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Dor abdominal

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Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
Marcos anatômicos: 
 
 
1. Dores vesiculares, pâncreas; 
2. Azia, pirose, gastrite, pancreatite. 
 
Inspeção: pele (lesões), cicatrizes (descrever), 
circulação (hipertensão porta – cabeça de 
meduda), contorno abdominal, características 
do abdome (globoso, escavado), peristalses 
(visíveis -> peristalse aumentada), pulsações 
(palpação de aorta abdominal – aneurismas 
podem alterar a pulsação). 
 
Ausculta: você irá auscultar o trânsito intestinal do 
paciene, os ruídos hidroaéreos. Fazer antes da 
percussão e da palpação para evitar 
interferências. RHA muito aumentados pode ser 
por distensão gasosa. 
• Pesquisar obstrução intestinal: onde tem 
peristalse, tem RHA. 
 
Um paciente com sopro nas artérias renais pode 
ter uma estenose que pode justificar um HAS 
secundária. 
 
Percussão: percutir todos os quadrantes. 
Intensidade e distribuição dos gases, massas, 
visceromegalias, hematimetrias, ascite. 
• Hepatimetria: fazer de cima para baixo e 
de baixo para cima para delimitar as 
bordas superiores e inferiores. A partir da 
macicez é a borda hepática (percuta 
procurando uma alteração no timpanismo 
habitual, pois às vezes a macicez não é tão 
clara). 
 
• Baço: palpas nos dois-três últimos espaços 
intercostais. Bolha de ar gástrica -> 
geralmente timpânica. Se o baço crescer, 
toma esse espaço, gerando macicez ou 
submacicez. 
 
• Ascite: macicez móvel (paciente se 
posiciona em decúbito lateral e o líquido irá 
escorrer para o lado escolhido, então 
embaixo macicez e em cima timpanismo. 
Pede para o paciente para deitar para o 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
outro lado e, se for ascite mesmo, irá 
acontecer a mesma coisa); semicírculo de 
Skoda (o liquido se espalha para os lados, 
ponta da barriga timpânica e laterais 
maciças); Pipatore (quando há líquido em 
todo abdome – a vibração promovida pelo 
peteleco reverbera por todo o abdome). 
 
 
 
• Punho-percussão de lojas renais: dor 
intensa à punha-percussão (acontece em 
pielonefrite, por exemplo). Descrever como 
Sinal de Giordano positivo se presente ou 
punho-percussão das lojas renais sem 
alterações. se ausente. 
 
Palpação: superficial (massas podem ser hérnias, 
tumores, cicatrizes, etc) ou profunda. 
 
• Irritação peritoneal: a dor pode ser difusa. 
 
• Palpação do fígado: se o paciente inspira, 
empurra o fígado mais para baixo, 
facilitando a palpação. Avaliar: borda 
(deve ser romba – borda arredondada); 
contorno e superfície (contorno liso e mais 
arredondado; alteração seria um padrão 
nodular); tamanho e sensibilidade 
(doloroso ou não). 
 
 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
• Palpação do baço: acessar o baço por 
debaixo do rebordo costal. Trazer para a 
superfície com uma mão e tentar palpar 
com a outra. Normalmente, o baço será 
não palpável. 
 
• Palpação da bexiga: geralmente ela não é 
palpável. Bexigoma: bexiga palpável, 
distendida e dolorosa. 
 
 
Achados importantes: 
 
 
 
