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Estudos Culturais e Antropológicos - Iteq

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Desafio:
Diante da leitura do excerto que segue, elabore uma defesa ou um parecer contrário à
relação das políticas de cotas com a Antropologia. O texto deve conter os fundamentos para
sua adesão ou não necessidade de política de cotas, tendo por base os argumentos de
cunho antropológico.
"Na relação entre antropologia e educação abre-se um espaço para debate, reflexão e
intervenção, que acolhe desde o contexto cultural da aprendizagem, os efeitos sobre a
diferença cultural, racial, étnica e de gênero, até os sucessos e insucessos do sistema
escolar em face de uma ordem social em mudança.
Nesse sentido, como ciência e, em particular, como ciência aplicada, antropologia e
antropólogos estiveram, no passado e no presente, preocupados com o universo das
diferenças e das práticas educativas. Se, como diz Galli, tais questões fazem convergir os
estudos da cultura, no caso da antropologia, e dos mecanismos educativos, no caso da
pedagogia, possibilitando a existência de uma antropologia da educação - tema e produto
de uma grande conversa do passado -, isto também ocorre no presente, posto que a
antropologia e a educação estabelecem um diálogo, do qual faz parte, também, o debate
teórico e metodológico das chamadas pesquisas educativas, relacionadas às diversas e
diferentes formas de vida que, neste final de século, estão ainda a desafiar o conhecimento.
Em jogo, as singularidades, as particularidades das sociedades humanas, de seus
diferentes grupos em face da universalidade do social humano e sua complexidade através
dos tempos e, em particular, num mundo que se globaliza. Resta, pois, conhecer um pouco
dessa história. (GUSMÃO, 2012). De fato, compreender as causas de uma política
educacional malsucedida ou o porquê de determinados grupos sociais possuírem
rendimento escolar diferenciado que os coloca em condição inferior na disputa por uma
vaga nas universidades públicas, é de suma importância para a Antropologia.
Questões como a formação cultural, diversidade étnica, entre outras devem ser muito bem
conhecidas pelos educadores para que não se incorra no erro de se impor determinado
modelo de educação formal, em detrimento das qualidades e condições pessoais de cada
indivíduo, principalmente nos anos iniciais do ensino básico. Desconsiderar a formação
cultural peculiar a cada grupo ou segmento social e impor-lhes uma educação formatada de
acordo com os grupos sociais dominantes tem sido um dos maiores erros do processo
educacional e que tem levado a altos índices de evasão, dificuldades de aprendizagem e ao
final, como consequência, a natural dificuldade de ser aprovado nos concorridos processos
de seleção das universidades públicas.
Aliás, a própria seleção é apresentada com um formato que desconsidera a diversidade
cultural dos alunos egressos do Ensino Médio. Nesse sentido, citando apenas um dos
aspectos dessa desconsideração do conhecimento e da cultura do aluno, Vieira, tratando da
importância da antropologia da educação na formação de professores, destaca:Mas é
verdade que o processo de ensino-aprendizagem na escola, com as suas metalinguagens,
impõe-se hegemonicamente não só aos alunos de culturas com pouca proximidade com a
escrita e leitura, e, também, às suas famílias, construindo, não só o insucesso e uma
avaliação pela negativa, como também uma consciência de não ser capaz. Para subir os
patamares da escada do saber escolar, a criança fica no dilema de se transformar em
pouco escolarizado com poucas habilitações literárias ou reprovado, a via mais fácil para a
sobrevivência do seu próprio eu cultural, e tantas vezes no seu próprio grupo doméstico,
fugir da escola para trabalhar a terra, ou então, em se deixar e conseguir construir um
oblato, o que implica a perda de sua memória e a adulteração da sua mente cultural.
(VIEIRA, 2012).
O fato é que, em razão do desconhecimento das individualidades de cada aluno e dos
aspectos antropológicos atinentes aos diversos grupos sociais, étnicos e raciais que
compõem o universo da população escolar do ensino médio, o modelo de educação formal
que se tem trabalhado direciona-se tão somente àqueles setores sociais da população, que,
coincidentemente, são aqueles mais favorecidos por esse processo educacional ao longo
da história do ensino no Brasil. Assim, se esse processo já é construído, e desde os ensinos
fundamental e médio, é direcionado a excluir determinadas formações culturais e a
beneficiar outras, a consequência lógica é que, também, em um concurso vestibular ou
outra forma de seleção qualquer, que tem por base avaliar exatamente esse processo
excludente, apenas aqueles anteriormente beneficiados obterão sucesso 
Resposta:
A política de cotas deve ser levada em consideração, uma vez que uma breve passada
de olhos pela nossa história recente, tendo como base estudos de antropologia
social, comprova que nossa população tem uma diferença enorme na sua construção.
