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AT 3 - METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS NA ALFABETIZAÇÃO

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AT 1- METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS NA ALFABETIZAÇÃO
1 - “É relativamente frequente encontrar na literatura o uso das expressões “tipo textual” e “gênero discursivo”, como categorias de análise com valores sinonímicos para atribuir ao texto uma tipificação. Ora utiliza-se uma ou outra (não simultaneamente), para referir-se aos textos concretos, produzidos na e pela sociedade [...] ora apenas uma delas para referir-se tanto aos textos quanto aos modos de organização discursivos nele atualizados.” (SILVA, 1999, p. 87)  
 
Fonte: SILVA JQG. Gênero discursivo e tipo textual. Scripta, Belo Horizonte, v.2, n.4, p.87-106.   
 
Muitas vezes, tipos textuais e gêneros textuais são usados como sinônimos, porém, sabemos que possuem algumas diferenças. 
 
Assinale a alternativa que apresenta diferenças entre tipos textuais e gêneros textuais.  
 Tipos textuais são infinitos e mudam com o tempo. Gêneros textuais são apenas 6 e não mudam de acordo com as necessidades comunicativas do homem. 
 Tipos textuais são textos completos, apenas escritos, enquanto os gêneros textuais são fragmentos de textos, principalmente orais.  
 Tipos textuais estão inseridos em uma função comunicativa e em um contexto cultural. Gêneros textuais são determinados apenas por suas propriedades linguísticas.  
 Tipos textuais são classificados de acordo com a função comunicativa de cada um, assim como os gêneros textuais. 
 Tipos textuais são determinados pelas suas propriedades lingüísticas, como tempo verbal. Gêneros textuais possuem função comunicativa e estão inseridos em contexto cultural. 
2 - “Para Bakhtin (1953/1979), os gêneros do discurso apresentam três dimensões essenciais e indissociáveis [...] Todas estas três dimensões dos gêneros discursivos são determinadas pelos parâmetros do contexto de fala/escrita ou da situação de produção dos enunciados e, sobretudo, para Volochínov [...], pela apreciação valorativa do locutor a respeito do(s) tema(s) e do(s) interlocutor(es) de seu discurso.”  (ROJO, 2006, p.26).  
 
Fonte: ROJO, R. Letramento e diversidade textual. In: Carvalho, MAF; Mendonça RH. Práticas de Leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.  
 
As 3 dimensões essenciais do gênero são: 
 tema, forma composicional, questões puramente gramaticais. 
 tema, forma composicional e marcas linguísticas. 
 forma composicional, tema, questões puramente gramaticais. 
 marcas linguísticas, tema, escolha lexical. 
 Tema, marca lingüísticas, escolha lexical 
3 - “Os locutores sempre reconhecem um evento comunicativo, uma prática de linguagem, como instância de um gênero (a ação de telefonar como um telefonema, a ação de ensinar na escola como uma aula, a ação de escrever um texto como este para um programa de formação de professores como um artigo de divulgação e assim por diante). O gênero funciona, então, como um modelo comum, como uma representação integrante que determina um horizonte de expectativas para os membros de uma comunidade confrontados às mesmas práticas de linguagem. Os gêneros, portanto, intermedeiam e integram as práticas às atividades de linguagem. São referências fundamentais para a construção dessas práticas. Como tal, do ponto de vista da aprendizagem escolar, os gêneros podem ser considerados como ‘megainstrumentos’ [...] que fornecem suporte para as atividades de linguagem nas situações de comunicação e que funcionam como referências para os aprendizes.”  (ROJO, 2006, p.26).  
 
Fonte: ROJO, R. Letramento e diversidade textual. In: Carvalho, MAF; Mendonça RH. Práticas de Leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.  
 
A partir de seus conhecimentos e da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e a relação entre elas.  
 
1. As práticas de linguagem no cotidiano das sociedades estão sempre classificadas dentro de um gênero (um bilhete, uma lista de comprar, uma receita de bolo), variando de acordo com as necessidades comunicativas de cada sociedade e de cada época. 
 
PORQUE 
 
II. Os gêneros são como modelos de uma infinidade de expectativas comunicativas e de práticas de linguagem, sendo instrumentos importantes para se trabalhar, na escola, atividades de linguagens contextualizadas.  
 
 Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre as afirmações. 
 I é uma afirmação incorreta e II é uma afirmação correta. 
 I é uma afirmação correta e II é uma afirmação incorreta
 I e II estão corretas e II é uma justificativa de I.
 I e II são corretas, mas II não é uma justificativa de I
 I e II são afirmações incorretas 
4 - “Já se tornou trivial a ideia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. [...] Caracterizam-se como eventos altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.” (MARCUSCHI, 2003, p. 19). 
 
Fonte: MARCUSCHI, LA. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, AP; MACHADO AR; BEZERRA MA. Gêneros textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Editora Lucerna; 2003.  
 
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, analise as afirmações a seguir. 
 
