Evolução Histórica do Direito do Trabalho - Slides

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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
S U M Á R I O
 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO 
 3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 CUNHO RELIGIOSO  castigo imposto por Deus a Adão em razão dele ter comido o fruto proibido (Gênesis 1, 17-19).
 O vocábulo trabalho vem do latim – TRIPALIUM instrumento de tortura de três paus ou uma canga que pesava sobre os animais. 
 A evolução histórica do trabalho humano através dos séculos vem desde a antiguidade, com o trabalho escravo existente na Grécia e no Império Romano.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 1ª FASE – ESCRAVIDÃO
 O escravo era considerado um objeto (res), não possuindo qualquer tipo de direito, não havia o reconhecimento de sua personalidade jurídica. 
 O trabalho perdurava indefinidamente enquanto se manti-vesse vivo ou na condição de escravo e beneficiava o seu senhor.
 Os escravos eram os povos vencidos nas batalhas. O trabalho não era dignificante para o homem, representava punição, submissão. 
	
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 1ª FASE – ESCRAVIDÃO
 	Na Grécia, Platão e Aristóteles entendiam que o trabalho tinha um sentido pejorativo, pois envolvia apenas a força física. 
 Em Roma, o trabalho era considerado algo desonroso executado pelos escravos. No entanto, algumas pessoas se dispunham a locar suas energias ou o resultado de seu trabalho, em troca de pagamento.
 1) locatio conductio rei  era o arrendamento de uma coisa.
 2) locatio conductio operarum  os serviços prestados eram pagos.
 3) locatio conductio operis  entrega de obra mediante pagamento.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 1ª FASE – ESCRAVIDÃO
 O primeiro grande golpe à escravidão foi a Revolução Francesa, que a proclamou indigna. Em 1857, a escravidão foi proscrita oficialmente dos territórios sob o domínio da Inglaterra. 
 No Brasil a escravidão foi abolida tardiamente, pela Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, porém, nos dias de hoje, ainda acontecem alguns casos de escravidão, sobretudo em alguns países da África e da Ásia.
 O Código Penal prevê como crime o ato de reduzir alguém à condição análoga de escravo (art. 149). 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 2ª FASE – SERVIDÃO
 No início da Idade Média surge o regime de colonato (servidão à gleba), os trabalhadores que cultivavam as terras, estavam ligados, hereditariamente, a uma terra ou a um senhor, era o início do regime feudal e o trabalho migrava da escravidão para a servidão. 
 O feudalismo vigorou na Europa entre os séculos X e XIII, caracteri-zou-se por ser um regime pelo qual alguém se tornava vassalo (servo) de um senhor, em troca de proteção militar e sustento.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 3ª FASE – CORPORAÇÕES
 	Estrutura hierarquizada  aprendizes, companheiros e mestres.
 	Regulavam a capacidade produtiva e a técnica de produção. 
	Os aprendizes trabalhavam a partir dos 12 anos e ficavam sob responsabilidade dos mestres que podiam impor-lhes castigos físicos. 
 	Se o aprendiz superasse as dificuldades dos ensinamentos, passava ao grau de companheiro. Este só passava a mestre se fosse aprovado em exame de obra-mestra. Também passavam à condição de mestre àqueles que casassem com a viúva do mestre ou com sua filha.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO NO MUNDO
 3ª FASE - CORPORAÇÕES
 Nesta fase, em relação à servidão, aumentou a liberdade dos trabalhadores que passaram a ter uma maior proteção. 
 A jornada de trabalho era muito longa, do nascer ao por do sol. 
 Com a invenção do lampião a gás, em 1792, introduziu-se o trabalho noturno e a jornada diária passou a durar entre 12 a 14 horas.
 Com o advento da Revolução Francesa, as corporações foram abolidas e proibidas de existir. Interessava à nova classe política – a burguesia – que houvessem mão-de-obra abundante e livre para a respectiva contratação.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 4ª FASE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 O liberalismo do Sec. XVIII pregava um Estado alheio à área econômica.
 Por outro lado, a revolução industrial transformou o trabalho em emprego.
 O empresário passou a deter o capital e os meios de produção.
