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CLÍNICA DE ENDODONTIA (ENDODONTIA II)

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1 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLÍNICA DE ENDODONTIA (ENDODONTIA II)
DIAGNÓSTICO 
 
• Elementos de diagnóstico: 
1. Inspeção: 
 
a) Exame visual da cavidade bucal, dos tecidos 
moles e da língua; 
 
b) Alteração de cor, presença de cáries, 
restaurações extensas, exposição pulpar, 
doença periodontal. 
 
2. Palpação: 
 
a) Cavidade bucal: ponta do dedo indicador. 
 
b) Edema apical: origem endodôntica. 
 
c) Edema na gengiva marginal: origem 
periodontal. 
 
d) Ganglionar: com todos os dedos menos o 
polegar, com a cabeça do paciente 
ligeiramente inclinada. 
 
3. Percussão: 
 
a) Na coroa dental, leve toque com o dedo e 
depois com o cabo do espelho. 
 
4. Exames radiográficos: 
 
a) Observar os canais obturados ou não 
obturados; calcificações; restaurações 
extensas; nódulos pulpares; lesão 
perirradicular; 
 
b) Reabsorção interna e reabsorção externa; 
qualidade da obturação. 
 
c) Elementos auxiliares de diagnóstico: 
periapical/bite-wing. 
 
5. Testes de sensibilidade pulpar: 
I. Teste térmico (frio): 
 
a) Feito com uso de gases refrigerantes 
(tetrafluoretano). 
 
b) Técnica: isolamento relativo do elemento 
dentário; colocar o gás no cotonete; aplicar 
sobre o dente por até 5 segundos (esperar 5 
minutos para repetir); testar em dentes 
homólogos. 
 
 
 
2 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
II. Teste térmico (calor): 
 
a) Feito com bastão de guta-percha. 
 
b) Técnica: isolamento relativo do elemento 
dentário; colocar vaselina no dente a ser 
testado; aquecer o bastão de guta-percha na 
lamparina; aplicação deve ser realizada 
enquanto a guta-percha apresentar-se 
brilhante ou começar a liberar fumaça. 
 
III. Teste elétrico: 
 
a) Feito com uso de pulp tester. 
 
IV. Teste de cavidade: 
 
a) Começar a remoção de tecido 
cariado/restauração sem anestesiar. 
 
6. Rastreamento radiográfico: 
 
a) Presença de fístula. 
 
b) Diagnóstico: endodôntica ou periodontal. 
 
c) Técnica: utilizar cones M ou FM deixados no 
hipoclorito de sódio 2,5% por 1 minuto; com 
uma pinça, introduzir o cone na fístula até 
encontrar resistência; radiografar; geralmente 
não precisa anestesiar. 
FATORES ETIOLÓGICOS DAS 
DOENÇAS PULPARES 
 
 
PATOLOGIAS DE ORIGEM 
PULPAR 
 
1. Polpa normal: 
a) Dor: ausente. 
 
b) Radiografia: espaço do ligamento periodontal 
(ELP) normal, ausência de lesões 
perirradiculares, lâmina dura normal. 
 
c) Testes pulpares: positivos. 
 
d) Testes perirradiculares: negativos. 
 
2. Hipersensibilidade dentinária: é 
caracterizada por dor de curta duração, aguda 
e súbita, sugerida pela exposição dentinária em 
resposta a estímulos térmicos, evaporativos, 
táteis, osmóticos ou químicos, que não pode 
ser atribuída a nenhuma outra forma de defeito 
ou patologia dental. 
a) Dor: aguda, fugaz, localizada, provocada por 
estímulos osmóticos, mecânicos, térmicos e 
bacterianos. 
 
b) Clinicamente: recessão gengival associada 
com exposição dentinária na região cervical do 
dente. 
 
c) Tratamento: selamento da dentina exposta; 
aplicação de oxalato de potássio por 3 minutos 
sob isolamento relativo ou aplicação de 
adesivos dentinários. 
 
