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Fundamento do Direto Público (revisão) - Metade

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Fundamento do Direto Público (REVISÃO) 
Livro 
Poder 
Em qualquer grupo existe regras. Para existir essa regra, alguma força há de produzir essa regra e para permanecer, alguma força deve aplicar, com a aceitação dos membros do grupo. A essa força que se faz regras e exige o seu respeito, chama-se poder. 
Em todo grupo, um ou alguns exerce poder sobre o outro: Na família o pai sobre os filhos, etc.
- Existe diferentes espécies de poderes. 
	Entendimento: Em todos os grupos, seja na família, seja no serviço, há o poder, pois para haver uma organização precisa-se de regras, e para essa regra ser imposta é preciso que alguém aplique, então essa pessoa exerce o Poder. 
Poder politico 
O Brasil é um grupo de pessoas, organizada por determinadas regras, que permite a convivência de todas, então ele é um grupo social, pertencente a espécie que chamamos de Estado. Então no Estado Brasileiro há um poder, que sujeita a todos os habitantes do Brasil, damos a esse poder a designação de poder político. 
O grupo organizado chamado Estado:
Mantém-se com o uso da força;
Reserva para si seu uso exclusivo;
Não reconhece poder interno superior ao seu;
Não reconhece poder externo superior ao seu (é soberano).
Entendimento: O poder político nada mais é que o controle sobre todos que vivem dentro do Brasil, isto é, aquele que controla o comportamento das pessoas que vivem dentro desse território, estabelecendo e fazendo obedecer determinadas regras. 
Estado-poder e Estado-sociedade
No interior do Estado há quem determina(detentor) e quem obedece (destinatário) a ele. 
Detentor: Estado-poder = Quem define as regras de convivência e as aplicam, com o uso da força se necessário. E: Presidente da República. 
Destinatário: Estado-Sociedade = Todos os habitantes do Brasil. 
Observamos detalhes:
O Estado-poder regulam a relação entre as pessoas do Estado-sociedade: Relação entre o pai e o filho. Quem não cumpre espontaneamente, sujeita-se ao uso da força.
Normas criadas pelo Estado = Normas Jurídicas. (Regras imposta pelo Estado -Poder que pode ter uso de força se necessário) 
Normas são regras de conduta. (Uma regra que uma pessoa não pode comer com as mãos também é considerada uma norma pois determina uma conduta, porém não é uma norma jurídica, pois o Estado não interfere com o uso da força isso.) 
Estado-Poder: Pessoa Jurídica. (O Estado é composto por indivíduos, porém quando essas pessoas fazem serviço para o Estado, ele não está fazendo como se fosse ele próprio e sim como se fosse o Estado - Quando um homem limpa a rua (João) não é o João que está limpando a rua e sim o Estado – Pode se dizer que essa pessoa age no lugar de outra pessoa) 
O Estado só existe na nossa imaginação. É uma pessoa imaginaria. 
O Estado se relaciona com as pessoas da sociedade. Com todas as pessoas, quando edita normas jurídicas regendo suas vidas. 
Normas Jurídicas regem a relação das pessoas Estado com as demais pessoas. 
Normas Jurídicas devem ser obedecidas, seja pelos indivíduos, seja pelo Estado.
Se o Estado não cumprir as normas, quem vai obriga-lo? R: Ele mesmo (Veremos para frente como funciona)
Direito público e direito privado
Direito: Conjunto de todas as normas jurídicas. 
Direito se divide em dois grandes grupos: Direito público e direito privado. 
Direito Privado: é formado pelo conjunto de norma regendo as relações dos indivíduos entre si, dentro do Estado-sociedade.
Direito Público: é formado pelo conjunto de normas que regulam as relações entre Estado e indivíduos.
Agente público: Pessoas que produzem leis, julgam os acusados de crimes, prestam os serviços públicos, etc. Não escolhem por suas vontades a atividade estatais que vão desenvolver. Cada um tem sua competência sua atribuição
Normas de direito público = Organização da pessoa jurídica Estado. 
Direito público é o ramo do Direito composto de normas jurídicas tratando: 
Das relações do Estado com o indivíduo.
Da organização do próprio Estado, através da divisão de competência entre os vários agentes e órgãos. 
Das relações entre Estados.
O Direito público disciplina:
Relação do Estado (que detém o poder político) com o indivíduo (que sofrem o poder político) 
Organizam a distribuição do poder político dentro da pessoa jurídica Estado (entre os diversos agentes e órgãos) 
Regulam as relações entre vários Estados (isto é, entre detentores de poder político) 	
Só se conhece o direito público depois de saber o modo como as normas regulam o poder político. 
Revolução histórica da regulação do poder politico
Introdução. 
O Direito é fruto de produção cultural, não dá para compreender sem situá-lo dentro da história. 
O Direito consagra certos modelos cujo sentindo advém do contexto histórico, ideológico ou político em que concebido.
O conceito que se tem hoje sobre direito público é algo moderno, que nem sempre foi assim e por isso precisamos estudar um pouco sua “evolução” dentro da história. 
Pré-história
- Adotavam estrutura de poder. 
-Difícil de identificar poder político em um pré-histórico nômade.
	Razões: O emprego da força não era reservado a ninguém.
- O homem começa a se fixar na terra e os grupos se organizam em determinadas regras quase estáveis, começa a surgir aparentemente poder político.
- Regulação Jurídica: Sim, de modo limitado (São regras em pequeno número, mesmo porque são pouco extensas as atribuições dos chefes)
- Não há Estado numa sociedade como esta.