1. Gêneros textuais é um conceito importante no processo de alfabetização e, principalmente, de letramento, pois é uma forma de contextualizar a leitura e a escrita em práticas sociais concretas.  
1. O gêneros sociais são culturais e surgem de acordo com as necessidades comunicativas dos seres humanos. Um bom exemplo é o gênero e-mail, que se estruturou com o desenvolvimento e crescimento da tecnologia.  
1. Gêneros textuais são fixos e imutáveis, pois a cultura e as necessidades de comunicação dos seres humanos não influenciam no surgimento e no desenvolvimento dos gêneros.   
 
Assinale a alternativa com as afirmações corretas.  
 II e III, apenas.
 II, apenas.
 III, apenas.
 I e III, apenas.
 I e II, apenas 
5- “Na perspectiva acima esboçada, os letramentos ou as práticas letradas se configuram como o domínio, por parte do falante ou escriba, dos gêneros, em geral - mas não unicamente - formais e públicos, que envolvem, de uma ou de outra maneira, a modalidade escrita da linguagem para a sua produção ou compreensão. Assim, cozinhar seguindo uma receita escrita, mandar uma carta a um parente, escolher produtos no mercado baseando-se nos rótulos, ler uma reportagem numa revista ou um conto num livro, dar uma aula que se baseia em escritos, fazer uma palestra, um relatório ou um artigo, ler notícias no jornal impresso ou vê-las na TV são práticas letradas que envolvem gêneros específicos que se configuram em textos específicos. Assim, a alfabetização não deixa de ser um momento dos letramentos em que a escola leva o aluno a conhecer e a dominar as relações entre os fonemas e as letras que constituem o alfabeto. Mas para quê? Não meramente para conhecê-las e decodificá-las somente, mas para utilizar a escrita em práticas letradas concretas e de circulação social.” (ROJO, 2006, p.28).  
 
Fonte: ROJO, R. Letramento e diversidade textual. In: Carvalho, MAF; Mendonça RH. Práticas de Leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.  
 
A partir de seus conhecimentos e da leitura do texto, analise as afirmações a seguir: 
 
1. A alfabetização não deixa de ser uma forma de letramento, pois é o processo de conhecer e decodificar os fonemas e as letras que constituem o alfabeto e, consequentemente, a língua escrita.  
1. A escrita está presente em quase todos os momentos de nosso cotidiano, como ler uma receita, ler o letreiro do ônibus ou mesmo a marca da bolacha preferida. Por isso,o conhecimento do código relacionado a língua escrita é essencial para também entender as práticas sociais da leitura e da escrita. 
1. Conhecer o código que compõe a leitura e a escrita é importante não só para decodificá-lo e memorizá-lo, mas também para saber fazer uso desse código dentro das práticas comunicativas de nossa sociedade. Ou seja, o letramento.  
 
Assinale a alternativa com as afirmações corretas. 
 
 I, II e III.
 II e III, apenas.
 I e II, apenas.
 III, apenas.
 I e III, apenas
6 - “Podemos supor que, durante a aprendizagem, a criança vá compreendendo cada vez melhor a distinção entre língua falada e língua escrita. A medida em que essa compreensão evolui, a criança deverá tornar-se capaz de corrigir os erros de transcrição da fala. Porém, é provável que a correção dos erros de transcrição da fala resulte no aparecimento de um outro tipo de erro, que denominaremos super correção.” (CARRAHER, 1985, p. 272)  
 
Fonte: CARRAHER TN. Explorações sobre o desenvolvimento da competência em ortografia em português. Psicol., Teori., Pesqui., Brasília, V. 1 N.° 3 p. 269-285 - Set-Dez. 1985. 
 
Qual dos exemplo a seguir representa um erros ortográfico causado pela super correção? 
 quando a criança pronuncia “vassora e entende que também deve escrever “vassora”, ao invés de “vassoura”. 
 quando a criança pronuncia “blinquedo”, porém escreve “brinquedo”.  
 quando a criança pronuncia “vassora” e entende que deve escrever “vassoura”, ela também escreve “professoura” ao invés de “professora”. 
 quando a criança pronuncia “mucha” e também escreve “murcha”, ao invés de “murcha” 
 Quando a criança pronuncia “ fumiga “ e também escreve “ fumiga “, ao invés de “formiga” 
7 - “Os professores alfabetizadores sempre tiveram uma forte inclinação para seguir métodos prontos, por exemplo, trazidos por cartilhas e obras semelhantes. O apoio didático desse tipo de material tem sido muito questionado, não pelo fato de serem livros de apoio didático, mas porque suas metodologias − o famoso bá-bé-bi-bó-bu− trazem mais problemas do que soluções para o processo de alfabetização [...]. Esses problemas são de tal magnitude que, muitas vezes, questões importantes e fundamentais, tratadas nas cartilhas, são descartadas sumariamente, pelo simples fato de pertencerem à tradição de ensino cartilhesco. É preciso separar o que as cartilhas tinham de bom, do que elas traziam de indesejável” (CAGLIARI, 2002, p.3)  
 
Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002. 
 
