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Prévia do material em texto

História | Rio de Janeiro
Luana Zucoloto Mattos e Maria Bethânia de Araujo
 3o. ano
Anos Iniciais
Curitiba
2021
Rio de 
Janeiro
3oo3oooo ano3oo3. ano3 anoano3. ano
AnAnAnAnAnAAnAAAA osooososossos IIAnnnooososooo IIIIIniinininninn ciciccc aiiaiaia ssssssssssnos IniciicciiaaaaciaiiisssssisAAAAAAnAnAnAAAA ososososooo Ininininn ccciiiaiaiaia ssssssssAnosososoo Ininnnnnnos IniccciiiaaaciaiiisssssisIninnn ciiiaissssIniciais
fic
ha
 té
cni
ca
Diretor-Geral
Daniel Gonçalves Manaia Moreira
Diretor Editorial
Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial
Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial
Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial
Jeferson Freitas e Silvia Eliana Dumont
Coordenação de Arte
Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia
Susan R. de Oliveira Mileski
Autoria
Luana Zucoloto Mattos e Maria Bethânia de Araujo. 
Reformulação dos originais de Wilma de Lara Bueno
Edição de Conteúdo
Aline Suzana Camargo da Silva Cruz (Coord.), Siloé Souza e 
EPN Editoria e Projetos
Edição de Texto
Shirlei França dos Santos e Maria Helena Ribas Benedet
Revisão
Fernanda de Lara
Edição de Arte
Juliana Ferreira Rodrigues
Projeto Gráfico
Fabíola Castellar 
Ilustrações da folha de rosto: Ailustra
Ilustração do sumário: Adilson Farias
Imagens: ©Shutterstock/Creativika Graphics, Mika
Besfamilnay, Moonnoon, olnik_y, yopinco, Sudowoodo,
Sunward Art, SpicyTruffel, WongJogja, YummyBuum
Ilustrações
Bruna Assis Brasil, Caco Bressane, Divo Padilha, 
João Salomão, Renan Takeshita e Vanessa Alexandre
Editoração
Grafo Estúdio
Pesquisa Iconográfica
Juliana de Cássia Câmara
Cartografia
Luciano Daniel Tulio, Marilu de Souza, 
Talita Kathy Bora
Engenharia de Produto
Solange Szabelski Druszcz
Produção
PSD Educação S.A.
Avenida Nossa Senhora Aparecida, 174 – Seminário
80440-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500
Site: www.sistemapositivo.com.br
Impressão e Acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500 
81310 -000 – Curitiba – PR
Fax: (0xx41) 3212 -5452 
E -mail: posigraf@positivo.com.br
2021
Contato
editora.spe@positivo.com.br
Todos os direitos reservados à 
PSD Educação S.A.
© 2020 PSD Educação S.A.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil)
M444 Mattos, Luana Zucoloto.
 Sistema Positivo de Ensino: ensino fundamental : regional : 3º ano : história : Rio de
 Janeiro / Luana Zucoloto Mattos e Maria Bethânia de Araujo. – Curitiba : PSD Educação, 
 2021.
 : il.
 
 ISBN 978-65-5829-243-2 (Livro do aluno)
 ISBN 978-65-5829-210-4 (Livro do professor)
 1. Educação. 2. História – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental. I. Araujo, Maria 
 Bethânia de. II. Título.
CDD 370
v
História | 3
o. ano
sumário
2. Os povos que formaram o 
Rio de Janeiro ..... 22
3. O trabalho e as relações sociais no 
Rio de Janeiro ..... 40
1. As primeiras povoações e cidades do 
Rio de Janeiro ..... 4
História | 3
o. anoo
 1. As primeiras povoações e 
cidades do Rio de Janeiro
Neste capítulo, vamos estudar a formação dos primeiros povoados 
e cidades que atualmente compõem o estado do Rio de Janeiro. Os 
grupos de pessoas, que contribuíram para o desenvolvimento do 
nosso estado, deixaram marcas nas construções, nos costumes, 
nas músicas, nas danças, na culinária, nas crenças, entre tantas 
outras. Essas marcas são heranças que fazem parte da história 
e da cultura de cada povo que viveu no Rio de Janeiro, e que 
continuam presentes em nossas cidades até a atualidade. 
