositiva, em anexo, que visará à 
compreensão da cultura afro-brasileira e indígena, assim como a busca pelo 
respeito e igualdade de direitos a todos sem distinção. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUME 
 
 
 In this paper we will discuss and compare the main laws enacted from the twentieth 
century that contributed to the formation of the Brazilian educational system as we 
know it today. Also discuss how cultural diversity and especially the indigenous and 
African cultures contributed to shaping our society. We will see that both the school 
education as the inclusion of African descent and indigenous issues in society have 
always been on the margins of priority. The Brazilian educational system will only be 
the subject of further study from the 60s, which brings us a few records for analysis, 
but it is very important to study the content ever assembled. We will use books, 
published studies and Internet to formulate a discussion of the foundations upon 
which our educational system is based and the importance of valuing cultural 
diversity that shape our society. The topic content is part three of a lecture, attached, 
that will aim to understand the african-Brazilian and indigenous culture, as well as 
the search for respect and equal rights to all without distinction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 
2 PRINCIPAIS LEIS EDUCACIONAIS DO SÉCULO XX............................................2 
2.1 Importância e eficácia............................................................................................3 
2.2 Quadro comparativo das Leis................................................................................5 
3 DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL – NEGROS E ÍNDIOS.............................6 
3.1 Conceito de raça e etnia........................................................................................6 
3.2 Inclusão e igualdade de direitos............................................................................7 
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................10 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................11 
ANEXO......................................................................................................................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 A educação no Brasil, desde a época do Brasil colônia, sempre esteve à margem 
das prioridades de seus governantes. A partir do século XX algumas medidas para 
tornar a educação escolar ampla e acessível foram tomadas, mas apesar de 
importantes para um avanço na forma e financiamento das instituições algumas 
ainda deixavam vaga à responsabilidade pela educação, faltando também um 
investimento e incentivo a formação de profissionais para atuar nas instituições. 
Algumas leis foram criadas com claro intuito de manipular a educação como 
interesse da força governante na época, usando assim do sistema, que deveria criar 
cidadãos com conhecimento suficiente para desenvolver opiniões e 
questionamentos autênticos, para inculcar preceitos que reforçariam o poder dos 
então dirigentes do país. Quatro importantes leis levaram à forma de ensino como 
vemos hoje, são elas: Lei 4.024/1961, Lei 5.540/1968, Lei 5.692/1971 e Lei 
9.394/1996. Essas leis apesar de terem sofrido a influência política da época em 
que foram criadas, nos mostram avanços significativos na educação brasileira e que 
é possível mesmo que lentamente conseguir melhoras para educação no país. 
 O desenvolvimento na educação e sociedade brasileira contou com a diversidade 
cultural de seus habitantes. O Brasil desde colônia sempre foi uma nação de 
população híbrida, as diversas formas de cultura formaram um país rico em sua 
culinária, linguagem, dança, canto entre tantos outros aspetos trazidos de 
imigrantes, colonizadores e já habitantes. Apesar da triste história de atrocidades 
imprimidas a negros e índios, estes ajudaram a formar a nossa sociedade com 
importantes contribuições culturais. Hoje temos uma identidade cultural própria, feita 
da mistura de povos que aqui construíram suas vidas e deixaram marcas 
extremamente significativas para seus descendentes. 
 O estudo do desenvolvimento da educação no Brasil e a contribuição 
principalmente de negros e índios nesse processo se faz importante para uma visão 
de respeito pela diversidade e uma busca constante de melhoramento nos métodos 
de ensino. A seguir iremos nos aprofundar nessa discussão tendo por base textos 
de estudiosos e historiadores, contando também com uma visão mais simplificada 
no quadro comparativo das leis. 
 2 
PRINCIPAIS LEIS EDUCACIONAIS DO SÉCULO XX 
 O Sistema Nacional de Educação como temos hoje é o resultado de vários 
esforços de unificação e de várias mudanças e adaptações de currículos escolares. 
Vamos estudar quatro importantes leis que nos mostram essas variações e 
tentativas: 
-Lei 4.020/1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, englobou todos 
os graus e modalidades de ensino. Incentivou um ensino mais flexível e inovou o 
Ensino Médio e Superior, no intuito de tornar a educação mais acessível. 
-Lei 5.540/1968, a Reforma do Ensino Superior, determinou normas de organização 
e funcionamento do ensino superior e sua articulação com o ensino médio. 
-Lei 5.692/1971, fixou diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, unificando o 
primário e ginásio em 1º grau e tornando obrigatório o ensino técnico no 2º grau. 
-Lei 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, unificou o currículo escolar 
nacional com a ressalva de que além das matérias obrigatórias poderia se inserir na 
grade matérias o conteúdo de acordo com a cultura da região, nos ensinos 
fundamentale médio. A nova denominação dos níveis escolares passa a ser 
Educação básica (desde a educação infantil até o antigo 1º grau), Ensino Médio 
(antigo 2º) e Ensino Superior, neste último o vestibular deixa de ser a única forma de 
ingresso. 
 Estes são os principais caminhos pelos quais a educação brasileira passou até 
chegar ao modelo de ensino que temos atualmente, é importante o estudo de cada 
uma em seu contexto político e social para que possamos compreender as decisões 
tomadas e conhecendo o que e como foi feito, possamos ajudar a construir um 
sistema educacional cada vez mais acessível e eficaz. 
 
