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1 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D CUIDADO CENTRADO NO PACIENTE • DM1 15% HbA1c < 7%= 10% • DM2 85% HbA1c < 7% = 27% • Insulinoterapia HbA1c < 7% = 9,7% • Não insulínico HbA1c < 7% = 35,7% DIAGNÓSTICO - Pode dar diagnóstico de DM em um único exame: glicemia ao acaso > 200 + sintomas inequívocos de hiperglicemia. - Para diagnóstico de pré-diabetes só um exame pode estar alterado • Conceito de pré-diabetes é útil para prevenção. - Mesmo com os níveis de glicose controlado, a pessoa ainda tem diabetes. TRATAMENTO DM 2 – individualizar apesar dos protocolos • Metas glicemicas • Impacto do medicamento no peso, risco de hipoglicemia e custo para o paciente. o Usa a Metformina até não poder mais. • Prevenção de complicações crônicas – nefropatia. • Combater inércia terapêutica: quando não atinge a meta e não faz nada. o Quando o paciente muda hábitos de vida, mas a glicose continua alta, pensar na adesão medicamentosa. • Comorbidades – Doença aterosclerótica / Insuficiência cardíaca → Metas do tratamento - Glicemias capilares: • Pré prandiais: 80 a 130mg/dL (< 100) • Pós prandiais: < 180mg/dL (até 140) • Monitorização contínua 2 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D • Novas métricas (TIR): faixa alvo de glicose é de 70-180mg/dL durante 70% do tempo. Para a flexibilização dessa meta, deve ser considerado os seguintes fatores: o Tempo da doença o Expectativa de vida: em pacientes mais velhos preocupa-se mais com complicações agudas o Comorbidades importante o Preferência do paciente o Condição do paciente de manter o tratamento (financeiro e tals) - Hemoglobina glicada (A1c): < 7% (< 6,5% / < 8%) • Método certificado • Corresponde a média de 3 meses • Não capta variabilidade • Gravidez, DRC, hemoglobinopatias o As vezes a glicohemoglobina pode ter seu resultado interferido por essas condições, que fazem o seu valor destoar do valor da glicemia • Monitorização contínua - Cenário brasileiro • DM1 15% HbA1c < 7%= 10% • DM2 85% HbA1c < 7% = 27% • Insulinoterapia HbA1c < 7% = 9,7% • Não insulínico HbA1c < 7% = 35,7% → Escolha do medicamento: se baseia nos 6 Ps - Patogenese: resistência deficiência insulínica ou defeito na produção - hiperglicemia • Diminuição da receptação de glicose – resistência insulínica periférica • Reabsorção de glicose aumentada • Lipólise aumentada • Efeito incretinico diminuído • Secreção de insulina diminuída • Secreção de glucagon aumentada • Disfunção de neurotransmissores • Aumento da produção hepática de glicose – no período de jejum mantém o débito pela produção hepática, quando tem resistência insulina/ hepática, contribui para hiperglicemia de jejum. o Glicazona atua direto na resistência - Potencia – pensar na classe terapêutica • Guidelines SBD DM2 ** dieta até 2% - Precauções • Hipoglicemias (<70mg/dl; nível 2 ou grave < 54mg/dl) o Pode ter falsa hipoglicemia, quando a glicose fica muito alta (meio que perde a sensibilidade para reação de alarme). • Efeitos adversos • Contraindicações - Plus: peso, ACV, função renal 3 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D • Efeito de redução de peso (obesidade) –GLP1, iSGLT2, metformina • Bom para paciente com HAS, IC, DAC - iSGLT2, GLP1 – pode associar • Esteatohepatite – pioglitazona (pode aumentar internação por IC, então associa com iSGLT2) - Praticidade - Preço MEDICAMENTOS Mecanis. ação Vantagens Desvantagens Contraindicação Medicamentos M e tf o rm in a ( B ig u a n