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Conceito, Autonomia, Fontes, Princípios e Hierarquia da Norma Trabalhista - Slides

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S U M Á R I O
1. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
2. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
4. HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
6. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
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UD I – NOÇÕES GERAIS DO DIREITO DO TRABALHO 
CONCEITO, AUTONOMIA, FONTES, HIERARQUIA, 
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
1. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO 
 DIREITO DO TRABALHO é o conjunto de:
 - PRINCÍPIOS, REGRAS E INSTITUIÇÕES;
 - Referente às RELAÇÕES DE TRABALHO SUBORDINADO e às SITUÇÕES ANÁLOGAS DE TRABALHO.
 - Que visam ASSEGURAR AO TRABALHADOR AS MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO.
 - De acordo com as MEDIDAS DE PROTEÇÃO que lhes são destinadas.
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CONCEITO, AUTONOMIA, FONTES, HIERARQUIA, 
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2. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
 Para caracterizar a autonomia de uma ciência é necessário que a mesma:
 (a) seja vasta a ponto de merecer um estudo particular;
 (b) contenha doutrinas homogêneas estabelecidas por conceitos gerais, comuns e distintos das outras disciplinas; e
 (c) possua método próprio empregando processos especiais para o conhecimento das verdades que constituem o objeto de suas investigações.
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2. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
	Haverá autonomia de um ramo do Direito se os seus princípios e regras tiverem identidade própria e, ao mesmo tempo, apresentem diferenças em relação aos demais ramos.
 Dessa maneira, a autonomia deve ser examinada em relação ao desenvolvimento didático, legal e doutrinário.
	E sob os aspectos jurisdicional e científico.
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2. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
 Desenvolvimento Legal  o art. 7°/CF que estabelece os direitos dos trabalhadores urbanos, rurais, domésticos entre outros. A CLT comporta as principais normas trabalhistas.
 Desenvolvimento Didático  todas as faculdades de Direito têm, em seus currículos, o estudo do Direito do Trabalho. Os exames da OAB exigem conhecimentos do Direito do Trabalho e da prática processual trabalhista em seus concursos.
 Desenvolvimento Doutrinário  várias são as obras de renomados autores, nacionais ou estrangeiros, que dão sustentação à autonomia do Direito do Trabalho.
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2. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
 Autonomia Científica  o Direito do Trabalho tem institutos próprios, traduzidos por um conjunto de normas e regras específicas que pertencem a seu sistema. Adota princípios próprios como: proteção ao trabalhador; continuidade da relação de emprego; e irrenunciabilidade de direitos trabalhistas.
 Autonomia Jurisdicional  consagrada a partir da edição da CLT e dos julgamentos dos pleitos trabalhistas por órgãos especializados da Justiça do Trabalho, a partir de sua autonomia, com a CF de 1946.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 As FONTES do Direito do Trabalho são classificadas sob diversos enfoques
 - Quanto a VALIDADE
 - Quanto as FORMAS DE EXTERIORIZAÇÃO
 - Quanto a ORIGEM
 - Quanto a VONTADE DAS PARTES
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 Quanto a VALIDADE as fontes podem ser classificadas como:
 FONTES MATERIAIS  constituem os fatores (sociais, psicológicos, econômicos e históricos) que propiciam o surgimento de normas envolvendo fatos e valores. 
 FONTES FORMAIS  são as formas de exteriorização do Direito, como as leis e os costumes.
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 3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
	Quanto às FORMAS DE EXTERIORIZAÇÃO as fontes podem ser classificadas como:
	FONTES HETERÔNOMAS  são as impostas por agentes externos. Ex: constituição, leis, decretos sentenças normativas, regulamentos unilaterais.
	FONTES AUTÔNOMAS  são as elaboradas por agentes internos. Ex: convenções, acordos coletivos, contrato de trabalho e regulamentos bilaterais.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 Quanto à ORIGEM as fontes podem ser:
 (a) estatais  quando provenientes do Estado. 
 Ex.: constituição, leis e decretos.
 	(b) extra-estatais ou profissionais  quando emanadas das partes. 
	Ex.: regulamento de empresa, costume, convenção, acordo coletivo e contrato de trabalho.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 	 Quanto à VONTADE das pessoas as fontes podem ser:
 	(a) voluntárias  dependem da vontade das partes para sua elaboração.
 	Ex.: contrato de trabalho, convenção e acordo coletivo.
 	(b) imperativas  quando são alheias a vontade das partes. 
	Ex.: leis, constituição e sentença normativa.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 a. CONSTITUIÇÃO
 	A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de normas de Direito do Trabalho. A atual CF dedica o Cap. II do Título II – Dos Direitos Sociais para tratar de normas de proteção ao trabalhador.