 
 
3 
IMPORTÂNCIA E EFICÁCIA 
 Ao estudarmos as principais leis que regeram a educação no Brasil a partir do 
século XX é de suma importância observar o contexto em que foram elaboradas, 
pois falar sobre importância e eficácia nos requer conhecimento das necessidades 
da época. 
 Após a deposição de Getúlio Vargas da presidência da República em 1946 o Brasil 
vive uma época em que o sentimento de democracia aflorava no povo, a 
industrialização crescia no país o que levou a uma demanda de pessoas com nível 
técnico de conhecimento. Em 1961, após 13 anos de discussões entre liberais e 
conservadores, a Lei 4020/1961 ou somente LDB/61 foi aprovada e trouxe consigo 
importantes mudanças para a educação como: obrigatoriedade do ensino primário a 
partir dos 7 anos, integração entre escola e comunidade, possibilitou o acesso ao 
ensino superior de egressos do ensino técnico e instituiu metas para matrículas em 
todos os níveis. Apesar de o número de alfabetizados aumentar consideravelmente, 
a demora na aprovação da lei deixou alguns pontos desatualizados e logo após sua 
aprovação outras leis foram elaboradas para se adaptar ao Regime Militar que 
comandava o país, pois este tinha a necessidade de um povo obediente e não 
contestador. Em resposta aos movimentos estudantis da época foi aprovada a Lei 
5.540/1968, a Reforma Universitária, que instituiu o vestibular como forma de 
ingresso, a matrícula por disciplina e o regime de créditos, onde os alunos se 
matriculavam em cada disciplina compondo o currículo conforme pré-requisitos 
estabelecidos. Organizou as instituições por departamento o que eliminou a 
duplicidade de trabalho, aumentando a produtividade de recursos materiais e 
humanos. A esta altura com todo desenvolvimento crescente no país a demanda 
por pessoas com melhor preparo educacional voltado para profissionalização era 
evidente e atualizações no sistema de ensino eram necessárias, neste contexto foi 
aprovada a Lei 5.692/1971 que instalou a obrigatoriedade do ensino 
profissionalizante no segundo grau, formando assim pessoas que atendiam a 
demanda por mão de obra mais qualificada. A grade curricular foi modificada, como 
por exemplo a matéria de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) foi 
inserida na grade, com o intuito claro de direcionamento do pensamento da 
4 
população para ideais militares que governavam o país. Quanto à obrigatoriedade 
do ensino profissionalizante, e apesar deste preparar a população para o mercado 
de trabalho, para que esta modalidade de ensino fosse possível algumas matérias 
importantes da grade curricular como geografia e história tiveram seus conteúdos 
diminuídos para adaptação a nova grade contendo matérias específicas de preparo 
profissionalizante, prejudicando assim estudantes que viriam a prestar vestibular 
onde essas matérias eram cobradas com maior conteúdo, desta deficiência de 
conhecimento surgiram vários cursos pré-vestibulares que supriam a necessidade 
de estudos mais aprofundados das matérias básicas. O Sistema de Educação como 
temos atualmente está fundamentado na Lei 9.394/1996, a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional. Esta regulamenta o ensino em todos os seus níveis seja ele 
público ou privado, reafirma o direito á educação e unifica o ensino em todo território 
nacional. Uma importante medida desta lei é deixar clara a responsabilidade por 
cada nível de ensino, o que possibilita uma melhor fiscalização e cobrança por 
resultados e melhorias. A autonomia pedagógica foi também um dos pontos 
principais desta lei, pois o profissional tem maior flexibilidade para de acordo com 
seus recursos e conhecimento da população de determinada região contribuir para 
que a aprendizagem seja interessante e plena, com a participação ativa da 
sociedade e dos alunos, o que só é possível pelo contexto político no momento. 
 Todos estes esforços para melhorar a educação foram importantes na formação do 
sistema educacional que temos hoje, apesar de influências políticas de cada época, 
vemos que de alguma forma em cada lei houve uma preocupação de inclusão e 
crescimento da população alfabetizada e melhor preparada. Estamos longe do ideal, 
porém este estudo nos dá conhecimento para tomada de decisões mais acertadas 
no futuro. 
 
