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TRAUMATISMO Importante: Avaliar todos os dentes, não apenas o do trauma. o Existem várias causas mas a maior prevalência é de queda da própria altura o Geralmente não é só um tipo de trauma e nem só um dente Fatores predisponentes: o Overjet acentuado > 9mm (pacientes mais dentuços) o Selamento labial insuficiente (respirador bucal) – porque não vai ter o lábio protegendo o dente. Prevenção: o Equipamentos de segurança (capacete, cadeirinha de bebê) o Tratamento ortodôntico – dependendo do caso o Orientações ao paciente o Protetor bucal (esportes, crianças) – são feitos de EVA, que é a mesma plaquinha de clareamento, bruxismo, só muda a espessura, que do pretor é mais grossa. O trauma deve ser sempre considerado um caso de emergência, mas se o paciente estiver correndo risco de morte o dente vai ficar para segundo plano e vai encaminhar para um hospital, o mesmo acontece se você percebe que o paciente está confuso, com náuseas, com sensações diferentes. Tratamento: 1. Acalmar o paciente 2. Anamnese rápida – idade muito importante, pois a partir da idade, você sabe se o ápice está aberto ou não, as chances de recuperação... 3. Se já teve trauma anterior 4. Exame geral do paciente (dentro e fora da boca, olhar o paciente no geral – se tem confusão, se não consegue nem olhar o refletor, se tá com algum sinal que seja de importância encaminhar para o hospital) 5. Exame geral do dente – avaliar tudooo!! fazer percussão, palpação, teste de sensibilidade, exame visual 6. Exame radiográfico – tomografia é a melhor, porém o custo ainda não é tão acessível O que precisa saber para definir o tratamento: Extensão do trauma Idade do paciente Oclusão com o dente vizinho Condições emocionais do paciente Condição financeira Exigência estética Experiência profissional do operador CLASSIFICAÇÃO LESÕES DE TECIDO DURO DO DENTE Alguns exemplos: pode ter fratura de esmalte e dentina com extrusão, fratura radicular com luxação lateral, mas subluxação com intrusão não, porque a subluxação não tem mudança de posição, já a intrusão tem. Trincas de esmalte o Fratura incompleta porque não chega a perder estruturas, apenas acontece a trinca o Só é vista quando o feixe da transiluminação fica paralelo a trinca do dente o Pode ser vista algumas vezes com a secagem – nessas pode ser colocado uma camada de resina composta para não escurecer o dente Fraturas de esmalte o Fratura pequena – pedacinho pequeno que quebra o Opções de tratamento: 1. Alisamento da superfície 2. Regularização das margens - bisel 3. Restauração com resina 4. Colagem do fragmento – mas é MUITO raro, porque é um pedaço minúsculo, então se torna muito difícil até de o paciente levar 5. Verificar oclusão Acompanhamento clínico e radiográfico 6-8 semanas e após 1 ano. Fraturas de esmalte e dentina SEM EXPOSIÇÃO PULPAR o Não tem polpa exposta, tem dentina exposta. Por ter dentina exposta, vai ter túbulo dentinário exposto causando dor Opções de tratamento 1. Colagem de fragmento 2. Restauração com ionômero de vidro – principalmente em urgência 3. Restauração com resina 4. E se for profundo, fazer proteção pulpar com cimento de hidróxido de cálcio 5. Acompanhamento de 2 meses e depois 1 ano Nesse caso: fazer o bisel do ângulo incisial durante o preparo, para disfarçar a diferença entre dente e restauração. Proteção pulpar com hidróxido de cálcio quando ver que está próximo de exposição, a área fica um pouco rosa. COM EXPOSIÇÃO PULPAR Opções de tratamento Se a polpa estiver com sangramento vivo, consistência visual de vitalidade, tenta um tratamento mais conservador. Se o fragmento for muitos pedaços, melhor fazer a restauração. Faz a proteção e restauração temporária e se em 30 dias estiver tudo ok, rebaixa e coloca a restauração definitiva Capeamento pulpar Pulpotomia parcial Pulpotomia completa Caso seja muito complexo endodontia Biopulpectomia Colagem fragmento Restauração CIV ou RC o Pulpotomia parcial – retira a polpa parcialmente da câmara (só a parte contaminada) e faz o capeamento nela. o Se for indicação de pino biopulpectomia o Se o paciente trouxe o fragmento pulpotomia parcial e colagem do fragmento Pode reidratar o fragmento por 30 minutos aproximadamente, caso o paciente não tenha levado no leite / soro... Fratura Coronorradicular o Coroa e raiz o Envolve cemento o Uma das mais graves o Precisa de tratamento multidisciplinar o Tomografia seria ótima por conseguir ver as linhas de fratura, tamanho da crista óssea, relação coroa e raiz para decidir o plano de tratamento o Não vai conseguir manter aquele fragmento pode fazer uma extrusão o Depois precisa fazer um recontorno porque a gengiva vem junto Opções de tratamento: Estabilização temporária Remoção do fragmento Restauração (polpa não exposta) Extrusão ortodôntica / recontorno Extrusão cirúrgica / luxação Tratamento endodôntico + restauração Extração Observações: o Quando precisa reposicionar por conta da luxação, já deixa em uma boa posição para expor a fratura o Se o dente necrosar deve fazer tratamento endodôntico o Dependendo do grau somente a extração COM EXPOSIÇÃO PULPAR: o Rizogênese incompleta: Pulpotomia parcial – grande chance de sucesso o Rizogênese completa: Tratamento endodôntico o Acompanhamento clínico e radiográfico 1 semana 6-8 semanas 3 meses 6 meses 1 ano anualmente por 5 anos o Quando a fratura é horizontal nem sempre precisa de endo inicial. Vai observando com o tempo e tem grandes chances de sucesso. o Quando é vertical extração Fratura Radicular o Envolve cemento, dentina e polpa o Fraturas do processo alveolar o Verticais, oblíquas ou horizontais (apical, médio e cervical) o É muito rara em traumatismo, ver mais em restaurações extensas, problemas oclusais. o Fratura no longo eixo do dente o Sensibilidade à percussão o Grau de mobilidade e deslocamento o Teste de vitalidade – dano transitório o Importante realizar exames radiográficos com angulações diferentes com a técnica de Clark, algumas vezes radiografia oclusal e de preferência se tiver condições, tomografia. Dano transitório a polpa muitas vezes quando um dente sofre um trauma, a polpa sofre um dano transitório e para de responder, mas isso não significa que ela está necrosada. Não responde no teste de sensibilidade, mas não vai fazer endodontia ainda, aquele dano transitório pode voltar a responder, pode acontecer de 2 a 5 meses depois do trauma. Tratamento: Reposicionamento do fragmento – quando tem deslocamento Contenção flexível por 4 semanas Tratamento endodôntico – apicificação (induz o fechamento apical) – em casos de necrose após algum tempo. Fratura cervical acima da crista óssea e fragmento com mobilidade: remoção, endodontia e coroa Tratamento endodôntico até o limite da linha de fratura - ao passar da linha é como se extravasasse ou ocorresse sobreinstrumentação e o fragmento apical nem sempre remove cirurgicamente, porque a polpa necrosa por compartimentos Acompanhamento: 4 semanas (remove a contenção) / 6-8 semanas / 3 meses / 4 meses / 6 meses / 1 ano e anualmente por 5 anos. Tipos de reparo: 1. Reparo por tecido mineralizado o Os dois fragmento estão em íntimo contato, vê uma pequena linha de fratura e geralmente o paciente, geralmente foi um trauma mais brando, foi reparado logo até 1 semana pós trauma e o dente manteve sua vitalidade. 2. Reparo por tecido conjuntivoo Tem a separação de um fragmento para o outro o Vê um arredondamento dos fragmento o Consegue ver o ligamento entre os fragmentos o Muitas vezes nesse tipo de reparo consegue ver obliteração pulpar que é quando a polpa se calcifica e responde devido ao trauma, como resposta vai produzindo dentina e ficando bem atrésica e obliterando o canal 3. Tecido de granulação o Não é reparo o Enxerga uma grande separação entre os fragmentos o Provavelmente o paciente demorou muito tempo para procurar atendimento e tem uma área de granulação está contaminada. Complicações: o Necrose pulpar o Obliteração pulpar o Reabsorção radicular o Perda óssea marginal LESÕES DOS TECIDOS DE SUPORTE CONCUSSÃO Dente traumatizado sem deslocamento no alvéolo e sem rompimento de fibras periodontais Sem mobilidade Sem deslocamento Aparentemente o dente tá normal, paciente relata que aconteceu o trauma e sensibilidade Sem alteração radiográfica Só libera o paciente depois de um ano se não tiver necrose SUBLUXAÇÃO Dente traumatizado sem deslocamento no alvéolo, porém com rompimento de fibras periodontais. Pequena mobilidade dentária – não vai tá deslocado do alvéolo Sangramento sulcular Sensibilidade à percussão