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Sistema Cardiovascular Visão geral O sistema cardiovascular possui principal função de transporte de nutrientes ao corpo. O estudo consiste, principalmente, no entendimento da circulação pulmonar e circulação sistêmica, com seus efeitos específicos no corpo. Especificações · Eletrofisiologia do Coração · Componentes celulares do miocárdio · Hemodinâmica · Dinâmica da microcirculação Característica geral da circulação A circulação é fechada (somente no interior dos vasos sanguíneos), dupla (coração - pulmão), completa (não há mistura de sangue arterial com sangue venoso). Sangue venoso (menos O2) - coloração azul Sangue arterial (mais O2) - coloração vermelha 1. Componentes: · sangue · vasos sanguíneos · coração. · Sangue: tecido sanguíneo (medula óssea - formada por tecido hematopoiético ou reticular) formado por plasma (água, íons, moléculas orgânicas, gases) e elementos celulares. Lado direito: sangue venoso Lado esquerdo: sangue arterial Ventrículo direito: sangue venoso para o pulmão, que volta com o sangue arterial. Eletrofisiologia Bioeletrogênese I. Potencial de membrana É a força exercida pelos íons na membrana plasmática. Esse potencial de membrana é determinado pelo gradiente de concentração de íons e a permeabilidade da membrana. Proteínas Canais: presentes na membrana. I. Proteínas canais com comportas: podem abrir ou fechar. Tipos: · Ligantes Sensíveis: com ligante (neurotransmissor, por exemplo); · Mecânico Sensíveis: com toque, tátil; · Voltagem dependente: se abre a partir de uma diferença de potencial. II. Proteínas canais abertas: sempre abertas. II. Variações de potencial de membrana Potencial de repouso; Potencial graduado (ligante sensível e mecano sensível - corpo celular) Potencial de ação (voltagem dependente - zona de gatilho e axônio) Potenciais cardíacos Despolarização: contração Repolarização: relaxamento Potencial lento: nó sinoatrial e no nó atrioventricular Potencial rápido: miocárdio contrátil e nas fibras de Purkinje I. Potenciais de resposta rápida Ocorrem no miocárdio contrátil e nas fibras de Purkinje Possui 5 fases (contando com a fase 0): Fase 4: potencial de repouso; Fase 0: despolarização; Fase 1: repolarização rápida; Fase 2: fase de platô Fase 3: fase de repolarização Fase 4: Canais voltagem dependentes de Na+ e Ca+ estão fechados. Canais de K+ estão abertos. Além da bomba sódio e potássio, ainda tem mais esses canais de K+ abertos, saindo mais carga positiva, resultando em uma célula bem negativa, temos assim o potencial de repouso. Fase 0: Fase de despolarização, determinada pela abertura de canais de Na+ voltagem dependente, ou seja, muita entrada de sódio, muita carga positiva, então a célula despolariza. Fase 1: Fase de rápida de repolarização, determinada pela inativação dos canais de Na+ voltagem dependente, então não vai ter muita entrada de sódio. Há também a ativação dos canais de K+ e de Cl-, ou seja, o potássio começa a sair da célula, então sai carga positiva, e também entra carga negativa através da entrada de Cl- , repolarizando a célula rapidamente. Fase 2: Fase de platô, estabilidade de variação elétrica na fibra cardíaca através da abertura de canais de Ca+, que entram na célula. Ativação de canais de retificadores tardios de K+, que saem da célula. Ou seja, há duas tendências opostas, gerando uma estabilidade. Fase 3: Fase de repolarização normal, devido a inativação dos canais de Ca+, que param de entrar na célula, e pela ativação dos canais de K+, que vão sair da célula, então a mesma vai ficar negativa e temos a repolarização dela. Maior repolarização = maior período refratário Fase 4: Fase 4 do miocárdio contrátil é diferente da fase quatro das fibras de Purkinje, isso porque as fibras de Purkinje têm características de automatismo, enquanto que a do miocárdio contrátil não tem. A fase 4 do miocárdio mantém o potencial de repouso, a fase 4 das fibras de Purkinje tem o potencial marca-passo (que também está no nó sinoatrial e nó atrioventricular). Por que nas fibras de Purkinje há o potencial marca-passo? Nas fibras, assim que termina termina a repolarização, há a ativação espontânea dos canais de sódio e potássio lentos. Na+ entrando e Ca2+ entrando, naturalmente há uma tendência de ficar menos negativo, atingindo o limiar de ativação da célula, chegando na fase 0 (despolarização), o que explica o automatismo cardíaco das células de Purkinje. No miocárdio contrátil: Manutenção das células de repouso. Não é capaz de gerar cargas, não há automatismo, ou seja, sem gênese espontânea. II. Potenciais de resposta lenta Ocorrem no nó sinoatrial e no nó atrioventricular Células nodais. Fase 0: Despolarização mais lenta. A despolarização acontece pela abertura dos canais de Ca+, o Cálcio entra lentamente, de forma mais inclinada, despolarizando mais devagar. Além disso, não há influxo de Na+ ocorrendo, já que os canais de Na+ estão desativados. Fase 3: Fase de repolarização. Inativação dos canais de Ca+, ou seja, os canais que estavam abertos se inativam, param de entrar na célula, param de entrar então cargas positivas na célula. Além disso, há uma ativação dos canais de K+, então saem cargas negativas, essa célula vai ficar carregada negativamente, repolarizando. Fase 4: Fase altamente INstável, pois há um automatismo cardíaco e, com isso, há o potencial marca-passo, o qual é fundamental para que haja o alcance do limiar de estabilidade e gere a despolarização em seguida. Nesse caso não há manutenção no potencial de repouso, mas sim gênese espontânea. O que explica o automatismo no nó sinoatrial e atrioventricular? A ativação de Ca+, que entram na célula, a ativação de canais de Na+, que entram na célula, e a desativação dos canais de K+, que não saem da célula. Então há uma grande quantidade de carga positiva na célula, que alcance o limiar de estabilidade e acontecendo a despolarização que vem em seguida a fase 4. Propagação da atividade elétrica no coração A propagação da atividade elétrica no coração acontecem por discos intercalares, que são complexos juncionais, sendo constituídos por interdigitações, junções de adesão e desmossomos, que impedem a separação das células com o batimento cardíaco, e junções comunicantes, que, ao permitir a passagem de íons de uma célula à outra, promovem a rápida propagação da atividade elétrica no coração. Inervação do coração Sistema nervoso simpático: Fibra pré-ganglionar: libera acetilcolina Fibra pós-ganglionar: libera noradrenalina (adrenérgica - receptor beta 1 no coração) · Inervação é no coração inteiro Maior abertura dos canais de Ca2+, diminui a repolarização e o alcance do limiar de estabilidade, então causa taquicardia. Sistema nervoso parassimpático: Fibra pré-ganglionar: libera acetilcolina Fibra pós-ganglionar: libera acetilcolina também (colinérgica - receptor M-2 no coração) · Inervação é no nó sinoatrial e no nó atrioventricular Hiperpolarização afasta a célula do limiar de estabilidade. Devido a isso, há uma diminuição da frequência cardíaca. Resumo:
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