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Prematuridade Professor Edmar INTRODUÇÃO o É impossivel falar de Prematuridade sem falar de Rotura Prematura de Membranas e vice-versa. o Estima-se 45% dos casos de Prematuridade sejam decorrentes de Parto Prematuro com membranas íntegras. o 30% decorram de RPMO. o 25% é uma opção médica, como resolução de complicações. DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA o Parto Pré termo: ocorrido entre 20- 22 e 37 sem. o Prematuridade extrema – abaixo de 28 sem o Prematuridade tardia – acima de 34 sem o Em nosso meio as taxas de PP espontâneo estão em torno de 10% dos nascimentos. o É importante distinguir Prematuro de PIG (pequeno para idade gestacional – correlaciona peso e IG) e RN de baixo peso- considerando-se como parâmetro só o peso independente da IG o A prematuridade se relaciona exclusivamente com a idade gestacional. DEFINIÇÕES o Pré Termo ou prematuro: RN nascido de 20- 22 até 37 semanas. (relação apenas c/ idade gestacional)- independente do peso, pode nascer de 4kg, 3,8kg e mesmo assim ser prematuro o PIG: RN abaixo do 10º percentil para a IG (relação peso/idade gestacional), comum em DM1, HAS, fumante o Baixo peso: RN com peso inferior a 2.500g (relação exclusiva ao peso) o Muito baixo peso: RN com peso inferior a 1.500g o Extremo baixo peso: RN com peso inferior a 1.000g CAUSAS DE PREMATURIDADE 1. Iatrogenia: Cesarea eletiva com data erroneamente calculada. 2. Sobredistensão uterina: Gestação multipla, polidramnia, 3. Amniorrexe prematura: Primária (sem outra causa aparente) ou secundária (infecção, apresentação fetal anômala) a outros elementos. 4. Gestação de Alto Risco: devido a alterações endócrinas e aumento da contratilidade. Doenças da gestação (DM, HAS, hipotiroidismo) 5. Hemorragias da segunda metade da Gravidez: Placenta prévia e DPP, vasa previa 6. Malformações uterinas: Hipoplasia, defeitos de fusão (útero bicorno, didelfo), Miomas. 7. Incompetência cervical: causa prematuridade, amniorrexe. O colo uterino fica aberto no 2 trimestre, após 16 semanas (aborto tardio), com o crescimento do neném o colo não consegue ficar fechado 8. Infecções: com hipertermia levando ao aumento cinética uterina. Corioamnionite tanto por causar óbito fetal como amniorrexe. FISIOPATOLOGIA O PP é evento multifatorial, onde estão envolvidos liberação de citocinas inflamatórias, hormônios hipotalâmicos e adrenais (ocitocina, cortisol e horm. liber. de corticotropina, produção de estrógenos placentários, liberação de prostaglandinas e proteases e formação de trombina. FATORES DE RISCO ESTRESSE: - Solteiras, baixo status socioeconômico (dificuldade de alimentação, remédios), Ansiedade, Depressão, Eventos de vida (divórcio, mortes), Cirurgia abdominal durante a gravidez (apêndice, vesícula). FADIGA OCUPACIONAL: - Postura em pé, uso de maquinas industriais, esgotamento físico, estresse mental e ambiental. DISTENSÃO UTERINA EXCESSIVA: - Gestação múltipla, Polidramnia, Anomalia uterina ou miomatose. FATORES CERVICAIS: - História de aborto de segundo trimestre, História de cirurgia cervical (NIC1, 2, 3), Dilatação ou apagamento prematuro do colo (nasce com 32, 34 semanas). Comprimento Colo < 3 cm 18-24 semanas, abaixo de 2,5 ou 3cm já indica risco de parto prematuro. INFECÇÃO: - IST, Infecções sistêmicas, Pielonefrites, Bacteriúria (muito comum queixa de infecção de urina), doença periodontal (MS possui um índice que avalia o grau de boa assistência a gestante sendo a consulta odontológica um destes fatores de avaliação - se não tiver esse índice satisfatório perde verba). -Todos procedimentos cirúrgicos odontológicos correm risco devido a coagulopatia gestacional. PATOLOGIA PLACENTÁRIA: - Placenta prévia, DPP, sangramento vaginal. ANTECEDENTES OBSTETRICOS - Parto prematuro anterior (gera chance de 37% de risco