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Introdução Definição o Processo Inflamatório Mucosa de Revestimento ▪ Cavidade Nasal; ▪ Seios Paranasais. o Resposta Inflamatória decorrente de um agente: ▪ Físico; ▪ Químico; ▪ Biológico. Etiologia Classificação Fisiopatologia • Multifatorial o ↓ Qualidade do Muco ▪ Infecção Bacteriana; ▪ Fibrose Cística; ▪ Alergias Alimentares ✓ Proteína do Leite. o ↓ Transporte Mucociliar ▪ Tabagismo; ▪ Discinesia Ciliar; ▪ Variação da Temperatura ✓ Ar Condicionado o Obstrução dos Óstios de Drenagem ▪ Edema de Mucosa; ▪ Variações Morfológicas Anatômicas Rinossinusite Viral Aguda Definição o Resfriado Comum com duração dos sintomas < 10 dias. Epidemiologia o ↑ Incidência. OBS: Estima-se que ≈ 0,5 - 2% das Infecções Virais sejam complicadas por Infecção Bacteriana Agentes Etiológicos o Rinovírus (24%); o Influenzae (11%). • Complicações o Infecção Bacteriana ▪ ↓ Função Mucociliar durante a RS Viral. OBS: Perda dos Cílios Máxima ≈ 1 semana após a infecção. Recuperação Completa dos Cílios Após 3 semanas. Rinossinusite Aguda Não Viral Definição o Infecção Bacteriana da Mucosa, danificada após a Infecção Viral; o Duração dos Sintomas ▪ ↑ Sintomas após 5 dias; Sintomas persistentes após 10 dias com < de 12 semanas de duração Etiopatogenia o Obstrução do Complexo Óstiomeatal ▪ Principal elemento. o Fatores Contribuintes ▪ ↓ Capacidade Mucociliar; ▪ Infecção Bacteriana; ▪ Alergia; ▪ Edema da Mucosa; ▪ Obstruções Físicas: ✓ Variações Anatômicas. Agentes Etiológicos o Streptococcus pneumoniae; o Haemophilus influenzae; o Moraxella catarrhalis. Quadro Clínico o Sintomas Maiores ▪ Dor ou Pressão Facial; ▪ Rinorréia Posterior; ▪ Obstrução Nasal; ▪ Secreção Nasal Espessa; ▪ Hiposmia; ▪ Secreção Purulenta; ▪ Febre. o Sintomas Menores ▪ Cefaléia; ▪ Febre; ▪ Halitose; ▪ Fadiga; ▪ Odontalgia; ▪ Tosse; ▪ Plenitude Auricular; ▪ Otalgia. Exame Físico o Rinoscopia Anterior / Endoscopia Nasal ▪ Mucosa dos CCNN Médios ✓ Edema; ✓ Hiperemia. ▪ Meato Médio ✓ Secreção Purulenta. ▪ Obstrução do Complexo Ostiomeatal; ▪ Pólipos. o Oroscopia ▪ Hiperemia; ▪ Secreção Posterior. Diagnóstico o Presença de Sintomas ▪ 2 Maiores; ▪ 1 Maior + 2 Menores. o Cultura ▪ Secreção do Meato Médio. o Biópsia ▪ Se dúvida diagnóstica. o Raio-X Seios da Face ▪ ↓ Sensibilidade; ▪ ↑ Falsos Positivos e Negativos. • TC de Seios da Face o Indicações ▪ Nunca como 1ª conduta; ▪ Após Falha Terapêutica. o Avaliação ▪ Extensão da Patologia; ▪ Alterações da Mucosa • Cavidade Nasal; • Complexo Ostiomeatal; • Seios Paranasais. Tratamento o Antibioticoterapia o Corticosteroides Tópico; o Anti-histamínico; o Analgesia; o Irrigação Nasal Solução Salina Isotônica Rinossinusite Crônica (RSC) Classificação o RSC sem Pólipos Nasal (RSCsPN) ▪ Características ✓ Infiltrado Neutrofílico; ✓ ↑ Fibrose Tecidual; ✓ Depósito de Colágeno no Estroma; ✓ Membrana Basal Espessada; ✓ Não há formação de Pseudocistos. o RSC com Pólipos Nasal (RSCcPN) ▪ Características ✓ Acúmulo de Albumina e Edema no Estroma; ✓ Membrana Basal Espessada; ✓ Formação de Pseudocistos; ✓ Epitélio com ↑ Células Caliciformes; ✓ Presença Epitélio Metaplasiado. Rinossinusite Crônica sem Pólipos Nasal (RSCsPN) Definição o Processo Inflamatório Infeccioso Bacteriano