id a s) * ↓ da produção hepática de glicose e ↑ da sensibilidade periférica a insulina. Barata (anos de experiencia), redução relativamente maior da HbA1c, prevenção de DM2, efeito neutro sobre o peso (potencial de redução discreta), não provoca hipoglicemias. desconforto abdominal, diarreia e náusea (o de liberação prolongada XR causa menos efeitos GTI), deficiência de vitamina B12, risco de acidose lática (raro). insuficiência renal (TFG < 30 mL/ min/1,73m2); insuficiência hepática, cardíaca ou pulmonar; Metformina*: 1.000 - 2.550mg, de 2 a 3x/dia; Metformina XR: 1.000 - 2.550mg, de 2 a 3x/dia. Em geral toma 4 compridos de 500. Vem em cápsulas S u lf o n il u ré ia s* estímulo à secreção pancreática de insulina (bloqueio dos canais de K+) Alta potência e baixo custo, potencial redução de complicações microvasculares. Risco de hipoglicemia e favorecem ganho de peso. insuficiência renal, hepática, cardíaca ou pulmonar e acidose grave Glibenclamida*2,5-20mg; Glipizida 2,5-20mg; Gliclazida MR 30-120mg Glimepirida 1 - 8mg. 1 a 2x/dia . ** Secretagogos A g o n is ta s d o r e ce p to r G L P 1 ↑ da secreção de insulina mediada pela alimentação (efeito incretínico). grande potencial de perda de peso, ↓ de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com doença aterosclerótica, potência elevada, hipoglicemias raras caro, efeitos colaterais de GTI, pancreatite em estudos clínicos (não demonstrada causalidade) hipersensibilidad e aos componentes do medicamento Liraglutida (Victoza) 0,6, 1,2 e 1,8mg, SC, diariamente; Dulaglutida (Trulicity) 1,5mg, SC, 1x/ semana; Semaglutida (Ozempic) 0,5 - 1mg, SC, 1x/semana. ** Secretagogos In ib id o re s d o S G L T 2 ↓ da reabsorção renal de glicose (aumento da excreção de glicose na urina). ↓ risco de internação e mortalidade em pacientes com IC (estudos), ↓ de progressão de DRC, perda de peso discreta, baixo risco de hipoglicemia ↑ infecções do TGU, ↑ risco de cetoacidose diabética, ↑ risco de fratura (canagliflozina) e amputação (canagliflozina) DRC (↓ do efeito hipoglicemiante em pacientes com redução da TFG – 50%). Dapagliflozina (Forxiga) 10mg, VO, 1x/dia; Empagliflozina (Jardiance) 10 a 25mg, VO, 1x/dia; Canagliflozina (Invokana) 100 a 300mg, VO, 1x/dia 4 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D Mecan. ação Vantagem Desvantagem Contraindicação Medicamentos In ib id o re s d o D P P 4 ↓ da degradação do GLP1 endógeno (efeito incretínico). segurança e tolerabilidade, efeito neutro sobre o peso, rara hipoglicemia potência relativamente baixa, ausência de benefícios adicionais (cardiovascular ou renal), aumento do risco de internação por insuficiência cardíaca (Saxagliptina / Alogliptina?) hipersensibilidad e aos componentes do medicamento. Sitagliptina (Januvia) 100mg, VO, 1x/dia; Vildagliptina (Galvus) 50mg, VO, 2x/dia; Saxagliptina (Onglyza) 5mg, VO, 1x/dia; Linagliptina (Trayenta) 5mg, VO, 1x/dia; Alogliptina (Nesina) 25mg, VO, 1x/dia. ** Secretagogos T ia z o li d in e d io n a s (G li ta z o n a s) aumento da sensibilidade periférica à insulina (ativação dos receptores nucleares PPAR gama). potência alta, não causam hipoglicemias, potencial benefício em pacientes com DHGNA, custo intermediário. ↑ do risco de internação por IC, retenção hídrica, ganho de peso, ↑ do risco de fraturas, risco de câncer de bexiga. - câncer e fratura não foram comprovados insuficiência cardíaca NYHA III ou IV. Pioglitazona (Actos®) 15 a 45mg, VO, 1x/dia. M e ti g li n id a s reduçaõ do espessamento