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Escola de Ciências da Saúde RECURSOS MANUAIS EM ESTÉTICA - DRENAGEM LINFÁTICA (REVISÃO) Prof: Esp. Fabiana Rodriguero S. Tominaga SISTEMA LINFÁTICO ➢ Sistema de drenagem paralelo ao circulatório, constituído de uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos) e órgãos linfáticos. ➢ Constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes as veias (vasos linfáticos). ➢ Importante componente do sistema imunológico. ➢ Sistema de mão única – Direção Centrípeta ➢ Não existe uma circulação – APENAS drenagem ➢ Recolher excesso de líquido entre os tecidos e devolvê-lo a circulação sanguínea; ➢ Transporte de moléculas de gordura e algumas vitaminas do intestino delgado para a corrente sanguínea; ➢ Defesa do organismo devido à presença de células de defesa (linfócitos). FUNÇÃO DO SISTEMA LINFÁTICO COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO ➢ VASOS LINFÁTICOS ➢ ÓRGÃOS LINFÓIDES: LINFONODOS – Pequenas estruturas que funcionam como filtros para agentes nocivos. BAÇO – Maior órgão do sistema linfático. Destrói hemácias defeituosas ou idosas e armazena células de defesa, sendo essas liberadas na circulação quando necessário. TIMO – Formação de Linfócitos T, ajuda a proteger o corpo de vírus, fungos e outros tipos de infecção. TONSILAS – anel linfático de Waldeyer, que compreende a tonsila (amídala) lingual, a palatina e a faríngea (ou adenoide), na região chamada rinofaringe. Combatem infecções causadas por vírus e bactérias. SISTEMA LINFÁTICO ▪ CAPILARES LINFÁTICOS ▪ VASOS COLETORES ▪ TRONCOS LINFÁTICOS ▪ DUCTOS LINFÁTICOS FLUXO LINFÁTICO CAPILAR LINFÁTICO VASO COLETORES LINFÁTICO TRONCO LINFÁTICO DUCTO LINFÁTICO CAPILARES LINFÁTICOS • São maiores que os capilares sanguíneos • Suas células endoteliais formam pequenas válvulas que permitem a passagem do líquido para o seu interior, sem que este consiga sair. • Pequenos filamentos de ancoragem que unem as células endoteliais aos tecidos adjacentes. • Se encontram em todos os tecidos do corpo exceto nos tecidos avasculares: Cartilagem, epiderme, córnea. VASOS LINFÁTICO • Estrutura similar às veias, com exceção que possuem paredes mais finas e numerosa válvulas que evitam o retrocesso da linfa • Transporta a linfa desde o espaço intersticial até a veia cava superior • Passam pelos linfonodos em seus percurso VASOS LINFÁTICOS LINFONODOS O ser humano possui em torno de 600 a 700 linfonodos. Apresentam entre 2 e 30 mm de comprimento e seu formato é descrito como de feijão ou de rim. Maior parte deles localizados na região das vísceras abdominais e cerca de 160 deles encontram-se na região da cervical. Funções: por produzir e manter leucócitos (células de defesa) em seu interior, possibilitam a filtragem da linfa que passa por dentro deles, retendo micro- organismos, toxinas ou substâncias estranhas ao nosso organismo. Vasos aferentes: Levam a linfa para o linfonodo Vasos Eferentes: Por onde sai a linfa em direção aos troncos linfáticos TRONCOS LINFÁTICOS Formados pela união dos vasos coletores eferentes. são 5 grandes troncos linfáticos: • 2 Troncos jugular (Esquerdo e Direito) • 2 Troncos subclávio (Esquerdo e Direito) • 2 Troncos broncomediastinal (Esquerdo e Direito) • 1 Tronco intestinal •2 Troncos lombar (Esquerdo e Direito) TRONCO JUGULAR DIREITO TRONCO SUBCLÁVIO DIREITO TRONCO BRONCOMEDIÁSTINAL DIREITO TRONCO LOMBAR DIREITO TRONCO JUGULAR ESQUERDO TRONCO SUBCLÁVIO ESQUERDO TRONCO BRONCOMEDIÁSTINAL ESQUERDO TRONCO LOMBAR ESQUERDO TRONCO INTESTINAL CISTERNA DO QUILO CISTERNA DO QUILO Cisterna do quilo (ou cisterna de Pecquet), é uma dilatação que se localiza entre T12 e L3, levemente à esquerda, atravessando o diafragma, nela desembocam tronco instestinal, intercostal descendentes e lombares; O quilo corresponde à linfa que é absorvida no intestino, a qual é drenada para a