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PROCESSO CONSTITUCIONAL

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DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL- 
1. Considere tramitar na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional para abolir o voto universal e periódico. Um deputado impetrou mandado de segurança, argumentando ter direito líquido e certo a não ser submetido a um processo legislativo materialmente eivado de vício de inconstitucionalidade. Nessa hipótese, o mandado de segurança deverá ser:
a) denegado sob o fundamento da inadequação da via processual, pois não cabe o controle de constitucionalidade de atos in fieri, em fase de elaboração. Descabe o controle preventivo judicial de constitucionalidade no Brasil
b) denegado sob o fundamento da ilegitimidade ativa, que é de partido político com representação no Congresso Nacional
c) denegado, sob o fundamento da ausência de direito líquido e certo, uma vez que a proposta de emenda constitucional não ultrapassa os limites materiais do poder constituinte derivado
d) impetrado perante o STF e, uma vez que o parlamentar tem legitimidade para tanto, a ordem deverá ser concedida, já que a proposta de emenda ultrapassa os limites materiais do poder constituinte derivado, ocorrendo aqui nítida hipótese de controle judicial preventivo de constitucionalidade.
CF/88 estabelece:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
d) o  habeas corpus  , sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
2. Assinale a opção que apresenta modalidade de controle repressivo de constitucionalidade:
a) controle exercido pelas comissões de constituição e justiça da Câmara dos Deputados e do Senado Federal durante o trâmite de projetos de lei.
b) controle exercido pelo Presidente da República mediante veto jurídico.
c) rejeição, por uma das casas do Poder Legislativo federal, de proposta de emenda à Constituição já aprovada pela outra casa.
d) decreto legislativo com a finalidade de sustar atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
CONTROLE PREVENTIVO - na fase de elaboração.
Controle prévio ou preventivo pelo Legislativo: próprio parlamentar e CCJ.
Controle prévio ou preventivo pelo Executivo: veto jurídico.
Controle prévio ou preventivo pelo Judiciário: mandado de segurança impetrado por parlamentar. 
CONTROLE REPRESSIVO: Incide sobre a norma pronta e acabada.
Controle posterior ou repressivo pelo Legislativo (Político): (Art. 49, V CF) o Congresso Nacional poderá: sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar (CR, art. 84, IV) ou os limites da delegação legislativa (CR, art. 68); e rejeitar, por inconstitucionalidade, das medidas provisórias (CR, art. 62).
Controle posterior ou repressivo pelo Executivo: os chefes do Executivo podem deixar de aplicar a lei que considerarem inconstitucional (REsp 23.121/GO).
Controle posterior ou repressivo pelo Judiciário: por qualquer juiz, na função judicante (sistema difuso), ou pelo Supremo Tribunal Federal e tribunais de justiça (sistema concentrado).
3. Assinale a alternativa CORRETA sobre controle de constitucionalidade:
a) o ato inconstitucional é anulável.
b) a competência do art. 52, X, da CF, a ser exercida pelo Senado Federal relaciona-se com o controle concentrado e abstrato de normas.
c) no controle incidental e difuso, o pedido principal é o de declaração de inconstitucionalidade em tese de uma norma.
d) a modulação da declaração de inconstitucionalidade é admitida tanto no controle difuso quanto no concentrado.
4. Assinale a alternativa CORRETA:
a) A jurisdição constitucional difusa ou concreta é exercida no âmbito de qualquer processo subjetivo e perante qualquer juízo ou tribunal, configurando a inconstitucionalidade questão incidental que precede o exame do pedido principal.
b) Ao declarar a inconstitucionalidade de uma norma com eficácia erga omnes e vinculante em sede de ação direta de inconstitucionalidade (ADI), deve o STF comunicar tal decisão ao Senado Federal para o exercício da competência fixada no art. 52, X, da CF.
c) O controle concreto e difuso pode ser exercido por todos os juízes e tribunais, salvo pelo STF que aprecia questões constitucionais apenas no âmbito concentrado e abstrato.
d) Constitui modalidade de controle repressivo de constitucionalidade a devolução aos autores, pelas Mesas das casas legislativas, de projetos de lei com vícios manifestos de inconstitucionalidade.