médio intimal carotídeo (repaglinida), redução da variabilidade da glicose pós- prandial, flexibilidade de dose risco de hipoglicemia e ganho ponderal discreto. gravidez Repaglinida 0,5 a 16mg, Nateglinida 120 a 360mg. 3x/dia. ** secretagogo In ib id o res d a a lf a -g li co si d a se Atuam no intestino diminuindo a absorção de carboidratos prevenção de DM2, redução do espessamento médio intimal carotídeo, melhora do perfil lipídico, redução da variabilidade da glicose pós- prandial, rara hipoglicemia, diminuição de eventos cardiovasculares. meteorismo, flatulência e diarreia; redução discreta da HbA1c. gravidez Acarbose 50 a 300mg, 3x/dia. 5 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D - Metformina é indicado na pré-diabetes para as seguintes condições: IMC >35, <60 anos e mulheres com história prévia de diabetes gestacional (estudos) - avalia histórico familiar, doenças associadas, entre outras condições. - Sobre as Sulfoniluréias • Glicazida (tem no SUS): tem menos risco de hipoglicemia, com meia vida maior. • Não pode tomar em jejum (ensinar o paciente a conhecer os sinais de hipoglicemia) - Sobre Inibidores de SGLT2 • Inibidores de SGLT2 tem no SUS para > 65 anos com DCV estabelecida e com função renal preservada. • Faz mais glicosúria • Pode aumentar candidíase – se tiver incontinência urinária, manter roupas limpas • Predispõe mais a infecção urinária: podem complicar, evitar em que tem infecção de repetição • Forxiga é o que usa mais. - Sobre agonistas do receptor GLP1 • Incretinas são hormônios produzidas pelo intestino em resposta a alimentação (ex.: GLP1 endógeno – é degradado muito rapidamente pela DPP4 – criou um inibidor dela para prolongar a meia vida) • Diferença entre produção de insulina em resposta a glicose administrada via venosa ou oral é chamado de efeito incretinico e está reduzido na diabetes. • Essas duas classes aumentam secreção de insulina mediada pela alimentação (estimulam a célula beta na vigência de uma hiperglicemia). Os antagonistas GLP1 pode ser usado para pacientes não diabéticos e mesmo assim eles não vão ter hipoglicemia. • O antagonista de GLP1 também atua diminuindo o tempo de esvaziamento gástrico, gerando um efeito de saciedade – efeito no peso. • perfil A: glicohemoglobina alta, glicose de jejum boa, e nível pós prandial alto • perfil B: glicohemoglobina alta, glicose de jejum alta e não aumenta muito o pós prandial o qual elemento fisiopatogênico predomina? Glicose pós prandial alta - então essa classe de medicamento é boa para o perfil A. o a hiperglicemia em jejum ocorre pela resistência insulina hepática, então usa insulina basal ou ? - Inibidores do DPP4 • Nesina é o mais barato • Linagliptina não precisa fazer ajuste de dose para insuficiência renal – as outras reduz pela metade quando a TFG cai para 50%. ** primeiro escolhe sempre metformina, depois uma 2ª droga (ant de GLP1 e inib de SGLT2 devem ser considerados mesmo com glicohemoglobina na média). ** se mesmo com vários medicamentos a glicohemoglobina estiver alta, vai associando até chegar na insulinoterapia) ** na escolha da 2ª droga pra frente pensa mais em sincretina (não faz sentido escolher duas drogas que atuam na mesmo coisa, tipo a do GLP1 e DPP4) TRATAMENTO DAS COMORBIDADES (ela ignorou) • HAS • Dislipidemia • Obesidade • Cessação de tabagismo • Sedentarismo 6 TRATATAMENTO NÃO INSULINICO Nicoly Guimarães 71D 7 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D
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