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FILOSOFIA GERAL PARTE 1 Panorama histórico e cultural Civilização grega Desenvolvimento: Península Balcânica (mais oriental ao sul da Europa); inúmeras ilhas; Relevo montanhoso: grupos humanos isolados e autônomos foram-se criando – as cidades- estados (polis) Organização da sociedade: monarquias com caráter divino; religião politeísta, baseada na mitologia; período teocêntrico. crescimento da população – procura de terras férteis – comércio navegação Polis (séculos VI e V a.C): apogeu econômico, político e cultural; confronto entre mito e filosofia. Causas (condições históricas que permitiram o confronto): viagens marítimas; surgimento da vida urbana; invenção da política (três aspectos novos e decisivos) – surgimento da Filosofia: 1. lei: expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma e não por ordem divina; 2. espaço público: um novo tipo de palavra ou discurso, diferente do proferido pelo mito – quem resolve as questões políticas são os homens e não profetas que “ditam” as palavras dos deuses; 3. política: estímulo para o pensamento e o discurso transmitidos e discutidos; ideia de um pensamento que todos podem compreender e discutir; todos podem comunicar e transmitir – fundamental para a Filosofia. Mito e filosofia Mitologia e o homem: fonte exclusiva de explicações para a existência do homem, suas relações sociais e para a organização do mundo. Narrativa imaginária que estrutura de forma criativa as crenças culturais. atores: deuses e (muitas vezes) seu relacionamento com os seres humanos. fantasia? Forte carga de sabedoria e conhecimento das paixões humanas, dos problemas existenciais e da necessidade de leis que possibilitem a vida comum. ausência do conhecimento científico, os mitos explicavam os fenômenos naturais com alguma consistência. Desenvolvimento, contato cultural com outros povos decorrentes do comércio e da navegação gregos cultos buscam explicações mais universais para justificar o universo e as instituições humanas. novos conceitos – base: razão – substituição lenta dos mitos. Filosofia Filo – do grego philos: amigo, atraído por, que tem afinidade com Sofia – do grego sophia: saber, ciência, sabedoria Conclusão: significa amizade ou amor pela sabedoria Primeiros filósofos gregos: sábios? (consciência do muito que ignoravam0? filósofos? (amigos da sabedoria) Principais períodos da Filosofia 1. ANTIGA 2. PATRÍSTICA 3. MEDIEVAL 4. RENASCENTISTA 5. MODERNA 6. ILUMINISTA/DA ILUSTRAÇÃO 7. CONTEMPORÂNEA Séc. VI a.C ao séc. VI d.C Século I ao século VII Século VIII ao século XIV Século XIV ao século XVI Séc. XVII a meados do séc. XVIII Meados do séc. XVIII ao começo do séc. XIX Meados do século XX aos nossos dias Períodos e filósofos 1. ANTIGA Compreende os quatro grandes períodos da Filosofia, indo dos pré-socráticos aos grandes sistemas do período helenístico 2. PATRÍSTICA tarefa religiosa da evangelização e defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais recebidos dos antigos. Esforço dos apóstolos intelectuais (Paulo e João); dos primeiros padres da igreja para conciliar a nova religião – o Cristianismo – com o pensamento filosófico dos gregos e romanos Finalidade: convencer pagãos da nova verdade; convertê-los. 3. MEDIEVAL/ESCOLÁSTICA infinito (Deus) X finito (homem, mundo) corpo (matéria) X alma (espírito) universo=hierarquia de seres (superiores dominam e governam os inferiores; subordinação do poder temporal dos reis e barões ao poder espiritual (papas e bispos) Pensadores europeus, árabes e judeus e teólogos medievais Principais influências: Platão (neoplatonismo vindo da Filosofia de Plotino, do séc. VI d.C), Aristóteles e Santo Tomás de Aquino 4. RENASCENTISTA descoberta de obras de Platão, de novas obras de Aristóteles; recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos. três grandes linhas de pensamento: Dante,Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campanella, Maquiavel, Montaigne, Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e Nicolau de Cusa. a) Natureza, um grande ser vivo; o homem faz parte como um microcosmo e pode agir sobre ela pela magia natural da alquimia e da astrologia, pois o mundo é constituído por vínculos e ligações secretas entre as coisas; pode, também, conhecer esses vínculos e criar outros , como um deus; a) valorização da vida ativa, a política; defesa dos ideais republicanos das cidades italianas contra o Império Romano-germânico, isto é, contra o poderio dos papas e dos imperadores. Na defesa do ideal republicano; escritores resgatam autores políticos da Antiguidade, historiadores e juristas e propõem a “imitação dos antigos” ou o renascimento da liberdade política, anterior ao surgimento do império eclesiástico. a) homem, construtor de seu próprio destino por meio dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia); da política (o ideal republicano); das técnicas (medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das das artes (pintura, escultura, literatura, teatro). Conhecimentos culturais e políticos críticas profundas à Igreja Romana Reforma Protestante (liberdade de crença e de pensamento) Contra-Reforma e aumento do poder da Inquisição 5. MODERNA – conhecido como o grande racionalismo clássico Pensadores: Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi Pensamentos: a) predominante: conquista científica e técnica de toda a realidade, a partir da explicação mecânica e matemática do Universo e da invenção das máquinas, graças às experiências físicas e químicas. a) A razão humana é capaz de conhecer a origem, as causas e os efeitos das paixões e das emoções e, pela vontade orientada pelo intelecto, é capaz de governá-las e dominá- las, de tal modo que a vida ética pode ser plenamente racional. a) Mesma convicção orienta o racionalismo político - a ideia de que a razão é capaz de definir para cada sociedade qual o melhor regime político e como mantê-lo racionalmente. 6. ILUMINISMO (DA ILUSTRAÇÃO) crença no poder da razão, as luzes, por isso, iluminismo Pensamentos: Pensadores: Hume, Voltaire, D’Alembert, Diderot, Rousseau e Kant a) Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política – decisivo para as ideias da Revolução Francesa (1789) a) A razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível. perfectibilidade = liberar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais; libertar-se da superstição e do medo, graças ao conhecimento, às ciências, às artes e à moral. c) aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que vão desde as mais atrasadas (também chamadas “primitivas” ou “selvagens”) às mais adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental) d) há diferença entre Natureza e civilização. Natureza = reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis Civilização: reino da liberdade e da finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens em seu aperfeiçoamento moral, técnico e político. Grande interesse pelas ciências relacionadas às evolução (Biologia; às artes (na medida em que elas são expressões do grau de progresso de uma civilização); pela compreensãodas bases econômicas da vida social e política. Reflexão sobre a origem e a forma das riqueza das nações, com uma controvérsia sobre as correntes do pensamento econômico: a) Fisiocrata: a agricultura é a fonte principal das riquezas; b) Mercantilista: o comércio é a fonte principal da riqueza das nações. 7. CONTEMPORÂNEA O pensamento , porque mais próximo de nós e estar em construção atualmente, parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas parecem muito grandes porque as estamos vendo surgirem diante de nós.
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