3 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
3. Pulpite reversível: é causada pela evolução 
da cárie, mas nos casos em que a inflamação 
não necrosou vasos e nervos; portanto é 
possível reverter o quadro. 
a) Dor: se estiver presente é aguda, rápida, 
localizada e, principalmente, estimulada pelo 
frio. 
 
b) Radiografia: espaço do ligamento periodontal 
(ELP) normal, ausência de lesões cáries e/ou 
restaurações extensas. 
 
c) Testes pulpares: positivos. 
 
d) Testes perirradiculares: negativos. 
 
e) Tratamento: remoção da cárie e/ou da 
restauração defeituosa; não há exposição 
pulpar; curativo à base de óxido de zinco e 
eugenol; restauração definitiva (7 dias depois). 
 
f) Obs.: não faz tratamento endodôntico. 
 
4. Pulpite irreversível: é causada pela evolução 
da cárie, mas há danos maiores na polpa 
dental. 
a) Dor: quando presente é severa, contínua, 
excruciante, espontânea e, às vezes, difusa 
(analgésicos não aliviam a dor). 
 
b) Clinicamente: lesões de cárie e/ou 
restaurações extensas que, ao serem 
removidas, na maioria das vezes, apresentam 
exposição pulpar. 
 
c) Testes pulpares: positivos (calor exacerba e 
frio pode aliviar em casos sintomáticos 
avançado). 
 
d) Testes perirradiculares: negativos. 
 
e) Teste de cavidade: positivo. 
 
f) Tratamento: biopulpectomia (pulpectomia + 
PQM completo + obturação na mesma sessão). 
 
g) Obs.: faz tratamento endodôntico. 
 
5. Necrose pulpar: ocorre quando as funções 
vitais da polpa são interrompidas, iniciando-se 
um processo de degeneração que, se não 
tratado precocemente, levará a disseminação 
bacteriana ao osso alveolar produzindo lesões 
ósseas periapicais. 
a) Dor: geralmente ausente. 
 
b) Radiografia: lesões de cárie e/ou restauração 
extensas, pode haver aumento do ELP ou 
lesões perirradiculares. 
 
c) Testes pulpares: negativos. 
 
d) Testes perirradiculares: negativo ou positivo 
(depende do status dos tecidos 
perirradiculares). 
e) Tratamento: necropulpectomia (PQM 
completo com remoção do tecido necrosado e 
infectado + medicação intracanal com HPG e 
obturação dos canais após 3 a 7 dias). 
 
PATOLOGIA DOS TECIDOS 
PERIRRADICULARES 
1. Periodontite apical aguda: resposta 
inflamatória aguda no ligamento periodontal. 
a) Sinais e sintomas: dor intensa; dor 
espontânea, de moderada à severa; dor 
localizada; exacerbada à mastigação; extrema 
sensibilidade ao toque; sensação de dente 
crescido (extrusão dentária). 
 
b) Radiografia: na maioria das vezes há aumento 
do ELP (leve extrusão do dente no alvéolo). 
 
c) Testes pulpares: negativos. 
 
d) Testes perirradiculares: sempre positivos 
(realizar com cuidado). 
 
e) Tratamento: necropulpectomia (PQM 
completo + medicação intracanal com HPG e 
obturação dos canais após 3 a 7 dias); 
analgésicos; anti-inflamatórios; alívio da 
oclusão. 
 
2. Abscesso perirradicular agudo: 
I. Inicial: 
a) Sinais e sintomas: dor espontânea, 
localizada, excruciante, pulsátil e exacerbada à 
mastigação; tumefação ausente. 
 
b) Radiografia: ELP normal ou espessado; lesão 
perirradicular (abscesso fênix). 
 
c) Testes pulpares: negativos. 
 
d) Testes perirradiculares: positivos. 
 
II. Em evolução: 
a) Sinais e sintomas: dor espontânea, 
localizada, excruciante, pulsátil e exacerbada à 
mastigação; tumefação ausente; tumefação 
consistente, sem flutuação; envolvimento 
sistêmico; mobilidade dentária. 
 
b) Radiografia: ELP normal ou espessado; lesão 
perirradicular (abscesso fênix). 
 
c) Testes pulpares: negativos. 
 
d) Testes perirradiculares: positivos. 
 