 Em verdade, a aplicação que o STF vem conferindo ao disposto no art. 52, X, da Constituição Federal indica que o referido instituto mereceu uma significativa reinterpretação a partir da Constituição de 1988. É possível que a configuração emprestada ao controle abstrato pela nova Constituição, com ênfase no modelo abstrato, tenha sido decisiva para a mudança verificada, uma vez que as decisões com eficácia erga omnes passaram a se generalizar. [Rcl 4.335, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 20-3-2014, P, DJE de 22-10-2014.]
5. Assinale a alternativa CORRETA:
a) Embora o controle de constitucionalidade repressivo seja realizado principalmente pelo Judiciário, admite-se o seu exercício excepcional por órgãos políticos como, por exemplo, na hipótese de sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem dos limites da delegação legislativa.
b) No controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário, o rol de órgãos competentes para o exercício do controle difuso/concreto é mais restrito que o de órgãos aptos ao exercício do controle concentrado/abstrato.
c) O controle difuso e concreto é também chamado de controle principal ou por via de ação; já o controle concentrado e abstrato é também chamado de controle incidental ou por via de exceção.
d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
6. O ato inconstitucional é nulo ou anulável? Explique.
Insta salientar que não há uma decisão unânime, mas pode-se inferir que a maioria dos doutrinadores brasileiro, inclusive o Supremo Tribunal Federal, acabou por acatar que ao declarar um ato inconstitucional estamos tratando da teoria da nulidade, afetando assim, o plano de validade de tal ato.
A decisão que reconhece a inconstitucionalidade é de natureza declaratória, limitando-se admitir defeito já existente, sendo dotada de efeitos retroativos e, portanto, atingindo atos anteriores ao reconhecimento da inconstitucionalidade.
É sabido, em todo caso, que modernamente a jurisprudência vem flexibilizando a teoria da nulidade, especialmente quanto a modificação dos efeitos para outro momento (e não sua origem). Trata-se da denominada, pela doutrina, técnica de modulação dos efeitos da decisão e que, nesse contexto, permite uma melhor adequação da declaração de inconstitucionalidade, assegurando, por consequência e conforme visto, outros valores também constitucionalizados, como os da segurança jurídica, do interesse social, da boa-fé, da proteção da confiança legítima, enquanto expressões do Estado Democrático de Direito.
Fonte: Lenza, Pedro Direito constitucional – 25. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021. (Coleção Esquematizado).
7. Quais as principais diferenças entre ADIn e ADC? Explique.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade visa solucionar os embates entre as leis/ atos normativos, federais ou estaduais, que, via de regra, sejam contrários aos ensinamentos da Constituição Federal.
Essa Ação Direta de Inconstitucionalidade pode ser contemplada em três modalidades:
a) Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica: que contempla as hipóteses mais comuns de discussão sobre inconstitucionalidade.
b) Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva: como o próprio nome já diz, é voltada para casos de violação de alguns princípios constitucionais específicos, gerando uma intervenção federal.
c) Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão: tem por finalidadeo combate da inércia do Poder Público na criação de leis. Em outras palavras, ela combate não a criação de uma lei, como foi o caso da genérica, mas sim a ausência de criação de uma lei quando era necessário que fosse criada pelo Poder Público.
Já a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como primado principal confirmar a constitucionalidade de uma lei/ato normativo federal. Há a possibilidade de utilizar a Ação Declaratória de Constitucionalidade para que o STF, de um modo definitivo, pacifique a controvérsia existente na normativa, através da confirmação de sua constitucionalidade e tornando obrigatória a compreensão de seu entendimento.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi a primeira ação do controle abstrato a surgir, com a EC 16/65 que introduziu a representação de inconstitucionalidade. A CF/88 só trazia a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a previsão de que a lei regulamentasse a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. A Ação Declaratória de Constitucionalidade veio com a EC 03/93.
Em suma, as duas ações têm finalidades distintas: enquanto a ADI genérica deve ser utilizada para combater leis e atos normativos inconstitucionais, a ADC deve ser manejada para confirmar a constitucionalidade de uma lei, quando houver dúvida a respeito (controvérsia judicial relevante).