cisterna do quilo, e posteriormente levada ao ducto torácico. A gordura que está contida no mesmo é que dá o aspecto leitoso característico. A linfa do ducto torácico é uma mistura do fluido linfático originado no intestino, fígado, pulmão, parede abdominal e extremidades inferiores. Possui aspecto límpido durante o jejum e leitoso após as refeições. Ducto torácico: Drena a maior parte da linfa do organismo. Conduz a linfa da maior parte do corpo. Começa na região de L2 através de uma dilatação chamada de cisterna do quilo e vai recebendo vários troncos. - cisterna do quilo - troncos lombares => membros inferiores e da pelve - tronco intestinal => abdome - tronco sublávio esquerdo => membros superiores - tronco broncomediastinal esquerdo => tórax - tronco jugular esquerdo => cabeça e pescoço Ducto linfático direito: Drena a linfa do lado direito do pescoço, da cabeça, do membro superior e do hemitórax. Recebe a linfa do lado direito da cabeça, pescoço e membro superior direito e lado direito Tórax - Tronco jugular direito: da cabeça e do pescoço - Tronco broncomediastinal direito: do tórax - Tronco subclávio direito: de membro superior direito DUCTO TORÁCICO DUCTO LINFÁTICO DIREITO DUCTO LINFÁTICO DIREITO DUCTO TORÁCICO LINFA Quando o liquido intersticial passa para dentro dos capilares linfáticos recebe a denominação de linfa. Ou seja, a simples passagem do líquido intersticial para o capilar linfático faz com que o nome deste líquido mude para linfa (GUIRRO; GUIRRO, 2002) Lympha: água transparente. líquido transparente e viscoso. composição semelhante ao plasma sanguíneo, contendo: sais, glicose, gorduras, água, glóbulos brancos e proteínas Responsável por carregar os linfócitos (células de defesa) ao sangue FLUXO DA LINFA Os vasos linfáticos também não contam com uma bomba propulsora (coração) capaz de gerar um fluxo consistente, por isso, o fluxo da linfa é lento e depende da movimentação do corpo; O refluxo é impedido pela presença de válvulas, como nas veias; LINFANGIONS O espaço compreendido entre uma válvula e outra. Responsável pela propulsão da linfa Unidade funcional do sistema linfático, responsável pela propulsão da linfa. Sua estrutura corresponde a um segmento com uma camada muscular central e válvulas formadas por prolongamentos da túnica intima em ambas as extremidades. A borda de um linfangion forma a válvula do seguinte (Bergmann, 2000). Linfangion Capilar Sanguíneo Fluído Interstícial Vávula aberta Vávula fechada – Impedindo o fluxo de voltar EX: TRAJETO DA LINFA – MEMBRO SUPERIOR DIREITO MS Direito: DUCTO LINFÁTICO DIREITO Plexos linfáticos da palma e dorso da mão Linfonodos Cubitais Linfonodos Axilares Tronco Subclávio MS Esquerdo: DUCTO TORÁCICO VASOS LINFÁTICOS VASOS LINFÁTICOS VASOS LINFÁTICOS EDEMA - Excesso de líquido no espaço intercelular. - Para responder a esse excesso, o sistema linfático aumenta sua capacidade de transporte até 100 vezes. Quando passa essa capacidade ou há falha no sistema, acontece um aumento de líquido, que se chama EDEMA. - Edema é definido como acúmulo de quantidades anormais de líquido nos espaços intercelulares. Possui concentrações NORMAIS de proteínas. - Edema Cardíaco - Edema Renal - Edema Hepático - Edema Nutricional - Edema Inflamatório - Edema Queimados - Edema Venoso ou fledoedema - Edema pós-trombótico - Edema Iatrogênico (pós fármacos) - Edema Cerebral - Edema Traumático EDEMA A principal característica do edema é a depressão (cacifo positivo ou sinal de Godet) da região comprimida, que volta à posição original em, aproximadamente 30 segundos a 1 minuto devido sua constituição do interstício ser líquida. O sinal do cacifo ou de Godet realiza-se comprimindo a região edemaciada com o polegar por cerca de 10 segundos e observando-se se há formação de depressão. A profundidade da depressão pode ser comparada com escala de cruzes, variando