 	O art. 22, I da CF/88 determina que é de competência privativa da União legislar sobre Direito do Trabalho.
 b. LEIS
 	A CLT apenas organizou e sistematizou a legislação trabalhista que se encontrava esparsa. 
	Além da CLT, há várias leis esparsas que tratam das relações trabalhistas.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 c. ATOS DO PODER EXECUTIVO
 O Poder Executivo tem competência para expedir decretos e regulamentos (art. 84, IV da CF).
 O Ministério do Trabalho também expede portarias e ordens de serviço. Como exemplo a Portaria 3.214/78 que especifica questões sobre medicina e segurança do trabalho.
 d. SENTENÇA NORMATIVA
 É a decisão dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) ou do TST no julgamento dos dissídios coletivos. 
 O art. 114, caput, e seu § 2°, da CF dão competência à Justiça do Trabalho para estabelecer normas e condições de trabalho. 
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 e. CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS
 Exteriorizam a autonomia privada dos sindicatos nas negociações coletivas. O art. 7°, XXVI/CF reconhece os acordos e as convenções coletivos do trabalho. As regras que neles forem estabelecidas serão de observância nas respectivas categorias.
 Acordos Coletivos  são os pactos celebrados entre
uma ou mais de uma empresa e o sindicato da categoria profissional a respeito de condições de trabalho (§ 1° do art. 611 da CLT).
 Convenções Coletivas  são os pactos firmados a respeito das condições de trabalho da categoria (art. 611 da CLT), entre dois ou mais sindicatos, estando de um lado o sindicato patronal e do outro lado o sindicato profissional dos trabalhadores.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 f. REGULAMENTOS DE EMPRESA
 O regulamento da empresa disciplina as relações entre os sujeitos do contrato de trabalho, vinculando não só os empregados atuais da empresa, como também aqueles que forem sendo admitidos posteriormente em seus quadros.
 g. DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS
 As disposições inseridas no contrato de trabalho darão origem aos direitos e deveres entre empregado e empregador.
 O art. 444/CLT dispõe que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes, desde que não se contraponham às disposições de proteção ao trabalho, às convenções e aos acordos coletivos e às decisões das autoridades competentes.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 h. USOS E COSTUMES
 Em muitas ocasiões a utilização reiterada pela sociedade dos usos e costumes dão origem a uma norma legal. Como exemplo, tem-se a gratificação natalina que é um pagamento feito pelo empregador que tem por natureza costume. 
 De tanto os empregadores pagarem uma gratificação natalina aos empregados ela passou a ser compulsória, dando origem ao atual 13° salário (Lei 4.090/62).
 Outro caso típico, foram as horas extras que passaram a integrar outras verbas remuneratórias (férias, 13 salário, aviso prévio, FGTS, etc.)
 A CLT prevê no art. 443 que o próprio contrato de trabalho não precisa ser necessariamente feito por escrito, podendo ser regido por regras do costume.
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3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
 i. NORMAS INTERNACIONAIS
 	As normas internacionais são fontes de direitos e obrigações, como ocorre com os tratados e as convenções da OIT, que obrigam seus signatários.
 	O inciso VIII do art. 84 da CF determina que compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais.
 A Convenção da OIT tem natureza de lei ordinária, tanto que o Congresso tem competência exclusiva para resolver definitivamente, sobre tratados internacionais (art. 49, I da CF), o que é feito por intermédio de decreto legislativo, que também tem natureza de lei federal (art. 59, VI /CF).
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CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
4. HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
 	A hierarquia entre as normas somente ocorre quando a norma inferior tem seu fundamento de validade em regra superior. 
 Isso significa que a validade de determinada norma dependa diretamente de outra, como é o caso de um decreto em relação a uma lei ordinária e desta em relação à Constituição.
	 O art. 619 da CLT dispõe que nenhuma disposição do contrato individual de trabalho que contrarie normas de convenção ou acordo coletivo de trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito. 
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4. HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 a. NORMAS DE ORDEM PÚBLICA ABSOLUTA
	São regras de natureza protetiva que não podem ser derrogadas por convenções das partes, pois tratam de direitos indisponíveis por parte do trabalhador e que não podem deixar de ser cumpridas pelo empregador, sob pena de imposição de multa. 
 b. NORMAS DE ORDEM PÚBLICA RELATIVA
	São normas que embora sejam impositivas, podem ser flexibilizadas pelas partes, como a possibilidade de redução de salários por meio de convenções ou acordos coletivos; a redução da jornada de trabalho mediante acordo ou convenção coletiva e o aumento da jornada nos turnos ininterruptos.
