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Hepatites Agudas 1-Definição: - Processo inflamatório no fígado com degeneração e morte hepatocitária. -Pode ou não alterar a função hepática -Pode ser classificada: • Aguda -até o 3ºmês • subaguda- 3º-6º mês • crônica->6 meses •Histopatológico: -Alterações lobulares Infiltrado inflamatório misto Degeneração de hepatócitos (alteração da arquitetura do fígado – Hepatócitos) -Necrose focal -> em ponte-> maciça. 2-Alterações laboratoriais: · Transaminases - hepatites agudas: > 10 a 100 x LSN - ALT > AST: hepatites virais - hepatite alcoólica: < 500U/L e AST / ALT > 2 (não aumenta muito, em comparação com os vírus hepatotóxicos que ⬆ bastante) - sem relação com prognóstico ou função H. -ALT (TGP) : mais específica de lesão hepática -AST (TGO): lesão em fígado, músculo cardíaco, esquelético, rins, cérebro, pâncreas, pulmão. -Hepatite isquêmica/tóxica+ /H.C. – (redução da inflamação- “tocada”) · Acompanhamento nas hepatites agudas: - a cada 20 a 40 dias - > 6 meses: cronicidade · Seguimento nas hepatites crônicas - normalização não descarta grau de fibrose - reativação ➭não resposta ? má adesão ? outro agente ? · Parâmetro de seguimento durante um tratamento com potencial de hepatoxicidade - Esquema RIPE – tratamento de tuberculose (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol), roacutam, propiltiuracil. -É indicativo realizar o acompanhamento das transaminases. · Proteínas totais e frações - hipergamaglobulinemia (+anticorpos+)em alguns casos - albumina altera na fase crônica · INR (razão normalizada internacional) -É um cálculo realizado pelos aparelhos a partir do resultado do TAP ou TP (tempo de protrombina), que permite uma comparação interlaboratorial independendo da tromboplastina utilizada. INR= [TAP do paciente em seg./TAP médio normal em seg.]ISL -Normal: 0,8-1 -Uso de anticoagulante oral:2-3 -↑hepatites fulminantes · Hemograma - achados inespecíficos - linfocitose: hepatites virais · Bilirrubinas - podem ser normais ou elevadas (BT < 10mg/dL geralmente) - 30 a 40% cursam com icterícia: a maioria SEM ICTERÍCIA - icterícia + colúria + acolia fecal : descartar causas obstrutivas. - > 20 mg/dL e aumento progressivo: casos mais graves, hemólise associada ou icterícia obstrutiva(acúmulo), neoplasias das vias biliares. · FA (Fosfatase alcalina) e GGT (Gama GT) -São enzimas que se elevam quando há lesão das vias biliares. *O fígado produz a bile que é drenada pelas vias biliares -hepatite biliar: dilatação das vias biliares. •Etiologia *NASH – Esteato Hepatite Não Alcóolica (inflamação) (é um aspectro da Doença hepática gordurosa não alcóolica). Hepatites por vírus hepatotróficos •Vias de transmissão - Fecal-oral: HVA, HVE -Parenteral: HVC, HVB, HVD, HVA - Sexual: HVB, HVD, HCV, HVA - Vertical: HVB •O que acontece após o contato com o vírus? 3-Manifestações clínicas •Fase de incubação - contaminação ➭ primeiro sintoma • Fase prodrômica - sintomas inespecíficos: adinamia, anorexia, náusea, artralgia, febre, mialgia. • Fase ictérica - colúria (coloração escura da urina devido á eliminação de bilirrubina), hipocolia (Diminuição da secreção biliar) ou acolia fecal (Falta ou interrupção da secreção biliar,alterando o processo da digestão- Fezes BRANCAS), icterícia (presença anormal dos pigmentos biliares), prurido (coceira). - < 30% casos: A > B > C • Fase covaslecente - sintomas desaparecem e exames laboratoriais podem normalizar •Exame físico - +Visível na hepatite CRÔNICA - Hepatite A - - Picornavírus - RNA vírus -Resiste em água salgada - Resiste a T 60°C - Resiste em fezes secas até 1 mês -É inativado