 
Se a massa for abdominal, quando houver 
contração muscular, ela se torna impalpável. Se 
não houver nenhuma alteração quando houver 
contração, deve se tratar de uma massa de parede 
abdominal. 
Sinais importantes: 
Sinal de Jobert: Perda da macicez hepática na 
percussão. Pode ser indicativo de 
pneumoperitônio. 
Sinal do Psoas: Dor à extensão da coxa direita 
sobre o quadril contra a resistência em decúbito 
lateral esquerdo. Pode ser indicativo de apendicite. 
Sinal do Obturador: Dor à rotação interna do 
quadril direito flexionado em decúbito. Pode ser 
indicativo de apendicite. 
Sinal de Cullen: Equimose em região periumbilical. 
Indicativo de hemorragia retroperitoneal. Pode ser 
encontrado em pancreatite necro-hemorrágica. 
Sinal de Gray-Turner: Equimose em região de 
flancos. Indicativo de hemorragia retroperitoneal. 
Pode ser encontrado em pancreatite necro-
hemorrágica. 
Sinal de Torres-Homem: dor intensa, despertada 
pela percussão abdominal de áreas da zona de 
projeção do fígado, feita com as pontas dos dedos 
reunidas: indicativo de abscesso hepático, 
amebiano ou bacteriano. 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
Tríade de Charcot: febre + icterícia + dor 
abdominal. 
Sinal de Courvouisier: icterícia + vesícula biliar 
distendida sem a presença de dor. 
Sinal de Gersuny: na palpação do fecaloma, além 
de sua consistência elástica, segue-se a 
descompressão brusca, o deslocamento entre a 
parede intestinal e o conteúdo fecal, devido aos 
gases presentes. Achado típico do megacólon. 
 
 
Neurorreceptores: percepção da dor através dos 
nociceptores por diversos estímulos, como 
distensão, espasmo ou isquemia. 
• Fibras A-delta (somatossensoriais): fibras 
mielinizadas. Conduzem rapidamente o 
estimulo, produzindo uma dor súbita e bem 
localizada; são encontradas 
predominantemente na pele e nos 
músculos. 
 
• Fibras C (viscerais): fibras não 
mielinizadas. Conduzem o estimulo de 
forma mais lenta e produzem uma dor 
vaga ou em queimação, mal localizada; 
estão presentes no músculo, mesentério, 
vísceras abdominais e peritônio. 
 
• Mecanorreceptores: localizados na 
parede das vísceras ocas (estômago, 
intestino), na superflcie de órgãos sólidos 
(figado, baço) e no mesentério. São 
sensiveis à distensão (p. ex., obstrução 
intestinal) e torção (p. ex., volvo de 
sigmoide). mas não são responsivos ao 
corte ou esmagamento (compressão). 
 
• Quimiorreceptores: respondem a 
estimulos químicos e neurotransmissores. 
Inflamação, isquemia, lesão mecânica e 
necrose tecidual levam à liberação de 
substâncias que ativam os nociceptores. 
 
Vias de condução de dor: 
 
 
 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
 
A dor abdominal pode ser dividida em visceral, 
somática e referida. 
• Dor visceral: estímulo de nociceptores 
viscerais (fibras C) = dor vaga e mal 
localizada. O local da dor corresponde, 
aproximadamente, ao dermátomo 
inervado pelo órgão comprometido. 
Sintomas secundários ao estímulo 
autonômico podem estar presentes, como 
náuseas, vômitos, sudorese e palidez. 
 
• Dor somática (somatoparietal): resulta da 
irritação do peritônio parietal. Geralmente, 
evolve fibras A, havendo uma melhor 
correspondência entre o local da dor e o 
segmento abdominal envolvido. A dor 
costuma ser de forte intensidade à 
palpação e pode se apresentar positivo à 
descompressão brusca. Pode ser agravada 
pelo movimento ou tosse. É mais intensa e 
bem localizada do que a visceral. 
 
• Dor referida: ocorre quando o órgão 
comprometido é diferente da área em que 
se percebe a dor. Pode ser percebida na 
pele ou em tecidos mais profundos e, com 
frequência, é bem localizada. Pode ser 
sentida no abdome e ter origem extra-
abdominal ou o contrário. 
 
 
Dor de poucos dias de duração e, geralmente, com 
piora progressiva. Pacientes graves e instáveis 
devem sempre ser manejados como quadro 
agudo. 
História clínica: localização, tempo de 
aparecimento, intensidade e caracterização da 
dor. 
• Localização: órgãos abdominais – dor 
referida na linha média; órgãos mais 
laterais (rins, vesícula, ovários) ´- dor local; 
irritação peritoneal – dor bem localizada. 
 
o Uma dor visceral, inicialmente mal 
definida e localizada na linha 
média, pode se modificar e se 
tornar bem localizada, à medida 
que o peritônio parietal adjacente 
torna-se irritado ou inflamado, 
como na apendicite aguda. 
 