Sobre as intervenções dos professores no ensino da ortografia na alfabetização, assinale a alternativa que não apresenta uma intervenção viável.  
 Evitar as nomenclaturas gramaticais com a finalidade de memorização.  
 Desenvolver atividades em pequenos grupos heterogêneos. 
 Foco somente no método fônico, conhecido como cartilhesco.
 Registrar por escrito as hipóteses das crianças sobre a escrita. 
 Incentivo da escrita espontânea 
8 - Os professores são unânimes em dizer que a ortografia é um objetivo a ser alcançado e que o esforço para realizar isso deve começar desde a alfabetização. [...]  Os processos de alfabetização [...] sobretudo aqueles baseados em manuais, como as cartilhas e métodos semelhantes, sempre tiveram grande atenção voltada para a ortografia [...]  Um dos objetivos de se progredir nesses métodos de maneira segura, com habilidades bem dominadas, sempre foi o de que querer evitar que o aprendiz erre para não fixar o erro. Ou seja, esses métodos sempre acharam que as crianças devem ver e escrever somente o certo, isto é, a forma ortográfica das palavras, porque, assim, vão fixando a grafia e progredindo. Até certo ponto, esses métodos conseguem controlar o material com que as crianças escrevem e lêem, mas isto não dura muito. Nos anos seguintes, a complexidade da linguagem oral e escrita domina as atividades escolares de tal modo que se torna impossível lidar apenas com “palavras já dominadas na escrita”, mesmo porque os alunos são falantes nativos, cuja habilidade linguística é muito maior do que o material linguístico usado pela escola, em todas as suas atividades”(CAGLIARI, 2002, p.3). 
  
Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002.Ortografia. 2002. 
 
A partir da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e a relação entre elas. 
 
1. A questão da ortografia começa na alfabetização, momento em que as crianças entram em contato com a língua escrita. Neste momento, foca-se muito no “não errar”, para que a criança não memorize o erro, mas sim a escrita correta da palavra. Porém, com o desenvolvimento do processo de alfabetização, esses métodos focados apenas no erro não geram mais resultados.  
 
 PORQUE  
 
II.   O nível da complexidade linguística da criança vai crescendo, passando a dominar novos vocabulários, tanto na oralidade quanto na escrita. Dessa forma, a criança não consegue mais lidar somente com as palavras decoradas a fim de evitar erros ortográficos nos materiais de alfabetização, e por isso são necessárias novas hipóteses para aprender a escrever de acordo com as normas da ortografia.  
 Assinale a alternativa correta. 
 I e II estão corretas, mas II não é uma justificativa de I. 
 I e II estão incorretas.  
 I está correta, mas II está incorreta. 
 I e II estão corretas, e II é uma justificativa de I. 
 I está incorreta e II está correta 
9 - A aprendizagem da escrita é um momento importante no processo de escolarização da criança, pois a leitura e a escrita lhe acompanhará em todos os momentos dentro e fora da escola. Um momento importante da aquisição da escrita é o ensino da ortografia, que deve começar junto com a alfabetização e percorrer toda a escolarização. Por isso, há 3 etapas do processo de aquisição da escrita que devem ser lembrados: logográfico, alfabético e ortográfico.  
 
Esse momento é quando as crianças aprendem a base fonológica da leitura e da escrita. Nesse momento é o período de primeiros contatos com a escrita, mesmo sem dominá-la. Já esse momento é quando ocorre a compreensão das convenções de escrita correta.  
 
Assinale a alternativa correta. 
 O primeiro período é o Alfabético, o segundo é o Logográfico e o terceiro é o Ortográfico. 
 O primeiro é o Alfabético, o segundo é o Logográfico e o terceiro é o Ortográfico 
 O primeiro é o Ortográfico, o segundo é o Alfabético e o terceiro é o Logográfico. 
 O primeiro é o Logográfico, o segundo é o Ortográfico e o terceiro é o Alfabético
 O primeiro é ortográfico, o segundo é logografico e o terceiro é o alfabético 
10 - “A questão da ortografia ,depois do vendaval, volta a encontrar um ponto de equilíbrio nas metodologias modernas. Apesar de ser ainda um dos critérios mais fortes utilizados pelos professores (e pela sociedade) para avaliar o progresso escolar, muitos professores acabaram achando interessante abrir mão da ortografia pelo menos em alguns tipos de atividades, como a produção de textos espontâneos [...] Por outro lado, tem-se notado uma redução muito grande no uso dessa prática, sendo substituída por atividades mais dirigidas e, portanto, menos suscetíveis de os alunos errarem. Todavia, a produção de textos espontâneos têm tido seus momentos de realização e, através dela, o professor e o aluno podem avaliar o progresso na escrita, em todas as suas formas e usos”  (CAGLIARI, 2002, p.8)  
 
Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002. 
 
 O texto acima faz referência a importância: 
 da escrita espontânea. 
 dos trabalhos em grupos heterogêneos. 
 do trabalho exclusivo com o método fônico. 
 do trabalho com as cartilhas de alfabetização. 
 do trabalho com cópia

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