Por fim, vale dizer que, mesmo tendo finalidades contrárias, ambas são julgadas pelo mesmo Tribunal (Supremo Tribunal Federal), assim como são propostas pelos mesmos legitimados ativos, previstos no artigo 103 da Constituição Federal, sendo que o procedimento disciplinado pela Lei nº 9.868/99.
8. É cabível a modulação de efeitos da declaração de inconstitucionalidade normativa no âmbito do controle difuso/concreto de constitucionalidade ou só no controle concentrado/abstrato? Explique.
De notar, portanto, que o reconhecimento da mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88, tal como proposto pelo Min. Gilmar Mendes, ou seja, com aptidão unicamente para dar publicidade à decisão do STF que por si só bastaria para sustar a execução da lei, abre caminho para a chamada “abstrativização do controle difuso”, pela transcendência da fundamentação extraída do acórdão, equiparando os efeitos da declaração de inconstitucionalidade nas vias abstrata e concreta. Advirta-se, contudo, que o desfecho dessa questão encontra-se pendente no próprio STF. (STF, Reclamação 4.335/AC, julgamento adiado após pedido de vista do Min. Ricardo Lewandowski) 
Apesar da inércia do Senado em sustar a execução da norma invalidada pelo STF, o Min. Gilmar Mendes defendeu a tese da abstrativização, ou seja, da generalização dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no âmbito da fiscalização difusa, embasando-se na suposta mutação sofrida pelo art. 52, X, da CF/88, bem como no fato de a Constituição atribuir naquele caso competência ao mesmo órgão tanto na fiscalização abstrata quanto na concreta.
Eis a notícia do Informativo STF n. 454/2007 com a síntese do julgamento: “Considerou o relator que, em razão disso, bem como da multiplicação de decisões dotadas de eficácia geral e do advento da Lei 9.882/99, alterou-se de forma radical a concepção que dominava sobre a divisão de poderes, tornando comum no sistema a decisão com eficácia geral, que era excepcional sob a EC 16/65 e a CF 67/69. Salientou serem inevitáveis, portanto, as reinterpretações dos institutos vinculados ao controle incidental de inconstitucionalidade, notadamente o da exigência da maioria absoluta para declaração de inconstitucionalidade e o da suspensão de execução da lei pelo Senado Federal. Reputou ser legítimo entender que, atualmente, a fórmula relativa à suspensão de execução da lei pelo Senado há de ter simples efeito de publicidade, ou seja, se o STF, em sede de controle incidental, declarar, definitivamente, que a lei é inconstitucional, essa decisão terá efeitos gerais, fazendo-se a comunicação àquela Casa legislativa para que publique a decisão no Diário do Congresso. Concluiu, assim, que as decisões proferidas pelo juízo reclamado desrespeitaram a eficácia erga omnes que deve ser atribuída à decisão do STF no HC 82.959/SP. Após, pediu vista o Min. Eros Grau. Rcl 4.335/AC, Rel. Min. Gilmar Mendes, 1º-2-2007 (Rcl-4335)”.
9. A ação direta de inconstitucionalidade pode ter por objeto uma norma constitucional, um decreto ou súmula, uma medida provisória, as normas anteriores a 5.10.88 ou as normas do Distrito Federal? Explique.
Com esteio no princípio da contemporaneidade, segundo o qual a validade dos atos normativos deve ser aferida perante o paradigma de confronto vigente no momento de sua produção, o STF afastou a teoria da inconstitucionalidade superveniente e enfatizou que a incompatibilidade das normas anteriores à Constituição Federal de 1988 tipifica apenas o fenômeno conhecido por revogação hierárquica ou não recepção, ou seja, um problema de aplicação intertemporal do direito constitucional passível de análise apenas pelo controle difuso de constitucionalidade, mas inábil a despertar o controle concentrado, salvo mediante a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).
10. O múnus de defender a norma impugnada atribuído ao Advogado Geral da União é sempre obrigatório na ADI? Explique.
Insta salientas que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que “o múnus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. 
Sendo assim, o Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela, esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade. (STF, ADI 1.616, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ, 24-8-2001).

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