Crônico ▪ Mucosa Nasal; ▪ ≥ 1 dos Seios Paranasais. o Duração dos Sintomas ▪ ≥ 12 semanas. o Ausência de Pólipos visíveis no Meato Médio. o Abrange um grupo de doenças que acometem a Cavidade Nasal e Seios Paranasais ▪ Envolvimento de Células e Mediadores Químicos; ▪ Formação de um Processo Inflamatório Crônico. Fatores Associados o Alteração do Transporte Mucociliar; o Alergia; o Asma; o DRGE; o Imunodeficiência ▪ Congênita; ▪ Adquirida; ▪ Deficiência Seletiva de IgA. o Ambientais ▪ Tabagismo; ▪ ↓ Nível Socioeconômico. o Iatrogênicos ▪ Mucoceles; ▪ Procedimentos cirúrgicos endoscópicos sinusais Recirculação de muco pela não inclusão do ostio natural do seio maxilar nas antrostomias Etiopatogenia o Estase de Secreções ▪ Círculo Vicioso; ▪ Cronificação do Processo Infeccioso. o Obstrução do Complexo Óstiomeatal ▪ NÃO exercem papel preponderante na RSC. o Fatores Contribuintes ▪ Doenças Mucociliares; ▪ Infecção Bacteriana; ▪ Alergia Respiratória; ▪ Edema de Mucosa. o Mecanismos Inflamatórios o Alterações do Epitélio Psuedoestratificado Colunar Ciliado ▪ Hiperplasia de Células Caliciformes; ▪ Perda dos Cílios; ▪ Metaplasia Epitelial; ▪ Edema Subepitelial; ▪ Infiltrado Celular Mononuclear; ▪ Espessamento da Membrana Basal; ▪ Hiperplasia de Glândulas Submucosas; ▪ Fibrose. o Osteíte e Remodelamento Ósseo ▪ Estimulação Osteoblástica e Osteoclástica. o Mediadores Inflamatórios ▪ IL-8 o Quimiotaxia e ativação de Neutrófilos. ▪ IL-1, IL-6 e TNF-α Agentes Etiológicos o Staphylococcus aureus (36%); o Staphylococcus coagulas-negativos (20%); o Streptococcus pneumoniae (17%). OBS: Biofilme Bacteriano Estrutura Tridimensional de bactérias agregadas com propriedades especiais de resistência aos antibióticos. Quadro Clínico o Congestão Nasal; o Obstrução Nasal; o Rinorréia Anterior e/ou Posterior; o Dor ou Pressão Facial ou Cefaleia; o Hiposmia ou Anosmia; o Irritação Faríngea/Laríngea e Traqueal; o Mal-estar; o Febre; o Tosse ▪ Sintoma + comum; ▪ Exacerbação Noturna: ✓ Rinorreia Posterior ou Retronasal. Diagnóstico o Exame Físico ▪ Oroscopia; ▪ Rinoscopia Anterior; ▪ Endoscopia Nasal. o Exames de Imagem ▪ Raio-X Seios da Face ✓ ↓ Sensibilidade. ▪ TC de Seios da Face ✓ Exame de Escolha; ✓ Indicações ➢ Confirmação Diagnóstica; ➢ Extensão da Patologia; ➢ Análise da Anatomia ✓ RNM ➢ Suspeita de Neoplasia ➢ TC de Seios da Face o Estadiamento Tomográfico de Lund-Mackay Notas 0 – Sem Anormalidades; 1 – Opacificação; 2 – Opacificação Total; 0* - Sem Obstrução; 2*- Obstruído. o Exames Auxiliares ▪ Avaliação da Função Mucociliar ✓ Teste da Sacarina; ✓ Microscopia do Batimento Ciliar; ✓ Dosagem de Óxido Nítrico. ▪ Avaliação da Potência Nasal ✓ Fluxo Inspiratório Nasal; ✓ Rinomanometria; ✓ Rinometria Acústica. ▪ Exames Olfatórios. Tratamento Clínico ▪ Solução Salina ▪ Solução Isotônica o Eficaz para a Mobilização das Secreções. ▪ Salina Hipertônica (3%) o ↑ Frequência do Batimento Ciliar; o ↓ Edema da Mucosa Nasal; o ↑ Eficácia do Transporte Mucociliar; o ↓ Obstrução Nasal. ▪ Corticosteroides Tópicos ▪ Atuação o ↓ Ativação Eosinofílica; o ↓ Produção de Citocinas; ▪ ↑ Biodisponibilidade o Mometasona; o Fluticasona. ▪ Corticosteroides Sistêmicos ✓ Pouca evidência na Literatura. ▪ Antibioticoterapia ✓ Coadjuvante ➢ 