 Antes da Revolução Industrial, o capitalismo era comercial, envolvendo atividades e bens decorrentes das relações comerciais. 
 A partir do Sec. XVIII, com a exploração de atividades industriais, surge um novo tipo de capitalismo, chamado de capitalismo industrial.
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EVOLUÇÃO DO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 4ª FASE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
	O surgimento do máquina à vapor e do tear mecânico, os novos métodos de produção agrícola, a substituição do trabalho manual pelo trabalho com a utilização de máquinas gerou um aumento do desemprego
	A Revolução Industrial compreende o conjunto das transformações técnicas, sociais e econômicas que surgiram com a sociedade industrial dos séculos XVIII e XIX na Inglaterra, que posteriormente irradiou-se pela Europa e Estados Unidos.
 	Caracterizou-se pela produção em massa, e pelo acúmulo de capitais, além de um crescente desemprego dado a produção industrial realizada pelo incremento das máquinas que substituiu o trabalho humano.
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EVOLUÇÃO DO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 4ª FASE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
	Principais consequências da Revolução Industrial foram:
 a. As inovações tecnológicas trouxeram mudanças estruturais nas relações de trabalho com a divisão social e material do trabalho.
 	 b. Aumento quantitativo do rendimento do trabalho humano.
 	c. Interação entre a ciência e a tecnologia que passou a ser indispensável ao desenvolvimento humano.
 	d. Utilização de novas fontes de energia decorrentes da utilização da máquina à vapor, fazendo alavancar novas técnicas de produção.
 e. Aumento do número de trabalhadores, gerando a divisão e especialização do trabalho.
 
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EVOLUÇÃO DO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO
 4ª FASE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
	f. Imobilização de capitais para aquisição de máquinas, gerando um incremento do comércio livre e na divisão internacional do trabalho.
 	g. Acentuado crescimento demográfico gerando aumento do número de trabalhadores industriais, em detrimento dos trabalhadores do campo, ocasionando os problemas urbanos.
 h. Surgimento de uma nova classe social o proletariado urbano industrial.
 i. O trabalhador passou a sujeitar-se a uma série de regras trabalhistas, com uma excessiva jornada diária de trabalho, gerando a exploração desumana do trabalho do menor e das mulheres.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO 
 A partir da Revolução Industrial, com o surgimento do trabalho assalariado, as bases
do regime jurídico, pelo prisma liberal repousam na liberdade para contratar e na autonomia plena da vontade.
 	Porém a realidade histórica demonstrou que o ideal liberal era insuficiente para evitar a exploração desumana do trabalhador, daí a necessidade de se editar normas, regulamentos e regramentos que norteassem as relações trabalhistas e protegessem o trabalhador, surgindo assim o Direito do Trabalho.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO 
 O Direito do Trabalho elege como valor a proteção à dignidade do ser humano e, como fato, a desigualdade concreta entre o proletariado em face do regime capitalista, objetivando a equiparação jurídica do capital e do trabalho.
 Os trabalhadores começaram a reunir-se para reivindicar melhores salários, diminuir as jornadas excessivas de trabalho que chegavam a 16 horas diárias e a exploração dos menores e das mulheres em lugares dos homens, por salários menores. 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 No princípio o patrão era o proprietário da máquina, detendo os meios de produção, tendo assim, o poder de direção em relação ao trabalhador, mostrando assim a desigualdade na relação trabalhista. 
 Daí, o Estado passou a intervir nas relações de trabalho, conferindo uma maior proteção jurídica e econômica ao trabalhador, surgindo daí surgiram as primeiras normas jurídicas trabalhistas.
 O trabalho se dividiu e passou a ser mais organizado e estruturado.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 1ª FASE – FINAL DO SEC XVIII ATÉ O MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 
 Nessa primeira fase ainda não se tem um Direito do Trabalho sistematizado. As leis são dispersas e apresentavam um conteúdo proibitivo, não dispondo de direitos aos trabalhadores. 
 Ainda não havia uma pressão operária significativa.
 SUÍCA 
 - Em 1833, ocorreu a fundação da primeira associação operária.