Desde a sua própria formação, determinadas pessoas estão ausentes do
acompanhamento estatal, e isso acaba por criar um fosso imenso que, de alguma
maneira, pode ser minorado com essa política. Assim, não trata - se apenas como
querem muitos de auferimento de méritos para o acesso à universidade, qualquer
estudo antropológico que dê conta da diversidade em nosso país pode perceber que
há distorções na formação básica, bem como, de feição subjetiva, ou seja, há
mundos que não se intercambiam dentro de uma sociedade ainda eivada de
preconceitos, por isso mesmo, faz-se necessário estudos dessa importância para
que torne evidente que a questão das cotas procura, de alguma maneira, colocar em
rota de multiculturalismo aquilo que até então fora conduzido sempre como cultura
de dominação. Entender a estrutura antropológica de formação do povo, necessariamente
contribui para a identificação das brechas deixadas por um histórico de colonização
sobremaneira, do pensamento. A formação de qualidade como privilégio de uma
determinada classe em torno das universidades singulares, deixando a riqueza da
pluralidade de fora delas. Um local no qual o ensino se quer universal, não pode apenas
ter ouvidos e vozes de apenas uma cor e religião.
Exercícios
1 Qual é a metodologia utilizada na Antropologia pré-histórica?
A. Filosófica.
B. Espiritual.
C. Religiosa.
D. Científica.
E. Ética.
2. A Antropologia é o estudo holístico, biocultural e comparativo da humanidade. Quais são as
quatro principais subdisciplinas da Antropologia?
A. Antropologia Médica, Etnografia, Etnologia e Antropologia Cultural.
B. Arqueologia, a Antropologia Biológica, Linguística Aplicada, e Antropologia Aplicada.
C. Antropologia Biológica, Antropologia Linguística, a Antropologia Cultural e Arqueologia.
D. Antropologia Genética, a Antropologia Física, Etnologia e Antropologia Linguística.
E. Primatologia, Etnologia, Antropologia Cultural, e Paleopatologia.
3. Nosso gênero, o Homo, vem mudando há mais de 2 milhões de anos. Qual é o termo utilizado
para os processos pelos quais os organismos lidam com as forças ambientais e tensões?
A. Etnologia.
B. Etnografia.
C. Exogamia.
D. Adaptação.
E. Fenótipo.
4. Marque a alternativa que contempla CORRETAMENTE o objeto de estudo da Antropologia:
A. A História.
B. O Direito.
C. O humano.
D. A natureza.
E. As cidades.
5. Um campo de estudo sistemático que utiliza experiência, observação e dedução para produzir
explicações confiáveis dos fenômenos é:
A. cultura.
B. religião.
C. humanidade.
D. ciência.
E. folclore.
Desafio
Neste desafio, propomos a elaboração de um pequeno texto que aborde a questão: "E quem
não é global?"
Para tal, percorra os seguintes caminhos:
• encontre um conceito de globalização;
• faça a inserção desse conceito no tema para evidenciar possíveis classes que estejam fora do
processo de globalização, apontando vantagens e pontos negativos.
Resposta:
Sabe-se que o termo globalização alcança diferentesrumos, ou seja, desde a questão
econômica até as dimensões social, política e mesmo humana. Nesse sentido, podemos pensar
a globalização como um fenômeno que perpassa a própria noção de realidade, de tempo e de
espaço, resultando em uma nova face do próprio ser humano. Quando nos referimos ao uso da
internet que, de maneira tão rápida e eficaz, alcança um número infinito de pessoas,
misturando-nos em culturas distantes, significa dizer que somos seres hoje globalizados.
Esse, portanto, seria o paradigma atual que é discutido ao redor do mundo. No entanto, há que
se cuidar acerca dessa ideia como algo geral. Ao mesmo tempo que possuímos a percepção de
um envolvimento nessa cadeia intercomunicacional, podemos levantar uma suspeita sobre a
ideia da globalização como um efeito, de alguma maneira, imposto a determinadas pessoas e
pensar a possibilidade de algumas delas sequer estarem envolvidas nesta dimensão. Ou seja,
referimo-nos à globalização como uma imposição ideológica que não alcança a todos e, por isso
mesmo, torna essas pessoas excluídas de uma ideia de normalidade. Assim, quem não tem
condições, seja financeira, seja social, de conviver globalmente estaria fora desse novo conceito
de ser humano? O indivíduo que vive em um lugar afastado de seu país, sem contato com essa
movimentação, poderia ser considerado o bárbaro dos dias atuais? E as pessoas que não estão
interligadas por motivos culturais, estão fora da realidade? A globalização é uma norma? Qual é
a punição para não segui-la?
As reflexões, nesse sentido, seguem na direção de uma busca necessária por uma sociedade
interligada, mas, ao mesmo tempo, interligada pelas condições de igualdade. Dentro dessa
proposta, pensamos em uma globalização da igualdade na qual até mesmo o bárbaro tenha a
possibilidade de existir dignamente sem que sua percepção de mundo seja devastada pelo
imperativo da globalização.