 
III. Evoluído: 
a) Sinais e sintomas: dor espontânea, 
localizada, de moderada à excruciante, pulsátil 
e exacerbada à mastigação; tumefação 
 
4 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
consistente, com flutuação; envolvimento 
sistêmico; mobilidade dentária. 
 
b) Radiografia: ELP normal ou espessado; lesão 
perirradicular (abscesso fênix). 
 
c) Testes pulpares: negativos. 
 
d) Testes perirradiculares: positivos. 
 
e) Complicações do abscesso perirradicular 
agudo: angina de Ludwig; trombose do seio 
cavernoso. 
 
LESÕES PERIRRADICULARES 
CRÔNICAS 
1. Granuloma perirradicular: 
a) Histopatológico: infiltrado inflamatório crônico 
associado a elementos de reparação; ausência 
de cavidade, revestido internamente por restos 
epiteliais de Malassez; cápsila de tecido 
conjuntivo fibroso. 
 
b) Sinais e sintomas: geralmente assintomático. 
 
c) Radiografia: área radiolúcida associada ao 
ápice radicular; cáries e/ou restaurações 
extensas. 
 
d) Testes pulpares: negativos. 
 
e) Testes perirradiculares: negativos. 
 
f) Teste de cavidade: negativo. 
 
2. Cisto perirradicular: 
a) Histopatológico: infiltrado inflamatório crônico 
associado a elementos de reparação; cavidade 
patológica contendo material fluido ou semi-
sólido,revestido internamente por epitélio 
pavimentoso estratificado; cápsula de tecido 
conjuntivo fibroso. 
 
b) Sinais e sintomas: geralmente assintomático. 
 
c) Radiografia: área radiolúcida associada ao 
ápice radicular; cáries e/ou restauração 
extensas. 
 
d) Testes pulpares: negrativos. 
 
e) Testes perirradiculares: negativos. 
 
f) Teste de cavidade: negativo. 
 
3. Abscesso perirradicular crônico: 
a) Periodontite apical suprativa. 
 
b) Sinais e sintomas: geralmente assintomático; 
associado à uma drenagem contínua por meio 
de uma fístula intra ou extra-oral. 
 
c) Clinicamente: cárie profunda ou restaurações 
extensas; presença de fístula ativa ou não. 
 
d) Radiografia: similar ao granuloma e ao cisto 
perirradicular; limites da área radiolúcida 
podem não ser bem definidos. 
 
e) Testes pulpares: negativos. 
 
f) Testes perirradiculares: negativos. 
 
g) Teste de cavidade: negativo. 
 
h) Tratamento: necropulpectomia (PQM 
completo + medicação intracanal com HPG e 
obturação dos canais após 3 a 7 dias); fístula 
desaparece de 7 a 30 dias. 
 
MEDICAÇÃO INTRACANAL (MIC) 
A medicação intracanal consiste na aplicação de um 
medicamento no interior do canal radicular por um 
período geralmente mais longo do que de uma consulta 
e que visa a exercer algum efeito terapêutico. Deve 
permanecer ativo durante todo o período entre as 
consultas do tratamento endodôntico. 
A função da MIC é combater microrganismos que 
resistiram à sanificação do sistema de canais 
radiculares proporcionada pelo preparo químico-
cirúrgico, modular a reação infamatória que ocorre após 
o preparo do canal radicular, ocupando fisicamente o 
espaço do canal. 
• Objetivos: 
a) Eliminação de micro-organismos que 
sobreviveram ao PQM: túbulos dentinários – 
reservatório de microrganismos; regiões 
inacessíveis – istmos, ramificações e 
irregularidades. 
 
b) Impedir a proliferação de microrganismos 
que sobreviveram ao PQM: selamento 
coronário – anaerobiose; fluídos teciduais; 
medicação intracanal – barreira física. 
 
c) Atuar como barreira físico-química contra a 
infecção ou reinfecção por microrganismos 
da saliva: microinfiltração por meio do selador 
temporário; perda ou fratura do selador ou 
estrutura dentária. 
 
d) Reduzir a inflamação perirradicular: 
atividade antimicrobiana – efeito indireto. 
 
e) Controlar a exsudação persistente: 
persistência de exsudação – indicativo da 
permanência da infecção; visa eliminar 
microrganismos persistentes e a consequente 
redução da inflamação perirradicular. 
 
f) Solubilizar matéria orgânica: principalmente 
nas áreas inacessíveis; reservatório de 
microrganismos (comprometimento do 
sucesso a longo prazo). 
 