 
 
 
5 
QUADRO COMPARATIVO DAS LEIS 
 
 
 
 
 
6 
DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL - NEGROS E ÍNDIOS 
RAÇA E ETNIA 
 O estudo sobre diferenças de raça é um campo muito sensível e complicado de 
discussão, pois essa diferenciação foi utilizada para subjulgar negros e índios 
considerados menos capazes apenas porque tinham características físicas e 
culturais diferentes dos então considerados povos civilizados. No século XIX no 
Brasil surgiram estudos de pensadores como Silvio Romero e Nina Rodrigues, que 
consideravam que negros e índios eram inferiores e biologicamente defeituosos, 
para eles a miscigenação dos povos era algo inaceitável, pois faria do Brasil um 
país com uma população inferior. O conceito de raça trás as características 
morfológicas como textura do cabelo, tom de pele, formato do nariz entre outras. 
Porém a essas diferenças eram somadas características morais, psicológicas e 
intelectuais que, supostamente definiam o potencial de cada indivíduo pertencente à 
determinada raça. Desenvolveu-se então o conceito de etnia que está ligado a um 
agrupamento de laços culturais, este conceito tem mais aceitação, pois apesar de 
diferenciar agrupamentos de pessoas, não julga que essas diferenças fazem deste 
ou daquele inferior. O Brasil é um país com inúmeras etnias, um povo híbrido na sua 
maioria com características das mais variadas. Para Gilberto Freyre a miscigenação 
é algo positivo e promoveria a democratização racial, pois um país com grande 
parte da população mestiça não teria preconceito. Porém, apesar de sermos uma 
mistura de raças ou etnias, o preconceito racial sempre esteve presente em nossa 
sociedade. É interessante como esse pensamento racista ultrapassa gerações 
mesmo hoje quando a ciência nos mostra que características psicológicas e 
intelectuais não estão ligadas as diferenças físicas de cada indivíduo. 
 
 
 
 
 
7 
INCLUSÃO E IGUALDADE DE DIREITOS 
O debate sobre igualdade racial é importante para que todos tenham a 
compreensão de que diferenças tanto físicas quanto culturais não são parâmetros 
de importância na sociedade. Os esforços pela inclusão de negros e índios, como 
indivíduos com igualdade de direitos e deveres, tem crescido a cada dia. Iniciativas 
como cotas e a valorização da cultura afrodescendente e indígena, visam tanto dar 
oportunidade a quem ficou excluído de certo meio social, quanto reforçar a cultura e 
beleza destes povos. A valorização e aceitação das diferenças físicas e culturais 
tem sua importância não somente aos considerados brancos, mas principalmente 
para negros e índios. O fato histórico de subjulgo e humilhações acabou por formar 
nos próprios indivíduos uma resistência a igualdade e um sentimento de 
inferiorização que muitas vezesos impedem de lutar por seus direitos. No Brasil a 
contribuição cultural de negros e índios forma nossa identidade. A culinária, a 
música, o idioma, entre tantas outras nos tornam um país de uma diversidade 
extremamente rica. Somos um país com uma cultura híbrida, formada por culturas 
europeias, asiáticas, africanas e das Américas, todos estes povos contribuíram de 
alguma forma para nossa identidade social e cultural, portanto os direitos e deveres 
devem ser compartilhados de igual forma. Nenhum indivíduo deve ter privilégios por 
causa da cor da pele ou qualquer característica física, acredito que quando o 
parâmetro para acessibilidade ou benefícios deixar de ser as características 
morfológicas do indivíduo, poderemos estar mais perto de uma sociedade com 
democracia racial. Este assunto é delicado, pois a questão racial se tornou tão 
sensível que alguns se aproveitam disto para benefício próprio ou incitar a violência. 
Dos dois lados há uma tensão quanto à forma de inclusão e igualdade, pois muito 
se fala em compensação a estes povos que foram no passado subjulgados, se fala 
até mesmo em uma dívida. Porém quem é o detentor dessa dívida? Alguns têm que 
pagar pelo erro que seus antepassados? É correto negros e índios obterem 
privilégios apenas pela cor de sua pele? Essas são questões que apesar de terem 
um fundo de busca pela inclusão e igualdade, muitas vezes tem o efeito contrário. 
A seguir temos um quadro comparativo com argumentos favoráveis e contrários ao 
sistema de cotas: 
8 
 