de outro, se já tiver 2 partos prematuros a chance vai para 70%) - Infecção amniótica - RPMO, alterações hormonais Sangramento de 1 e 2 trimestre: predispõe o colo a fatores irritativos que causam contrações OUTROS: - Traumas, Parto prematuro anterior, Uso de drogas, Tabagismo, Alcoolismo, Raça negra, Pré natal inadequado, Hb < 10, Contratilidade uterina excessiva, Baixo nível educacional, Fatores genéticos, Desnutrição e baixo IMC, Idade materna <15-18, >40. Atividade física exagerada. FATORES FETAIS: - Anomalia congênita, Crescimento restrito, Sexo masculino. QUADRO CLÍNICO o A Atividade uterina segue um determinado padrão de acordo com a idade gestacional. o Contrações de Braxton-Hicks, são fisiológicas, tem sua frequência aumentada com a IG. o Entre 28 a 32 sem: 2 a cada hora. o Entre 33 e 36 sem: 3 a cada hora. o No TPP a atividade uterina está precocemente aumentada, com dor, mesmo depois de sedação e repouso. o Elas percebem a barriga endurecer mas normalmente não está acompanhada de cólica ou dor. Se a dor melhora espontaneamente com repouso ou medicamentos, ela não é preocupante. As contrações efetivas não melhoram com esses analgésicos comuns. DEFINIÇÃO DE TPP – PROVA o Presença de 4 ou + contrações em 30 min de pelo menos 40 seg. (1 a cada 5-8 min). o Dilatação do colo de pelo menos 2-3 cm. Deve ter a dilatação e + um fator o Apagamento do colo uterino de pelo menos 50% MARCADORES DE PARTO PREMATURO USG USG p/ avaliação do comprimento do colo uterino: - Não está recomendado em mulheres de baixo risco porque não traz nenhum benefício nestes casos – preciso triar, acompanhar e avaliar caso a caso para indicar a USG - Mulheres com alto risco p/ prematuridade, a distância menor que 2.5 cm entre orifício int e externo, entre 18 e 24 sem. parece ser um marcador de risco p/ PP antes de 35 sem. - Comprimento do colo maior que 3 cm, em mulheres com contrações define um falso TPP. - A maior contribuição deste exame é seu valor preditivo negativo – se você faz o USG e o colo está com mais de 2,5cm, é quase certo que não haverá parto prematuro. Se colo curto, abaixo de 2,5cm ela pode ter PP mas não quer dizer que terá – ele não serve para confirmar só apontar a possibilidade. Mas se o comprimento for maior que 2,5cm é certeza de que ela não terá. Se ela não tiver a dilatação, o USG auxilia no diagnostico. Se ela tiver dilatação o diagnostico é clinico e eu preciso intervir para evitar a progressão para dilatação. Na direita temos colo curto e liquido aminiotico em dedo de luva, sendo um preditivo de PP. Uso progesterona quando ela possui colo curto < 25mm DOSAGEM DE FRIBRONECTINA FETAL: - Acredita que esta seja uma cola do trofoblasto, que promove a adesão uteroplacentária e membrana fetal decídua. É liberada nas secreções cervicovaginais. Dependendo da concentração se associa ao PP. Importante seu valor Predit. Neg. É uma glicoproteína produzida pelo trofoblasto, presente em condições normais antes das 20 semanas e após 35 semanas. Entre 20 e 22 semanas com a fusão do amnio e corion ela desaparece. Se estiver presente: marcador de TPP, elevado valor preditivo negativo por ate 2 semanas após o teste (96%). Testagem apenas em Gestante sintomáticas (com contrações involuntárias) Coleta necessita de: - Bolsa integra - Abstinência sexual - Ausencia de sangramento vaginal - Dilatação < 3cm - Não realizar toque vaginal antes OUTROS MARCADORES: - Hormônio liberador de corticotropina, estriol salivar, estradiol, citocinas inflamatórias, Alfa Feto Proteina e HCG, fosfatase alcalina, etc→ não são tao usados na pratica e possuem pouco valor preditivo efetivo. PROGNÓSTICO o O parto pré-termo é responsável por 75% da mortalidade neonatal e 50% das lesões neurológicas em crianças. o O parto prematuro associa-se à maior suscetibilidade aos tocotraumatismos (lesões causadas durante