5 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
g) Neutralizar produtos tóxicos: efeito 
neutralizante específico contra determinado 
produto bacteriano tóxico (Ca(OH)2 neutraliza 
LPS); produtos tóxicos na região perirradicular 
podem ocasionar manifestações dolorosas 
intensas. 
 
h) Controlar reabsorção dentária inflamatória 
externa: pode estar associada a uma lesão 
perirradicular crônica; infecção de túbulos 
dentinários (fator mantenedor); a infecção é o 
fator que mantém o processo reabsortivo neste 
caso. 
 
i) Estimular a reparação por tecido 
mineralizado: perfurações; reabsorções; 
rizogênese incompleta. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS 
• Atividade antimicrobiana: 
 
• Características físico-químicas: 
 
 
 
 
 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 
 
Pó branco; alcalino (pH 12,8); pouco solúvel em água. 
• Veículos: 
 
a) Associação a veículos -> Melhores condições 
clínicas de emprego. 
1. Glicerina: 
 
a) Biocompátivel; veículo inerte e hidrossolúvel 
viscoso. 
 
2. Paramonoclorofenol canforado PMCC): 
 
a) Propriedades antissépticas do fenol e do cloro. 
 
b) O PCC associado à cânfora aumenta a 
atividade antimicrobiana e diminui a 
citotoxicidade. 
 
c) Elevada atividade antibacteriana contra 
bactérias anaeróbicas estritas. 
 
d) Veículo biologicamente ativo e oleoso para o 
hidróxido de cálcio. 
 
e) Baixa tensão superficial. 
 
f) Solúvel em lipídeos. 
 
g) Maior penetrabilidade tecidual. 
 
h) Seu uso isolado é contra-indicado (elevada 
toxicidade). 
 
6 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
3. Clorexidina: 
 
a) Atividade antimicrobiana; substantividade; 
baixa toxicidade. 
 
b) Substância química auxiliar, irrigação final ou 
MIC. 
 
c) Veículo biologicamente ativo. 
 
4. Substâncias adicionais: 
 
• Atividades do hidróxido de cálcio: 
1. Atividades biológicas: 
a) Ação anti-inflamatória; ação antimicrobiana. 
 
b) Indução de reparo por tecido mineralizado. 
 
2. Atividade antimicrobiana: 
a) Relacionado à liberação de íons hidroxila. 
 
b) Meio alcalino (pH 12,8), contato direto com o 
microrganismo. 
 
c) Perda da integridade da membrana 
citoplasmática bacteriana. 
 
d) Inativação enzimática. 
 
e) Dano ao DNA. 
 
• Alcance: 
a) Necessita contato direto com os 
microrganismos. 
 
b) Agem principalmente no canal principal. 
 
c) Microrganismos em túbulos dentinários estão 
provavelmente protegidos. 
 
• Pasta HPG (hidróxido de cálcio + PMCC + 
glicerina): 
a) Essa associação pode aumentar o alcance do 
hidróxido de cálcio. 
 
b) Maior halo de inibição. 
 
c) Importante para a desinfecção de túbulos 
dentinários. 
• Extravasamento: indicativo que a medicação 
está em todo o canal, porém, grandes quantidades 
podem gerar flare-up. 
 
• Preenchimento do canal: 
a) Instrumentos endodõnticos manuais: 
I. Lima K (uma abaixo da LM): giro no sentido 
anti-horário; compactação da pasta. 
 