Caco Bressane. 2020. Digital.
 CADA LUGAR TEM SUA HISTÓRIA 
A história do nosso estado apresenta aspectos particulares, que devem 
ser conhecidos e valorizados. Na unidade federativa do Rio de Janeiro, há 
uma população de aproximadamente 17 milhões de pessoas, espalhadas em 
92 municípios. Nesse território, há diversas paisagens, constituídas por praias, 
rios, florestas, montanhas e cidades. 
A cidade do Rio de Janeiro já foi capital do 
Brasil e local de moradia da Família Real portu-
guesa nos anos de 1800.
Glossário
unidade federativa: nome dado 
aos estados que, juntos, formam 
a República Federativa do Brasil. 
Diga aí
Leia a imagem e responda às questões.
Monumento inaugurado 
em 1973, em homenagem 
a Estácio de Sá, português 
fundador da cidade do 
Rio de Janeiro e primeiro 
governador-geral da 
Capitania do Rio de Janeiro 
(entre 1565 e 1567).
A quem o 
monumento 
homenageia?
Esse monumento representa 
todos os povos que ocuparam 
o território do Rio de Janeiro? 
Justifique a sua resposta.
No município onde 
você mora, existem monumentos como o mostrado na imagem? 
Mencione quais.2
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e. 2020
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 Lugares de memória
Existem muitos patrimônios culturais nas cidades do Rio de Janeiro. São 
heranças deixadas por nossos ancestrais, as quais têm valor porque repre-
sentam a memória, as tradições, os costumes, a identidade e a história de um 
lugar e de um povo. 
As construções, os monumentos e os objetos fazem parte do patrimô-
nio material. As canções, as danças, as festividades, as lendas e os modos de 
fazer são considerados patrimônios imateriais. 
Conheça agora alguns exemplos de patrimônios de nosso estado. 
O Museu de Arte Contemporânea é 
um projeto que integra a construção 
à paisagem natural, reunindo mar e 
concreto. 
As escolas de samba, que desfilam 
no Carnaval do Rio de Janeiro, são 
patrimônios culturais imateriais da cidade. 
O jongo, ou caxambu, manifestação 
artística que se desenvolveu no Sudeste, 
era praticado pelos africanos escravizados 
como forma de resistência. 
Na cidade de Petrópolis, D. Pedro II 
decidiu construir sua moradia de verão. 
Essa residência real atualmente abriga o 
Museu Imperial. 
Museu de Arte Contemporânea 
em Niterói na atualidade
Museu Imperial de 
Petrópolis na atualidade
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1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro6
1 Vamos pesquisar sobre os patrimônios culturais de sua região? Siga as 
orientações a seguir.
a) Escolha um patrimônio cultural da região e pesquise sobre ele em sites, 
livros ou informe-se sobre o assunto com um adulto de seu convívio.
b) Ilustre esse patrimônio no espaço disponível no material de apoio.
c) Nas linhas do material de apoio, escreva um pequeno texto para a 
ilustração com as seguintes informações:
 Ω nome do patrimônio;
 Ω indicação se o patrimônio é material ou imaterial;
 Ω em qual município está localizado o patrimônio; 
 Ω por quais motivos foi reconhecido como patrimônio.
2 Apresente, ao professor e aos colegas, o resultado da pesquisa.
 O INÍCIO DA OCUPAÇÃO EUROPEIA 
As vilas e as cidades mais antigas do Brasil foram fundadas pelos coloni-
zadores portugueses, quando eles chegaram a essas terras. A partir dos anos 
de 1530, Martim Afonso de Souza, enviado do Rei de Portugal, iniciou a co-
lonização do Brasil. Naquela época, o espaço que forma o estado do Rio de 
Janeiro não tinha os contornos geográficos que conhecemos na atualidade. 
