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Medicina nuclear

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Medicina nuclear
BIOFÍSICA
Júlia Maria Veras
Especialidade médica (dentro do
diagnóstico por imagem) que realiza
materiais radioativos para realizar
diagnóstico, formar imagens do
organismo e até tratar doenças.
- O radiodiagnóstico diferencia-se pelo
fato de que é usada para avaliar a
anatomia do paciente e o equipamento
que emite radiação;
● Exemplos: raio-x convencional,
tomografia computadorizada e
densitometria óssea
● No caso da MN, o paciente quem
emite a radiação e é utilizada
para visualizar a funcionalidade
do organismo;
- Ela permite observar o estado
fisiológico dos pacientes de forma não
invasiva;
Mecanismo de funcionamento:
Uso de materiais radioativos que
apontam a localização de moléculas que
participam dos processos fisiológicos,
pela emissão de partículas detectáveis
ou raios gama (fótons);
Radiofarmácia:
- Um radiofármaco é a combinação de
um radioativo ou radionuclídeo a uma
molécula biologicamente ativa ou
fármaco que age como carreador
(determina localização e
biodistribuição);
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM
RADIOFÁRMACO:
1. Desintegração radionuclídica deve
resultar em emissões gama de
energia adequada e suficiente
abundância para detecção
externa;
2. Não deve conter radiação
particulada, a fim de não
aumentar a dose de radiação
recebida pelo paciente (p. ex.
emissões beta);
3. A meia-vida efetiva deve ser longa
o suficiente para a aplicação a que
se destina o radiofármaco;
4. Deve ser livre de carreadores →
não estar contaminado por
nuclídeos estáveis ou outros
radionuclídeos do mesmo
elemento;
5. Possuir alta atividade específica →
radioatividade por unidade de
massa (mCi/mg);
6. O componente farmacológico não
deve apresentar efeitos tóxicos ou
alterar processos fisiológicos na
quantidade administrada;
- 2 fármacos importantes são:
tecnécio-99m (gama câmara) e flúor-18
(PET);
SISTEMAS GERADORES DE
MOLIBDÊNIO-99/TECNÉCIO-99M:
- Molibdênio-99 é o radionuclídeo-pai
do TC-99m (que é, por consequência, o
radionuclídeo-filho);
- O tecnécio-99m é utilizado para
analisar diversas estruturas, como as
glândulas salivares, o fígado, os ossos, o
pulmão, o estômago, os rins e o sistema
linfático;
- Para que o Tc-99m seja formado pelo
Mo-99, usa-se um eluente (solução
salina normal, 0,9%);
● O acúmulo máximo de Tc-99m
ocorre 23 horas após a eluição;
ATENÇÃO!→ eluição é o processo de
extrair um material de outro lavando
com um solvente, nesse caso, uma
solução salina normal.
Sistemas úmidos de geração de
radionuclídeo: a eluição é feita
colocando-se um frasco a vácuo
especial, estéril, na porta de saída ou de
coleta da máquina. Ele irá extrair a
quantidade apropriada de salina através
da coluna;
● Usados em radiofarmácias
regionais;
Sistemas secos de geração de
radionuclídeo: uma solução salina
calibrada para volume é colocada na
porta de entrada e um frasco a vácuo é
colocado na porta de saída do sistema.