Sensibilidade ao toque Dano pulpar transitório Sem alterações radiográficas Concussão e Subluxação – TRATAMENTO: o Normalmente nenhum tratamento específico é necessário o Alívio da oclusão o Dieta pastosa e líquida o Contensão flexível por 2 semanas – não deve ser lesiva à gengiva ou lábios e sempre com 2 dentes vizinhos de cada lado o Controle periódico clínico e radiográfico de 2 semanas (retira a contensão), 12 semanas, 6 meses e 1 ano o Geralmente esses traumas vêm acompanhado de outro LUXAÇÃO EXTRUSIVA ou EXTRUSÃO Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo e mantido apenas por fibras gengivais intactas. Extremamente frouxo – “fica pendurado” Fora do alinhamento oclusal Sensível ao toque Fratura alveolar rara Aumento do espaço periodontal Paciente não consegue nem fechar a boca Paciente anestesiado Tem edema e sangramento Nem sempre precisa de tratamento endodôntico, tem que aguardar sinais e sintomas Tratamento: o Reposicionamento dental o Contensão flexível por 2 semanas o Acomapanhar: 2-4-8-12 semanas / 6 meses / 1 ano e anualmente por 5 anos LUXAÇÃO INTRUSIVA ou INTRUSÃO Deslocamento axial do dente para o interior do alvéolo, danificando as estruturas de suporte. Desalinhamento oclusal Coroa clínica fica reduzida Som metálico à percussão Sem mobilidade Não resposte aos testes pulpares Radiograficamente: o Redução do espaço periodontal o Dente intruído no processo alveolar o Grau de formação radicular o Periapicais anguladas e oclusal Tratamento com Rizogênese Incompleta o Reerupção espontânea o Movimentação ortodôntica – se não mudar nada em 4 semanas o Monitorar a condição pulpar o Orientações aos pais e paciente o Acompanhar: 2-4-8-12 semanas / 6 meses / 1 ano e anualmente por 5 anos Tratamento com Rizogênese Completa o Intrusão 3mm: Reerupção espontânea – aguardar 8 semanas o Extrusão cirúrgica + contensão flexível por 4 semanas ou extrusão ortodôntica o Intrusão 3-7mm: Extrusão cirúrgica ou ortodôntica o Intrusão > 7mm: Extrusão cirúrgica Necrose em 96% dos casos – MIC 15 dias após o trauma, para prevenir a reabsorção radicular inflamatória LUXAÇÃO LATERAL Deslocamento para vestibular, lingual ou lateral do dente. Desalinhamento dos dentes – SEM mobilidade Som metálico – tipo o de um dente anquilosado, é bem característico Fratura óssea alveolar Aumento no espaço do LP Sem resposta aos testes pulpares Radiografias periapicais Tratamento: o Reposicionamento dental (digitalmente mesmo, só com anestesia local) o Contensão flexível 4 semanas (se tiver fratura óssea, prolonga por mais 1 mês) o Necrose pulpar em ápices completos: MIC após 2 semanas Pode ocorrer revascularização pulpar espontânea em dentes com rizogênese incompleta! o Acompanhamento igual da extrusão o A chance de reabsorção radicular é alta o 2 semanas é o tempo máximo para evitar, diminuir ou paralisar uma reabsorção. AVULSÃO Deslocamento TOTAL do dente do interior do seu alvéolo com ruptura de todas as fibras periodontais. Padrão de cura complexo Grau de desenvolvimento radicular Reimplante imediato – é o ideal Período extra alveolar até 1h é mais crítico Meio de estocagem melhor é o leite Condição do dente e do alvéolo Como o dente sai todo do alvéolo tem uma grande chance (partir de 1 hora fora do alvéolo) que aquele ligamento ao redor da raiz necrose. Com ele necrosando, quando reimplanta, aquele cemento vai estar em íntimo contato com o osso e vai reconhecer o dente como osso e vai incluir o dente no processo de modelação e remodelação do osso e quando observa o dente está todo substituído por osso – reabsorção por substituição que inicia com a anquilose alvéolo - dentaria que é justamente essa união do alvéolo e osso sem ligamento periodontal. Quando observa radiograficamente o osso, no lugar do dente observa como se fosse uma lesão, Lacunas de Howship A reabsorção por substituição não tem cura, uma vez que inicia não para, mesmo com medicação 2 semanas após a avulsão para tentar evitar a reabsorção. É interessante que se reimplante porque vai manter o nível ósseo, altura da crista, espaço para futuro implante Não é desvantajoso mesmo sabendo que pode reabsorver, mas precisa deixar o paciente decidir. Obs: Ler o artigo que ela passou (a parte de avulsão)
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