- Extrema simplicidade da estrutura de poder e sua não-institucionalização 
Antiguidade. 
- Cidade unidade publica de toda antiguidade clássica. 
- A lei é elemento essencial da identificação do grego com a cidade: a coesão desta vem daquela. 
- O grego sente orgulho de se submeter a uma ordem (a lei) 
- A lei para os antigos era sagrada e imutável, sendo atribuída a um poder divino, e, desse modo, integrando a religião. 
- Atividade de julgar não era um direito público, diverso do direito privado que se visava aplicar. 
- As normas regendo a atividade de julgar eram entendidas como parte do direito civil. 
- Os tribunais só conheciam das demandas entre cidadãos, não se cogitando do exame judicial de questões envolvendo o Poder Público. 
- A administração dos negócios públicos sempre esteve confiada a certos agentes públicos. Frequentemente essas atividades se confundiu com a de editar normas, estando ambas em poder de um soberano. 
- Desconhecia a distinção entre as atividades legislativa e executiva.
- Não se conhecia a ideia de direito individual.
- Na Grécia, a ideia de liberdade e igualdade ocupam espaço fundamental no pensamento político.
- São inconfundíveis as concepções grega e moderna de liberdade.
- Liberdade para os helênicos: Participar dos negócios públicos, de cumprir uma função na cidade de se submeter a lei e não sujeição corporal de um cidadão a outro.
- Inexistia um direito à liberdade individual cona a autoridade. 
- Teórica entre direito público e direito privado foi formulada pelos romanos. 
 
Idade média. 
- Dispersão da autoridade entre inúmeros centros de poder: torna mais complicada a identificação de normas de direito público a regerem relações entre os poderosos e indivíduos. 
- Central enfraquecida, as atividades legislativa, judicial e administrativa serão disputadas entre os reis, a igreja e os senhores, as corporações e explicadas com o recurso a ideias variadas. 
Absolutismo 
- Idade moderna: Centralização do poder em torno de um soberano. (Torna mais clara as regras a regerem as relações deste com seus súditos) 
- Formação do Estado; poder soberano dentro de um certo território
- Ideia de soberania (Jean Bodinho) 
Identificação das normas ligadas ao exercício do poder político. 
Explica a unificação do poder dentro de um certo território, com a submissão de todas as pessoas a mesma ordem jurídica e o não reconhecimento de outras ordens como aplicáveis
Origem do Estado Moderno 
Concepção de soberania servia para a justificação do absolutismo. 
O podersoberano não encontro limitação, quer interna, quer externa. 
- Normas que estão disciplinavam o exercício do poder político, podermos indicar as seguintes:
O Estado, sendo o criador da ordem jurídica (isto é, sendo incumbido de fazer as normas), não se submetia a ela, dirigida apenas aos súditos. O Poder Público pairava sobre a ordem jurídica.
O soberano, e, portanto, o Estado, era indemandável pelo individuo, não podendo este questionar, ante um tribunal, a validade ou não dos atos daquele. Parecia ilógico que o Estado julgasse a si mesmo ou que, sendo soberano, fosse submetido a algum controle externo. 
O Estado era irresponsável juridicamente. Destarte, impossível seria exigir ressarcimento por algum dano causado por autoridade pública.
O Estado exercia, em relação ao indivíduo um poder de polícia. Daí referirem-se aos autores, para identificar o Estado da época, ao Estado-Policia, que impunha, de modo ilimitado, quaisquer obrigações ou restrições as atividades dos particulares. Em consequência, inexistiam direitos individuas contra o Estado (o indivíduo não podia exigir do Estado o respeito as normas regulando o exercício do poder político), mas apenas direitos dos indivíduos nas suas reciprocas relações (o indivíduo podia exigir do outro individuo o observância das normas reguladoras de suas relações reciprocas) 
Dentro do Estado, todos os poderes estavam centralizados nas mãos do soberano, a quem cabia editar as leis, julgar os conflitos e administrar os negócios públicos. Os funcionários só exerciam poder por delegação do soberano, que jamais o alienava. 
- Poder público = uma norma básica – o poder deve ser acatado e é ilimitado.
Idade contemporânea 
- Revolução Americana e Francesa foram os marcos históricos mais notáveis da idade contemporânea, que mudará radicalmente a regulação do poder político. 
- Nesse novo período o mais significativo é: Que os sujeitos incumbidos de exercer o poder político deixaram de apenas impor regras e começaram a obedecer regras, cuja a finalidade é impor limites ao poder e permitir, em consequência, o controle do poder pelos seus destinatários.
- O Exemplo mais remoto para limitar o poder político = Magna Carta da Inglaterra. 
- Conceito de Estado e Direitos = Um Estado que realiza suas atividades debaixo da ordem jurídica, contrapondo-se a superado Estado-Policia, onde o poder político era exercido sem limitações jurídicas, apenas se valendo de normas jurídicas para se impor aos cidadãos. 
O Estado Social e a Democrático de Direito.
Estado de direito 
- Noção: Estado de Direito como fundamental ao conhecimento das características essenciais do direito público. 
- A ideia intuitiva a respeito: Aquela segundo a qual o Estado de Direito é o que se subordina ao Direito, vale dizer, que se sujeito a normas jurídicas reguladoras de sua ação.
- O Estado do Direito Público moderno é o Estado de Direito. 
A sua atividade realiza-se dentro de normas, e precisamente de normas jurídicas; assim a justiça como a Administração. 