● Comuns em clínicas que
realizam os exames;
- Na prática, a meia vida de 2,8 dias do
Mo-99 permite que os geradores sejam
usados por duas semanas → a
quantidade efetiva de Tc-99m diminui a
cada dia como resultado do decaimento
do Mo-99;
PUREZA RADIONUCLÍDICA:
- O único radionuclídeo desejado é o
Tc-99m, todos outros na amostra fora
esse são considerados impurezas do
radionuclídeo;
● Irá resultar numa exposição
adicional do paciente à radiação
sem benefício clínico;
- O poluente mais comum é o Mo-99
(Tc-99 não é considerado impureza ou
contaminante);
- A quantidade de Mo-99 no eluente
deve ser a menor possível, visto que
qualquer radionuclídeo de meia-vida
longa pode aumentar a dose de
radiação;
Limite legal: 0,15 µCi (microcurie) de
atividade de Mo-99 por 1 mCi de
atividade de Tc-99m na dose
administrada;
PUREZA QUÍMICA:
- Detectar a presença de material
absorvente constituinte da coluna
(Al2O3);
- Uso de testes colorimétricos;
- Quantidades excessivas de alumínio
podem interferir na distribuição normal
de certos radiofármacos;
TECNÉCIO E SEUS FÁRMACOS:
- Ele é usado com mais frequência
devido:
1. A sua pronta disponibilidade;
2. Energia favorável de seu
principal fóton gama;
3. Dosimetria favorável sem
radiações particuladas primárias;
4. Meia-vida quase ideal (6h) para
muitos estudos clínicos de
imagens;
RADIOIODO I-131 E I-123�
- O iodo-131 foi o primeiro radiofármaco
de importância em medicina nuclear
clínica, como iodeto de sódio;
- O iodo-131 foi usado para estudos
fisiológicos da glândula tireóide;
● É um fármaco importante para o
tratamento de hipertireoidismo
e câncer diferenciado de
tireoide;
DESVANTAGENS DO IODO-131�
1. Energia do fóton principal
relativamente elevada;
2. Meia-vida longa (8 dias);
3. Presença de emissões de
partículas beta;
- Sempre que possível, o iodo-123 é
substituído por iodo-131 para fins
diagnósticos;
CARACTERÍSTICAS DO IODO-123�
1. Meia-vida mais curta (13,2
horas);
2. Energia do fóton principal mais
adequada para a gama câmara;
3. Desintegra-se pela captura de
elétron;
4. Dosimetria favorável em
comparação ao iodo-131;
USOS DO IODO-123�
1. Imagens do corpo inteiro na
investigação de metástases do
câncer da tireoide;
2. Imagens do corpo inteiro com
MIBG (metaiodobenzilguanidina);
3. Confirmar ou excluir diagnóstico
da doença de Parkinson
(ioflupano - I123);
Gama Câmara:
- Útil para saber qual a captação total
do radiofármaco dentro do tecido de
interesse e discernir a distribuição
espacial da captação dentro do tecido;
- A imagem é construída baseando-se
no registro de múltiplos eventos;
- O paciente emite os raios gama para o
colimador absortivo, a fim de alcançar
um cristal de NaI. Assim que acontece a
interação, vários fótons luminosos são
emitidos, sendo coletados pelo
computador.
● Ele vai estimar a localização de x
e y bidimensional (2D) do evento
bem como a energia total
depositada por esse evento;
● O evento é aceito e sua
localização é registrada →
construção da imagem.
Cintilografia:
- Trata-se do nome genérico dado ao
procedimento diagnóstico por imagem
na MN;
- Um radiofármaco é utilizado para
determinar se o grau de absorção do
tecido-alvo está alterado e,
consequentemente, se existe doença em
atividade;
ALGUNS TIPOS DE EXAMES DE
CINTILOGRAFIA:
Cintilografia pulmonar de ventilação e
perfusão: avalia tromboembolismo
pulmonar;
Cintilografia com gálio-67� avalia
processos infecciosos e neoplásicos;
Cintilografia óssea: detecta metástases
ósseas, doenças metabólicas, processos
infecciosos e avalia próteses;
Cintilografia renal: a dinâmica avalia a
função glomerular renal, detecta
uropatias obstrutivas e possibilita a
realização de acompanhamento
evolutivo pós-uretroplastia. Já a estática
avalia a função tubular renal e detecta
cicatrizes corticais;
Cintilografia hepatobiliar: avalia a
função do fígado e da vesícula biliar,
bem como obstrução por cálculos;
Cintilografia da tireóide: avalia
patologias tireoidianas (bócio difuso
tóxico, nódulo tóxico autônomo,
tireoidite subaguda);
Cintilografia do miocárdio: detecta
doença arterial coronariana (DAC),
estratificação de risco e
acompanhamento evolutivo do
paciente, reduzindo a necessidade
cirúrgica e demais procedimentos
intervencionistas.