de leve (+) a grave(++++). Para efeitode comparação, a intensidade máxima (++++) é atribuída a edemas que formam depressões maiores ou iguais a uma polpa digital. EDEMA LINFEDEMA O linfedema é o edema de parte do corpo, que ocorre como resultado de uma insuficiência no sistema linfático por anormalidades, congênitas ou adquiridas e que leva ao aumento do volume de tecidos moles como resultado do acúmulo de fluído intersticial de alta concentração proteica. É, portanto, considerado uma patologia e seu tratamento envolve uma equipe multidisciplinar. O edema resultante apresenta características próprias que o diferencia daqueles decorrentes de outras manifestações clínicas. Geralmente, acomete as extremidades, em especial os membros inferiores. No início, o edema é discreto, mole e depressível à compressão, mas, com a evolução da doença, torna-se duro e não depressível. (Guedes, 2002) LINFEDEMA PRIMÁRO Congênito: Quando pessoas da família tem linfedema desde o nascimento, no exame há ausência ou diminuição do sistema linfático- por uma alteração no cromossoma. Brida amniótica: má formação rara que acontece geralmente no terço médio para o inferior das pernas ou braços, um tipo de dobra da pele e tecido que comprime a circulação linfática. Deve ser tratada com cirurgia e DLM SECUNDÁRIO Após doenças ou lesões traumáticas que afetam o sistema linfático: Pós-infeccioso Pós-cirúrgico Neoplásico Pós-radioterapia Pós-acidentes Voluntário Lipedema Mixedema DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica cuja ação principal é sobre o sistema linfático e devem obedecer alguns aspectos importantes quanto ao ritmo, manobras, pressão e harmonia dos movimentos. De acordo com Leduc (2000), a drenagem linfática é uma técnica que drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo assim, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela também é responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo, melhorando a oxigenação e nutrição celular. A drenagem linfática manual (DLM) foi criada pelo médico dinamarquês Emil Vodder em 1936 como uma técnica coadjuvante, estabelecida como padrão ouro no tratamento de linfedema. Seus estudos se basearam na observação de várias pessoas que apresentavam quadros gripais crônicos, nos quais se detectava um aumento dos linfonodos na região cervical. Foram observados melhora desses quadros com determinados tipos de movimento de estimulação física (massagem) realizados na região envolvida. A partir daí, esses movimentos ficaram conhecidos como DLM, com a principal característica de serem movimentos em círculo e semicírculos. Vários grupos assimilaram e fizeram uso desses conceitos, que são difundidos e utilizados até os dias atuais (PEREIRA, 2016; GODOY; GODOY, 2004). Albert Leduc – Aluno de Vodder, baseou os estudos em movimentos de captação e evacuação. Michael Foldi – associação de drenagem linfática com bandagens. Jose Maria Pereira de Godoy e Maria de Fátima Guerreiro Godoy – uso de roletes flexíveis para a realização da drenagem com movimentos lineares e não mais os movimentos circulares preconizados pela técnica convencional. DRENAGEM LINFÁTICA “Vodder, criador da drenagem linfática, desenvolveu a técnica quando observou que pessoas que apresentavam quadros gripais crônicos associados ao aumento dos linfonodos na região cervical obtinham melhora dos sintomas com determinados tipos de movimento de massagem realizados na região envolvida.” KURZ I. Textbook of Dr. Vodder’s Manual Lymph Drainage. Heidelberg: Haug Verlarg, 1997, p. 123. MANOBRAS Vodder Leduc Foldi Godoy • Círculos fixos • Técnica de bombeamento • Técnica de mobilização • Técnica rotatória • Círculos com os dedos • Círculos com os polegares • Movimento combinado • Pressões em bracelete • Drenagem dos linfonodos linfáticos • Bombeamento em bracelete • Círculos fixos • Pinçamento