Nos anos 1500, o Rei português instalou o sistema de Capitanias 
Hereditárias, ou seja, distribuiu faixas de terras para pessoas de sua confian-
ça com o objetivo de ocupar o território. Essas capitanias iam desde o litoral 
até o limite dos territórios portugueses, definido pelo Tratado de Tordesilhas. 
Como o próprio nome indica, essas terras passavam de pai para filho, isto é, 
eram herdadas pelos descendentes do proprietário.
mãoLápis na
7História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
Conectando com
...
O mapa a seguir mostra a divisão das terras, organizadas em Capitanias 
Hereditárias, que pertenciam a Portugal conforme o Tratado de Tordesilhas 
(1494). Observe o mapa e depois responda às questões.
 Ω O território do Brasil ainda é dividido dessa forma?
 Ω O atual estado do Rio de Janeiro fazia parte de quaiscapitanias? 
 Ω O que mais é possível perceber em relação ao espaço que atualmen-
te forma o estado do Rio de Janeiro? 
Converse sobre essas questões com os colegas e o professor.
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel M. de. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 16. Adaptação.
Brasil: Capitanias Hereditárias
Lu
ci
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D
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1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro8
Considerando as informações anteriores, responda a estas questões:
1 Por que os europeus estavam interessados em explorar o pau-brasil?
mãoLápis na
 A riqueza de nossas florestas
Após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao território que atualmente é 
o Brasil, as terras foram ocupadas pelos primeiros coloniza-
dores portugueses. O interesse deles era encontrar ouro, 
o que não aconteceu nas primeiras décadas. Por isso, 
principalmente entre os anos 1501 e 1530, os primeiros 
exploradores se dedicaram à extração de pau-brasil, 
que existia em grande quantidade na Mata Atlântica. 
Na Europa, a madeira de pau-brasil era uti-
lizada na produção de móveis e também para 
a extração de tinta para tingir tecidos. Para ob-
ter essa matéria-prima, os portugueses fizeram 
alianças com alguns indígenas, que cortavam a 
madeira e a transportavam até os navios. Em 
troca desse trabalho, recebiam diversos obje-
tos, como machados, espelhos, contas colori-
das e tecidos.
O pau-brasil é uma das espécies vegetais que forma a Mata Atlântica. Uma parte 
dessa floresta foi considerada Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial 
pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). 
Os patrimônios naturais são áreas de importância cultural e ambiental.
©Shutterstock/Leo fernandes
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Pa
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9História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
Portugueses e franceses se aliavam com diferentes povos indígenas 
para explorar o pau-brasil. Leia o registro do francês Jean de Léry sobre uma 
conversa que teve com um indígena tupinambá, no início da colonização do 
Rio de Janeiro. Neste texto, note que os indígenas chamavam os franceses de 
mairs, e os portugueses de peró. 
Outros olhar
es
2 Quais problemas podem surgir com o desmatamento de florestas?
3 Existe algum patrimônio natural na região onde você mora? Esse local 
está preservado? Qual é a importância dele para a comunidade?
Uma vez um velho perguntou-me
: “Por que vindes vós outros ‘ma
irs’ 
e ‘perós’ [franceses e portugues
es] buscar lenha de tão longe p
ara vos 
aquecer? Não tendes madeira e
m vossa terra?” respondi que tí
nhamos 
muita, mas não daquela qualida
de, e que não queimávamos, co
mo ele 
supunha, mas extraíamos tinta 
para tingir, tal qual faziam ele
s com 
seus cordões de algodão e sua
s plumas. 
