Buscar

SUS - Sistema Único de Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Bittencourt 
SUS 
Motivações para estudar o SUS
1. 78% da população brasileira tem acesso ao sistema de saúde 
2. 73% dos médicos no Brasil atuam no setor público 
3. Processos seletivos de residência tem uma carga grande de conteúdo de medicina preventiva e social, sendo uma grande parcela relacionada ao SUS
Origens do SUS 
· No Brasil colonial, a assistência à saúde não contava com médicos diplomados, a população contava apenas com curandeiros, barbeiros, parteiras e jesuítas.
· 1º hospital brasileiro é de 1542 (Santa Casa de Misericórdia de Santos)
· 1ª faculdade de medicina brasileira foi fundada em 1808 = Salvador
· Final do século 19 e início do século 20 = Brasil essencialmente agrícola com produção para o mercado interno medicina era muito caro e o médico tinha uma liberdade muito grande para estabelecer preços e horários de trabalho = completamente liberal 
· Médicos atendiam quem podia pagar 
· Insitituições de caridade
· A cargo do estado a definição de políticas (febre amarela, varíola)
· Década de 1920 = café entraram muitos imigrantes europeus, então houve industrialização da produção de café
· 1923 Lei Eloi Chaves = criação das caixas de pensão organizadas pelas empresas = necessidade de ampliar o acesso à saúde (trabalhadores precisavam estar saudáveis para produzir) 
· 1930 = industrialização = necessidade maior de acesso à saúde para continuidade do trabalho 
· Modelo fordiano de trabalho 
· Caixas de aposentadoria e pensões (CAPs) para fornecer assistência aos trabalhadores
· Criação dos sindicatos de institutos de aposentadoria e pensão (IAPs)
· Vargas juntou os CAPs e construiu hospitais, sendo que existiam “caixinhas” para cada profissão 
· Industrialização gerou efeitos sobre a atividade medica 
· Aumentou a necessidade de médicos 
· Necessária segmentação da medicina, pois o clínico não resolveria tudo paciente precisava passar por uma linha de produção 
· O consultório, que era em casa, não comportava mais 
· Criação do sistema ambulatorial para triagem dos pacientes pacientes acompanhados a vida toda por vários atendimentos em série 
· Ampliação das especialidades médicas
· Médico passa a ser assalariados
· Impacto na formação médica
· Antes existia uma relação exclusiva de mestre e aprendiz, com um número pequeno de alunos que os acompanhava ao longo do curso -- existem vários professores devido a necessidade de um número maior de médicos e segmentação do conhecimento.
· Décadas de 1960 e 1970 
· Governo contrata hospitais privados para prestação de serviços 81% dos leitos disponíveis no setor público estavam na rede privada e 53% dos empregos médicos estavam no setor privado
· Apareceram os primeiros planos de saúde 
· Precursores do SUS
· Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) governo uniu as caixas de assistência + dicotomia entre saúde pública e assistência individual + direito a saúde significava carteira assinada
· Década de 1980
· VIII conferência nacional de saúde – movimento da reforma sanitária (1986), com 3 eixos temáticos: saúde como direito + reformulação do Sistema Nacional de Saúde + financiamento do setor 
· Constituição de 1988 = saúde como direito de todos e dever do estado + surgimento do SUS
MARCOS LEGAIS DO SUS
Organização do sistema de saúde brasileiro
· Modelos de proteção social
· Bismarckiano: baseado em seguros sociais de saúde, então o trabalhador tem na folha de pagamento um valor descontado para financiar a assistência à saúde = era o modelo de saúde antes de 1988
· Beveridgiano: os serviços de saúde são ordenados pelo estado e financiados pelos recursos fiscais
· Constituição de 1988
· Comando único em cada esfera de governo 
· Primazia para município na execução das ações 
· Definição ampliada da saúde desde prevenção ao tratamento 
· Caráter de gestão administrativo descentralizado com participação da comunidade (controle social)
· Regulamenta o SUS pela lei 8.080
PRI NCÍPIOS DO SUS 
· Doutrinários: descreve a concepção do sus e quais são seus valores 
· Universalidade: a saúde é um direito de cidadania e cabe ao Estado assegurá-lo 
· Equidade: tem o objetivo de diminuir as desigualdades, pois as pessoas não são iguais
· Integralidade: considera as pessoas como um todo, de forma que as ações precisam ser integradas para realizar desde a prevenção até o tratamento e reabilitação