II. Espiral de lentulo: diâmetro menor; 2 a 3mm 
aquém do CT; giro sentido horário; retirar em 
rotação. 
 
INDICAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS 
• Biopulpectomia: 
a) Canal não foi totalmente instrumentado: 
I. Dexametasona. Ex.: decadron. 
 
II. Hidrocortisona; sulfato de nomicina; sulfato de 
polimixina B. Ex.: otosporin. 
 
b) Canal totalmente instrumentado: 
I. Hidróxido de cálcio; glicerina. Ex.: pasta HG. 
 
• Necropulpectomia e retratamento: 
a) Canal não foi totalmente instrumentado: 
I. Hipoclorito de sódio a 2,5%. 
 
b) Canal totalmente instrumentado: 
I. EDTA 17% -> Pasta HPG (7 dias). 
 
SMEAR LAYER 
É uma camada encontrada nas paredes do canal 
radicular após a instrumentação do canal radicular. É 
constituído por fragmentos de partículas 
microcristalinas e orgânicas. 
• Objetivos da remoção da smear layer: 
a) Desobstruir o acesso às ramificações e aos 
túbulos dentinários. 
 
b) Facilitar a difusão e atuação do medicamento. 
 
• Remoção da smear layer: 
a) Após concluído o preparo químico-
mecânico: 
I. Secagem do canal. 
 
II. EDTA 17% por 3 minutos. 
 
III. Agitação do EDTA. 
 
IV. Remoção do EDTA com NaOCl 2,5% (5 a 
10ml). 
 
V. Secagem do canal. 
 
VI. Colocação da pasta HPG. 
 
7 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
HIPOCLORITO DE SÓDIO 
(NAOCL) 
Uso do hipoclorito de sódio quando não concluído o 
preparo químico mecânico: mecha de algodão 
esterilizada umidecida com NaOCl 2,5%. 
• Objetivos: 
a) Desinfecção parcial do canal. 
 
b) Barreira química contra a recontaminação do 
canal por microrganismos da saliva. 
 
• Situações clínicas: 
 
 
MATERIAL SELADOR 
TEMPORÁRIO 
• Funções: impedir que a saliva e 
microrganismos da cavidade oral ganhem acesso ao 
canal radicular; preservar a efetividade da MIC. 
 
• Propriedades: estabilidade dimensional; boa 
adesividade às estruturas dentárias; resistência 
mecânica elevada. 
 
• Tipos de materiais: 
 
a) Cimentos à base de óxido de zinco/eugenol; 
prontos para uso. 
 
b) Profundidade da cavidade: 3 a 5mm 
(selamento marginal). 
 
 
 
 
 
 
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO 
• Causas do insucesso endodôntico: fatores 
microbianos (infeção intrarradicular e extrarradicular); 
envolvimento microbiano (sobreobturação e infiltração 
coronária como causa de fracasso); fatores não 
microbianos (fatores endógenos e exógenos). 
 
• Tipos de lesão perirradicular pós tratamentoendodôntico: 
 
 
• Etapas do retratamento endodôntico: 
1. Remoção do material obturador; 
 
2. Reinstrumentação do canal radicular; 
 
3. Medicação intracanal; 
 
4. Reobturação do canal radicular. 
 
AVALIAÇÃO DO SUCESSO DA 
TERAPIA ENDODÔNTICA 
a) Caso clínico: ausência de dor; tumefação; 
fístula; sensibilidade à palpação e percussão; 
mobilidade dentária; e função dentária normal. 
 
b) Critério radiográfico: ausência de lesão 
perirradicular ou reabsorção. 
 
c) Tempo de controle (proservação): 
radiografia de controle deve ser tirada pelo 
menos após 1 ano do tratamento; controles 
subsequentes, caso necessário, até 4 anos, 
quando o tratamento é definitivamente 
considerado sucesso ou fracasso. 
 
 
 
 
 
8 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ANÁLISE DE CASOS DE 
RETRATAMENTO 
a) Tratamento anterior (tempo e qualidade); 
 
b) Presença ou não de lesão perirradicular; 
 
c) Anatomia do dente; 
 
d) Sintomatologia; 
 
e) Histórico; 
 
f) Estrutura remanescente; 
 
g) Situação periodontal. 
 
