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Fisiologia endócrina - GENERALIDADES

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Fisiologia endócrina:
generalidades
Segundo Período
Júlia Maria Veras
O sistema endócrino tem a função de
garantir o fluxo de informações entre
diferentes células, possibilitando a
integração funcional de todo o
organismo.
Funções do sistema endócrino:
1. Garantir a reprodução;
2. Garantir o crescimento e
desenvolvimento;
3. Garantir a homeostase do meio
interno;
Hormônio:
- Substância química produzida por
tecidos especializados e secretada na
corrente sanguínea, onde é conduzida
até os tecidos-alvo. Responsável em
encaminhar o fluxo de informações do
sistema endócrino;
Glândulas endócrinas: órgãos que se
mostram capazes de produzir
substâncias que agem à distância,
modificando funções de outras
estruturas.
● Gônadas (ovário e testículo),
pâncreas, hipófise, suprarrenal,
tireóide e paratireóide;
● Diferentes tipos celulares podem
estar presentes em uma única
glândula, sendo cada um
responsável pela síntese e
secreção de um hormônio
específico (geralmente);
● Um mesmo tipo celular pode
produzir mais de um hormônio;
- Existem células secretoras que se
encontram dispersas em um
determinado local, sem formar um
tecido especializado, e muito menos
uma glândula;
● P. ex. o parênquima da glândula
tireóide →células dispersas que
produzem e secretam calcitonina
(responsável pela homeostase da
calcemia);
- Praticamente todos os tipos celulares
do organismo são capazes de produzir
um ou mais hormônios;
● P. ex. o coração → secreta o
hormônio ou peptídeo
natriurético atrial;
● P. ex. os rins → secretam renina;
● P. ex. o endotélio dos vasos →
secretam endotelinas;
- Assim, nota-se que o sistema
endócrino vai muito além das glândulas
endócrinas;
Sistema endócrino e sistema
nervoso:
- A manutenção do meio interno
dependia da atividade coordenada de
dois sistemas essenciais:
1. Sistema endócrino;
2. Sistema nervoso autônomo;
- A exemplo, a medula suprarrenal (uma
das primeiras a ser definida
neuroendócrina) é uma glândula e
gânglio pós-ganglionar ao mesmo
tempo;
Neuro-hormônio: moléculas envolvidas
no sistema neuroendócrino → em que o
sistema nervoso interage com o
endócrino a ponto de confundirem-se;
● P. ex. a epinefrina → age como
hormônio e como
neurotransmissor na
transmissão sináptica;
Sistemas hormonais clássicos:
Sistema endócrino: o hormônio age
numa célula-alvo distante, chegando
por meio do sangue;
Sistema parácrino: o hormônio
difunde-se no interstício, agindo em
células vizinhas da célula secretora;
Sistema autócrino: quando é secretado,
o hormônio age na própria célula
secretora;
Neurotransmissores: liberados por
segmentos neuronais atuando
localmente → controlam funções de
neurônios ou promovem contrações
musculares;
Sistema neuroendócrino: hormônios
secretados por neurônios no sangue ou
interstício;
Citocinas: peptídeos secretados por
células no líquido extracelular →
funcionam como hormônios
endócrinos, parácrinos ou autócrinos;
Classificação dos hormônios
quanto à sua natureza química:
Hormônios hidrossolúveis:
- A maioria, sendo também chamados
de hormônios proteicos ou
polipeptídico- s → hormônios que são
proteínas;
- Secretados pela hipófise, pâncreas e
paratireóides;
Síntese: ocorre na porção rugosa do
retículo endoplasmático e é dirigida por
um RNAm específico
(pré-pró-hormônios);
● Pré-pró-hormônios são clivados
→ produção do pró-hormônio →
transportado até o aparelho de
Golgi → outras sequências
peptídicas são clivadas no
aparelho de Golgi → formação
do hormônio, acondicionado em
grânulos secretores para a futura
liberação;
Secreção: as moléculas são
empacotadas em vesículas (ou grânulos
secretórios). O aumento da
concentração celular de cálcio livre
ativam a contração de estruturas do
citoesqueleto celular, promovendo o
deslocamento dessas estruturas para a
superfície celular.