com mobilização tecidual • Mobilização articular • Movimento combinado • Contenção por enfaixamento • Cinesioterapia específica • Deslocamento linear até o linfonodo • Uso de bastões flexíveis • Uso de RAGodoy® • Bandagens e meias compressoras “Há duas etapas a serem seguidas na drenagem linfática, sendo, em ambas, realizadas sempre no sentido da circulação linfática de retorno e centripetamente. Essas duas etapas são chamadas de evacuação e de captação. Uma drenagem linfática bem feita é capaz de alcançar os mais diversos resultados que vão de estéticos como cura anti-estresse, anti-celulite,anti-envelhecimento, pré e pós- parto a terapêuticos como otimização dos resultados pós-operatórios, tratamentos e preparação para todas as cirurgias estéticas, tratamento de cicatrizes recentes, retenção de líquido, linfedema, má circulação e dismenorreia”. Fonte: LACERDA, Gabriela. Drenagem linfática manual. Diário de Notícias. [S.l], 28 de maio de 2007 ano 143 n. 50. o sistema linfático direciona a linfa aos grandes ductos linfáticos, que estão localizados na região central do corpo, e em função disso a direção das manobras é sempre realizada de distal para proximal. No entanto, as manobras se iniciam nas regiões proximais para permitir que o caminho esteja livre para que a linfa da região distal possa alcançar o ducto linfático central. Pressão: nunca produzir hiperemia; até 30 ou 40mmHg; Deve ser suficiente para propulsionar o líquido intersticial para dentro dos capilares linfáticos e aumentar a reabsorção. Velocidade: respeitar a velocidade de contração dos linfangions; utilizar manobras lentas e monótonas; Ritmo: Uniforme, Regular, Ininterrupto, Sempre adaptado ao tecido tratado Direção: Respeitar a anatomia do sistema linfático das áreas a serem drenadas. COMO REALIZAR A DLM INDICAÇÕES • tratamento pré e pós-operatório de intervenção cirúrgica; • pós-traumatismos; • insuficiência venosa; • edemas; • linfedemas; • hidrolipodistrofia ginóide; • queimaduras; • enxertos; • acne; • rosácea; • hematomas e equimoses; • rigidez muscular; • período de TPM; • insônia; • pós-mastectomia; • tratamento coadjuvante da cicatriz hipertrófica ou queloideana. CONTRA INIDICAÇÕES Contraindicações relativas ✓ Insuficiência cardíaca descompensada; ✓ Insuficiência renal descompensada; ✓ Anemia proteica; ✓ Hipo/hipertensão arterial descompensada; ✓ Hipertiroidismo; ✓ Diabetes descompensado. ✓ Gestação (antes dos primeiros meses – após com indicação médica Contraindicações absolutas ✓ Flebites e Tromboflebites agudas; ✓ Insuficiência Renal; ✓ Febre; ✓ Infecções agudas; ✓ Neoplasias; ✓ Bacteremias (presença de bactérias no sangue) ✓ Viremias(Presença de Vírus no sangue); ✓ Eczema agudo. DLM FACIAL – EVACUAÇÃO DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE LINFONODOS 2 – LINFONODOS CERVICAIS SUPERFICIAIS: SITUADOS AO LONGO DO TRAJETO DA V. JUGULAR EXTERNA. LINFONODOS CERVICAIS PROFUNDOS: SITUADOS AO LONGO DO TRAJETO DA V. JUGULAR INTERNA. DIVIDIDOS EM : I-GRUPO SUPERIOR, II –GRUPO MÉDIO, III –GRUPO INFERIOR; IV-POSTERIORES DO TRÍGONO CERVICAL; V- CERVICAIS ANTERIORES 6 – LINFONODOS RETROAURICULARES 7 – LINFONODOS OCCIPITAIS 5 – LINFONODOS PAROTÍDEOS 3 – LINFONODOS SUBMENTONIANOS 4 – LINFONODOS SUBMANDIBULARES 1 – LINFONODOS SUPRA CLAVICULAR 1 3 4 56 7 2 DLM FACIAL Drenagem Linfática Facial | Passo-a-passo - YouTube https://www.youtube.com/watch?v=kR6RdY2TFN0&t=295s 7 -Linfonodos Poplíteos 6 - Linfonodos Inguinais 3 - Linfonodos Axiliares 1 - Linfonodos Supraclavicular 2 - Linfonodos Infraclavicular 4 - Linfonodos Cubitais DLM CORPORAL 5 - Cisterna do Quilo OBS: Linfonodos poplíteos se localizam na parte posterior (na fossa poplítea) OBS: Alguns autores indicam a evacuação dos Linfonodos maleolares Sentido da Drenagem Linfática Corporal OBRIGADA @FABIRODRIGUERO
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