REMOÇÃO DO MATERIAL 
OBTURADOR 
Podem ser removidos de forma mecânica (brocas de 
Gates-Glidden e Largo); manual (limas); solventes 
(eucaliptol, xilol e clorofórmio); ultrassom; e pinças. 
• Materiais utilizados na obturação: 
a) Plásticos: guta-percha, resilon. 
 
b) Pastas: hidróxido de cálcio. 
 
c) Metais: cones de prata, amálgama. 
 
d) Cimentos: óxido de zinco e eugenol, 
resinosos, ionômero de vidro, hidróxido de 
cálcio. 
 
SEQUENCIA PARA 
RETRATAMENTO DE DENTES 
OBTURADOS COM GUTA-
PERCHA 
1. Radiografia inicial; 
 
2. Obtenção do comprimento do dente na 
radiografia; 
 
3. Colocação do solvente (eucaliptol) na câmara 
pulpar (3 a 5min); 
 
4. Utilização de brocas de Gates-Glidden: II – 
CDR – 5mm; III – CDR – 7mm; IV – CDR – 
9mm. 
 
5. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, para 
remoção dos detritos formados; 
 
6. Colocação do solvente (eucaliptol) na câmara 
pulpar( 3 a 5min); 
 
7. Penetração com lima K #15 ou #20 até CDR-
1mm; 
 
8. Utilização de lima H em movimentos de 
limagem; 
 
9. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%; 
 
10. Reinstrumentação do canal radicular (MRA); 
 
11. Aplicação de EDTA a 17%; 
 
12. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%; 
 
13. Medicação intracanal; 
 
14. Selamento provisório. 
 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DA 
MICROCIRURGIA 
PERIRRADICULAR 
(RETRATAMENTO CIRÚRGICO) 
a) Dentes portadores de trabalhos protéticos 
com apoio intrarradicular volumoso ou 
próteses extensas com presença de lesão 
perirradicular e/ou sintomatologia e/ou 
lesões perirradiculares persistentes: 
 
 
b) Lesões perirradiculares que não 
responderam ao tratamento e ao 
retratamento endodôntico: 
 
 
c) Presença de degraus em dentes com lesões 
perirradiculares: 
 
 
9 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
d) Presença de limas fraturadas em dedntes 
com lesões perirradiculares e/ou 
sintomatologia: 
 
 
e) Presença de corpos estranhos na região 
perirradicular em dentes com lesões 
perirradiculares e/ou sintomatologia: 
 
 
f) Lesões perirradiculares crônicas extensas 
com presença de exudato persistente: 
 
 
CAPEAMENTO PULPAR 
Colocação de um curativo diretamente sobre a 
exposição pulpar. Índice de sucesso 80%. 
• Desvantagem: não veda a superfície fraturada 
e não há profundidade da cavidade para um selamento 
antibacteriano. 
 
PULPOTOMIA PARCIAL 
Remoção do tecido pulpar coronário até o nível da 
polpa saudável – “pulpotomia de Cvek”. Índice de 
sucesso 95%. 
• Técnica: 
a) Anestesia; 
 
b) Isolamento absoluto; 
 
c) Desinfecção superficial; 
 
d) Preparação da cavidade de 1 a 2mm no interior 
da polpa; 
e) Utilização de broca esférica estéril; 
 
f) Refrigeração profusa com água; 
 
g) Excesso de sangue deve ser removido por 
meio de irrigação com solução salina ou 
anestésica; 
 
h) Secagem com bolinha de algodão estéril; 
 
i) Não permitir formação de coágulo 
(comprometimento do prognóstico); 
 
j) Aplicação de 2mm de pasta de hidróxido de 
cálcio espessa; 
 
k) Aplicação de Dycal ou CIV; 
 
l) Restauração com compósito. 
 