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 c. NORMAS DISPOSITIVAS
	O Estado estabelece regras mínimas de proteção aos empregados, podendo as partes, por força da autonomia da vontade, acordarem condições mais favoráveis.
 d. NORMAS AUTÔNOMAS INDIVIDUAIS OU COLETIVAS
	São normas em que o Estado não interfere estabelecendo regras de conduta no campo trabalhista; as partes é que estabelecem preceitos, fruto do entendimento direto entre elas. 
 	No campo coletivo, seria a hipótese de o acordo ou a convenção coletiva estabelecer regras não previstas na lei. 
 No campo individual, seria a contratação mediante cláusula inserida no contrato de trabalho.
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 e. INTERPRETAÇÃO DA NORMA
 1) Gramatical ou Literal  visa verificar qual o sentido literal do texto.
 2) Lógica  conexão entre vários textos legais.
 3) Teleológica ou Finalística  a interpretação será dada de acordo com o fim pretendido pelo legislador.
 4) Sistemática  a interpretação decorre da análise do sistema jurídico.
 5) Extensiva ou Ampliativa  busca-se dar um sentido mais amplo à norma.
 	
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 e. INTERPRETAÇÃO DA NORMA
 6) Restritiva ou Limitativa  busca-se restringir o sentido da norma.
 7) Histórica  decorre de um processo evolutivo, analisando-se o período histórico.
 8) Autêntica  realizada pelo próprio órgão que editou a norma, que irá declarar seu sentido, alcance e conteúdo, por meio de outra norma jurídica.
 9) Sociológica  verifica-se a realidade e a necessidade social na elaboração e na aplicação da lei.
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 f. INTEGRAÇÃO
 O intérprete fica autorizado a suprir as lacunas existentes na norma jurídica por meio da utilização da analogia, equidade, princípios gerais do direito e doutrina.
 Analogia consiste na utilização de uma regra semelhante para o caso concreto.
 Eqüidade é a possibilidade de suprir a imperfeição da lei ou torná-la mais branda moldando-a à realidade. 
 Só é possível nas hipóteses autorizadas por lei (art. 127 do CPC).
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UD
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5. CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
 g. EFICÁCIA E VIGÊNCIA DA NORMA TRABALHISTA
 Eficácia significa aplicação ou execução da norma jurídica. É a produção de efeitos jurídicos concretos que não se confunde com a validade da lei.
 Validade da lei se refere a sua força imponível, isto é, a possibilidade de ser observada.
 A vigência da norma diz respeito ao seu tempo de atuação.
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 A. PRINCÍPIOS DO DIREITO COMUM APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO
 1) AUTONOMIA DA VONTADE DAS PARTES 
	Este princípio também está presente nas relações de trabalho, porém com uma interferência mais ampla da lei.
 	 A CLT corrobora a aplicação desse princípio ao estabelecer, em seu art. 444, que é livre a estipulação das condições de trabalho em tudo o que não contrariar a ordem pública, as decisões judiciais e as convenções coletivas de trabalho.
 2) EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS
	Nenhum dos contratantes pode exigir o implemento da obrigação do outro contratante, antes de cumprida a sua obrigação. 
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 A. PRINCÍPIOS DO DIREITO COMUM APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO
 3) FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS (pacta sunt servanda) 
	Este princípio estabelece que o contrato deve ser executado pelas partes de acordo com os termos ajustados. 
 	As convenções coletivas valem pelo prazo da sua vigência, sendo inviável a sua modificação a não ser em casos extremos. 
 4) BOA-FÉ NOS CONTRATOS
	Confere ao juiz o poder de interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal dos contratantes.
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 B. PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DO DIREITO DO TRABALHO
 1) LIBERDADE DE TRABALHO
 O trabalho deve ser prestado de forma livre, por escolha do trabalhador, não se admitindo o trabalho forçado do trabalhador por atentar contra a dignidade humana.
 2) DIREITO DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL
 Qualquer que seja o regime político ou econômico todo trabalhador tem o direito de filiar-se a uma organização sindical.
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 B. PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DO DIREITO DO TRABALHO
 3) MÍNIMAS GARANTIAS DE TRABALHO 
 Em todos os países há direitos trabalhistas mínimos que devem ser respeitados. Corroborando com este princípio existe a OIT.
 4) MULTINORMATIVIDADE DO DIREITO DO TRABALHO
 A norma trabalhista emana não apenas do Estado, mas também de outras fontes, como da própria empresa, por seus regulamentos e dos sindicatos, em sua atividade negocial com as empresas. 