 - Em 1848, Karl Max e Friedrich Engels, editam a obra o Manifesto Comunista, marcando o final desse período.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 1ª FASE – FINAL DO SEC XVIII ATÉ O MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 
 INGLATERRA 
 - Em 1790, com a criação da máquina a vapor, aumentou o número de trabalhadores desempregados.
 - Em 1802, a Lei de Peel, pretendeu dar mais amparo aos trabalhadores menores, proibindo o trabalho noturno dos menores e limitando a jornada de trabalho para 12 horas diárias. 
 - O trabalho não poderia iniciar antes das 6H e nem prosseguir após às 21H. 
 - Em 1819, foi aprovada lei proibindo o trabalho de menores de 9 anos.
 - Em 1847, a jornada de trabalho foi fixada em dez horas diárias.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 1ª FASE – FINAL DO SEC XVIII ATÉ O MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 
 FRANÇA 
 - A Lei Le Chapelier, que extinguiu as corporações de ofício, inclusive proibindo-se a coligação de empresários e trabalhadores.
 - Em 1830, ocorreu uma revolução operária em Lyon, em função do salário mínimo. 
 - Em 1839, aprovada lei proibindo o trabalho de menores de 9 anos e fixada jornada de trabalho para os menores de 16 anos em 10 horas diária.
 - Em 1848, a jornada de trabalho foi fixada em 10 horas diárias, em Paris e em 11 horas para o restante do país.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
 FRANÇA
 - Em 1848, a Europa foi sacudida por uma série de revoluções de cunho liberal buscando grandes transformações políticas, econômicas e sociais.
 - Em 1864, foi reconhecido o direito de greve.
 - Em 1876, foi realizado o 1º Congresso Operário e quatro anos mais tarde foi fundado o Partido Operário.
 - Em 1889, no Congresso Internacional dos Trabalhadores estabeleceu-se a jornada de 8 horas diárias (somente votada por lei em 1919) e instituído o dia 1º de maio como o Dia do Trabalho.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
 INGLATERRA
 - Na cidade de Liverpool adotou-se jornada de oito horas de trabalho.
 - Em 1897, estabeleceu-se legislação sobre acidentes no trabalho.
 - Desenvolvimento do sindicalismo de lutas de classes, entre 1912/1919.
 - Em 1914, o Partido Trabalhista propõe que as questões proletárias sejam solucionadas por intermédio de entendimento entre as partes.
 - Fixação da arbitragem obrigatória durante a guerra, em 1915.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
 	ALEMANHA
 	- Em 1890, foi realizada a Conferência Internacional de proteção ao operário.
 	- Edição da Constituição de Weimar, em 1918, tratava de uma série de matérias de direito social, entre outras: 
	a) trabalho sob a proteção estatal; 
	b) garantia quanto à liberdade de associação; 
	c) sistematização do Direito do Trabalho.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
 ITÁLIA
 - Em 1891, divulgação da Encíclica Rerum Novarum, pelo Papa Leão XIII, abordando a temática do trabalho segundo a visão da Igreja. Abordava uma reação contra o sistema de danos e injustiças que pesavam sobre o trabalho dos homens.
 RÚSSIA
 - Eclosão das primeiras lutas operárias, em 1904.
 - Promulgação da constituição de 1905 e ocorrência de uma greve geral.
 - Início da Revolução Comunista de 1917.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
	ESTADOS UNIDOS
 	 - Em 1º de maio de 1886, em Chicago, foram organizadas greves e manifestações por garantias e melhorias laborais (redução da jornada de 13 para 8 horas). 
 	- A polícia entrou em choque com os grevistas e uma pessoa não identificada lançou uma bomba contra a multidão, matando quatro manifestantes e três policiais. 
	- Oito líderes trabalhistas foram presos e julgados responsáveis. Um suicidou-se na prisão, quatro foram enforcados e três libertados depois de sete anos de prisão.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919 
 MÉXICO
 	- A Carta de 1917 inicia o processo mundial relativo à constitucio-nalização das normas de proteção ao trabalho. 