3 a 6 semanas ✓ Antibióticos ➢ Amoxicilina + Clavulanato; ➢ Clindamicina; ➢ Metronidazol + Cefalosporina de 1ª (Cefalexina) ou 2ª (Acetil-Cefuroxima, Cefaclor). Cirúrgico ▪ Sem resposta ao Tratamento Medicamentoso; ▪ Tipos de Abordagem ✓ FESS (Functional Endoscopic Sinus Surgery) ➢ Método Superior aos Procedimentos Convencionais. ✓ Acesso Caldwell-Luc ➢ ↑ Risco ❖ Edema Facial; ❖ Lesão do Nervo Infraorbitário. Rinossinusite Crônica Com Pólipos Nasais (RSCcPN) Definição o Doença Inflamatória Crônica ▪ Mucosa Nasal; ▪ Seios Paranasais. o Presença de Pólipos Benignos no Complexo Ostiomeatal Epidemiologia o Subestimada ▪ 2H:1M; ▪ ↑ com a Idade; ▪ Rara em <20 anos. o Asma ▪ 7-15% dos pacientes apresentam de PN. o Crianças ▪ Fibrose Cística o Síndrome/ Tríade de Widal ou “Tríade de Samter" ▪ Asma; ▪ Sensibilidade a AINES; ▪ Polipose Nasal. Patogêneseo Multifatorial ▪ Barreira; ▪ Flora Comensal; ▪ Potenciais Patógenos; ▪ Estresse Exógeno. Quadro Clínico o Congestão Nasal; o Obstrução Nasal; o Rinorréia Anterior e/ou Posterior; o Dor ou Pressão Facial ou Cefaleia; o Hiposmia ou Anosmia; o Irritação Faríngea/Laríngea e Traqueal; o Mal-estar; o Febre; o Tosse ▪ Sintoma + comum; ▪ Exacerbação Noturna: ✓ Rinorreia Posterior ou Retronasal. Exame Físico o Rinoscopia Anterior / Endoscopia Nasal ▪ Pólipos Nasais no Complexo Ostiomeatal ✓ Bilaterais; ✓ Superfície lisa; ✓ Indolor à Palpação; ✓ Translúcidos. Classificação Grau I Grau II Grau III Tratamento o Cirúrgico ▪ Sem resposta ao Tratamento Medicamentoso; ▪ Tipos de Abordagem ✓ FESS (Functional Endoscopic Sinus Surgery) ➢ Método Superior aos Procedimentos Convencionais; ➢ Evitar ressecções arriscadas ▪ Esclarecimento do paciente – RECIDIVAS; ▪ Cuidado com Hiposmia. Complicações de Rinossinusite Fatores Predisponentes o Anatômicos; o Ligados ao hospedeiro: ▪ Imunodeprimidos; ▪ Diabetes desconhecido ou descompensado; ▪ Déficits de imunoglobulinas. o Germes oportunistas: ▪ Trichomonas tenax; ▪ Legionella pneumophila; ▪ Bordetella broncgiseptica; ▪ Vírus; ▪ Micobactérias atípicas ou fungos Classificação o Complicações regionais: ▪ Orbitárias; ▪ Cranianas (Ósseas); ▪ Intracranianas. o Complicações à distância: ▪ Asma; ▪ Bronquite. Complicações Orbitárias o Quadros agudos de Rinossinusite são os responsáveis + comuns ▪ Principalmente em crianças; ▪ Seio etmoidal o + acometido. o Germes + comuns são os mesmos causadores de RSA: ▪ S.pneumoniae; ▪ H. influenzae; ▪ S. pneumoniae; ▪ S. aureus; ▪ Bactérias Anaeróbias. o Diagnóstico ▪ Clínico; ▪ Complementado pela TC e RNM. o Exame Oftalmológico ▪ É essencial. o Lâmina Papirácea ▪ Separação • Conteúdo Orbital; • Laribinto Etmoidal. ▪ Crianças • Os forames estão + largos com osso mais porosos, facilitando a disseminação da doença. o Veias Oftálmicas Superior e Inferior • Vasos sanguíneos + importantes; • Comunicam-se com pequenos vasos dentro da órbita e diretamente com o seio cavernoso; • Permitindo livre fluxo de sangue entre as Veias do Etmóide e a Órbita. o Septo Orbital ▪ Deflexão anterior da periórbita; ▪ Funciona como barreira contra a disseminação da infecção: • Para dentro da Cavidade Orbitária • Classificação o Chandler 1. Celulite Periorbital 2. Celulite Orbital 3. Abscesso Subperiosteal 4. Abscesso