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Testes ortopédicos Cervical Teste de compressão de Apley Posição do paciente: Sentado em uma cadeira com o tronco reto e olhar fixo no horizonte. Descrição do teste: O Teste de Compressão de Apley ou simplesmente teste de Apley serve para evidenciar a presença de uma possível compressão radicular por hérnia discal, geralmente afetando as raízes de C5-C6-C7. O profissional deverá estar atrás do paciente com os dedos da mão entrelaçados e exercer uma força contínua para baixo e perguntar ao paciente se ele está sentindo algum desconforto. Sinais e sintomas: O paciente poderá relatar, no momento do teste, uma dor que irradia para algum membro ou a dor poderá estar situada na região central da nuca. No primeiro caso, há um indício de positividade para o quadro de compressão radicular, com irradiação para o dermátomo correspondente. No segundo caso a dor poderá ser uma manifestação de compressão dos processos uncinados (artrose), sendo relatado pelo paciente como uma dor do tipo “fincada”. Sempre deveremos levar em consideração a idade do paciente nesse caso e a anamnese completa. Teste de distração de Apley Posição do paciente: idem ao teste anterior Descrição do teste: No teste de distração de Apley, o terapeuta se posiciona por trás do paciente e com uma das mãos na região do queixo e outra na região do occipto. O terapeuta realiza uma tração sustentada por no mínimo 5 segundos e questiona o paciente se ele sente alívio dos sintomas manifestados durante o teste da compressão. Esse teste serve como uma contraprova de positividade, ou seja, em caso de manifestação positiva de dor no teste de compressão, o paciente refere alívio dos sintomas durante a tração. Isso causa um aumento nos diâmetros dos forames intervertebrais a nível cervical. Sinais e sintomas: Durante a tração, o terapeuta deverá ficar atento a alguma manifestação de dor do paciente. Em caso afirmativo, relacionar com algum distúrbio ligamentar (rotura) por causa de algum trauma direto ou efeito “chicote”, muito comum em acidentes de trânsito. Caso o paciente manifeste alívio dos sintomas, correlacionar com compressão radicular, já relatado. Teste de Spurling Posição do paciente: sentado com a cabeça inclinada. Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, exerce uma pressão contínua no topo da cabeça do paciente no sentido axial em torno de 15 segundos. O paciente permanece com a coluna cervical na posição de extensão e rotação para um dos lados a serem testados. O teste é considerado positivo quando os sintomas são reproduzidos ou exacerbados por meio da compressão. Dores inespecíficas podem ser consequentes ao aumento de pressão das superfícies articulares das vértebras (uncoartroses) ou devido a espasmos musculares. Sinais e sintomas: nesse teste o paciente poderá manifestar dor irradiada para o membro superior do lado da inclinação da cabeça, o que será um indício de compressão radicular e sofrimento neural. Realizar esse teste com inclinação tanto para o lado direito como para o lado esquerdo e observar a reação do paciente. Teste de Lhermitte Posição do paciente: o paciente deverá estar sentado sobre uma maca com os membros inferiores estendidos. Descrição do teste: O terapeuta deverá ficar atrás do paciente, com uma das mãos ele auxilia o paciente a realizar uma flexão da cervical e com a outra mão flexiona o tronco do paciente. Neste momento observar a reação do paciente durante a ação. Sinais e sintomas: Em pacientes portadores de Esclerose Múltipla esse teste poderá provocar uma reação semelhante a um “arrepio” e desconforto do tipo parestesia. Em pacientes com suspeita de meningite a manobra de Lhermitte poderá provocar uma forte dor do tipo “ardência ou agulhada”. Também nesse teste fique atento a reação de proteção neural que todos os pacientes manifestam que é o de flexão dos joelhos, a fim de minimizar o estiramento neural provocado pela flexão da coluna. Teste de Valsalva Posição do paciente: Peça ao paciente para reproduzir uma ação de forçar uma evacuação ou tossir. Essa ação poderá desencadear uma reação dolorosa. Descrição do teste: O terapeuta simplesmente no momento da anamnse poderá questionar o paciente se a dor é exacerbada no momento da defecação ou em episódios de tosse. Sinais e sintomas: o paciente refere dor irradiada ou não para os membros inferiores, o que será indicativo de uma possível compressão radicular e um aumento na pressão intratecal comprometendo as raízes nervosas. Teste da artéria Vértebro-basilar ou teste de Dekleyn Posição do paciente: Em supino, com a cabeça pendendo para fora da maca, membros inferiores estendidos, e olhos abertos. Descrição do teste: O terapeuta deverá se posicionar junto à maca, segurando a cabeça do paciente em extensão e inclinando-a e rodando-a para um dos lados por no mínimo 30 segundos. Nesse momento, o terapeuta deverá questionar ao paciente quanto ao aparecimento de vertigem, visão “embaralhada”, nistagmo ou sensação de vômito ou enjôo, o que será indicativo de diminuição da patência das artérias vertebrais que atravessam os forames vertebrais na região da cervical e ascendem até a cabeça. Sinais e sintomas: o paciente poderá no momento do teste, manifestar tontura, mal-estar, sensação de cabeça vazia, enjôo, nistagmo (por isso é importante manter os olhos abertos do paciente). Quando o terapeuta roda e inclina a cervical para o lado direito, a artéria vertebral do lado esquerdo estará sendo testada e quando rodar para a esquerda, a artéria vertebral do lado direito estará sendo testada. Teste