	- Estabelecia jornada diária de 8 horas, proibição de trabalho de menores de 12 anos, limitação da jornada dos menores de 16 anos a 6 horas, jornada noturna máxima de 7 horas, descanso semanal, proteção a maternidade, salário mínimo, direito de sindicalização e de greve, indenização de dispensa, seguro social e proteção contra acidentes do trabalho.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919
	O marco final dessa fase ocorre com o término da 1ª Guerra Mundial e com a celebração do Tratado
de Versalhes, com o qual criou-se a Organização Internacional do Trabalho.
 	O avanço do capitalismo e da exploração desmesurada da força de trabalho levou à organização e à luta dos trabalhadores, levando a sistematização do Direito do Trabalho.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 2ª FASE – DO MANIFESTO COMUNISTA DE 1848 ATÉ 1919
 Nessa fase surgiram as leis de proteção ao trabalho que asseguraram:
 a) limitação da liberdade contratual;
 b) surgimento da administração pública do trabalho e a criação de uma jurisdição especializada;
 c) reconhecimento do poder de determinação coletiva das condições de trabalho (autonomia coletiva privada), não sendo mais punida a greve.
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
 O marco inicial desse período é o Tratado de Versalhes que preconizava nove princípios gerais relativos à regularização do trabalho.
 A intervenção estatal e a organização dos trabalhadores foram elementos essenciais para o surgimento do Direito do Trabalho.
 No mundo moderno, com as alterações sociais que vem sofrendo a sociedade capitalista contemporânea, o Direito do Trabalho vem sofrendo mudanças que exigem a adoção de novos mecanismo visando a uma maior flexibilização das normas trabalhistas.
 
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2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
	A nova realidade econômica gera várias críticas quanto ao modelo de intervencionismo estatal. 
 O mundo estatal rígido de proteção é insuficiente para a tutela do trabalhador, em face das novas técnicas de trabalho.
 Qualquer que seja o novo modelo sugerido para o direito do Trabalho, é imperioso que a dignidade do trabalhador seja mantida, como meio de se evitar o retorno a uma situação degradante do ser humano.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
 ALEMANHA
 - realização da greve geral nacional de 1920;
 - grande crise econômica com mais de 5.500.000 desempregados;
 - nomeação de Hitler como chanceler e avanço do nazismo.
 ITÁLIA
 - ocupação de usinas siderúrgicas por grevistas, em agosto de 1920 e eclosão de greves gerais em 1922 e 1969;
 - proibição de greves e surgimento do regime corporativo, com a criação do sindicato único, em 1926 e com a ruptura em 1949;
 - edição da Carta del Lavoro, em 1927.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
 FRANÇA
 - greve geral em 1934 com uma série de conflitos e vítimas;
 - celebração do acordo de Martignon, a respeito das convenções coletivas, em 1936;
 - greve geral em Paris, 1952 e dos funcionários públicos, em 1959;
 - greve geral em toda França, em 1968, com vários distúrbios.
 
 INGLATERRA
 - ocorrência de greve dos transportes, em 1926 e proibição das greves, em 1929;
 - adoção de nova lei de greves, em 1971; e
 - eclosão de greves nos serviços públicos, em 1972/73.
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
 O início dessa fase caracterizou-se por uma maior intervenção estatal, como forma de elaboração de um regulamento das relações de trabalho, visando à harmonização do TRABALHO X CAPITAL.
 	O Estado disciplinou diversas normas tais como o trabalho das mulheres e dos menores, a jornada de trabalho, a segurança e a medicina no trabalho, os salários e os mecanismos para controle dos conflitos trabalhistas.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
2. EVOLUÇÃO INTERNACIONAL DO DIREITO DO TRABALHO
 3ª FASE – DE 1919 ATÉ OS DIAS ATUAIS
	Atualmente, ocorrem os seguintes fenômenos na sociedade capitalista: 
 a) implementos de processos informatizados de produção;
 b) avanços no campo da engenharia genética e das telecomuni-cações;
 c) surgimento de blocos econômicos e de áreas de livre comércio, com o incremento das relações comerciais internacionais;
 d) aumento da interdependência dos mercados mundiais.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 A evolução do Direito do Trabalho no Brasil pode ser dividida em três fases:
 a) da Independência - 1822 até a Abolição da Escravatura - 1888;
 b) da Abolição da Escravatura - 1888 até a Revolução de 1930;
 c) da Revolução de 1930 até os dias atuais
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 a. 1ª Fase: da Independência até a Abolição da Escravatura
 	O primeiro período foi marcado pelo trabalho escravo, o que não contribuiu para o desenvolvimento da legislação trabalhista.