[...] agora vejo sois grandes l
oucos, pois atravessais o mar
 e 
sofreis grandes incômodos, com
o dizeis quando aqui chegais, e
 traba-
lhais tanto para amontoar rique
zas para vossos filhos ou para 
aqueles 
que vos sobrevivem! Não será 
a terra que vos nutriu suficien
te para 
alimentá-los também? Temos p
ais, mães e filhos a quem am
amos; 
mas estamos certos de que, de
pois de nossa morte, a terra q
ue nos 
nutriu também os nutrirá, por is
so descansamos sem maiores cu
idados.
 Ω De acordo com o relato, o colonizador e o indígena tinham o mesmo 
ponto de vista sobre a exploração de riquezas naturais? Justifique 
sua resposta.
CAMPOS, Raymundo. O Brasil quinhent
ista de Jean de Léry. São Paulo: Atual, 19
98. p. 61.
1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro10
 A CHEGADA DE OUTROS EUROPEUS 
A localização geográfica e a formação do litoral fluminense favoreceram 
a vinda de outros europeus interessados em conhecer as terras brasileiras e 
explorar suas riquezas. 
Nos anos 1500, os franceses tentaram se estabelecer em nosso território, 
fundando uma colônia denominada França Antártica. Para isso, fizeram alian-
ças com os indígenas que chamavam de “Tamoios”. Em troca de apoio contra 
indígenas inimigos, auxílio na busca por alimentos e no deslocamento pelas flo-
restas, os franceses forneciam diversos objetos aos indígenas aliados.
Inicialmente, cerca de 80 franceses 
vieram ao Brasil e se estabeleceram na Ilha 
de Serigipe (atualmente Villegagnon). Dois 
anos depois, mais 300 franceses chega-
ram e se uniram aos que já haviam se fi-
xado no local. Por volta de 1560, o governo 
de Portugal reagiu contra a presença de-
les em nosso litoral, reunindo indígenas e 
portugueses para expulsá-los da região.
O militar Estácio de Sá chegou à re-
gião nesse período e fundou uma cidade 
com o objetivo de garantir a posse da 
terra para a Coroa Portuguesa. Foi esco-
lhido o nome de São Sebastião do Rio 
de Janeiro para o local, em homenagem 
ao então rei Sebastião, de Portugal. A re-
gião se situava entre o Pão de Açúcar e o 
Morro Cara de Cão. Observe o mapa.
TEIXEIRA, Luís; COSTA, Melba F. da. Roteiro 
de todos os sinais, conhecimentos, fundos, 
baixos, alturas e derrotas que ha na costa 
do Brasil: desde o cabo de Santo Agostinho 
até ao estreito de Fernão de Magalhães. 
Lisboa: Tagol, 1988.
No mapa, tanto a escrita quanto os nomes de diversos 
locais eram diferentes dos usados na atualidade. A 
atual Ilha do Governador é indicada como “I. do Gato”, 
a atual cidade do Rio de Janeiro como “Cidade de S. 
Sebastiam" e o Pão de Açúcar como “Pão da Sucar”.
©Acervo da Biblioteca da Marinha
11História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 A fundação de novas cidades
Arariboia, chefe indígena do grupo Temiminó, ajudou os portugueses a ex-
pulsar os franceses da região da Baía de Guanabara. Pelos serviços prestados 
nesse combate, Arariboia recebeu terras, que atualmente fazem parte do esta-
do do Rio de Janeiro. A elas deu o nome de Niterói e nelas fundou a aldeia São 
Lourenço.
Depois que os franceses foram derrotados e expulsos, os portugueses ini-
ciaram o cultivo de cana-de-açúcar no local, ocupando a Baixada Fluminense. 
Na região, surgiram diversas vilas, como Paraty, Majé, Inhomirim e Iguaçu. No iní-
cio dos anos 1600, havia sido fundada a cidade de Cabo Frio, onde foi construí-
do o antigo forte francês de Villegagnon. Algumas décadas antes, foi instalada a 
Vila de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Grande, atualmente o município de 
Angra dos Reis.