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 B. PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DO DIREITO DO TRABALHO
 5) NORMA FAVORÁVEL AO TRABALHADOR
	A norma jurídica, ao ser elaborada deve voltar-se à proteção do trabalhador e, ao ser interpretada, no caso de dúvida, deve-se ser escolhido o sentido da norma mais benéfico ao trabalhador, salvo lei proibitiva.
 6) IGUALDADE SALARIAL 
 Trabalhos semelhantes devem ser remunerados de maneira semelhante, sem qualquer tipo de discriminação.
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6. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 B. PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DO DIREITO DO TRABALHO
 7) JUSTA REMUNERAÇÃO
	É função do Direito do Trabalho promover medidas destinadas a garantir aos trabalhadores adequada retribuição pelos serviços prestados.
 8) DIREITO AO DESCANSO
	Assegura a inserção nos ordenamentos jurídicos de normas voltadas para a obrigatoriedade de descansos diários, semanais e anuais no exercício das atividades profissionais.
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7. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 B. PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DO DIREITO DO TRABALHO
 9) DIREITO AO EMPREGO 
 O Estado tem o dever de promover medidas econômicas destinadas à abertura de frentes de trabalho em dimensão suficiente para absorver a mão-de-obra que ingressa na ordem trabalhistas e de impedir o desemprego em massa.
 10) CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA 
	Encontra sustentação no art. 5°, XXXVI da CF (direito adquirido).
 11) DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
 O Estado deve organizar sistemas previdenciários que estabeleça proteção ao trabalhador nos períodos em que este necessite do devido amparo.
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7. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DO TRABALHO 
 C. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 1) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
 Visa compensar a superioridade econômica do empregador em relação ao empregado, atribuindo a este último uma superioridade jurídica. 
	 Este princípio é desmembrado em outros três: 
	 (1) in dubio pro operario; 
	 (2) aplicação da norma mais favorável ao trabalhador; 
	 (3) aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador.
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 C. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 1) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
 a) In dubio pro operario 
	 Na dúvida deve se aplicar a regra de forma mais favorável ao trabalhador ao se analisar um preceito que encerra um regra trabalhista. 
	 Não se aplica integralmente ao Processo do Trabalho, devido ao ônus da prova no caso concreto (art. 33 do CPC e art. 818 da CLT), que, em certos casos, poderá ser do empregado.
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 C. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 1) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
 b) Aplicação da norma mais favorável ao trabalhador 
	 I. Elaboração da norma mais favorável  em que as novas leis devem dispor de maneira mais benéfica ao trabalhador.
 	 II. Hierarquia das normas jurídicas  havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica, deve-se observar a que for mais favorável ao trabalhador, exceto para as normas de caráter proibitivo.
 	 III. Interpretação da norma mais favorável  havendo várias normas a serem observadas, deve-se aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador.
	 O art. 620/CLT diz que as condições estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas
em acordo”. 
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 C. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 1) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
	c) Aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador 
	Deve ser entendida como o fato de que as vantagens já obtidas anteriormente, que são mais benéficas ao trabalhador, não podem ser modificadas para pior. 
	 É a aplicação da regra do direito adquirido (art. 5, XXXVI da CF). 
 Vide Súmula 51 do TST.
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 2) PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS
	O art. 9° da CLT é claro ao dizer que serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir, ou fraudar a aplicação dos preceitos trabalhistas. Em regra, os direitos são irrenunciáveis por parte dos trabalhadores, quando diante do empregador. 
	No entanto, o trabalhador poderá renunciar a seus direitos se estiver em juízo, diante do juiz do trabalho, nesse caso não se pode afirmar que o empregado esteja sendo forçado pelo seu patrão, pois não se encontrará em posição de inferioridade. 
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 3) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO
 Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado, ou seja, haverá continuidade da relação de emprego. A exceção à regra são os contratos por prazo determinado, inclusive o contrato temporário. A Súmula 212 do TST adota essa ideia ao estabelecer: 
 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
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 4) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE
 No Direito do Trabalho os fatos são muitos mais importantes do que os documentos. 
 Por exemplo, se um empregado é rotulado de autônomo pelo empregador, possuindo contrato escrito de representação com o último, o que deve ser observado realmente são as condições fáticas que demonstrarem a existência do contrato de trabalho.
 São privilegiados, portanto, os fatos, a realidade, sobre a forma ou a estrutura empregada.
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UD I – NOÇÕES GERAIS DO DIREITO DO TRABALHO 
CONCEITO, AUTONOMIA, FONTES, HIERARQUIA, 
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

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