de Soto-hall Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal em uma maca. Descrição do teste: O terapeuta deverá instruir o paciente para realizar, em um primeiro momento, a flexão da cervical de forma ativa. Logo em seguida, o terapeuta com a palma da mão espalmada sobre o osso esterno empurra-o para baixo, enquanto que a outra mão exerce uma força contrária e de forma passiva sob a região occiptal. Sinais e sintomas: Esse teste poderá revelar uma doença óssea ou ligamentar na região cervical enquanto o terapeuta estiver exercendo a força de cisalhamento. Se caso o paciente referir dor somente no primeiro momento do teste, quando realizou a flexão ativa da cervical, o quadro poderá ser de contratura ou espasmo do músculo trapézio. Ombro Teste de impacto de Neer Posição do paciente: em pé e de costas para o avaliador. Descrição do teste: o teste clássico de Neer proporciona o choque ou impacto do tubérculo maior do úmero contra a face ântero-inferior do acrômio e com a presença de uma bursite ou inflamação do tendão supra-espinhoso, a manobra será dolorosa para o paciente. O terapeuta elevará passivamente o membro superior do paciente em toda a sua amplitude. Sinais e sintomas: com a elevação do membro superior o paciente sofre uma forte dor em toda a extensão da face ântero-lateral do ombro até o cotovelo. Teste de hawkins-kennedy Posição do paciente: idem ao teste anterior. Descrição do teste: o terapeuta deverá apoiar a sua mão no ombro do paciente e com a outra mão conduzir o cotovelo em flexão de 90º de rotação externa para interna. Esse teste proporciona o atrito do tendão supra- espinhoso sob a abóboda acromial, podendo reproduzir a sintomatologia dolorosa. Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste refere dor ao movimento que abrange o ombro e a face ântero-lateral do braço. Teste do impacto de Yokum Posição do paciente: em pé com o braço acometido em flexão e adução, cotovelo a 90º e mão apoiada no ombro oposto. Descrição do teste: o terapeuta, em frente ao paciente, instrui para que o mesmo realize uma flexão do braço até o cotovelo tocar a testa. O terapeuta poderá auxiliar o pacientea elevar ainda mais o cotovelo, isso irá exacerbar os sintomas de uma tendinite ou alguma lesão na articulação acromioclavicular. Sinais e sintomas: tanto para o quadro de tendinite do supra-espinhoso como no caso de uma artrite acromioclavicular o paciente manifestará dor no ápice do ombro. Teste de Jobe Posição do paciente: em pé, de frente para o examinador. Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão e abdução de 30º de membros superiores e uma rotação interna, apontando os polegares para o chão. O terapeuta impõe uma resistência com ambas às mãos na altura do cotovelo do paciente e pede que o mesmo realize uma flexão contra a resistência. Sinais e sintomas: no momento do teste o paciente irá referir dor na face ântero-lateral do ombro ou fraqueza, caso apresente alguma inflamação ou até mesmo alguma ruptura do músculo supra-espinhoso. Teste do bíceps ou teste de Speed ou Palm-up test Posição do paciente: paciente em pé, em frente ao examinador com o membro superior em posição de extensão máxima, supinação e rotação externa. Descrição do teste: o terapeuta deverá impor uma resistência ao movimento de flexão do membro superior do paciente estando o mesmo com o cotovelo em extensão. Este teste serve para detectar a presença de inflamação na bainha que recobre a porção longa do músculo bíceps. Sinais e sintomas: durante o teste, o paciente refere dor localizada na porção inicial do tendão do bíceps no sulco intertubercular ou ainda impotência funcional de todo o membro superior quando da presença de uma inflamação. Teste do infra-espinhal de Patte ou teste de Patte Posição do paciente: em pé e de costas para o examinador. Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para que realize uma abdução de braço a 90º, flexão do cotovelo à 90º e rotação externa do braço contra a resistência imposta por sua mão na altura do punho do paciente. Esse teste será mais direcionado para o tendão do músculo infra-espinhoso. Sugere- se que o movimento inicie com o braço ainda em rotação interna e após realize o movimento de rotação externa contra resistência gradual do terapeuta. Sinais e sintomas: durante o teste, o paciente sentirá uma dor na altura do ombro, que poderá descer pela face ântero-lateral do braço, ou ainda uma impotência funcional do membro superior em casos de ruptura do Manguito Rotador. Teste de Gerber ou lift off test Posição do paciente: em pé de costas para o examinador. Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que realize uma adução e rotação interna do membro superior a ser avaliado e pede ao paciente que coloque o dorso da mão na altura da região lombar. Após o terapeuta pede para que o paciente afaste o dorso da mão da lombar. Caso o paciente não consiga levar o braço até a posição ou não consiga afastá-lo da região lombar indica inflamação ou até mesmo ruptura do músculo subescapular. Sinais e sintomas: o paciente apresentará dificuldade para rodar internamente o braço e não conseguirá afastar o dorso da mão da região lombar caso esteja com inflamação ou ruptura do músculo subescapular. Teste de flexão-adução ou Cross arm test Posição do paciente: sentado com o membro superior a ser avaliado em flexão de 90º, rotação interna e adução horizontal máxima. Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente para realizar uma flexão de braço a 90º e uma adução horizontal ativa. O terapeuta poderá auxiliar o movimento. Sinais e sintomas: o paciente manifestará dor ou no ápice do ombro em caso de alguma patologia da articulação acromioclavicular ou se a dor for localizada mais na parte anterior do ombro indica patologia nos tendões do manguito rotador. Teste do Subescapular ou abdominal press test Posição do paciente: em pé, com o cotovelo em flexão de 90º e com o braço em adução e rotação interna, colocando a palma da mão sobre o abdômen. Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente para realizar uma força compressiva de sua mão contra o abdômen. Durante esse teste, o terapeuta deverá observar o deslocamento do cotovelo do paciente para trás, em caso de ruptura ou lesão grave do músculo subescapular. Esse movimento de adução do cotovelo se dá pela força sinergista dos músculos adutores do braço como, por exemplo, o músculo grande dorsal. Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste não sente muita dor, apenas desconforto e o sinal característico da lesão é o deslocamento do cotovelo para trás. Teste de Yergason Posição do paciente: sentado ou em pé, com o cotovelo a 90º ao lado do corpo e com o punho cerrado e em pronação. Descrição do teste: Nesse teste, o terapeuta coloca uma das mãos sobre o sulco intertubercular do ombro e a outra mão sobre o punho do paciente. O terapeuta realiza então um movimento no sentido da extensão do antebraço e resiste ao movimento de supinação do antebraço e rotação externa efetuado pelo paciente. O teste de yergason serve para identificar tendinites ou tenossinovites do bíceps como também poderá revelar uma instabilidade do tendão do bíceps no sulco intertubercular. Sinais e sintomas: No caso de instabilidades do tendão do bíceps, o terapeuta ouvirá um estalido nítido seguido ou não de dor. Já em casos de tendinites ou tenossinovites o teste será positivo pelo aparecimento da condição dolorosa. Cotovelo Teste do pivô (Pivot shift do cotovelo) Posição do paciente: decúbito dorsal, com flexão do cotovelo a 70º e punho supinado. Descrição do teste: colocando o antebraço em supinação, o examinador com uma das mãos segurando firmemente o braço do paciente para evitar uma rotação externa e, a outra mão segurando o punho do paciente. O terapeuta realiza uma extensão e estresse em valgo no cotovelo de modo simultâneo, impondo uma força de compressão axial sobre o antebraço. Esse teste quando positivo produz uma subluxação da articulação umero-ulnar e úmero-radial. Sinais e sintomas: a insuficiência do ligamento colateral lateral é o causador da instabilidade póstero-lateral. O terapeuta deverá observar a proeminência da cabeça radial e a formação de um sulco nesse nível. O paciente refere dor e disfunção do segmento. Teste de Cozen Posição do paciente: sentado com o cotovelo em 90º e punho cerrado e pronado. Descrição do teste: o terapeuta com uma mão impõe resistência sobre o punho do paciente, que realiza uma extensão contra a resistência do terapeuta. Sinais e sintomas: dor no epicôndilo lateral por tendinite dos extensores, o chamado “cotovelo de tenista”. Teste de Mill Posição do paciente: sentado, com o cotovelo em extensão e punho cerrado em posição neutra. Descrição do teste: o terapeuta forçará o punho do paciente em flexão, enquanto o mesmo tenta impedir realizando o movimento em extensão do punho. Sinais e sintomas: dor no epicôndilo lateral Teste para Epicondilite medial – cotovelo de golfista Posição do paciente: sentado com o cotovelo a 90º e abdução do ombro a 90º. Descrição do teste: esse teste poderá ser realizado de forma ativa pelo paciente, pedimos para que ele realize uma extensão total do membro superior a partir de uma flexão. Sinais e sintomas: dor no epicondilo medial (cotovelo de golfista) por tendinite dos flexores do punho. Teste de varo do cotovelo Posição do paciente: em pé, com rotação interna de ombro e flexão de cotovelo a 20º, para retirar o olécrano da fossa olecraniana. Descrição do teste: o terapeuta realiza um estresse em varo, empurrando o antebraço do paciente para baixo, enquanto segura firmemente o braço do paciente em rotação interna e observa a integridade do ligamento colateral radial. Sinais e sintomas: subluxação da cabeça do rádio, instabilidade funcional do membro.Teste de Valgo do cotovelo Posição do paciente: sentado ou em pé, com o cotovelo fletido a 20º, para retirar o olécrano da fossa olecraniana. Descrição do teste: o terapeuta realiza um estresse em valgo do braço do paciente, verificando a integridade do ligamento colateral ulnar. Sinais e sintomas: subluxação da ulna proximalmente e instabilidade funcional do membro. Punho e mão Teste de Phalen e Phalen invertido Posição do paciente: sentado ou em pé, com os cotovelos fletidos à 90º e com os punhos com o dorso em contato e à 90º de flexão. Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão do punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por 1 minuto. Sinais e sintomas: esse teste serve para diagnosticar a síndrome do túnel do carpo e o aparecimento de formigamento ou dormência na mão, principalmente na região que vai até o 3º dedo, demonstra positividade do teste. OBS: o teste de Phalen invertido é o mesmo teste, porém é realizado com os punhos em extensão máxima, ou seja, em posição de “reza”. Teste de Finkelstein Posição do paciente: sentado ou em pé, com o polegar aduzido e fletido, sendo “segurado pelos outros dedos”, associado a um desvio ulnar. Descrição do teste: teste utilizado para diagnosticar a tenossinovite estenosante De Quervain, que abrange o primeiro compartimento dorsal (tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar). O terapeuta instrui o paciente para realizar ativamente ou passivamente o desvio ulnar estando com o polegar aduzido e fletido na palma da mão. Sinais e sintomas: dor com forte sensação de “agulhada” sobre o processo estilóide do rádio. Teste de Tinel Posição do paciente: sentado ou em pé, com o punho em supinação e palma da mão aberta. Descrição do teste: o terapeuta percute com o seu indicador as regiões do túnel do carpo e do túnel de Gyon. Sinais e sintomas: no momento da percussão, nos trajetos dos nervos mediano e ulnar nos túneis carpais, o paciente refere à sensação de formigamento ou choque irradiado para o 3º dedo no caso de síndrome do túnel do carpo e no 5º dedo no caso da inflamação do túnel do nervo ulnar. Teste de Allen Posição do paciente: sentado, com a palma da mão aberta e flexão de cotovelo a 90º. Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que realize repetidas vezes abrir e fechar a mão, mantendo pressionadas a artéria radial e ulnar na altura do punho com os seus dedos polegares. Após perceber a “fuga” do sangue da mão do paciente, ou seja, a mão ficar pálida, o terapeuta deverá soltar apenas um lado e testar o fluxo da artéria correspondente observando a coloração da mão. Se a mão voltar a ter a coloração normal, a artéria contribui significativamente e sua perfusão estará normal. A manobra deverá ser repetida soltando-se agora apenas o fluxo da outra artéria e observar a coloração da mão. Sinais e sintomas: durante o teste, o terapeuta deverá ficar atento a coloração da mão do paciente e também deverá manter uma pressão constante da artéria contralateral, para não haver interferência na observação. Normalmente, ambas as artérias suprem adequadamente a mão, mas caso a cor da palma da mão demorar significa que após a liberação de ambas as artérias o examinador deverá concluir que a perfusão estará limitada e o teste será positivo. Teste de watson Posição do paciente: sentado, com punho supinado e palma da mão aberta. Descrição do teste: o terapeuta pressiona com o seu polegar sobre o osso escafóide e realiza passivamente no paciente um desvio de ulnar para radial. Sinais e sintomas: em caso de instabilidade do osso escafóide da mão, essa manobra irá ocasionar um estalido doloroso ao paciente. Teste de cisalhamento ou teste de Reagan ou Kleinman Posição do paciente: sentado ou em pé, de frente para o examinador, com o cotovelo fletido a 90º e punho em posição neutra e supinado. Descrição do teste: o terapeuta deverá segurar firmemente entre o seu polegar e indicador o osso semilunar e com a outra mão desloca os ossos: piramidal e pisiforme dorsalmente. Sinais e sintomas: quando o terapeuta impõe forças de cisalhamento entre o semilunar e o piramidal, ruídos característicos e dor poderão aparecer em indivíduos que apresentarem instabilidade semilunar-piramidal. Teste de Froment Posição do paciente: sentado, com ambas as mãos segurando um papel entre a borda radial do indicador e o polegar. Descrição do teste: o terapeuta segura uma folha e instrui ao paciente para realizar o mesmo procedimento, segurando a folha entre os seus dedos, indicador e polegar. A incapacidade de manter a folha entre a borda radial do indicador e do polegar fará com que o paciente faça uma flexão da falange distal para segurar o papel. Sinais e sintomas: o terapeuta traciona a folha e observa a reação do paciente. Em caso de paralisia do nervo Ulnar, o polegar irá realizar uma flexão distal de sua falange e o teste será positivo, pois o músculo adutor do polegar é inervado pelo nervo ulnar enquanto que o músculo flexor longo do polegar é inervado pelo ramo do nervo mediano. Teste de Bunnell-Littler Posição do paciente: sentado, com a mão estendida sobre a maca. Descrição do teste: o terapeuta segura firmemente a mão do paciente e mantendo a articulação metacarpofalangeana em extensão, realiza a flexão da interfalangeana proximal. Caso consiga realizar a máxima flexão dessa articulação será sinal de que não há hipertonia dos músculos intrínsecos da mão. Sinais e sintomas: caso o terapeuta não consiga realizar a flexão nas articulações interfalangeanas proximais, significa que o paciente está com uma hipertonia da musculatura intrínseca da mão. Coluna Lombar Teste de laségue Posição do paciente O paciente está deitado em decúbito dorsal e relaxado Descrição do teste O teste de Lasègue segue o mesmo raciocínio do teste da elevação do membro inferior, pois provoca um alongamento neural provocativo sobre os ramos nervosos que formam o nervo ciático (L5, S1, S2) os quais se encontram totalmente estiradas em uma flexão aproximada de 70º. Durante a elevação passiva do membro inferior o terapeuta deverá parar a elevação no momento que o paciente começar a manifestar dor e, logo após o terapeuta deverá realizar uma dorsiflexão do pé do paciente para confirmar a suspeita de ciatalgia através da expressão dolorosa por parte do paciente. Sinais e sintoma O terapeuta não deverá confundir a dor ciática verdadeira do falso sinal decorrente do estiramento dos músculos isquiotibiais. Na manobra de lasègue, o paciente refere uma forte dor inconfundível quando na presença de uma hérnia discal em nível de L4-L5 ou L5-S1 ou ainda no quadro da pseudociática, na qual o músculo piriforme está contraturado e “prende” o nervo ciático quando este atravessa o seu ventre. Teste de Milgram Posição do paciente Decúbito dorsal com MMII estendidos Descrição do teste Peça ao paciente elevar os MMII cerca de 5cm da maca, devendo permanece por pelo menos 30 segundos. Esta manobra aumenta a pressão