Exercícios
1. A globalização promove a comunicação intercultural, por meio da mídia, de viagens e
migração que colocam pessoas de diferentes sociedades em contato direto. De acordo com a
obra Um espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak,
que serve de texto-base para esta Unidade de Aprendizagem, marque a alternativa
INCORRETA a respeito da globalização.
A. Pode-se conceber a globalização pela via ideológica que está ligada à construção de uma
cultura interligada, sobretudo financeiramente.
B. A globalização, de fato, pode ser pensada como as conexões mundiais que ela proporciona.
C. O conhecimento e a informação se tornaram espécies de importantes mercadorias
globalizadas.
D. A internet lançou a questão da globalização.
E. Apesar de global, o mundo ainda caminha dentro do limite do tempo como antigamente.
2. A globalização consiste numa série de processos que promovem a transformação em um
mundo no qual países e pessoas estão cada vez mais interligados e dependentes uns dos
outros. Suas forças incluem a indústria, o comércio e as finanças internacionais, viagens e
turismo, a migração transnacional, a mídia, a internet e outros fluxos de informação de alta
tecnologia. A partir disso, assinale a alternativa que, de acordo com a obra Um espelho para a
humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, que serve de texto-base
para esta Unidade de Aprendizagem, apresenta uma afirmação INCORRETA.
A. Multinacionais com fins lucrativos transferem produção, vendas e serviços a áreas onde o
trabalho e os materiais são baratos.
B. No início do século XXI, as corporações multinacionais são responsáveis por um terço da
produção global e dois terços do comércio mundial.
C. Os jovens cada vez mais constroem suas identidades e relações em torno do consumo,
sobretudo com relação a produtos de marca.
D. A internet representa hoje o local onde todas as pessoas habitam, sem distinção, pelo mundo
afora. Não há ser humano que viva fora dela atualmente.
E. As empresas multinacionais cada vez mais influenciam a política nacional e tentam forjar
alianças benéficas com políticos e representantes de governos.
3. Outro componente fundamental da globalização é a globalização do risco. Os riscos ligados à
produção industrial ou a um ataque cibernético podem se espalhar rapidamente para além do
seu ponto de origem. Os riscos climáticos também se globalizaram, e cada consumidor de
combustíveis fósseis contribui para a mudança climática global. Sobre esse assunto, marque a
alternativa que, de acordo com o texto-base desta Unidade de Aprendizagem, Um espelho para
a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, está INCORRETA.
A. As mudanças climáticas não se ligam à nova maneira de o homem habitar a Terra.
B. As causas do aumento climático se referem cada vez mais a questões antropogênicas.
C. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém a superfície da Terra aquecida.
D. Entre as alternativas aos combustíveis fósseis estão a energia nuclear e as tecnologias de
energias renováveis, como solar, eólica e geradores que utilizem biomassa como combustível.
E. A própria condição de vida nos dias atuais nos obriga a repensar o modelo de vida adotado
nos séculos XX e XXI.
4. Os antropólogos costumam testemunhar ameaças às pessoas e a seus ambientes. Entre
essas ameaças, estão a exploração comercial, a poluição industrial e a imposição de sistemas
de gestão externos sobre os ecossistemas locais. Sobre tais questões e conforme o texto-base
desta Unidade de Aprendizagem, Um espelho para a humanidade: uma introdução à
Antropologia Cultural, de C. P. Kottak, marque a alternativa INCORRETA.
A. Pode ocorrer um choque de culturas relacionado às mudanças ambientais quando o
desenvolvimento ameaça povos indígenas.
B. Um outro choque de culturas relacionado a mudanças ambientais pode acontecer quando a
regulação externa destinada à conservação se depara com povos nativos e suas etnoecologias.
C. A questão da natureza não está afetada diretamente pelos novos modos de utilização da
tecnologia.
D. O imperialismo cultural é a propagação ou o avanço de uma cultura em detrimento de outras.
E. O desmatamento é outra expressão da globalização do risco.
5. Os antropólogos têm pesquisado as alterações – em ambos os lados – que surgem do
contato entre sociedades industriais e não industriais. Os estudos sobre “transformação social” e
“aculturação” são abundantes. Com base no texto-base desta Unidade de Aprendizagem, Um
espelho para a humanidade: uma introdução à Antropologia Cultural, de C. P. Kottak e nesta
afirmação, marque a alternativa INCORRETA.
A. A internet pode ser pensada como algo que diminuiu a sensação de isolamento por parte de
alguns povos.
B. Além dos meios eletrônicos, outras forças globais importantes são a produção, o comércio e
as finanças.
C. A globalização e a cibercultura não constroem uma nova concepção de homem.
D. A palavra pós-modernidade descreve o nosso tempo e nossa situação: o mundo de hoje, em
fluxo, essas pessoas em movimento que aprenderam a gerenciar múltiplas identidades
conforme o lugar e o contexto.
E. A pós-modernidade pode ser pensada em termos líquidos, no sentido de uma abertura e
menor condensamento dos conceitos. Pode-se ver isso desde a formação social até as
estruturas arquitetônicas.

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