O Estado de Direito define e respeita, através de normas jurídicas, seja os limites de suas atividades, seja a esfera da liberdade dos indivíduos. 
- A vinculação do Estado com a lei, para ser efetiva: Dentro dele, uma mesma autoridade não seja incumbida de fazer a lei e de, ao mesmo tempo, aplica-la. Se não, ao fazer a aplicação, poderia alterar a lei anteriormente feita. É necessária a presença de outra autoridade, diversa das demais, para julgar as eventuais irregularidades da lei e de sua aplicação. 
	Resumindo: As funções de fazer leis (legislar), aplica-la (administrar) e resolver os conflitos (julgar) devem pertencer a autoridades distintas e independentes = SEPARAÇÃO DE PODERES. 
- A separação de poderes não pode ser mudada pelo legislador, através da lei, pois, do contrário, bastar-lhe-ia exercer sua atividade (legislar) para anular o poder do administrador e do juiz, como também os indivíduos não teriam direitos oponíveis ao próprio Estado se este pudesse suprimi-los através da lei. 
	Concluindo: Deve haver uma norma acima da lei (consequentemente acima do Estado que a produz) definindo estruturo do Estado e garantindo direitos aos indivíduos. = CONSTITUIÇÃO. 
- Estado de Direitos: criado e regulado por uma Constituição (norma superior as demais), aonde o exercício do poder político seja dividido entre órgãos independentes e harmônicos, que controlem uns aos outros, de modo que a lei produzida por um deles tenha de ser necessariamente observada pelos demais e que os cidadãos, sendo titulares de direitos, possam opô-los ao próprio Estado.
- Novo modo de conceber as relações entre Estado e indivíduos não pode faltar: 
A supremacia da Constituição 
A separação de poderes
A superioridade da lei; e
A garantia dos direitos individuais.
 A seguir explicação de todas: 
Supremacia da Constituição 
- Constituição (também chamada de carta ou lei magna): 1. Norma maior que as leis; 2. Norma jurídica fundamental; 3. Não é feita nem altera pelo Estado; 4. Estabelece termos essenciais do relacionamento entre autoridade e os indivíduos. 
- O Ordenamento Jurídico, é no formato de uma pirâmide e no topo dele fica a Constituição, por cima de todas as normas. 
- O Ordenamento Jurídico é uma pirâmide pois: 1. O ato administrativo e a sentença valem se estiverem de acordo com a lei, que lhes é superior. 2. A lei vale se estiver de acordo com a Constituição, que lhe superior. 
- A Constituição é o fundamento de validade de todas as normas do ordenamento jurídico. Nisso consiste a supremacia (Superioridade absoluta) da Constituição. 
- A Constituição define:
Quem pode fazer leis; 
Como deve faze-la
E quais os limites da lei.
Por isso que diz que a lei tira seu fundamento e validade da Constituição.
- Uma lei vale, deve ser obedecida por todos, porque foi feita com base e na forma da Constituição. (Tudo se tira o fundamento da Constituição) 
- A lei editada por alguém não autorizado pela Constituição, ou cujo conteúdo viole direitos individual por ela assegurado: É ALGO INCONSTITUICIONAL. 
A norma inconstitucional: Não vale nem pode ser acatada, pois não encontra seu fundamento na Constituição. 
Para garantir que leis inconstitucionais não sejam aplicadas: a própria Constituição concebe um sistema para sua eliminação do mundo jurídico. CONTROLE DA CONSTITUICIONALIDADADE DAS LEI, REALIZADO PELO PODER JUDICIARIO, ATRAVES DE AÇOES ADEQUADAS. 
- A Constituição é feita por um Poder Constituinte: Inexistem normas jurídicas regulando o Poder constituinte: 1. Ele é poder de fato, não jurídico. 2. Exerce a função de constituintes: quem tiver força para fazer respeitar o conjunto de regras de organização do Estado que houver concebido. 
FEITA A CONSTITUIÇÃO O PODER CONSTITUINTE DESAPARECE: SURGE O ESTADO COMO CRIATURA DA CONSTUITUIÇÃO. 
Podemos dizer que o Estado Brasileiro então nasceu, no sentindo jurídico: 5 de outubro de 1988, com a promulgação da vigente Carta.
- A Constituição opera papel muito importante na obrigação do Estado a ordem jurídica, eis que, como norma jurídica anterior a ele, supera a dificuldade de submetê-lo as normas que por si próprio cria. 
- A Constituição não é feita pelo Estado, mas Estado é fruto da Constituição.
- O Estado é uma pessoa jurídica, criada e regida pelo direito constitucional, que o precede. Por isso, todo seu funcionamento haverá de atender as disposições constitucionais. 
- (Agustín Gordillo, princípios gerais do Direito Público, p.64) “Todos os órgãos do Estado, todas as manifestações possíveis de sua atividade. Inclusive as que outrora se puderam considera como supremas, estão hoje submetidas a uma nova ordem jurídica superior. = PASSO MUITO IMPORTANTE PARA O POSTERIOR DESENVOLVIMENTO DO DIREITO PUBLICO SOBRE A BASE DOS PRINCIPIOS CONSTITUICIONAIS E NÃO SÓ LEGAIS OU REGULAMENTARES “ 
Separação de Poderes. 
- Para haver o respeito da Constituição e dos direitos individuais por parte do Estado, precisa-se dividir o exercício do poder político, que controlemmutuamente. Damos o nome de poder a cada uma desses órgãos: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. 