Tomografia por emissão de pósitrons
(PET):
- Método: detecção de aniquilação em
coincidência ou mútua aniquilação para
adquirir dados em um ângulo de 360
graus sem uso de colimação absortiva;
- É um mapa da distribuição de um
radiofármaco emissor de pósitrons em
um determinado corte do corpo;
- São usados somente os dados que
surgem no plano da imagem na
reconstrução da imagem tomográfica →
melhor contraste de imagem;
- A imagem é formada pela localização
da emissão dos pósitrons pelos
radionuclídeos fixados nos órgãos do
paciente;
- PET-CT é uma combinação entre o
PET (parte frontal) e um tomógrafo
computadorizado (parte traseira);
● Fornece dados funcionais e
anatômicos;
FORMAÇÃO DA IMAGEM:
- Surgem por colimação eletrônica → os
pares de fótons detectados em
diferentes posições vão construir esse
evento;
● A linha entre esses dois fótons é
usada para reconstruiro corte
tomográfico;
- Podem ser obtidas imagens 2D e 3D;
USOS DO PET:
PET oncológico: detecta células com
alto consumo de glicose, lesões
benignas e malignas, tumores
primários, e recorrência tumoral;
PET do cérebro: avalia perfusão
sanguínea e atividade de diferentes
regiões do cérebro, localiza o foco
epileptogênico e garante o diagnóstico
diferencial de demências como
Alzheimer e Parkinson;
PET cardíaco: usadas para detectar
áreas isquêmicas e fibrosadas, avalia a
viabilidade miocárdica, sarcoidose
cardíaca e endocardite infecciosa;
- No Brasil, o exame é de alto custo e o
SUS autoriza a realização dele somente
para três tipos de doença:
1. Linfomas;
2. Câncer de pulmão;
3. Câncer colorretal com metástase
hepática;
Tomografia computadorizada por
emissão de fóton único:
- Permite a aquisição de imagens 3D
verdadeiras, a reconstrução e a exibição
da distribuição nos tecidos dos
radiofármacos usados de rotina em MN;
- Adquire-se a série de imagens de
projeção perto do paciente;
MÉTODO DE OBTENÇÃO:
- Gira-se o aparelho de aquisição perto
do objeto ou visualiza-se o objeto por
múltiplos aparelhos ou através de
múltiplas aberturas únicas;
- Aparelho mais comum: gama câmara
rotatória;
- A imagem é formada em 2D, em
cortes transversais;
- O scanner de TC na SPECT-CT está
atrás ou em paralelo com o scanner de
SPECT;
- A resolução da imagem depende:
1. Energia;
2. Espessura do cristal;
3. Eficiência de coleta;
4. Distância;
5. Diâmetro dos furos do
colimador;
USOS:
- Perfusão do miocárdio;
- Cintilografia óssea;
- Cintilografia de ventilação e de
perfusão;
- Perfusão cerebral;
Radioproteção:
- São realizadas medidas para prevenir
que a contaminação se espalhe;
- Contaminações menores: papel
absorvente para cobrir o material
contaminante, limpeza com água e
sabão, descarte em sacos específicos,
área constantemente monitorizada ;
- Contaminações maiores: limpeza feita
imediatamente, uso de mantas
absorventes, blindar a radioatividade;
- Minimizar o tempo de contato,
maximizar a distância e usar a
blindagem;
Doses:
- Para trabalhadores: 50 mSv;
- Membros do público: 1 mSv;
ATENÇÃO!→ “Irradiação não
contamina, mas a contaminação irradia”
Efeitos da radioterapia:
- Diretamente relacionados com a área
do corpo irradiada, a dose administrada,
o tipo de radiação e a capacidade das
células saudáveis em reparar o dano;
- A radioterapia externa tende a
provocar mais efeitos colaterais que a
radioterapia interna;
- Os possíveis efeitos colaterais são:
● Fadiga;
● Reações cutâneas;
● Perda de cabelo;
● Alterações nas taxas sanguíneas;
● Náuseas e vômitos;
● Perda do apetite;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
O’MALLEY, Janis P. Medicina Nuclear. 4°
edição.
