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Úlceras pépticas-3

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P á g i n a | 3 FARMÁCIA - UFRN 
FARMACOLOGIA 
Comparação de úlceras: 
Característica 
 
H.pylori AINEs Stress 
Condição Crônico Crônico Agudo 
Local da lesão Duodeno > estômago Estômago > duodeno Estômago > duodeno 
pH intragástrico Mais dependente Menos dependente Menos dependente 
Sintomas Geralmente dor 
epigástrica 
Frequentemente 
assintomático 
Assintomático 
Profundidade da 
úlcera 
Superficial Profundo Muito superficial 
Sangramento Leve, único vaso Severo, único vaso Severo, capilares 
superficiais da 
mucosa 
 
Avaliação e manejo: 
• Caso o paciente apresente sintomas de alarme, precisa-se fazer a endoscopia digestiva 
alta, pra verificar se há a presença de úlcera. 
• Verificar os medicamentos utilizados, se estão agredindo o estômago. Além de verificar 
tabagismo, álcool, café, chocolate, frutas ácidas. 
Tratamento da úlceras associadas ao H.pylori: 
• diminuir sintomas 
• erradicar a bactéria 
• cicatrização da úlcera 
• prevenção de recidivas e complicações (câncer de estômago) 
Recomendada a terapia tripla padrão: 
• Inibidor da bomba de prótons: omeprazol, lanzoprazol, pantoprazol. 
• Claritromicina 
• Amoxicilina 
Alternativa 1: tratar com inibidor da bomba de prótons, bismuto, tetraciclina e metronidazol. 
Alternativa 2: inibidor da bomba de prótons, amoxicilina, claritromicina, metronidazol ou 
tinidazol. 
Os tratamentos geralmente duram 14 dias, garantindo a eficácia do tratamento. 
Indicação dos inibidores da bomba de prótons (IBP): 
• Tratamento sintomático e cicatrização de úlceras pépticas causadas por AINEs. 
• Prevenção de lesões gastrintestinais causadas por AINEs. 
• prevenção de úlceras causadas por H.pylori. 
• Tratamento de sintomas associados a refluxo esofágico. 
Mecanismo de ação dos IBPs: 
P á g i n a | 4 FARMÁCIA - UFRN 
FARMACOLOGIA 
• São pró-fármacos ativados em pH ácido, que são administrados na forma de 
comprimidos revestidos ou cápsulas ácido resistentes. Essa forma de comprimidos é 
para que ele tenha ação apenas quando entrar em contato com a célula parietal. 
• Quando chegam na célula parietal, entram em contato com ácido e se transformam na 
sulfenamida (ativo), que interage com a bomba de prótons, inativando 
permanentemente, impedindo a liberação de prótons. 
• Quando inibe a bomba de prótons, o IBP vai aumentar o pH, deixando o pH estomacal 
superior a 3, por mais de 16 horas, para tratar a úlcera duodenal. Para o tratamento do 
refluxo o pH precisa estar acima de 4, e para tratamento da H.pylori, o pH precisa estar 
maior que 5, o IBP consegue elevar esse pH acima de 5 por 8 horas. 
Farmacocinética dos IBPs: 
• Rapidamente absorvido, na forma ativa é mais lento. 
• A administração conjunta a alimentos diminui a biodisponibilidade. 
• Metabolismo de primeira passagem e eliminação renal. 
Fármacos IBP: 
• Omeprazol – 30/40% de biodisponibilidade, 65% para uso crônico. Dose usual de 20-
40mg/dia. 
• Esomeprazol – 65% de biodisponibilidade em dose única, 90% em duas doses, 
usualmente 20-40 mg/dia. Deixa o pH gástrico maior que 4 durante 14 horas, pois tem 
uma maior ligação a bomba de prótons, inibindo por mais tempo. 
• Lansoprazol – 80/90% de biodisponibilidade em jejum, dose usual de 30 mg/dia. 
• Pantoprazol – 77% de biodisponibilidade, 40 mg/dia. 
• Rabeprazol – 50% de biodisponibilidade em dose única, 20 mg/dia usualmente. 
Interações dos IBP: 
• Diminui a acidez do estômago, portanto diminuem a absorção de cetoconazol e 
digoxina, que são fármacos que precisam dessa acidez. 
• Os IBPs inibem enzimas do citocromo P450, aumentando a meia vida de 
benzodiazepínicos, varfarina e fenitoína, diminuindo o metabolismo desses fármacos. 
Reações adversas dos IBPs: 
• Náuseas e vômito (causado pelo aumento de pH); 
• Diarreia e flatulência (causado pelo aumento do pH); 
• Efeito teratogênico; 
• Dor abdominal; 
• Hipergastrinemia (causada pelo aumento do pH, então a maior produção de gastrina, 
fazendo as células crescerem, podendo causar tumores.

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