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SÍNDROME DE BURNOUT A síndrome de Burnout (SB) foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra Herbert Freudenberger em 1974 (Freudenberger, 1974) e atualmente está inserida na Classificação Internacional de Doenças CID-11sob o código QD85 (Organização Mundial da Saúde [OMS], 2019). A Síndrome de Burnout, de forma simplificada, é uma progressão do quadro de estresse laboral crônico, até chegar a sua forma mais grave que é a síndrome de burnout. Christina Maslach (1976) propôs um modelo teórico para caracterizar a SB, definindo-a como uma resposta prolongada a estressores interpessoais crônicos no trabalho que se apresenta em três dimensões interdependentes: I: EXAUSTÃO EMOCIONAL É caracterizada pelos sentimentos de estar sobrecarregado e exaurido de seus recursos físicos e emocionais, levando ao esgotamento de energia para investir nas situações que se apresentam no trabalho Esta dimensão é considerada qualidade central e manifestação mais óbvia da síndrome, estando associada a sentimentos de frustração diante da percepção dos profissionais de que não possuem condições de depreender energia para atender os pacientes como faziam anteriormente II: DESPERSONALIZAÇÃO É caracterizada por uma postura distante ou indiferente do indivíduo em relação ao trabalho, aos colegas e aos pacientes. A despersonalização é considerada uma resposta à exaustão emocional, constituindo-se como estratégia de enfrentamento do indivíduo diante do estresse crônico. A perda gradual de empatia e indiferença em relação ao trabalho culmina na insensibilidade afetiva e afastamento excessivo do público que deveria receber seus serviços, comprometendo a habilidade dos profissionais de saúde de prover cuidado de qualidade para seus pacientes. De acordo com Moss et al., essa dimensão também pode ser expressa por comentários não profissionais dirigidos a colegas de trabalho, pela culpabilização de pacientes por seus problemas ou pela incapacidade de expressar empatia/ pesar quando um paciente morre III: REDUÇÃO DA REALIZAÇÃO PESSOAL Refere-se à tendência do sujeito de avaliar-se negativamente em relação às suas competências e produtividade no trabalho, o que pode acarretar na diminuição da autoestima. Nesta dimensão, o indivíduo vivencia um declínio no sentimento de competência e êxito, bem como de sua capacidade de interagir com os outros. CONCLUSÃO O surgimento dos sintomas de exaustão emocional, despersonalização e de redução da realização pessoal, ocorre gradualmente e que a SB resulta da discrepância entre as expectativas e idealizações do indivíduo e a realidade da prática profissional Sua etiologia, portanto, é multifatorial e pressupõe uma combinação de aspectos individuais associados às condições e relações no trabalho Concomitantemente, podem ser identificados sintomas como falta de atenção, alterações de memória, lentificação do pensamento, sentimentos de alienação, solidão e impaciência, além de sintomas físicos como insônia, fadiga constante, tensão muscular, dores de cabeça e problemas gastrointestinais VIDA DE ESTUDANTE A vida universitária é considerada um ambiente estressor importante e crônico A prevalência de transtornos mentais em universitários é considerada superior à população geral O impacto desses transtornos no Sistema de saúde é próximo aos das doenças cardiovasculares TRANSTORNOS MENTAIS E O ESTUDANTE DE MEDICINA A associação entre os transtornos mentais e a qualidade de vida dos estudantes de Medicina tem sido foco de crescente preocupação mundial, uma vez que há maior vulnerabilidade por esse grupo a transtornos como: estresse, ansiedade e depressão. Inclusive, vários estudos sugerem que a saúde mental dos alunos piora durante a graduação em medicina PREVALÊNCIA DA DEPRESSÃO E DA IDEALIZAÇÃO DO SUICIDIO NOS ESTUDANTES DE MEDICINA A prevalência permaneceu relativamente constante entre 1982 e 2015 (período estudado). Apenas 15% dos participantes com sintomas significativos de depressão busca tratamento em saúde mental. Nos estudos longitudinais que compararam a prevalência de depressão antes e depois do ingresso na faculdade há um aumento de 13%. ESTRESSE E TRANSTORNOS MENTAIS A maioria dos estudos associa o estresse da vida universitária com o desenvolvimento dos sintomas de saúde mental. O estresse percebido pelos universitários é em geral maior que o percebido que em pessoas fora da universidade. QUALIDADE DE VIDA A Qualidade de vida é um conceito subjetivo que se refere à percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores no quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações A qualidade de vida não é um conceito que depende apenas de um fator para se estabelecer, essa tem o envolvimento de uma série de diferentes itens, que tem diferentes graus de importância para as pessoas. Sendo assim, não é necessário que para uma signifique ter qualidade de vida, represente a mesma importância para outra pessoa. QUALIDADE DE VIDA E LAZER Atualmente, o indivíduo é submetido a pressões de todos os lados, principalmente na esfera profissional, e na compensação dos problemas o lazer é fundamental; O que é lazer? Para Dumazedier, o lazer pode ser compreendido como: [...] um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter- se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. QUALIDADE DE VIDA E ATIVIDADE FÍSICA A prática de esportes é uma forma de lazer e de restaurar a saúde dos efeitos nocivos causados pelos estresses diários e também dos estudos. A prática regular de atividade física auxilia na melhora da força, tônus muscular e da flexibilidade, além do fortalecimento dos ossos e articulações. Acelera o desenvolvimento de habilidades físicas, cognitivas, afetivas, sociais e ambientais e com isso, o indivíduo adquire um estado de bem- estar QUALIDADE DE VIDA E ALIMENTAÇÃO A alimentação é o combustível para nossa vida, uma vez que nos fornece subsídios para realização de nossas tarefas diárias. Uma alimentação balanceada contendo fibras, frutas, verduras, legumes, carnes, leite e água contribuem para a manutenção da saúde do indivíduo. A boa alimentação está fundamentada na diversificação dos alimentos em quantidades adequadas.
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