intratecal. Sinais e sintomas Se o paciente referir dor durante o teste pode sugerir presença de hérnia de disco lombar. Sacrilíaca Teste de Patrick ou FABERE Posição do paciente: decúbito dorsal com um membro inferior em posição de Flexão Abdução e Rotação Externa- FABERE, ou seja, formando um 4. Descrição do teste: Esse teste permite ao terapeuta estressar a articulação sacroilíaca do lado em que o membro inferior está em posição de FABERE. Com uma das mãos, o terapeuta exerce uma pressão para baixo sobre o joelho ipsilateral e com a outra mão exerce uma força contra a espinha ilíaca ântero- superior da pelve, no lado contralateral.Sinais e sintomas: durante essa manobra, o terapeuta deverá questionar o paciente sobre o aumento da dor na região posterior sacroilíaca, ipsilateral ao teste. Caso o paciente confirme a presença de dor, o teste será positivo para alguma algia na região sacroilíaca. No entanto, o teste poderá desencadear dores em outros locais como o quadril (bursites, artroses) ou na região inguinal (ex: distensões musculares, contraturas) ou ainda no joelho (condropatias, dores meniscais, etc.). Teste de gaenslen Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal na beira da maca (meia nádega para fora da maca) abraçando ambos os joelhos em flexão. Descrição do teste: o terapeuta deverá se posicionar ao lado da maca e solicitar ao paciente que deixe o membro inferior pendendo para fora da maca. Nessa posição final do teste, a articulação sacroilíaca tenderá a rodar e uma hemipelve estará sendo testada. Caso o paciente apresente dor na região posterior da articulação sacroilíaca durante o movimento, o teste é considerado positivo. Sinais e sintomas: a dor provocada por essa tração (distensão) será muito forte e o paciente indicará o local da dor. Outros locais poderão manifestar dor durante o teste, como a região do joelho ou quadril. O terapeuta também deverá notar que esse teste faz com que o músculo quadríceps seja alongado o que, para alguns pacientes, seja a verdadeira fonte causadora de desconforto o que será indicativo de alongamento. Teste de compressão e distração sacroilíaca Posição do paciente: decúbito dorsal Descrição do teste: o teste de compressão da articulação sacroilíaca começa com o terapeuta cruzando seus braços e apoiando a região tenar de ambas as mãos sobre as cristas ilíacas do paciente. Após, o terapeuta realiza uma forte compressão contínua sobre as asas ilíacas tentando afastá-las e empurrando- as para baixo. Essa ação fará com que a articulação sacroilíaca seja comprimida e uma patologia articular desencadeará um quadro álgico. No segundo momento do teste, o terapeuta aplicará uma força no sentido contrário, ou seja, deverá aproximar as cristas ilíacas no sentido da linha mediana. Essa distração sobre a articulação sacroilíaca poderá confirmar alguma alteração ligamentar. O teste também poderá ser efetuado com o paciente deitado de lado e o terapeuta empurrará a pelve no sentido da maca. Sinais e sintomas: o paciente manifestará dor na região sacroilíaca no momento que ela for estressada durante o teste. Quadril Teste do quadrante ou residual do quadril Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal com flexão do quadril de 90º. Descrição do teste: o terapeuta posiciona-se ao lado da maca e segurando firmemente o membro inferior em flexão de 90º e adução, o examinador aduzindo e girando o quadril enquanto mantém uma pressão constante para baixo. Este movimento possibilitará ao examinador perceber qualquer alteração em relação ao quadril como rangido ou solavancos. Sinais e sintomas: o paciente poderá sentir rangidos dolorosos, bem como uma sensação de apreensão e temor. Teste de Ely Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho em flexão máxima. Descrição do teste: o terapeuta irá passivamente conduzir o movimento de flexão máxima do joelho até tentar encostar o calcanhar na nádega do paciente. Caso o paciente apresente contratura da musculatura flexora do quadril (reto femoral especificamente) o mesmo irá compensar realizando uma flexão do quadril, elevando a sua pelve, na tentativa de reduzir a tração sobre o músculo reto femoral. Sinais e sintomas: o paciente sentirá desconforto e alteração na face decorrente do estiramento da musculatura anterior. Teste de ober Posição do paciente: deitado de lado e virado oposto ao examinador com os membros inferiores em extensão completa. Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, com uma mão segurando firmemente na inserção dos abdutores do quadril na região da crista ilíaca e com a outra mão elevando o membro inferior a ser testado, mantendo o joelho flexionado a 90º, abdução da coxa de 40º e a perna em extensão máxima. O terapeuta então, deixa cair suavemente à coxa do paciente em direção a maca. Caso o terapeuta observa que a adução não está ocorrendo naturalmente, mas sim com alguma dificuldade, o teste será positivo para contratura do trato iliotibial. Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não sentirá nenhuma dor, apenas sentirá um leve desconforto causado pelo encurtamento muscular. O terapeuta deverá observar ou até mesmo na palpação perceber a dificuldade do membro inferior ceder e realizar a adução. Teste de Thomas Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal e com flexão máxima de ambos os joelhos trazendo-os até o peito. Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que solte uma perna em extensão enquanto segura firmemente uma das pernas junto ao peito. O terapeuta deverá verificar a contratura em flexão apresentada pelo paciente utilizando-se de um goniômetro. O terapeuta posiciona o fulcro do goniômetro no trocanter maior do fêmur e uma das hastes ficará fixa em paralelo com a maca e a outra haste do goniômetro apontada para a face mediana da coxa. Sinais e sintomas: O paciente que possuir um encurtamento da musculatura flexora do quadril (reto femoral e íliopsoas), não conseguirá estender completamente a coxa sobre a maca, permanecendo em leve grau de flexão do joelho. Teste de Trendelenburg Posição do paciente: paciente em pé com apoio unipodal. Descrição do teste: O terapeuta instrui ao paciente para ficar sobre um apoio e observa a báscula da pelve, que em caso positivo, confirma uma fraqueza muscular do grupo abdutores do quadril, principalmente do músculo glúteo médio. Sinais e sintomas: Verifica-se a integralidade e o tônus muscular do grupo muscular abdutor do quadril do lado em que o paciente está sustentando o peso corporal, ou seja, quando o paciente levanta o membro inferior esquerdo, estará testando o grupo muscular abdutor do quadril do lado direito e quando levantar o membro inferior direito estará testando o grupo muscular abdutor do quadril do lado esquerdo. Teste do músculo piriforme Posição do paciente: deitado de lado e de costas para o examinador com o joelho flexionado a 90º e o pé repousando sobre a fossa poplítea do membro contra lateral. Descrição do teste: O terapeuta deverá se posicionar junto à maca e com uma mão fixa no quadril do paciente para estabilizar a pelve. Com a outra mão o terapeuta exerce uma adução do membro inferior, levando o joelho do paciente até a maca. Nesse momento questionar o paciente sobre o aparecimento ou exacerbação da dor. Sinais e sintomas: o teste do piriforme servirá para identificar uma possível contratura desse músculo, desencadeando sintomas de ciatalgia, ou seja, sensação de dor, queimação, formigamento. A contratura do piriforme é uma manifestação não tão rara e que poderá ser a causa de uma perturbação nervosa envolvendo o nervo ciático. Os sintomas também serão exacerbados quando o paciente realizar a abdução e rotação externa resistida, movimentos que aumentam a tensão sobre o músculo piriforme. OBS: em torno de 15% da população mundial o nervo ciático cruza no meio do ventre muscular do piriforme que em caso de contratura aumenta ainda mais os sintomas dolorosos. Teste de Phelps Posição do paciente: deitado em decúbito ventral com os membros inferiores em extensão completa. Descrição do teste: o terapeuta realiza uma abdução passiva máxima dos membros inferiores em extensão. A seguir, os joelhos do paciente são flexionados, liberando, assim, a tensão do músculo grácil. Procura-se então exercer um maior grau de abdução do quadril. Se os quadris do paciente forem capazesde realizar uma maior abdução, agora com os joelhos flexionados, significa que o grácil está contraturado prejudicando as ações de abdução do membro inferior. Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não poderá ficar tenso e nem contrair os músculos do membro inferior, pois o teste deverá ser realizado de forma passiva pelo examinador para não causar dúvidas. Teste para bursite Trocantérica Posição do paciente: paciente em decúbito lateral e de costas para o examinador. Descrição do teste: o terapeuta irá palpar com ambas as mãos sobre a região do trocânter maior do fêmur a procura de uma hipersensibilidade do paciente. Após, o terapeuta poderá realizar de forma passiva a flexoextensão do membro inferior a fim de perceber qualquer crepitação sobre a mão espalmada sobre o trocânter. Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste irá identificar ou não a área dolorida e, em caso de bursite crônica o terapeuta sentirá sob a sua mão uma crepitação característica. Joelho Teste de Lachmann ou Richey test Posição do paciente: decúbito dorsal com joelho a ser testado flexionado a 30º. Descrição do teste: o teste de lachmann é um teste específico para verificar a integridade dos ligamentos cruzados anterior (LCA) e ligamento cruzado posterior (LCP). No teste de lachmann para testar o LCA, o terapeuta segura firmemente com uma mão à coxa do paciente e com a outra mão traciona a tíbia superiormente realizando uma força de cisalhamento. Para a realização do teste de lachmann para o LCP apenas deve-se inverter a força de cisalhamento empurrando a tíbia para baixo. Sinais e sintomas: quando ocorre uma ruptura do LCA ou do LCP o paciente manifestará falseios durante a marcha e atrofia muscular. Raramente o paciente manifestará dor durante os testes. OBS: durante o teste de Lachmann e nos testes de gaveta anterior e posterior seria interessante o examinador colocar o polegar na interlinha articular para melhor precisar o deslocamento tibial e comparar com o membro oposto. Lembrar sempre que alguns pacientes poderão apresentar hiperlassidão ligamentar e o teste ser falso-positivo. Verificar sempre a história da lesão e a realização de outros exames para confirmar o diagnóstico. Teste da gaveta anterior e posterior Posição do paciente: decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90º. Descrição do teste: o terapeuta deverá sentar em cima do pé do paciente a fim de estabilizar a tíbia e abraçar com ambas as mãos a tíbia do paciente, colocando seus polegares na interlinha articular. Realizar uma tração anterior para testar o ligamento cruzado anterior e após realizar uma força antagônica para testar o ligamento cruzado posterior. Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste não sentirá dor, apenas a sensação de deslocamento ficará nítida nos casos positivos. Teste de Slocum Posição do paciente: paciente em decúbito dorsal, com o joelho do membro a ser testado colocado a 90º de flexão e rodado ora em rotação interna de 15º, ora em rotação externa de 30º. Descrição do teste: o terapeuta estabiliza com suas mãos a tíbia do paciente do mesmo jeito que fez com o teste da gaveta anterior e posterior, ou seja, sentado em cima do pé do paciente ele roda a tíbia internamente a 15º para avaliar a integridade do LCA e lesões periféricas que envolvem principalmente a cápsula ântero-lateral e o ligamento colateral lateral. Em rotação lateral, o terapeuta também traciona anteriormente à tíbia observando se o lado externo do platô tibial torna-se mais anteriorizado, isso significa lesão do LCA e lesão periférica associada envolvendo principalmente a cápsula ântero-medial. Sinais e sintomas: igualmente no teste de gaveta anterior, no teste de slocum o paciente sentirá apenas leve desconforto e sensação de deslocamento. Teste de estresse em varo ou bocejo Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal. Descrição do teste: o terapeuta mantém a mão no lado medial do joelho e com a outra mão localizada na altura do tornozelo exerce uma ação no sentido medial tentando abrir a interlinha articular do joelho. O teste deverá ser efetuado a 0o e a 30º para melhor verificar a frouxidão ou lesão ligamentar. Sinais e sintomas: em caso de lesão do ligamento colateral lateral a interlinha lateral demonstrará uma abertura ou “bocejo” pronunciado. O paciente não sentirá dor ao teste. Teste de estresse em valgo ou bocejo Posição do paciente: idem ao teste anterior Descrição do teste: o terapeuta coloca uma das mãos no lado lateral da articulação do joelho e com a outra mão segurando no nível de tornozelo exerce uma força no sentido lateral. A abertura da interlinha articular demonstra frouxidão ou lesão do ligamento colateral medial. Sinais e sintomas: abertura da interlinha articular a 0o indica lesão tanto das fibras superficiais como as fibras profundas do ligamento colateral medial e a abertura aos 30º indica lesão somente das fibras superficiais. Teste do Pivo-shift ou Mcintosh Posição do teste: paciente em decúbito dorsal com o joelho a ser testado em extensão completa. Descrição do teste: o terapeuta realiza uma rotação interna da perna do paciente e ao mesmo tempo realiza uma flexão e um estresse em valgo do joelho do paciente. Em aproximadamente 25 a 30º de flexão, ocorrerá um ressalto súbito e o terapeuta sentirá que o platô tibial lateral irá descer. Esse achado é sinal positivo para ruptura do LCA. Continuando o teste o terapeuta observará que à medida que aumenta a flexão a tíbia se reduzirá subitamente. Sinais e sintomas: o paciente não sentirá dor apenas a sensação de frouxidão ligamentar e instabilidade. Teste de Jerk-test ou teste do ressalto Posição do paciente: idem ao teste anterior. Descrição do teste: o terapeuta coloca o membro inferior do paciente com 90º de flexão do joelho e rotação interna da tíbia e com uma das mãos impõe um estresse em valgo sobre o joelho. A partir dessa posição realiza uma extensão lenta e progressiva até o momento em que se nota um repentino ressalto articular, ou seja, ocorrerá uma subluxação ântero-lateral do joelho em caso de lesão do LCA e que se manterá subluxado até a extensão completa. Sinais e sintomas: o paciente não sentirá dor apenas a sensação de frouxidão ligamentar e instabilidade. Teste do Pivo-shif reverso ou Teste de Jakob Posição do paciente: decúbito dorsal com o joelho a ser testado flexionado a 80º e o pé apoiado na cintura do terapeuta e com a tíbia em rotação externa. Descrição do teste: o terapeuta flexiona o joelho do paciente passivamente até 80º com a tíbia rodada externamente e a coxa em adução e rotação interna. Em pacientes com instabilidade rotatória póstero-lateral, essa posição provocará a subluxação posterior do platô tibial lateral em relação ao côndilo femoral lateral. Prosseguindo ao teste o terapeuta realiza uma extensão do joelho, repousando o pé contra o seu corpo a fim de proporcionar uma carga axial e um valgo sobre o joelho. Em mais ou menos 20º ocorrerá uma redução do platô tibial lateral a partir de sua posição de subluxação posterior ocorrendo um ressalto. Sinais e sintomas: o paciente não sentirá dor apenas a sensação de frouxidão ligamentar e instabilidade. Tornozelo e pé Teste de homan Posição do paciente: decúbito dorsal com os membros inferiores relaxados. Descrição do teste: o terapeuta ao lado da maca do paciente realiza uma dorsiflexão do tornozelo do paciente e apalpa a região da panturrilha a fim de verificar a temperatura e o estado de congestão. Sinais e sintomas: o paciente que estiver com uma forte dor na panturrilha produzida em decorrência do alongamento passivo do pé estará em uma condição de risco para o quadro de tromboflebite e deveráreceber atendimento médico com urgência. Teste de thompson Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho flexionado a 90º. Descrição do teste: o terapeuta deverá comprimir a panturrilha do paciente aproximando os ventres musculares do gastrocnêmico a fim de tracionar ou não o pé do paciente por meio do tendão do calcâneo. Em caso de ruptura do tendão calcâneo não haverá a flexão plantar, portanto o teste será positivo para ruptura completa do tendão do calcâneo. Sinais e sintomas: No momento do teste o paciente não sentirá dor. O terapeuta deverá visualizar ou não a flexão plantar para verificar se houve ruptura total ou parcial do tendão do calcâneo. Teste da gaveta anterior e posterior Posição do