- Cada poder exerce uma função:
Legislativo: Função legislativa – Edição de normas gerais e abstratas (leis), regular os demais atos estatais ou regular a vida dos cidadãos. 
Executivo: Função administrativa – atividade de, em aplicação da lei anteriormente editada, cobrar tributos (imposto é uma espécie de tributo) prestar serviço, ordenar a vida privada, etc. 
Judiciário: Função jurisdicional – Julgar, sob provocação do interessado, os conflitos entre os indivíduos, ou entre o indivíduo e o Estado.
- Os Poderes exercem suas funções com independência em relação aos demais. 
- Cada um tem suas autoridades, que não devem respeitar hierárquico as autoridades do outro Poder. 
- A cada função corresponde uma espécies de atos (normas) estatais: 
Leis (submete a Constituição): Função Legislativa 
Ato administrativo (Pode ser ilegal): Função Administrativa 
Sentença (pode anular): Função Jurisdicional. 
Ato administrativo e a Sentença são inferiores a lei.
 - Se os Estado deve se submeter as normas jurídicas e se o descumprimento delas é sancionado (punido) pelo próprio Estado, como evitar que ela escape a sanção? 
	R: O Judiciário: é quem dentro do Estado, incumbe-se de velar pelo respeito dos demais Poderes a ordem jurídica, negando efeito as leis inconstitucionais e anulando atos administrativos ilegais. Assim, o Estado se submete a lei porque se submete a jurisdição. 
- Poder freia o poder: Cada poder corresponde a um limite ao exercício das atividades do outro. 
Superioridade da lei. 
- a Lei ganha com o Estado de Direitos: Passa a ser a expressão geral. A lei, destinada a reger a vida do homem deve ser feita por eles. 
- Expressão da vontade geral: A lei impor-se-á ao próprio Estado, quando este se ocupar do Governo e da Justiça. Nisto consiste a superioridade da lei = NA VIRTUDE DE SER SUPERIOR – E, POR TANTO, DE CONDIONAR – AOS ATOS ADMINISTRATIVOS E AS SENTENÇAS. 
- Deste modo, estabelecendo-se uma hierarquia: Entre lei e os atos de sua execução (Administrativos e sentenças), criam-se os meios técnicos indispensáveis ao funcionamento da separação de Poderes. 
- O administrador e o juiz, ao exercem uma atividade, apenas aplicam a lei, sem que suas vontades particulares interfiram no processo - A atividade pública deixa, assim, de ser visto com propriedade de quem a exerce, passando a significar apenas o exercício de um dever-poder.
- Só a lei pode definir e limitar o exercício dos direitos individuais – O interesse individual só cede ante interesse públicos e estes são estabelecidos pela lei. 
- Os cidadãos: 1. Submetem ao governo da lei; 2. Têm seus deveres regulados por uma norma geral e abstrata, emanada da assembleia de seus representantes. 
Garantia dos direitos individuais. 
- Constituição reconhece certos direitos: Os da liberdade e igualdade, os indivíduos titulariam independentemente de outorga estatal.
- Constituição americana e francesa: Foi solenemente embutidas as declarações de Direitos e depois repetidas e aumentadas em todas a Constituições modernas = PERMITIRÃO QUE OS INDIVIDUOS OPONHAM SEUS DIREITOS AO PROPRIO ESTADO. 
- Sendo de origem constitucional, tais direitos não poderão ser suprimidos pelo Estado, nem mesmo por via Legislativa. 
- Mesmo que o interesse público prevaleça sobre o interesse particular, isso nunca poderá se dar em prejuízo dos direitos individuais previsto na Constituição. 
- Surgir a noção de Direito Subjetivo Público por causa: De garantias contida na Constituição de direitos em favor dos indivíduos. 
Direito Subjetivo Público (oponível ao Estado): um direito que o indivíduo titulariza contra o próprio Estado ampliando o antigo conceito de direito subjetivo, que até então circunscrito as relações entre particulares. 
Exemplo: Propriedade: Em Roma, o direito à propriedade era um direito subjetivo privado – O proprietário tinha o direito de recorrer aos tribunais contra qualquer semelhante que invadisse seu imóvel. Mas não teria o mesmo direito se a violência viesse do Estado; por isso, o direito de propriedade era apenas um direito subjetivo privado, e não um direito subjetivo público. Contudo, quando a Constituição garante o direito de propriedade como direito individual, esta conferindo ao proprietário haverá um direito subjetivo público, que o Estado haverá de acatar e garantir. 
 - Existem para tornar efetiva, permanente e indestrutível a separação de poderes, a superioridade da lei e a Constituição a garantia de direitos individuais. 
- A proteção do indivíduo contra o Estado é o objetivo de tudo que vimos: Separação de poderes, superioridade da lei e a Constituição. 
- Direito público por inteiro está infiltrado desta preocupação, que vem desde da Constituição até a mais pequena das normas. 
Estado Democrático de Direito
- Estado democrático: Primeira definição – Aquele onde o povo, sendo o destinatário do poder político, participa, de modo regular e baseado em sua livre convicção, do exercício desse poder.
- Estado de Direitos controla o poder, e com isso protege os direitos individuais, mas não garante a participação dos destinatários no seu exercício.
- Noção de democracia vem desde da Grécia, porem até já chegou a ser contraditória a de Estado de Direito, consagrada pelo liberalismo. 
- Estado de Direito depois de superar sua fase inicial incorporou instrumentos democráticos, com finalidade de permitir a participação do povo no exercício do poder. 
