Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DJULIE H. M. DE ANDRADE 1 Faringoamigdalite − Inflamação da mucosa da faringe e tonsila palatina (amigdala). − Vírus: rinovírus, coronavirus, VSR, parainfluenza (inverno) e enterovírus (primavera/verão). − Bactérias: Streptococcus pyogenes (estreptococo B-hemolítico do grupo A). Outras: Haemophilus influenzae b, Mycoplasma pneumoniae, Corynebacterium diphtheriae, Neisseria gonorrhoeae (adolescentes sexualmente ativos). − Mais comuns em escolares e adolescentes, entre 5 e 11 anos. − Incomum em < 3 anos. Sugestivo de vírus − Tosse, rinorreia e/ou conjuntivite, rouquidão, diarreia, vesículas em orofaringe. Inespecífico − Febre, dor de garganta e exsudatos em faringe ou amigdala. Sugestivo de bactéria − Vômitos, petéquias em palato, exsudato faríngeo, rash escarlatiniforme, linfonodos dolorosos. − Faringoamigdalite estreptocócica: exsudato faríngeo ou petéquias em palato (Manchas de Forchheimer). Diagnóstico: clínico é insuficiente → cultura de orofaringe (padrão ouro para S. pyogenes) ou Strep test. Viral − Sintomáticos. Bacteriana − Amoxicilina VO 10 dias. − Penicilina benzatina IM dose única. − Alergia: clindamicina ou macrolídeos. − Sintomáticos. Supurativas − Abscesso peritonsilar: infecção do tecido entre a cápsula da tonsila palatina e os músculos faríngeos. Polimicrobiano; Mais comum em adolescentes. Sintomas prolongados e progressivos. Dor de garganta, febre, disfagia, sialorreia e trismo. Abscesso unilateral ao exame físico: desvio da úvula, abaulamento tonsilar ipsilateral e massa dolorosa palpável. Diagnóstico clínico. Tratamento: drenagem + atb. − Abscesso retrofaríngeo: infecção profunda de pescoço no espaço retrofaríngeo. Polimicrobiano; Mais comum em crianças < 5 anos, sendo mais comum em meninos; Febre, dor no pescoço, odinofagia, meningismo, massa cervical, disfonia, trismo e até estridor, mal-estado geral. Risco de obstrução de via aérea e mediastinite; DJULIE H. M. DE ANDRADE 2 Tratamento: atb ampliado e EV e drenagem se falha; Solicitar TC de cervical. Não-supurativas − Febre reumática: complicação tardia e prevenível com uso de atb. − Glomerulonefrite pós-estreptocócica: síndrome nefrítica não evitável. − Síndrome autoinflamatória mais comum da infância. − Acomete crianças < 5 anos de vida, com resolução espontânea até 10-12 anos. − Doença autolimitada recorrente febril. − Etiologia desconhecida. − Episódios recorrentes súbitos por 3-7 dias, com febre elevada, faringite (úlceras aftosas) e linfadenopatia cervical. − Ausência de infecção de via aérea superior. − Melhora em 3-5 dias independente de tratamento. − Recorrência em 2-12 semanas. − Diagnóstico de exclusão. − Crescimento e desenvolvimento normais. − Períodos assintomáticos entre os quadros. − Laboratório: Leucocitose com neutrofilia moderada; Elevação de VHS e PCR; Cultura de orofaringe negativa. − Tratamento: Prednisona por 3-5 dias reduz a febre em 6 horas e os outros sintomas em 48h. Tonsilectomia: solução a longo prazo, quando tem sintomas graves com comprometimento da qualidade de vida e má resposta ao tratamento clínico. • Outras indicações de tonsilectomia: » Infecção grave: dor de garganta e febre > 38,3°C + linfadenopatia cervical ou exsudatos tonsilar ou strep teste ou cultura de orofaringe positiva; » Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) com comorbidades. Adenoidectomia − Obstrução nasal grave com respiração nasal, voz anasalada e hiposmia. − Relativas: OMA recorrente; Otite médica crônica com efusão com falha do tratamento apenas com timpanostomia; Sinusite crônica refratária.
Compartilhar