paciente: sentado ou deitado com os pés para fora da maca. Descrição do teste: no teste da gaveta anterior para testar a integralidade do ligamento talofibular anterior e a porção ântero-lateral da cápsula articular, o terapeuta, segura firmemente com uma mão a tíbia e com a outra mão exerce uma tração anterior no nível de calcâneo e observa o grau de deslocamento. Para a realização do teste da gaveta posterior para testar a integralidade do ligamento talofibular posterior e porção posterior da cápsula articular, o mesmo procedimento deverá ser efetuado, mas agora a mão empurra o tálus no sentido posterior, mantendo com a outra mão a estabilidade da tíbia. Sinais e sintomas: no momento do teste é importante que o tornozelo não esteja muito edemaciado a fim de não comprometer o diagnóstico da instabilidade. O paciente sentirá leve dor e desconforto durante os testes de estresse anterior e posterior. O terapeuta sempre deverá comparar o grau de deslocamento com o membro oposto. Teste do varo e valgo do tornozelo Posição do paciente: idem ao teste anterior. Descrição do teste: o terapeuta segura firmemente com uma das mãos a tíbia do paciente e com a outra mão exerce estresse em varo para testar a integralidade do ligamento calcâneo-fibular e a cápsula lateral do tornozelo. Para testar a integralidade do ligamento deltóide o terapeuta inverte a colocação das mãos exercendo agora um estresse em valgo. A lesão do ligamento deltóide é mais rara do que a lesão dos ligamentos laterais (1:4), no entanto, a lesão do ligamento deltóide poderá vir acompanhada freqüentemente de uma avulsão óssea. Sinais e sintomas: no teste em varo o terapeuta deverá ficar atento ao aparecimento de uma depressão na face lateral do tornozelo, logo abaixo do maléolo fibular, além do excesso de movimento comparado com o membro oposto. Já nos casos de positividade no teste em valgo além do quadro doloroso também poderá ser evidenciada uma maior excursão em valgo do pé. • OBS: importante verificar a história da entorse de tornozelo, pois durante a fase de edema é muito difícil a verificação da excursão do tálus e a dor será um fator limitante para a realização do procedimento nos casos mais agudos. Teste da gaveta posterior da fíbula Posição do paciente: decúbito dorsal com os membros inferiores relaxados. Descrição do teste: o terapeuta realiza com o seu polegar um estresse posterior sobre o maléolo lateral (cabeça da fíbula) a fim de verificar o grau de deslocamento posterior. Esse teste irá testar a integridade dos ligamentos da sindesmose tibiofibular distal que se rompidos permitirão um maior deslocamento da fíbula em relação à tíbia. Sinais e sintomas: dor aguda sobre a região no momento do teste. Teste da rotação do talo Posição do paciente: sentado com o membro a ser testado para fora da maca. Descrição do teste: o terapeuta com uma mão estabiliza a tíbia para evitar a sua rotação externa e com a outra mão envolvendo o calcanhar por baixo do pé de modo que a borda interna do pé do paciente fique encostada no antebraço do examinador que então realiza uma rotação externa do pé. Esse movimento resulta na rotação do talo no interior da pinça bimaleolar que irá afastar a tíbia da fíbula por meio de uma força rotacional. Sinais e sintomas: quando houver lesão nos ligamentos da sindesmose tíbiofibular distal a manobra irá desencadear dores agudas mais pronunciadas na região ântero-lateral do tornozelo. Teste de pillings ou teste da compressão lateral da perna Posição do paciente: idem ao teste anterior. Descrição do teste: o terapeuta comprime fortemente o terço médio da fíbula contra o osso da tíbia. Como a fíbula é mais elástica ocorrerá o seu arqueamento em função da pressão exercida no seu ponto médio o que acabará por afastar a articulação da sindesmose tíbiofibular distal forçando os seus ligamentos. Nesse teste será interessante o terapeuta comprimir a fíbula utilizando-se das duas mãos entrecruzando os seus dedos por trás da panturrilha. Sinais e sintomas: dor aguda durante o teste na região ântero-lateral do tornozelo. Teste da mobilidade subtalar Posição do paciente: paciente em decúbito ventral com o pé a ser avaliado para fora da maca. Descrição do teste: o terapeuta mantém com uma mão a relação entre o médio e o antepé do paciente e com a outra mão exerce forças varizantes e valgizantes no calcanhar registrando o grau de liberdade dos movimentos em inversão e eversão da articulação talocalcânea. Sinais e sintomas: em pacientes com grau avançado de osteoartrose subtalar, o teste será positivo caso não ocorra movimentos de varismo e valgismo do retropé. Teste da hiperextensão do tornozelo e artelhos Posição do paciente: paciente deitado em decúbito dorsal com os membros inferiores relaxados. Descrição do teste: o terapeuta irá realizar uma dorsiflexão máxima do tornozelo e artelhos do paciente a fim de obter o máximo de distensão de a fáscia plantar. Sinais e sintomas: esse teste servirá para detectar algumas algias que envolvem a fáscia plantar entre elas a chamada fascite plantar. Para ser mais específico na sua abordagem o terapeuta deverá com o polegar de uma das mãos palpar determinados locais para estabelecer o possível diagnóstico como, por exemplo, a palpação do retropé para detectar pontos dolorosos da presença de um esporão de calcâneo. Na palpação da fáscia na região mais mediana do pé para localizar a dor decorrente de fascite plantar e palpar as cabeças metatarsais a fim de verificar inflamações que atingem esses locais (metatarsalgias).
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