- O conceito jurídico que inicialmente sintetiza tais instrumentos é o de Republica.
- A Republica: 
Consagrada por nossa Constituição;
Faz dos agentes públicos exercer diretamente o poder político, representantes diretos do povo;
Povo que escolhe os representantes e renova esses representantes depois de um tempo; 
Os agentes passam a exercer um mandato (contrato entre o titular de certos direitos – povo, e alguém por ele investido por um tempo no poder e exerce-lo.) Mandato: Estabelece relações de representação entre o povo e os agentes públicos – Atuando como mandatários, verdadeiros procuradores daquele. 
Mandato:
 - Tempo determinado. 
 - É feito através de eleição;
 - Permite que o dono do “poder” mude em tempo a tempo, dando esse poder a outro;
 - A renovação dos mandatos não é o único controle do povo sobre o exercestes do poder, esses podem ser responsabilizados quando violam seus deveres, excedendo ou descumprindo os termos do mandato que receberam. 
 (Geraldo Ataliba, Republica e constituição, p.13) 
É o regime político em que os exercestes de função política (executiva e legislativa);
Representam o povo;
Decidem em seu nome (no nome do povo) 
Fazendo-o responsável, eletivo e mediante a mandatos renováveis periodicamente. 
Característica da republica: 1.Eletividade; 2. Periodicidade; 3. Responsabilidade;
Eletividade: é instrumento da representação;
Periodicidade: Assegura a fidelidade aos mandatos e possibilita a alternância no poder.
Responsabilidade: É o penhor da idoneidade da representação popular. 
- Constituição não quis apenas adotar uma republica
 - Colocou junto a participação popular direta: exemplos: 
 1.Realização de plebiscito (votação para conhecer a opinião popular sobre determinada decisão fundamental. 
 2. Possibilidade de iniciativa popular das leis (propositura ao legislativo, por certo número de cidadãos, de projeto de lei) 
- Os direitos garantidos pela Constituição aos indivíduos se ampliam em outras diversas qualidades: 1. No assegura mento jurídica da participação popular nas decisões do Estado. 2. Surge não apenas o direito de votar e de ser votado, de fundar e participar de partidos políticos; 3. Garante imediata participação no poder.- Democracia:
 Não é democracia o regime onde a adoção das decisões fundamentais para Estado seja decido respeitando as regras predeterminadas e estáveis, definindo quais os sujeitos titulados a decidir e modo como deve ser feito. 
 A inexistência:
 De regras anteriores e estáveis regulando a decisão a tomar permite que, na dependência do interesse dos poderosos, sejam chamados a decidir ora um grupo, ora outros de pessoa;
De regras definindo o papel de cada membro do grupo, cujo respeito ele possa exigir, permite excluir pessoas sempre que sua presença não convenha. 
 Regras estáveis e predeterminadas tem nome: normas jurídicas, sobretudo as constitucionais.
 Não há democracia sem normas jurídicas regulando o processo político. 
 Estado democrático e o Estado de Direito, em sua origem é algo distintos, porem hoje em dia fundem em necessária convivência. 
 Conceitos de Estado Democrático: 
Criado e regulado por uma Constituição;
Os agentes públicos fundamentais são eleitos e renovados periodicamente pelo povo e respondem pelo cumprimento de seus deveres;
O poder político e exercido, em partes diretamente pelo povo e em partes pelo por órgãos estatais independentes e harmônicos, que controlam uns aos outros; 
A lei produzida pelo Legislativo é necessariamente observada pelos demais poderes. 
Os cidadãos, sendo titulares de direitos, inclusive os políticos, podem opô-los ao próprio Estado. ]
 O Estado Democrático de Direito é a soma e o entrelaçamento de: Constitucionalismo, republica, participação direta do povo, separação dos poderes, legalidade e direitos (individuais e políticos.) 
Estado social e democrático de Direito.
Estado Social.
 O Liberalismo: Modelo econômico calcado no absenteísmo estatal: era preciso que o Estado não interferisse nos negócios do indivíduos, restringindo sua ação a garantia da ordem, da paz, da segurança. QUERIAM UM ESTADO MINIMO, COM REDUZIDAS FUNÇOES, SEM INTERFERENCIA NA VIDA ECONOMICA. As ideias resultante do liberalismo não são auto implicantes, pois um Estado pode ser mínimo (limitar suas atividades, deixando grande espaço para a iniciativa econômica dos indivíduos) ou não ser de Direito. 
 Questão foi posta: Crise econômica do primeiro pôs guerra levou ao Estado assumir um papel ativo, seja como agente econômico, seja como intermediário na disputa entre poder econômico e miséria.
As constituições mais modernas: 1. Cuidaram de incorporar estas novas preocupações :desenvolvimento da sociedade, valorização dos indivíduos socialmente inferiorizados. O Estado assumi nova postura: a de agente do desenvolvimento e da justiça social. 
Clássicas declarações de direitos basicamente: Proteção do indivíduo contra o Estado, reservando aqueles um espaço intangível de liberdade. As novas declarações passaram a se ocupar também da proteção dos indivíduos em face do poder econômico e em propiciar-lhes prestações estatais positivas.
O Estado se torna Estado Social positivamente: atuando para ensejar o desenvolvimento e a realização de justiça social. 
Em primeiro lugar: Aparecem os chamados direitos sociais, ligados sobretudo a condição dos trabalhadores: Garante o direito a salário mínimo, etc.