Aula ministrada pelo professor Renato,
da UNICAP.
https://www.clinicaceu.com.br/blog/c
onheca-os-exames-de-cintilografia/
Entenda o que é e como funciona a
Cintilografia - Clínica CEU Diagnósticos
(clinicaceu.com.br)
https://www.scielosp.org/article/ssm/
content/raw/?resource_ssm_path=/m
edia/assets/rpsp/v20n2-3/10.pdf
*Caracterização de exames PET-CT
realizados no serviço de medicina
nuclear em um hospital no sul do Brasil
(researchgate.net)
Possíveis efeitos colaterais da
radioterapia - Instituto Oncoguia
https://www.clinicaceu.com.br/blog/conheca-os-exames-de-cintilografia/
https://www.clinicaceu.com.br/blog/conheca-os-exames-de-cintilografia/
https://www.clinicaceu.com.br/blog/entenda-o-que-e-e-como-funciona-a-cintilografia/#O_que_e_Medicina_Nuclear
https://www.clinicaceu.com.br/blog/entenda-o-que-e-e-como-funciona-a-cintilografia/#O_que_e_Medicina_Nuclear
https://www.clinicaceu.com.br/blog/entenda-o-que-e-e-como-funciona-a-cintilografia/#O_que_e_Medicina_Nuclear
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rpsp/v20n2-3/10.pdf
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rpsp/v20n2-3/10.pdf
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rpsp/v20n2-3/10.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Beatriz-Cavalcanti-Juchem/publication/357993837_Caracterizacao_de_exames_PET-CT_realizados_no_servico_de_medicina_nuclear_em_um_hospital_no_sul_do_Brasil/links/61ea9b04c5e3103375ae48fd/Caracterizacao-de-exames-PET-CT-realizados-no-servico-de-medicina-nuclear-em-um-hospital-no-sul-do-Brasil.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Beatriz-Cavalcanti-Juchem/publication/357993837_Caracterizacao_de_exames_PET-CT_realizados_no_servico_de_medicina_nuclear_em_um_hospital_no_sul_do_Brasil/links/61ea9b04c5e3103375ae48fd/Caracterizacao-de-exames-PET-CT-realizados-no-servico-de-medicina-nuclear-em-um-hospital-no-sul-do-Brasil.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Beatriz-Cavalcanti-Juchem/publication/357993837_Caracterizacao_de_exames_PET-CT_realizados_no_servico_de_medicina_nuclear_em_um_hospital_no_sul_do_Brasil/links/61ea9b04c5e3103375ae48fd/Caracterizacao-de-exames-PET-CT-realizados-no-servico-de-medicina-nuclear-em-um-hospital-no-sul-do-Brasil.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Beatriz-Cavalcanti-Juchem/publication/357993837_Caracterizacao_de_exames_PET-CT_realizados_no_servico_de_medicina_nuclear_em_um_hospital_no_sul_do_Brasil/links/61ea9b04c5e3103375ae48fd/Caracterizacao-de-exames-PET-CT-realizados-no-servico-de-medicina-nuclear-em-um-hospital-no-sul-do-Brasil.pdf
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/efeitos-colaterais/4632/698/#:~:text=Os%20efeitos%20colaterais%20da%20radioterapia%20na%20regi%C3%A3o%20do%20c%C3%A9rebro%20podem,mem%C3%B3ria%20e%20fala)%2C%20fadiga%2C
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/efeitos-colaterais/4632/698/#:~:text=Os%20efeitos%20colaterais%20da%20radioterapia%20na%20regi%C3%A3o%20do%20c%C3%A9rebro%20podem,mem%C3%B3ria%20e%20fala)%2C%20fadiga%2C

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