● Quando ocorre o contato da
vesícula com a membrana (ambas
lipofílicas), elas se fundem → o
conteúdos da primeira é exposto
ao meio extracelular (exocitose
ou extrusão do conteúdo do
grânulo);
Circulação: como são hidrossolúveis,
solubilizam-se facilmente tanto no
sangue como no interstício;
● Alguns hormônios circulam
ligados a uma proteína
carreadora → hormônio do
crescimento e IGF (insulin-like
growth factors);
Metabolização: alguns territórios do
organismo possuem enzimas
proteolíticas, que degradam os
hormônios proteicos;
● Quando ocorre o processo de
internalização do complexo
hormônio-receptor, o lisossomo
é responsável pela degradação
desse hormônio;
● Alguns possuem a meia-vida
extremamente curta (p. ex. a
insulina → 5 a 8 minutos);
Mecanismo de ação: como não
conseguem atravessar a membrana
lipoproteica da célula, eles apresentam
seus receptores localizados na
membrana plasmática da célula-alvo →
local de reconhecimento exposto ao
meio extracelular;
Hormônios lipossolúveis:
- São os chamados hormônios
esteróides → sua maioria deriva do
colesterol e não são armazenados;
● Análogos do colesterol =
calciferóis → vitamina D;
- Os derivados do colesterol podem ser
produzidos tanto no córtex da
suprarrenal como nas gônadas;
Síntese: depende da quantidade do
substrato lipídico precursor à célula
secretora e da presença de enzimas
específicas que metabolizam a molécula
precursora até chegar a forma ativa;
Secreção: não são armazenados em
grânulos, sendo secretados por difusão
na membrana plasmática, à medida em
que vão sendo sintetizados;
● Não há estoque na célula
secretora;
● Regulada pela maior ou menor
atividade da enzima-chave do
processo de síntese desses
hormônios;
Circulação: como são lipossolúveis,
apresentam dificuldade em deslocar-se
no meio intravascular e intersticial,
assim, necessitam ligar-se a ŕoteínas
(estas hidrossolúveis), conferindo-lhes
hidrossolubilidade;
● Globulina: proteínas ligadoras
específicas dos vários hormônios
lipossolúveis (binding globulin -
BG);
1. Andrógenos - ABG;
2. Estrógenos - EBG;
3. Glicocorticóides - GBG;
● A albumina também é uma
importante proteína carreadora
dos hormônios lipossolúveis;
● Em geral, 1% ou menos está
presente na forma livre
(biologicamente ativo) → o efeito
biológico depende da quantidade
em estado livre;
● Condições fisiológicas (gravidez)
ou patológicas (doença hepática
p. ex.) podem aumentar ou
diminuir a quantidade de
proteínas carregadoras → assim,
aumenta ou diminui a
quantidade TOTAL do hormônio,
sem interferir na sua quantidade
livre;
- Ou seja, não afeta a
magnitude do efeito
biológico do hormônio;
Metabolização: sofrem inúmeros
processos de metabolização, podendo
formar metabólitos inativos ou ativos.
● No fígado, pode ocorrer
processos de conjugação com
ácido glicurônico ou de
sulfatação → inativa a molécula;
● No tecido adiposo, pode haver a
conversão de testosterona
(andrógeno) em estrógeno;
● Nos tecidos-alvo de ação
androgênica, a testosterona pode
ser convertida em
diidrotestosterona;
Mecanismo de ação: uma pequena
fração fica livre da proteína carreadora,
entrando em contato com a célula-alvo
e difundindo-se facilmente para o meio
intracelular → os receptores desse tipo
de hormônio são intracelulares;
Hormônios aminas:
- São eles: tireoidianos, epinefrina e
norepinefrina → tireóide e medula da
glândula adrenal;
Síntese dos hormônios tireoidianos:
formados na glândula tireoide e
incorporados à tireoglobulina nos
folículos tireoidianos;
Mecanismo de ação dos hormônios
tireoidianos: seus receptores são
intracelulares, mais especificamente no
núcleo da célula;
Síntese dos hormônios adrenais:
formados na medula adrenal,
importantes para a reação de alerta;
- Eles podem estar livres ou conjugados
com outras substâncias;
Regulação da secreção
hormonal:
Feedback negativo: é o mais comum
para a regulação, sendo autolimitado.
Uma vez que a concentração do
hormônio aumente, esse tônus
inibitório aumenta, provocando redução
de sua síntese e secreção, ocorrendo o
contrário quando a concentração
diminui;
● P. ex. glicemia aumenta →
liberação de insulina pelas
células beta do pâncreas →
aumento da captação de glicose
pelas células → diminuição da
glicemia → diminuiçãoda
secreção adicional de insulina;
Feedback positivo: é raro, sendo
explosivo e autorreforçador. O
hormônio tem ações biológicas que
aumentam sua secreção;
● P. ex. antes da ovulação → pico
de LH (hormônio luteinizante) →
feedback positivo do estrogênio
na adeno-hipófise → LH atua nos
ovários → mais secreção de
estrogênio;
- As variações cíclicas hormonais são
influenciadas por alterações sazonais,
etapas do desenvolvimento e
envelhecimento, ciclo circadiano (dia e
noite) e sono;
Regulação dos receptores:
- Essa regulação serve para configurar a
sensibilidade aos hormônios;
Infrarregulação (down-regulation): o
hormônio diminui a afinidade ou o
número de receptores para ele próprio
ou para outro hormônio;
● P. ex. a progesterona, que
infrarregula seu próprio
receptor e o receptor de
estrogênio;
Suprarregulação (up-regulation): um
hormônio aumenta a afinidade ou o
número de receptores para ele próprio
ou para outro hormônio;
● P. ex. o estrogênio, que
suprerregula o seu próprio
receptor e o receptor de LH, no
ovário;
Fisiopatologia - doenças
endócrinas:
- Geralmente envolvem a diminuição ou
aumento da atividade de determinado
hormônio, e as abordagens terapẽuticas
devem visar a correção desse
desequilíbrio;
- Terapia de reposição hormonal (custo
elevado), desenvolvimento de
tecnologias para a obtenção de
moléculas sintéticas, fármacos
estimuladores quando a deficiência não
é total ou uso de análogos hormonais;
- No caso da produção excessiva (mais
rara), a doença pode surgir decorrente
de uma alteração neoplásica da célula
secretora;
● Tumores glandulares →
produção descontrolada do
hormônio;
● Retirada do tecido glandular
hipersecretor, tratamento com
substâncias inibidoras da
secreção ou ligantes do receptor
hormonal com atividade
antagonista;
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:
Aulas ministradas pelos professores
Edilson e Renato, da Universidade
Católica de Pernambuco;
Margarida Aires - Fisiologia;
Linda Constanzo - Fisiologia;

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