Argumentos Favoráveis Argumentos Contrários
Existência de dívida histórica dos grupos 
dominantes com relação aos afro-
descendentes pretos e pardos
Gerações que não são responsáveis por 
essa dívida histórica pagarão o “preço” dela
A política de cotas é uma estratégia de 
ação afirmativa, ou de discriminação 
positiva. Não se pode tratar igualmente 
quem está em condição desfavorável, 
pois isso, sim, seria injusto e 
discriminatório
Trata-se de uma iniciativa discriminatória, 
aumentando a resistência aos afro-
descendentes pretos e pardos no trabalho e 
na sociedade
Cotas são uma estratégia para levar 
trabalho e renda a grupos desfavorecidos. 
Reformar a escola pública, elevando sua 
qualidade vai demorar muito tempo e 
exigir muito investimento
Melhor estratégia de inclusão social não é 
gerar trabalho e renda diretamente, mas 
investir em educação de qualidade para os 
afro-descendentes pretos e pardos
A maioria dos pobres no Brasil são afro-
descendentes pretos e pardos. A 
exclusão das organizações brasileiras é 
principalmente um problema de 
discriminação étnica, sobretudo em 
cargos de gerência e de grande 
exposição/visibilidade do ocupante na 
mídia
Cotas, se adotadas, devem contemplar não 
apenas os afro-descendentes pretos e 
pardos, mas as pessoas de baixa renda. A 
exclusão nas organizações brasileiras não 
se deve a preconceito étnico, mas por 
condição de renda
Contato cotidiano dos afro-descendentes 
pretos e pardos com outras etnias nas 
organizações derrubará gradativamente o 
preconceito étnico
Organizações adotarão políticas de cotas 
por imposição legal, sem terem a vocação e 
o compromisso efetivo com a mudança da 
cultura organizacional
A definição de etnia no Brasil não se dá 
por dados biológicos, mas pela cor da 
pele. A discriminação étnica no país não é 
um fenômeno biológico, mas político
Impossibilidade de se definir quem é ou não 
afrodescendente no Brasil, devido a 
miscigenação das etnias
Fonte:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0404_1331.pdf 
 