Orbital 5. Trombose do Seio Cavernoso o Mortimore I - Infecção pré-septal: (a) celulite; (b) abscesso II - Infecção pós-septal subperiosteal: (a) celulite; (b) abscesso III - Infecção pós-septal intra-conal: (a) celulite difusa; (b)celulite localizada; (c) abscesso Celulite Periorbital (Pré-septal) o Edema palpebral com dor local, havendo dificuldade na abertura ocular; o Edema é causado por obstrução venosa provocada pela pressão nos vasos etmoidais; o Não há modificação da acuidade visual nem da motilidade ocular. Celulite Orbital o Edema se estende à Região Retrosseptal; o Exoftalmia; o Quemose; o Hiperemia conjuntival o Edema acomete o tecido adiposo orbital, porém sem formação de abscesso; o Acuidade visual está conservada; o Não há oftalmoplegia. Abscesso Subperiosteal o Febre ≈ 39,5 C; o Calafrios; o Alterações do Estado Geral; o Exoftalmia com exoforia; o Diminuição da motilidade ocular e dolorosa; o Acuidade visual ainda preservada; o Presença de coleção purulenta na parede medial da órbita, entre a periórbita e o osso orbitário. Abscesso Orbital o Exoftalmia irredutível; o Dolorosa; o Oftalmoplegia completa; o ↓ Significativa da Acuidade Visual • ↑ Pressão Orbitaria ou Neurite Óptica. o Coleção purulenta envolve as partes moles ao redor do globo ocular; o Pode levar à amaurose se não se realizar a descompressão cirúrgica imediata. Trombose do Seio Cavernoso. ▪ Conceitos ✓ Tromboflebite das Veias ao redor dos Seios Paranasais. ✓ + Frequente nas Sinusites ➢ Etmoidal; ➢ Esfenoidal. ✓ Rara – 9%. Trombose do Seio Cavernoso: • propagação da infecção ao longo do canal óptico ou por via venosa • pode provocar cegueira com abolição do reflexo fotomotor, • anestesia corneana associada à paralisia do nervo abducente (VI nervo); • febre alta, queda do estado geral • dor retro-orbitária intensa e profunda • perda visual e oftalmoplegia • sinais centrais (fotofobia e rigidez de nuca) podem sugerir meningite • prognóstico reservado com mortalidade em torno de 30% ▪ Quadro Clínico ✓ ↓ Palpebral Bilateral; ✓ Exoftalmia; ✓ Neuralgia do Oftálmico; ✓ Papiledema; ✓ Irritação Meníngea; ✓ Febre; ✓ Prostração. • Complicações Ósseas o Osteomielite ▪ Conceitos ✓ Raro; ✓ Acometimento dos Seios ➢ Maxilar ❖ + Frequente em crianças; ❖ Infecções Dentárias. ➢ Frontal ❖ + Comum. ✓ Disseminação ➢ Extensão Direta ➢ Via Hematogênica. ✓ Possível Progressão ➢ Complicações Intracraniana. ✓ Etiologia Staphylococcus aureus • Complicações Ósseas o Tipos ▪ Aguda ✓ Tumor Edematoso de Pott (Pott’s Puffy Tumor) ➢ Osteomielite; ➢ Sinusite Frontal Aguda; ➢ Abscesso Subperiosteal; ✓ Osteomielite com Fistulização ➢ Fístula Cutânea. ▪ Crônica ✓ Mucocele ou Mucopiocele do Frontal. • Complicações Intracranianas o Meningite; o Abscesso Extradural: ▪ Coleção purulenta situada entre a dura e a calota craniana. o Abscesso Subdural: ▪ Coleção purulenta no espaço entre a dura e a pia-aracnóide. o Abscesso Cerebral: ▪ Localização + frequente é o Lobo Frontal; ▪ Desenvolve-se por extensão direta do foco supurado com osteíte associada por: ✓ Tromboflebite séptica retrógrada das veias diplóicas por metástases sépticas a distância ✓ Via Hemática a localização mais frequente é o Lobo Frontal.
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