PULPOTOMIA TOTAL 
Remoção de toda a polpa coronária ao nível dos 
orifícios radiculares. 
• Indicação: inflamação mais profunda (+72h ou 
exposição por cárie). 
A pulpotomia total é contraindicada em dentes 
maduros. 
• Técnica: 
a) Anestesia; 
 
b) Isolamento absoluto; 
 
c) Desinfecção superficial; 
 
d) Remoção de toda a polpa coronária ao nível 
dos orifícios radiculares; 
 
e) Curativo com hidróxido de cálcio; 
 
f) Selamento contra bactérias; 
 
g) Restauração coronária. 
 
PULPECTOMIA 
Remoção de toda a polpa ao nível do forame apical. 
• Indicações: fratura coronária complicada em 
um dente maduro, sem a possibilidade para o 
tratamento da polpa vital. 
Mesmo tratamento realizado em dente vital não 
traumatizado. 
 
 
 
 
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TRAUMATISMO DENTÁRIO 
É uma ocorrência frequente em crianças e 
adolescentes. As lesões traumáticas dentárias podem 
variar desde simples fraturas em esmalte até a perda 
definitiva do elemento dentário. 
 
TIPOS DE INJÚRIAS 
a) Fraturas (complicadas e não complicadas): 
coronárias; coroa-raiz; radiculares. 
 
b) Luxações: concussão; subluxação; luxação 
lateral; luxação extrusiva; luxação intrusiva. 
 
c) Avulsão. 
 
FRATURA CORONÁRIA NÃO 
COMPLICADA 
 
• Tratamento: avaliar a espessura do 
remanescente dentinário. 
 
• Remanescente dentinário ressecado: 
reidratar por 30min. 
 
• Colagem do fragmento dentário: melhor 
estética. 
 
 
 
 
 
FRATURA CORONÁRIA 
COMPLICADA 
 
• Tratamento: 
a) Da polpa vital: capeamento pulpar; pulpotomia 
parcial e pulpotomia total. 
I. Requisitos para o sucesso: tratamento de 
uma polpa não inflamada (24h); selamento 
antibacteriano (bom vedamento); curativo 
pulpar (com hidróxido de cálcio). 
 
b) Pulpectomia: depende do estágio de 
desenvolvimento do dente, do tempo decorrido, 
da injúria periodontal concomitante e do plano 
de tratamento restaurador. 
 
• Estágio de desenvolvimento do dente: 
a) Dente imaturo: tratamento de canal difícil e 
leva tempo. 
A necrose deixa as paredes dentárias finas e 
suscetíveis à fratura durante e depois da apicificação. 
Deve-se manter o dente vital até o completo 
desenvolvimento da raiz. 
b) Dente maduro: realizar a pulpectomia. 
 
• Tempo decorrido entre o traumatismo e o 
tratamento: após 48h a chance de sucesso de 
manutenção de uma polpa saudável diminui. 
 
• Dano concomitante ao periodonto: 
compromete o suprimento nutricional da polpa. 
 
 
• Plano de tratamento restaurador: 
capeamento pulpar ou pulpotomia parical (restauração 
de resina composta); tratamento endodôntico (coroa, 
ponte fixa). 
 
 
 
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FRATURA COROA-RAIZ NÃO 
COMPLICADA 
 
a) Desafio periodontal. 
 
FRATURA COROA-RAIZ 
COMPLICADA 
 
• Tratamento: desafiante; margem exposta para 
restaurar (gengivectomia, extrusão ortodôntica, 
reposicionamento cirúrgico); proteção pulpar; proteção 
da dentina exposta. 
 
 
 
 
 
FRATURA RADICULAR 
 
• Tratamento: esplitagem (2 a 4 semanas). 
 
INJÚRIAS POR LUXAÇÃO 
a) Reparação favorável: injúria à superfície 
radicular é novamente recoberta por cemento. 
 
b) Reparação desfavorável: ocorre inserção 
direta do osso à raiz (reabsorção por 
substituição). 
 
CLASSIFICAÇÃO, 
CARACTERÍSTICAS E 
CONDUTAS PARA LUXAÇÃO E 
AVULSÃO DENTÁRIA 
1. Concussão: 
 
a) Características: ausência de deslocamento, 
sensibilidade à percussão, história de trauma 
recente. 
 