· Organizativos: como o SUS é organizado e como é a operacionalização do sistema de saúde 
· Regionalização: serviços circunscritos a uma determinada área geográfica e planejados a partir de critérios epidemiológicos. Isso também exige articulação entre os serviços; e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade + divisão da atenção e garantia de acesso à complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis na região 
· Descentralização: é a redistribuição de poder para melhorar a qualidade dos serviços e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos; e Comando único: cada esfera do governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, desde que respeite os princípios gerais e a participação da sociedade
· Controle social: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema de saúde criação dos conselhos e as conferências de saúde para formulação de estratégias, controle e avaliação da execução da política de saúde 
ESTRUTURAS DE GESTÃO DO SUS
1. Ministério da Saúde = gestor nacional que vai normatizar e fiscalizar as politicas de saúde. Fazem parte dele vários órgãos: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais.
2. Secretaria Estadual de Saúde = participam na formulação das políticas em saúde e dão apoio a nível municipal
3. Secretaria Municipal de Saúde = executa as ações definidas pelo nível federal
+ Controle social
Para melhorar o funcionamento dos gestores, foram criadas comissões intergestores = Comissões Intergestores Tripartite (CIT) = foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS. Quando se discute vacinação que vai entrar par ao calendário, ela é definida pelo Ministério de Saúde e a operacionalização pode ser nessa CIT.
Existe também a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) = foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e municipais, quanto aos aspetos operacionais do SUS. 
Há ainda dois fóruns que representam os entes estaduais e municipais = Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass - estadual) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems - municipal). 
Existe também os Cosems, que são os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde, que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para trtar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seis estatutos. 
O Controle Social é composto por:
· Conferências de Saúde
· Conselhos de Saúde
· Ministério Público
· Ouvidorias 
Ele foi definido pela lei 8.142 e dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS. E existem duas instâncias colegiadas para definir e executar as ações desse controle social 
· Conferência de Saúde: devem acontecer a cada 4 anos e tem como funções: avaliação da situação de saúde do Brasil e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde 
· Conselho de Saúde: se reúne em caráter permanente e deliberativo e tem como função a formulação de estratégias e controle da execução das políticas de saúde
Existe também a participação da comunidade nos Conselhos de Saúde Nacionais, Estaduais e Municipais. A representação desses usuárias é paritária em relação aos demais segmentos. Cabe a cada Conselho de Saúde definir o número de membros, que obedecerá a seguinte composição: 
· 50% de entidades e movimentos representativos de usuários
· 25% de entidades representativas dos trabalhadores de áreas de saúde (sindicatos)
· 25% de representação do governo e prestadores de serviços privados conveniados ou sem fins lucrativos
RESPONSABILIDADES
· Promoção, proteção erecuperação da saúde.
· Programar 
· Executar 
· Avaliar
· Esferas de responsabilidade
· União: a gestão é realizada pelo Ministério da Saúde e o governo federal é o principal financiados da rede pública de saúde. O MS formula as políticas nacionais, que são executadas pelos municípios
· Estados e DF: cada estado possui secretarias específicas e também deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios e os repassados pela União. São parceiros para aplicação de políticas nacionais de saúde (como campanhas de vacinação). Coordena e planeja o SUS a nível estadual. 
· Municípios: responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território. Também deve aplicar recursos próprios além dos repassados pela União e pelo Estado. Ele formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Coordena e planeja o SUS a nível municipal. Pode estabelecer parcerias entre municípios.

Outros materiais