A ocupação portuguesa prosseguiu para o interior, com a exploração dos 
campos e dos percursos dos rios que cortam o Rio de Janeiro. Isso ocorreu por 
meio da doação de terras feita pelos governantes às pessoas interessadas em 
construir engenhos, explorar ouro e estabelecer núcleos de povoamento.
Nos Campos dos Goytacazes, foram instalados engenhos e fazendas de 
gado, que forneciam carne, couro e queijo para a cidade do Rio de Janeiro e sua 
vizinhança. Ainda nos anos de 1600 surgiu a Vila de São Sebastião dos Campos, 
destacando-se como um centro na produção de açúcar e de criação de gado.
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Muitas pessoas trabalha
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engenhos de cana-de-aç
úcar
1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro12
 Ω O nome dessa cidade sig-
nifica “água escondida”.
Marque V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas.
 Os franceses se aliaram aos indígenas e expulsaram os portugueses 
do território do atual Rio de Janeiro.
 Arariboia ajudou os portugueses a derrotar os franceses.
 A colonização portuguesa desenvolveu-se perto de rios.
 A povoação do interior está relacionada com a produção de cana-
-de-açúcar.
 Na região do Rio de Janeiro, a exploração de ouro foi mais importan-
te do que as atividades das fazendas de gado.
mãoLápis na
brincar?Vamos
1 Decifre a carta enigmática para descobrir o nome de três cidades do es-
tado do Rio de Janeiro que têm nomes de origem tupi.
A Ó G RE U N TI Ç P Y
 Ω Parte do nome dessa cida-
de significa “água grande”.
 Ω Esse local era chamado 
de “rio das tainhas” pelos 
indígenas.
13História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 RIO DE JANEIRO: CENTRO ADMINISTRATIVO 
NO BRASIL COLONIAL 
A cidade de SãoSebastião do Rio de Janeiro se tornou o centro adminis-
trativo da Colônia, principalmente em razão da localização geográfica e do 
formato do litoral, que favorecia a instalação de portos. Os navios levavam 
pau-brasil e produtos agrícolas em direção à Europa e traziam produtos eu-
ropeus, que não existiam no Brasil.
Nos anos 1570, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi a capital 
das terras do sul, chamadas Repartição Sul, o que possibilitou a criação de ser-
viços administrativos, reunindo funcionários que cuidavam da aplicação da 
justiça, atendiam ao comércio e cobravam impostos. Para proteger a região 
de invasões estrangeiras, foi construída a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, 
inicialmente chamada de Nossa Senhora da Guia ou Forte Santa Cruz.
ENDER, Thomas. Forte Santa Cruz na entrada do porto do Rio de Janeiro. 1 gravura, color., 14,8cm × 7,7cm. Biblioteca 
Nacional, Rio de Janeiro.
COLÉGIO dos jesuítas no Morro do Castelo. 
Século XVIII. 1 gravura, p&b.
No final dos anos 1500, 
foi criada a Santa Casa de 
Misericórdia, primeiro hospital 
da cidade. Na mesma época, 
os jesuítas fundaram um colé-
gio no Morro do Castelo, com o 
objetivo de cuidar da religiosi-
dade e da educação dos mo-
radores, além de catequizar 
indígenas.
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1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro14
 Rio de Janeiro: Estrada Real 
Até o fim do século XVIII (1701-1800), a comunicação entre as pessoas 
que estavam no litoral e as que estavam no interior do Brasil era feita por um 
antigo caminho formado por trilhas que passavam pelos atuais estados de 
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esse caminho ficou conhecido como 
Estrada Real e por ele passavam as riquezas extraídas do interior em direção 
ao litoral. Aos poucos, esse caminho foi pavimentado com pedras, trabalho 
feito por africanos escravizados.