Em segundo lugar: O indivíduo adquire o direito de exigir certas prestações positivas do Estado: Direito a educação, direito a saúde, etc. 
Para incrementar o desenvolvimento econômico, o Estado passa a atuar como agente econômico, substituindo os particulares e tomando a si a tarefa de desenvolver atividades reputadas importantes ao crescimento: SURGEM AS EMPRESAS ESTATAIS.
O Estado social substitui o Estado de Direito e seu desenvolvimento, o Estado democrático de direito? 
R: Não. O Estado Social não só incorpora o Estado de Direito, como depende dele para atingir seus objetivos. O oferecimento de prestações positivas aos indivíduos corresponde a um direito destes a tais prestações. Não tem como falar de direito contra o Estado senão onde exista Estado de Direito! Mecanismo do Estado de Direito :A proteção do pobre contra o rico se faz com a atribuição de direitos aquele em face deste, etc. 
 Definir juridicamente o Estado brasileiro de hoje: Basta construir a noção de Estado social e democrático de direito, agregando se aos elementos ainda há pouco indicados a imposição, ao Estado, do dever de atingir objetivos sociais, e a atribuição, aos indivíduos, do correlato direito exigi-lo. 
 Elementos do conceito Estado Social e Democrático de Direito, serão: 
Criado e regulado por uma Constituição 
Os agentes públicos fundamentais são eleitos e renovados periodicamente pelo povo e respondem pelo cumprimento de seus deveres;
O poder político é exercido, em partes diretamente pelo povo, em parte por órgãos estatais independentes e harmônicos, que controlam uns ao outros. 
A lei produzida pelo Legislativo é necessariamente observado pelos demais poderes.
Os cidadãos, sendo titulares de direitos, inclusive políticos e sociais, podem opô-los ao próprio Estado; 
O Estado tem o dever de atuar positivamente para gerar desenvolvimento e justiça social. 
O Estado Social e Democrático de Direito é a soma e o entrelaçamento de: Constitucionalismo, republica, participação popular direta, separação de Poderes, legalidade, direitos, desenvolvimento e justiça social.
 Constituição (Algumas coisas principais) 
(...) Estado democrático de direito tem como fundamento:
A soberania;
A cidadania
A dignidade
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
O pluralismo político.
São poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (Art. 2, título 1, dos princípios fundamentais) 
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
Construir uma sociedade livre, justa e solidaria; 
Garantir desenvolvimento nocional;
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdade sociais e regionais;
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação. (Art. 3º, título 1, dos princípios fundamentais) 
4) O Sujeito Estado. 
O Estado é uma pessoa jurídica. 
Pessoa no sentido jurídico, é um centro, uma unidade, um conjunto de direitos e deveres. 
Quando falamos que o direito negava a qualidade de pessoa ao escravo, estamos dizendo que a norma jurídica não o tornavam como centro de direitos e deveres
É possível ao Direito tomar como centro de direitos e deveres outras realidades que não o ser humano.
Duas espécies de pessoas: pessoa física (ou pessoa natural, como diz o código civil) e a pessoa jurídica (ou pessoa moral, como prefere o direito francês) 
Os indivíduos são pessoas físicas. 
As empresas, as associações esportivas, as fundações, são pessoas jurídicas. 
Em ambos os casos tem pessoas porque o Direito outorga personalidade jurídica, vale dizer, cria centros de direitos e deveres. 
Qual a diferença entre eles? 
Pessoa física: centro de direitos e deveres referido a um ser humano, cujo comportamento é diretamente regulado pela norma.
Pessoa jurídica: centro de direitos e deveres referido a um estatuto (isto é, referido a um conjunto de regras jurídicas indicando quais são os seres humanos obrigados a realizar os comportamentos impostos pela norma) 
A pessoa jurídica, vista internamente, não passa portanto de um conjunto de normas jurídicas: as normas que definem os seres humanos que realizarão os comportamentos imposto pelo Direito a pessoa jurídica. 
O Estado é titular de direitos e deveres. Logo o Estado é um centro unificador de direitos e deveres, portanto uma pessoa jurídica. 
Quem são os homens que realizam os comportamentos a que a pessoa Estado está obrigada? São os homens (a que chamamos de agentes públicos) indicados pelas normas jurídicas que organizam a estrutura interna do Estado.
O Estado é uma pessoajurídica. 
Estado a condição de pessoa jurídica significa duas coisas: 
Que ele é uma pessoa, um centro de direitos e deveres.
Que, quando o Estado se envolver em relações jurídicas, titula rizando direitos ou contraindo deveres, só saberemos quem é o ser humano cujo comportamento está sendo vinculado se consultarmos outras normas: as de organização deste centro unificado de direitos e deveres a que chamamos de Estado. 
 Personalidade jurídico-constitucional do Estado. 
Quem conferiu personalidade, direitos e deveres ao Estado? 
R: No Brasil a personalidade jurídica do Estado é conferida pela Constituição. 
	A personalidade jurídica dos homens também é conferida pela Constituição. = é uma personalidade jurídico-constitucional. 
Sob esse aspecto, em consequência, o Estado e o homem são iguais: ambos retiram suas personalidades do Direito, mas especificamente da Constituição. 
	Se o Estado pretendesse desconhecer os direitos dos indivíduos, manejando um poder que os ferisse, estaria se atribuindo uma personalidade, um poder, que não tem. 
Personalidade de direito público. 
 - A pessoa jurídica Estado é diferente de outras pessoas jurídicas. 