 
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b) Conduta: não necessita tratamento; controles 
clínicos (testes pulpares e perirradiculares) e 
radiográfico (radiografias anguladas – 3, 6, 12 
meses e anualmente); alimentação leve; e 
higiene oral (escova macia + clorexidina 
0,12%). 
 
2. Subluxação: 
 
a) Características: ausência de deslocamento, 
sensibilidade à percussão, leve mobilidade, 
sangramentoao nível do sulco gengival. 
 
c) Conduta: não necessita tratamento; controles 
clínicos (testes pulpares e perirradiculares) e 
radiográfico (radiografias anguladas – 3, 6, 12 
meses e anualmente); alimentação leve; e 
higiene oral (escova macia + clorexidina 
0,12%). 
 
3. Luxação extrusiva: 
 
a) Características: dente deslocado do alvéolo, 
sangramento sulcular, ausência de mobilidade, 
sensibilidade à percussão, ausência de 
resposta aos testes de sensibilidade pulpar. 
 
b) Conduta: esplintagem flexível; alimentação 
leve; higiene oral (escova macia + clorexidina 
0,12%); e acompanhamento radiográfico. 
4. Luxação lateral: 
 
a) Características: dente deslocado lateralmente 
(sentido palatino), sangramento sulcular, 
ausência de mobilidade, sensibilidade à 
percussão, ausência de resposta aos testes de 
sensibilidade pulpar. 
 
b) Conduta: ápice aberto (sobrevivência pulpar 
ou revascularização); ápice fechado (danos ao 
ligamento periodontal -> polpa necrótica 
infectada -> reabsorção radicular inflamatória = 
hidróxido de cálcio). 
 
5. Luxação intrusiva: 
 
a) Características: impacto axial, deslocamento 
dentário, fratura alveolar, dano à polpa, danos 
ao ligamento periodontal. 
 
b) Conduta: endodontia; hidróxido de cálcio; 
alimentação leve; higiene oral (escova macia + 
clorexidina 0,12%); e acompanhamento 
radiográfico. 
 
 
 
13 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
6. Avulsão: 
 
a) Características: perda total do elemento 
dental. 
 
b) Conduta: o elemento dental deve ser 
armazenado imediatamente em leite gelado 
(4ºC) para melhor conservação dos 
ligamentos. Também podem ser usados o soro 
fisiológico e a saliva. Se reimplantado em 
menos de 60 minutos, o prognóstico é 
favorável; porém, se houver demora ou se o 
dente for mantido seco ou em soluções não 
indicadas, o prognóstico é desfavorável, 
levando à perda permanente. 
 
c) Prognóstico: tempo fora do alvéolo (30min – 
favorável, poucas horas – favorável [colocar no 
leite ou solução de Hanks], seco por 1h – 
desfavorável). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Referências: 
1. LOPES, Cristiane Barbosa; Patologia Pulpar e 
Perirradicular. 2022. 51 slides. 
 
2. LOPES, Cristiane Barbosa; Medicação 
Intracanal (MIC). 2022. 53 slides. 
 
3. LOPES, Cristiane Barbosa; Retratamento 
endodôntico. 2022. 51 slides. 
 
4. LOPES, Cristiane Barbosa; Traumatismo 
Dentário. 2022. 77 slides. 
 
5. Medicação Intracanal / MIC. Endo-e. 
Disponível em: <https://www.endo-
.com/images/MIC/medica_intracanal.htm>. 
Acesso em: 01 de jun. de 2022. 
 
6. Traumatismo Dental. Portal Ped. Disponível 
em: <https://www.portalped.com.br/outras-
especialidades/odontopediatria/traumatismo-
dental-quais-sao-os-tipos-e-o-que-fazer/>. 
Acesso em: 01 de jun. de 2022. 
 
7. Trauma Dental. Blog Dental Cremer. 
Disponível em: < 
https://blog.dentalcremer.com.br/trauma-
dental-classificacoes-indicacoes/>. Acesso em: 
01 de jun. de 2022.

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