• Tempo de evolução: dor de início súbito 
(ruptura de aneurisma abdominal, 
perfuração de úlcera péptica); dor 
rapidamente progressiva – piora em 
algumas horas (pancreatite, isquemia 
mesentérica, cólica renal); dor de evolução 
gradual ou insidiosa – sem determinação 
precisa do início da dor (doença ulcerosa 
péptica, obstrução intestinal distal). 
 
• Intensidade: pode ser descrita como leve, 
moderada ou grave, ou através da escalaanalógica da dor (baixo valor inicial, mas 
útil no segmento). É um dado subjetivo. 
 
• Progressão: autolimitada (gastroenterite); 
intermitente (padrão crescente-
decrescente da cólica renal e cólica biliar); 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
constante – estável ou progressivo 
(apendicite, salpingite,, diverticulite). 
 
• Caracterização da dor: tipo peso – 
relacionado a retardo no esvaziamento 
gástrico, distensão de vísceras ocas ou da 
cápsula de órgãos sólidos; tipo cólica – 
cólica biliar ou renal; tipo queimação ou 
pontada; tipo contínua – processo 
inflamatório (peritonite), neoplásico ou de 
distensão da cápsula de órgãos sólidos. 
 
• Fatores de melhora e piora: posição, 
inspiração ou tosse, hábito intestinal, 
alimentos e medicamentos (como 
antiácidos). 
 
 
 
• Sintomas associados: febre, calafrios, 
perda ponderal, mialgia, artralgia, 
anorexia, vômitos, náuseas, diarreia, 
obstipação, icterícia, flatos, sangramento 
gastrointestinal, disúria, queixas 
menstruais e genitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HP, HF e HS: comorbidades, medicações em uso, 
etilismo, tabagismo e abuso de substâncias ilegais, 
contato pessoal com pessoas ou animais doentes, 
HF de anemia falciforme, febre familiar do 
mediterrâneo. 
Exame físico: realizado preferencialmente antes 
da administração de medicações. Avaliar sinais de 
instabilidade hemodinâmica, investigar os demais 
sistemas em busca de uma causa extra-
abdominal da dor e avaliando patologias 
associadas (FA como causa de êmbolo 
mesentérico). Realizar exame completo do 
abdome. 
Avaliação laboratorial: hemograma e urina I para 
todos os pacientes; ureia, creatinina, eletrólitos, 
gasometria arterial e glicose – avaliação do estado 
volêmico, metabólico, acido-básico e função renal; 
enzimas hepáticas e renais – principalmente em 
pacientes com dor em abdome superior; BHSG – 
para todas as mulheres em idade reprodutiva com 
dor em abdome inferior. 
 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
 
 
Exames de imagem: Rx de abdome – maior 
utilidade para corpos estranhos e obstrução 
intestinal, avalia presença de líquido, distensão de 
alças intestinais e calcificações; USG; TC de 
abdome – exame mais versátil. 
 
 
 
 
Atenção: em pacientes com instabilidade 
hemodinâmica. avaliação clínica sugestiva de 
catástrofe abdominal ou piora progressiva durante 
investigação. deve ser realizada avaliação 
cirúrgica e considerada possibilidade de 
laparotomia exploradora e/ou internação em UTI. 
 
 
Abordagem prática: 
1. A dor é de origem funcional, de parede 
abdominal ou associada a distensão 
gasosa? 
 
2. Excluir doença orgânica. 
 
a. Sinai de alarme: idade > 50 anos, 
sangramento gastrointestinal, 
perda ponderal, alteração recente 
do hábito intestinal. 
 
3. Tratamento da dor abdominal crônica 
funcional. 
 
 
 
 
História clínica: características da dor, cronologia, 
localização, fatores de melhora e de piora, 
sintomas associados, HP, HF, HS, exame físico. 
 
Medicina | Larissa Marzagão Ferreira 
 
 
 
Exame físico: exame abdominal cudiado e 
avaliação geral dos sistemas em busca de 
manifestações extra-abdominais da doença de 
base. 
Avaliação laboratorial: deve se basear no 
diagnóstico diferencia gerado a partir da história e 
do exame físico. 
 
Exames complementares: Rx de abdome, USG e 
TC; endoscopia , colonoscopia e CPRE.

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