- O Estado é uma pessoa jurídica de direito público, enquanto a sociedade comercial, por exemplo, é uma pessoa jurídica de direito privado. 
- Personalidade de direito público e direito privado, qual a diferença? 
	R: Pessoa de direito público é aquela cuja organização e relações com terceiros são regidas por normas de direito público, enquanto a de direito privado tem uma estrutura e relações com suas semelhantes estabelecidas em normas de direito privado. 
- Normas de direito público: cuidar de interesse público (Estado) posição de autoridade nas relações jurídicas que trave. Expressa-se no poder de impor deveres ao outro sujeito, independentemente da concordância deste. 
- Normas de direito privado: regulam as relações jurídicas de que travam em termos de igualdade. Entre particulares, quando cuidam de seus interesses particulares, os deveres só nascem, de regra, pelo consentimento, é dizer, pela concordância de ambas as partes envolvidas na relação. Relação jurídica de direito privado é horizontal, situando-se os sujeitos em seu plano: Nenhum tem poder sobre o outro. 
Oposições: 
Interesse público x interesses individuais
Autoridade x igualdade
Relação vertical x relação horizontal 
Poder extroversão x poder interno 
Ato unilateral x ato bilateral. 
O Estado tem poder de mandar, de dar ordens, de impor obrigações, nem por isso tal poder é ilimitado; ao contrário, é limitado, condicionado, controlado, pelas normas jurídicas que o concederam ao Estado. 
Pessoas de direito público cuidam de interesses públicos, estabelecendo – através de atos unilaterais, praticados no uso de poder extroversão – relações jurídicas verticais, em que comparecem como autoridade, de modo a criar deveres parar o particular. 
Relacionamento externo do Estado
- O Estado, ao mesmo tempo em que é a pessoa pública no direito interno, também o é no direito externo. 
- Tem personalidade de direito interno e externo. 
- O objeto das normas de direito público externo (ou direito internacional público) é o relacionamento entre Estados, cada um dele se apresenta, na ordem internacional, como soberano, isto é, não vinculado a um poder superior. 
- Nenhum Estado reconhecer uma autoridade superior a sua. 
- Todos os Estados são, na ordem internacional, soberanos, impera a mais absoluta igualdade jurídica entre eles. 
- Impera a mais absoluta igualdade jurídicas entre todos os Estados. 
- A pessoa Estado, quando trava relações internacionais, apresenta-se como representante da ordem jurídica nacional, que, esta sim – encimada pela Constituição -, é soberana. 
	Isso também não significa que, ao travar relações com seus pares na ordem internacional, a pessoa Estado se livre das limitações que seu direito nacional lhe impõe e que o perseguem sempre que atua internamente. 
Descentralização política e administrativa do Estado. 
 - As pessoas de direito público interno se dividem em duas espécies: 
Pessoas politicas 
Pessoas administrativas
Qual a distinção entre elas? 
		R: Pessoa política é: Pessoa de direito público que tem capacidade de legislar.
		 Pessoa administrativa: Pessoa de direito público criado como descentralização de pessoa política, com capacidade exclusivamente administrativa. 
5) Atividade do Estado. 
Introdução 
- O Estado é criação do direito. Por isso, as normas jurídicas é que definem suas atividades. 
- Porem, certos poderes devem necessariamente pertencer ao Estado, sob pena de não existir Estado: os de coagir, julgar e impor tributos. 
- O que define a incidência de um ou outro ramo jurídico é a atividade, não a pessoa envolvida. 
- O direito público não é o direito do Estado, aplicável exclusivamente as relações das quais participem as entidades governamentais. 
- Também o direito privado não é o conjunto de normas incidentes apenas e sempre nos vínculos travados entre particulares. 
- O público é o direito das atividades estatais, enquanto o privado é o direito das atividades dos particulares. 
- A afirmação de que o Estado, em dadas hipóteses, submete-se ao direito privado há de ser tomada com cautelas. Mesmo ao desenvolver atividades econômicas, o ente governamental deve observar algumas normas típicas do direito público, como as de licitação, etc. 
Atividades dos particulares. 
- Os indivíduos podem realizar todas as ações cuja exclusividade não tenha sido conferida ao Estado, com a consequente interdição da atuação privada. 
- Hipótese que a operação é privada, por não haver sido reservada ao Estado, é a da assistência social aos deficientes físicos. 
- Integram o campo privado todas as operações que a Constituição tenha assegurado aos indivíduos, rotulando-as como direitos: manifestação de pensamento é um exemplo.
- O conceito jurídico de atividades econômicas é obtido residualmente. Em termos constitucionais, atividades econômicas são as não reservadas ao Estado. 
- a Constituição brasileira confere uma serie significativa de atribuição, entretanto nem todas elas lhe são reservadas. 
- Podem ser multiplicados os exemplos de operações atribuídas ao Poder Público sem caráter de exclusividade: o abastecimento alimentar e a construção de moradias, etc. Todas essas atividades, cujo desenvolvimento pelos particulares independe de delegação estatal, integram o campo privado. 
- Nessas condições só se exclui do campo privado: as operações que, cabendo ao Estado, não possam ser realizadas pelo particular sem ato estatal de delegação.
- As atividades dos particulares são por eles desenvolvidas no regime do direito privado, estampado nas normas do Códigos civil, comercial, trabalhista e em inúmeras leis esparsas. 
Exploração pelo Estado de atividades particulares.
- Em princípio a constituição brasileira reserva ao particular a exploração da atividade econômica. (Art. 170, parágrafo único), mas no art.173 permite que o Estado, em situações especiais intervenha no domínio econômico. 