 Muito se é discutido sobre todo mal que negros e índios sofreram, as 
consequências de anos de subjulgo trazem marcas a seus descendentes, porém se 
9 
continuarmos a tratá-los de forma distinta e facilitando acesso a algo que na 
verdade eles tem direito, estaremos confirmando o pensamento que esses 
indivíduos não tem capacidade própria, quando deveríamos reforçar exatamente o 
contrário. Para se criar uma sociedade igualitária para todos, a de se tratar a todos 
como iguais. Isso parece óbvio, mas na prática as maneiras equivocadas de se 
construir esta sociedade nos torna uma nação que compensa alguns pelo erro do 
passado e não toma medidas eficazes para que a herança desse erro, que é o 
preconceito, deixe de existir. O preconceito contra negros e índios é um 
pensamento que passa de pai para filho, é algo psicológico, não há compensação 
material para isso. A de se criar um esclarecimento real do que aconteceu no 
passado, de negros e brancos subjulgando negros, e que isso é inaceitável, não 
deve existir, e não há compensação para o que esses povos viveram. Agora somos 
todos descendentes tanto de negros, índios e brancos, então não há divida, assim 
como não há mérito ou demérito por causa das diferenças físicas ou culturais. O 
sentimento deve ser de orgulho, pois apesar de tudo o que o passado nos mostra, 
temos uma identidade única, com uma das maiores diversidades do mundo. Os 
esforços devem ser no sentido de que raça, etnia, gênero ou qualquer diferença 
cultural ou física seja algo que nos orgulhe e não uma discussão de divisão ou valor. 
As diferenças físicas e culturais existem, mas jamais devem nortear o 
comportamento dos indivíduos, muito menos classificá-los em melhor ou pior, mas 
apenas como algo que vem agregar valor. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
CONCLUSÃO 
 O estudo e discussão da educação no Brasil e a inclusão racial de índios e negros, 
mostra que muito ainda deve ser modificado. O Sistema de Educação precisa de 
investimentos sólidos em melhorias e a continuidade do que está dando certo, para 
tanto a iniciativa de aperfeiçoamento da educação deve estar acima de influências 
políticas. O intuito precisa ser de formar cidadãos, não só preparados para o que o 
mercado de trabalho necessita em determinado momento e muito menos para 
disseminar uma ideologia para reforçar o poder do governante em exercício, mas ao 
contrário disso o cidadão deve ser preparado para, através do conhecimento real do 
passado, poder ter uma base sólida para tomada de decisões. Um cidadão com 
uma base educacional estruturada e com esclarecimento real dos fatos do passado 
terá plena condição de construir um país desenvolvido socialmente e não terá que 
passar a vida tentando entender porque a cor da pele ou outras características 
físicas fazem deste ou daquele melhor ou pior. Passam-se anos dizendo que uma 
reforma total na educação e uma conscientização racial e social é algo difícil e 
demorado, mas pouco se vê para que esse processo seja acelerado, cada governo 
com sua forma de administrar tende a mudar todo o sistema, encerrando assim até 
mesmo as boas iniciativas do anterior. É um processo regresso e contínuo que só 
irá mudar quando os cidadãos forem mais importantes que o alcance do poder para 
alguns, e também quando os indivíduos perceberem que além das iniciativas 
políticas a mudança deve acontecer em cada um, uma mudança de pensamento e 
respeito por si próprio e pelos outros. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Livros 
CARVALHO,A.P.C.;SALAINI,C.J.;ALLEBRAND,D.;MEINERZ,N.E.;WEISHEIMER,N. 
Desigualdades de Gênero, Raça e Etnia. Curitiba: Ed.Intersaberes, 2013. 
GONÇALVES, N. G. Constituição histórica da educação no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2011. 
Internet 
GUIMARÃES, A. S. A. Raça e o Estudo de Relações Raciais no Brasil.1999. Disponível em: 
http://novosestudos.org.br/v1/files/uploads/contents/88/20080627_raca_e_os_estudos.pdf 
HUSC, Mãe África: verdades inconvenientes sobre a escravidão. 2010 Disponível em: 
http://www.blogdoambientalismo.com/mae-africa-verdades-inconvenientes-sobre-a-
escravidao/NOVELLO, S. M. F. Escola Inclusiva: Uma perspectiva de alcance para os PNEES. Rio de 
Janeiro, 2004. Disponível em: 
http://www.avm.edu.br/monopdf/8/SANDRA%20MARIA%20FARIA%20NOVELLO.pdf 
RAMAL, A.C. A nova LDB: destaques, avanços e problemas. Salvador: Revista de 
Educação CEAP, ano 5, no. 17, junho de 1997, p. 05 - 21. Disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAenZQAG/ldb-9394-96 
SANTOS, D. J. S.; PALOMARES, N. B.; NORMANDO, D.; QUINTÃO, C. C. A. Raça versus 
Etnia: diferenciar para melhor aplicar. São Paulo, 2009.(pág. 121-124) Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/15.pdf 
TABELA: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0404_1331.pdf 
 
 
 
 
 
 
12 
ANEXO 
SLIDES BASE PARA AULA SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL E RACIAL, 
DESTINADA A 8º SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL COM 20 MINUTOS DE 
DURAÇÃO. cOM O OBJETIVO DE AUXILIAR NO ENSINO DA IGUALDADE 
ENTRE OS INDIVÍDUOS INDEPENDENTE DE COR, RAÇA OU ETNIA. 
Centro Universitário Internacional – UNINTER
MELISSA CRISTINA PEREIRA
Curso Licenciatura em Matemática - 2015
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Tópicos:
Racismo - Conceito de Raça e Etnia
Inclusão Racial
Valorização da Herança Cultural
Conclusão
 
CONCEITO DE RAÇA E ETNIA
 Raça – diferencia grupos de indivíduos pelas características 
morfológicas como textura do cabelo, tom de pele, formato 
do nariz entre outras. Porém a essas diferenças eram 
somadas características morais, psicológicas e intelectuais 
que, supostamente definiam o potencial de cada indivíduo 
pertencente a determinada raça. 
 Silvio Romero e Nina Rodrigues - consideravam que 
negros e índios eram inferiores e biologicamente 
defeituosos, para eles a miscigenação dos povos era algo 
inaceitável, pois faria do Brasil um país com uma população 
inferior.
 