 	À época vigia a Constituição de 1824 que consagrava a filosofia liberal da revolução francesa assegurando a liberdade de trabalho, porém, sem tratar dos direitos sociais do trabalhador. 
 	A Constituição de 1824 contemplava a proibição das corporações de ofício.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 b. 2ª Fase: da Abolição da Escravatura até a Revolução de 1930
 A Constituição de 1891 reconheceu a liberdade de associação de forma genérica. 
 As transformações que vinham ocorrendo na Europa em decorrência da 1ª Guerra Mundial e o surgimento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, incentivaram a criação de normas trabalhistas no país.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 b. 2ª Fase: da Abolição da Escravatura até a Revolução de 1930
	Getúlio Vargas iniciou a formação de uma política trabalhista em 1930, culminando com a edição da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1° de maio de 1943, editada pelo Decreto-lei n° 5.452.
 O Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio foi criado em 1930, passando a expedir decretos sobre profissões, trabalhos das mulheres (1932), salário mínimo (1936), Justiça do Trabalho (1939), etc.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 c. 3ª Fase: da Revolução de 1930 até os dias atuais
 	A Constituição de 1934 é a primeira a tratar especificamente do Direito do Trabalho. 
	Instituiu a Justiça do Trabalho no Brasil, porém era um órgão sem autonomia e subordinado ao Poder executivo.
	Garantia a liberdade sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho, proteção do trabalho das mulheres e menores, repouso semanal e férias anuais remuneradas.
 	
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 c. 3ª Fase: da Revolução de 1930 até os dias atuais
 A Constituição de 1937, marca uma fase intervencionista do Estado, tinha cunho eminentemente corporativista, inspirada na Carta del Lavoro, de 1927 da Itália e na Constituição polonesa.
 Instituiu o sindicato único, vinculado ao Estado e exercendo funções delegadas de poder público, podendo haver intervenção
do Estado. 
 A greve e o lockout foram considerados recursos anti-sociais, nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os interesses da produção nacional.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 A Constituição de 1946 é considerada uma norma democrática, rompendo com o corporativismo da Carta anterior. 
 	Subordinou a Justiça do Trabalho ao Poder Judiciário.
	Nela foram inseridos os direitos de participação nos lucros, o repouso semanal remunerado, a estabilidade de emprego e o direito de greve, entre outros.
 Surgiram outras leis ordinárias que regulavam direitos trabalhistas:
 - Lei 605/49  repouso semanal remunerado.
 - Lei 4.090/62  13° salário.
 - Lei 4.266/63  salário família.
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 A Constituição de 1967 manteve os direitos trabalhistas das Constituições anteriores. 
 No âmbito da legislação ordinária destacam-se:
 - Lei 5.859/72  Trabalho dos empregados domésticos.
 - Lei 5.889/73  Trabalhador rural.
 - Lei 6.019/74  Trabalhador temporário.
 - Decreto-lei 1.535/77  Nova redação ao capítulo da CLT que versa sobre as férias
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UD I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO
3. EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
 A Constituição de 1988 trata os direitos trabalhistas nos arts. 7° a 11, incluídos no Capítulo II – Dos Direitos Sociais, do Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais, ao passo que nas Cartas anteriores os direitos trabalhistas sempre eram inseridos no âmbito da ordem econômica e social. 
 O art. 7 da CF trata de direitos individuais e tutelares do trabalho.
 O art. 8 versa sobre o sindicato e suas relações.
 O art. 9 especifica as regras sobre a greve.
 O art. 10 determina disposição sobre a participação dos trabalhadores em colegiados.
 O art. 11 menciona que nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de um representante dos trabalhadores para entendimentos com o empregador.
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