- Destarte, embora a atividade econômica seja tipicamente privada, poderá sofrer exploração estatal quando justificada pela segurança nacional ou por relevante interesse coletivo. 
- Atividades econômicas que o Estado pode ou deve se dedicar, em regime de convivência com a iniciativa privada, e: instituição financeiras, construção de moradias, e abastecimento alimentar. 
- Como as atividades econômicas integram o campo privado, sua exploração pelo Estado se faz sempre no regime do direito privado. 
Atividades estatais. 
- O Estado desenvolve apenas as atividades que a ordem jurídica lhe atribui, estando proibido de fazer o que a Constituição ou as leis não autorizam expressamente. 
- É difícil sistematizar o conjunto dessas atividades. Entretanto elas podem em dois grupos: o das atividades instrumentais e o das atividades-fim.
 Atividades instrumentais.
A captação de recursosfinanceiros, através de empréstimos, lançamento de títulos da dívida pública e cobrança de tributos, esta regulada pelo direito tributário;
A gestão de recursos financeiros do Poder Público, regida pelo direito financeiro;
A escolha de agentes públicos, através de eleições (no caso dos agentes políticos) e de concurso (na maior parte dos agentes profissionais), a primeira regida pelo direito eleitoral e a última pelo direito administrativo. 
A obtenção de bens indispensáveis ao suporte da atividade do Estado, através da aquisição (desapropriação, compra, etc) produção (impressão de Diários oficiais, etc.) e construção de edifícios públicos, atividades, essas, também disciplinadas pelo direito administrativo. 
 Atividades-fim
Três grupos: 
Relacionamento internacional = Concite no estabelecimento e manutenção de vínculos com entidades internacionais e com Estado estrangeiros, bem como na defesa contra invasões do território nacional. Trata-se da atuação exclusiva do Poder Público.
Atividades de controle social = Destinam-se a regular a vida em sociedade, com a utilização do poder de coerção. Ordenam o comportamento dos indivíduos, a fim de que estes, além de não prejudicarem os interesses da coletividade, ajam para realiza-los. 
Atividades de gestão administrativa = Visam criar utilidades em favor do corpo social por força direta da atuação estatal. 
Serviços públicos: Importam a criação de utilidades ou comodidades fruíeis direta e individualmente pelos particulares em setor de titularidade estatal. Por múltiplas razoes, as normas centralizam certas atividades nas mãos do Estado, definindo-as como serviço público. Apesar de pertencer ao Estado, serviços públicos podem ser desenvolvidos por particulares no regime de concessão ou permissão, visto produzirem resultados econômicos. 
Serviços sociais: Semelhante a serviços públicos, atividades cuja realização gera utilidade ou comodidades que os particulares fruem direta e individualmente. Diferenciam daqueles por não serem de titularidade estatal: Serviços de Educação, e assistência social, etc. A prestação de tais serviços infestável do Estado. Os particulares exploram os serviços sociais independentemente de qualquer delegação estatal. 
Emissão de moeda e administração cambial = São atividades que não geram utilidade ou comodidade friável diretamente pelos particulares, mas sim uma utilidade social q, que só os benefício de modo indireto e coletivo. 
Outras atividades: 1. As atividades de fomento; 2. A realização de atividades culturais; 3. Os serviços estatísticos; 4. A construção de obras públicas que não sirvam de suporte a atividades estatais (como monumentos). 
Atos e fatos jurídicos 
- O desempenho de atividades pelo Estado gera produção de atos e fatos jurídicos. 
Fato jurídico: é o evento ao qual a norma atribui efeitos jurídicos. E: Passagem do tempo, que extingue o direito de o Estado cobrar tributo devido por particular, etc. Portanto, fato jurídico não é sinônimo de evento natural. O homicídio doloso, deriva da vontade de um ser humano, apesar de não se caracterizar como ocorrência da natureza, é fato jurídico. O fato jurídico se opõe ao fato juridicamente irrelevante, isto é, ao evento cuja ocorrência não gera a incidência de qualquer norma jurídica. 
Ato jurídico: Uma prescrição, uma norma. Uma regra destinada a regular comportamento. Normalmente resulta de expressa manifestação de vontade, feita por certo sujeito, mas pode resultar também de eventos que, embora não sejam manifestação de vontade humana, transmitam um comando a outrem. Então o ato jurídico não pode resultar de uma manifestação de vontade humana, mas significará sempre uma declaração, destinada a reger o comportamento de alguém. A norma não se confunde com a ação, realizada no tempo e no espaço, percebida pelos sentidos, com a qual o indivíduo pretende transmitir certo comando a outrem. Norma jurídica pé o significado jurídico atribuído a essa ação materialmente verificável, mas não é ela mesma. A produção de atos jurídicos (norma) é uma das atividades mais importante e frequentes. Para a validade do ato é necessária sua conformidade com a norma jurídica superior, para ser válida a lei, deve se observar a Constituição, para ser válida a sentença condenando alguém a pena de prisão, há de ser ditada nos termos do preceituado pelo Código Penal, para ser valido o contrato administrativo, deve observar a lei que regula a hipótese. Os atos jurídicos devem ser produzidos com observância da norma superior, isso não impede o surgimento de atos inválidos, embora inválidos, acabam sendo aplicados e produzindo efeitos, para retira-lo do mundo jurídico, desfazendo os efeitos produzidos, o Ordenamento prevê forma adequada para sua invalidade.

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