por hipoclorito de sódio - Período de incubação: +/-28 dias - Principal via de transmissão: fecal-oral - Mais comum em crianças e adolescentes · Marcadores sorológicos: - AntiHVA IgM: define infecção aguda ->+ desde o início do quadro. (é a 1º a alterar) -AntiHVA IgG: resto da vida -> confere imunidade -> define contato prévio ou vacinação (cicatriz sorológica) · Grupos de risco - consumidores de alimentos contaminados - local sem saneamento adequado - funcionários e crianças de creches - militares, limpadores de esgoto · Profiláxia: -Cuidados com higiene pessoal -Saneamento básico -PASSIVA: Imunoglobulina Humana (até 2 semanas nos contactantes. (regiões endêmicas ou situação de risco) -ATIVA: Vacina (MS:>=1 ano de idade com dose única) - Hepatite B - - DNA Vírus (único) -+/- 300 milhões de portadores crônicos no mundo -Brasil: região norte -Período de incubação: 15 a 90 dias (até 180 dias) -HBV é 100x mais infeccioso do que o HIV -Risco 200x mais de hepatocarcinoma em portadores crônicos. -ONCOGÊNICO E CIRRÓTICO (pode necessitar de transplante- de acordo com os critérios de Milão: 1 nódulo de até 5 cm ou até 3 nódulos de até 3cm -prioridades para o transplante, caso não esteja nesses critérios, tratar o nódulo - se não houver viabilidade de tratamento não transplantar.) -+++ Infeccioso +++ - Principal via de transmissão: sexual (menos comum: parenteral (sangue) e vertical). - Atinge todas as faixas etárias – 20 a 40 anos - Forma anictérica evolui mais frequentemente para forma crônica (?) -uso de imunoglobulina em bebes p/ - o contato com o Vírus. -Risco de cronificação após o contato com o vírus B: VERTICAL(90%)>INFÂNCIA(20-30%)>ADULTO(5-10%) -Adultos: tem contato, tem a doença e normalmente curam espontaneamente. -O pct pode ser portador ou doente assintomático (sem icteríria)- evolui + p/ a forma crônica da doença. -Marcadores sorológicos: -Antígenos: HBsAg, HBcAg, HBeAg -Anticorpos: Anti-HBs, AntiHBcIgM, AntiHBcIgG AntiHBe. · Hepatite B aguda: HBsAg (+)<6 meses AntiHBs - AntiHBc = IgM+ (aguda), igG+/- (não ser crônico, estar se tornando) HBeAg + AntiHBe +/- Transaminases +++ PCR vírus B elevado · Hepatite B Crônica HBsAg (+)>6 meses AntiHBs - AntiHBc =igG+ HBeAg + (vírus selvagem) AntiHBe - Transaminases +++/normais <500 u/L (AntiHbe+ / HBeAg -/ PCR >2000 UI/ml ->mutante pré-core) · Para entender : - HBsAg = dirá se tem(+) ou não (-) hepatite. *Agudo<6 meses >Crônico *S (superfície) - AntiHBs= Corresponde a cura/vacina (+) *não pode ser positivo no quadro agudo ou crônico Não produziu ainda anticorpos(-) - HBcAg= Não é possível quantificar no sangue. *C( região do core) - AntiHBc (+) =pode ser IgM +(quadro agudo) Ou IgG +(quadro crônico). *pode ser quantificado no sangue *IgM->IgG :32 semanas após o contato com o vírus. - HBeAg =quando há +replicação viral e alta infectividade. Se passar +3meses tende a cronificar. *E (+replicação viral). - AntiHBe =aparece quando HBeAg(-) termino da replicação viral. · Profilaxia Ativa: -Vacinação: -3 doses: 0,3 e 180 dias -Calendário vacinal: -A partir do nascimento (em 12h) -1-19 anos -Situações específicas (cirróticos, imunossupressos, Contactantes domiciliares e sexuais de pessoas HBsAg+) -Induz formação de AntiHBs -pode ser indetectável após 7-10 anos -Não (+) a região do core. -Quando revacinar? Quando o AntiHBs não (+) · Profilaxia Passiva: - Imunoglobulina anti-hepatite B (HBIG) - O mais precoce possível - No período de 7-10 dias - nas condições: Vítmas de abuso sexual, acidentes pérfuro-cortantes ou RN de mães portadoras de HBsAg+ . * Há tratamento para o vírus B, que controla: Mas não cura !!! - Hepatite D - -Vírus delta: RNA - Necessita do vírus B: vírus defectivo (tropismo) - Região amazônica - Usuários drogas EV - Hepatite C - -Brasil: 2 milhões de portadores - Assintomática na maioria dos casos - Hepatite aguda rara - Incidência regredindo nos últimos anos -Cronifica mais de 80% dos casos -O Tratamento CURA - Não há vacina - Manifestações extra-hepáticas -Indicação de TX hepático -Vírus RNA -Período de incubação longo -Adultos jovens e idosos. -Vias de transmissão: - principal: parenteral -> drogas ilícitas, agulhas, seringas, HD, acidente ocupacional, tatuagem, piercing, acunputura, pós transfusional - sexual: raro à maior risco: múltiplos parceiros, HIV, DST. -vertical: raro à HIV, RNA-HCV elevado - intradomiciliar · Diagnóstico HCV: -Marcadores sorológicos: anti-HCV - screening; relativamente barato; sensibilidade > 90% - + entre 8 a 12 sem após a contaminação -carga v.:+ infecção ativa,- cantato prévio/ tratou e curou. - Não define infecção ativa (aguda ou crônica?) - Biologia molecular: PCR quantitativo / qualitativo (genotipagem para tratamento) - Não é screening; alta S e E; alto custo - Definem infecção ativa (+) e avaliam resposta ao tratamento e cura (tem que -) - Genótipos (Brasil): G1 > G2 e G3 > G4, G5, G6 - Hepatite E - - RNA vírus - AntiHEV IgM: 4 a 6 meses após episódio agudo -AntiHEV IgG: imunidade definitiva -Transmissão fecal-oral - Cronifica: transplantados de órgãos sólidos, doenças hematológicas, HIV · Orientações gerais: -Dieta que tolerar - Repouso relativo - Atividade física lenta e progressiva - Suspensão do etilismo - Uso de medicamentos indispensáveis - Profilaxia dos contactantes -Vírus Não-hepatotróficos- -Resposta imune do hospedeiro -> ativação células T CD8+ -Lesão citopática viral -Investigar: - dor em quadrante superior direito - febre persistente - hepatoesplenomegalia -Dentre eles: · Vírus Epstein-Barr - Maioria assintomáticos e autolimitada - Adolescentes e adulto jovem: mononucleose infecciosa - Discreto aumento TGO/TGP ->* hepatite fulminante · Citomegalovírus - latente em células tronco da MO e monócitos - reatividade: imunossupressão à transplantados · Herpes simples e Varicela-Zoster - Hepatite grave por HSV: infecções neonatais, gestantes e imunocomprometidos · COVID - Arboviroses - · Dengue - transaminases < 400 U/L à 3.000 a 4.000 U/L casos graves - icterícia marcador de gravidade - lesão hepática é multifatorial · Febre amarela · Vírus Zika (sexualmente transmissível) · Parvovírus B19 · Sarampo · Rubéola · Chikungunya - Hepatites Transinfeccionais – -Infecções bacterianas: - sepse - colangite (inflamação/obstrução das vias biliares) - ITU (infecções do trato urinário) - pneumonias - abcessos ->Transaminases Normalizam após a resolução do quadro. - Lesão hepática aguda induzida por drogas (DILI)- -Fígado: papel central no metabolismo - 40 a 50% dos casos de insuficiência hepática aguda -Intrínseco (dose dependente) X idiossincrásico (basta o contato) - 50% hepatite aguda -ex:chás, ervas, medicamentos -Hepatite fuminante =transplante - Insuficiência hepática aguda grave- -Menos de 1% dos casos de hepatite - Maioria dos casos: vírus A, B, B+D, medicamentos, substâncias tóxicas - Mortalidade > 80% - Quando suspeitar ? • EH < 8 semanas do surgimento dos sintomas • Coagulopatia severa • Icterícia progressiva • Redução progressiva do tamanho do fígado • Vômitos incoercíveis • “ Sinal da cruz” (fígado destruído: transaminases caem(necrose= não há mais inflamação) e a função hepática sobe(bilirrubina e INR) =indicação de transplante. • Comprometimento de órgãos vitais.
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