 
14 
 Etnia - que está ligado a um agrupamento de laços 
culturais, refletidos principalmente na língua, religião 
e maneira de agir.
 Este conceito tem mais aceitação porque, apesar de 
diferenciar agrupamentos de pessoas, não julga que 
essas diferenças fazem deste ou daquele inferior. 
 
 Gilberto Freyre - a miscigenação é algo positivo e 
promoveria a democratização racial, pois um país com 
grande parte da população mestiça não teria 
preconceito.
 Porém, apesar de sermos uma mistura de raças ou 
etnias, o preconceito racial sempre esteve presente em 
nossa sociedade. 
 
 
15 
INCLUSÃO RACIAL 
 O debate sobre igualdade racial é importante para que 
todos tenham a compreensão de que diferenças tanto 
físicas quanto culturais não são parâmetros de 
importância na sociedade. Os esforços pela inclusão de 
negros e índios, como indivíduos com igualdade de 
direitos e deveres, tem crescido a cada dia. Iniciativas 
como cotas e a valorização da cultura afrodescendente 
e indígena, visam tanto dar oportunidade a quem ficou 
excluído de certo meio social, quanto reforçar a cultura 
e beleza destes povos. 
 
Argumentos Favoráveis Argumentos Contrários
Existência de dívida histórica dos grupos 
dominantes com relação aos afro-
descendentes pretos e pardos
Gerações que não são responsáveis por 
essa dívida histórica pagarão o “preço” dela
A política de cotas é uma estratégia de 
ação afirmativa, ou de discriminação 
positiva. Não se pode tratar igualmente 
quem está em condição desfavorável, 
pois isso, sim, seria injusto e 
discriminatório
Trata-se de uma iniciativa discriminatória, 
aumentando a resistência aos afro-
descendentes pretos e pardos no trabalho e 
na sociedade
Cotas são uma estratégia para levar 
trabalho e renda a grupos desfavorecidos. 
Reformar a escola pública, elevando sua 
qualidade vai demorar muito tempo e 
exigir muito investimento
Melhor estratégia de inclusão social não é 
gerar trabalho e renda diretamente, mas 
investir em educação de qualidade para os 
afro-descendentes pretos e pardos
A maioria dos pobres no Brasil são afro-
descendentes pretos e pardos. A 
exclusão das organizações brasileiras é 
principalmente um problema de 
discriminação étnica, sobretudo em 
cargos de gerência e de grande 
exposição/visibilidade do ocupante na 
mídia
Cotas, se adotadas, devem contemplar não 
apenas os afro-descendentes pretos e 
pardos, mas as pessoas de baixa renda. A 
exclusão nas organizações brasileiras não 
se deve a preconceito étnico, mas por 
condição de renda
Contato cotidiano dos afro-descendentes 
pretos e pardos com outras etnias nas 
organizações derrubará gradativamente o 
preconceito étnico
Organizações adotarão políticas de cotas 
por imposição legal, sem terem a vocação e 
o compromisso efetivo com a mudança da 
cultura organizacional
A definição de etnia no Brasil não se dá 
por dados biológicos, mas pela cor da 
pele. A discriminação étnica no país não é 
um fenômeno biológico, mas político
Impossibilidade de se definir quem é ou não 
afrodescendente no Brasil, devido a 
miscigenação das etnias
Fonte:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0404_1331.pdf
 
 
16 
Herança cultural
Cultura Afro-brasileira – é o conjunto de 
manifestações culturais que sofreram 
influência africana.
Ex: Culinária (culinária baiana), música 
(samba,maxixe), religião (Candomblé),...
 
Cultura Indígena - é o conjunto de 
manifestações culturais que sofreram 
influência indígena.
Ex: Culinária (mandioca e derivados, 
alimentação com peixes e pratos derivados 
da caça), hábito de andar descalço, uso de 
redes para descansar, cura á base de plantas, 
língua portuguesa (abacaxi, caju, mandioca, 
tatu, Ibirapuera, Tietê),...
 
 
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CONCLUSÃO
 Somos uma mistura de portugueses, italianos, 
alemães, índios, africanos, e tantos outros. Os esforços 
devem ser no sentido de que raça, etnia, gênero ou 
qualquer diferença cultural ou física seja algo que nos 
orgulhe e não uma discussão de divisão ou valor. As 
diferenças físicas existem, mas jamais devem nortear o 
comportamento dos indivíduos, muito menos 
classificá-los em melhor ou pior, mas apenas como 
algo que vem agregar valor.

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