Com a descoberta de ouro nas terras do atual estado de Minas Gerais, o 
chamado Caminho Novo foi aberto, ligando o interior diretamente ao porto do 
Rio de Janeiro. 
Estrada Real
Fonte: INSTITUTO Estrada Real. Mapa da Estrada Real. Disponível em: 
<http://www.institutoestradareal.com.br/>. Acesso em: 17 mar. 2020. 
Adaptação.
Por meio desse cami-
nho, os moradores das mi-
nas recebiam alimentos e 
outros gêneros de primei-
ra necessidade trazidos 
de Portugal e do sul dos 
territórios portugueses na 
América. Esses produtos 
passavam pelo porto do 
Rio de Janeiro e eram le-
vados até a região das mi-
nas pelos tropeiros. Assim, 
o Rio de Janeiro cresceu 
com o transporte de cargas 
e surgiram vários tipos de 
serviço. 
Ta
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15História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
A cidade tinha ainda a função de controlar toda a exploração de ouro e 
de diamantes da Colônia, concentrando, para isso, os serviços de transporte 
dessas riquezas, que saíam do Porto do Rio de Janeiro direto para o Reino de 
Portugal. Para melhor administrar e proteger essa arrecadação, a capital do 
Brasil foi transferida de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro, o que ocor-
reu em 1763.
Ao ser elevada à capital da Colônia, os governadores estabelecidos no 
Rio de Janeiro passaram a priorizar o desenvolvimento da cidade. Dessa for-
ma, cuidaram da segurança dos moradores, abriram ruas, construíram chafa-
rizes para o abastecimento de água e pontes, entre outras melhorias. Assim, 
a cidade foi ganhando uma nova paisagem e desenvolvendo outro modo de 
viver. 
FRÜHBECK, Franz J. O Campo de Santana no centro do Rio de Janeiro. 1818. 1 gravura, color.
Em busca de trabalho, muitas pessoas deixavam a capital e seguiam 
para a região de mineração, o que fez surgir outras cidades no estado do Rio 
de Janeiro, principalmente na região do Caminho Novo, como Vassouras, 
Cantagalo, Paraíba do Sul e Barra do Piraí. 
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1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro16
Leia estas imagens da cidade de Cantagalo, 
mostrada em dois períodos diferentes:
Interpretando
a) Indique as principais semelhanças e diferenças entre as paisagens 
apresentadas nas imagens. 
b) Imagine como era a vida das pessoas que viviam em Cantagalo na 
época em que a primeira imagem foi produzida. Converse sobre esse 
assunto com os colegas e o professor.
DEBRET, Jean-Baptiste. A colônia suíça de Cantagalo. 1827. 1 aquarela sobre papel, color., 16 cm × 22 cm. Biblioteca 
Pública de Nova Iorque, Nova Iorque.
Cidade de Cantagalo em 1827
Cidade de Cantagalo na atualidade
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17História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 NOVAS TRANSFORMAÇÕES URBANAS 
Em 1808, a cidade do Rio de Janeiro recebeu a Família Real portu-
guesa, que veio de mudança para o Brasil. Com ela, vieram aproximada-
mente 15 mil pessoas de Portugal para residir no Rio de Janeiro. Tal fato 
motivou as autoridades a expulsar muitos moradores de suas casas para 
serem utilizadas como residência dos portugueses. 
A Família Real foi morar na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, 
ocupando uma casa de campo transformada em Palácio Real. 
A vinda da Família Real movimentou o Porto do Rio de Janeiro, pois 
o príncipe regente Dom João permitiu, por meio de uma ação conhecida 
como Abertura dos Portos, que a Colônia passasse a comercializar com 
outras nações além de Portugal. Essa possibilidade intensificou as ativi-
dades comerciais, principalmente com a Inglaterra. 
Naquele período, o café se destacou como produto econômico nas 
terras férteis do Vale do Paraíba. Com o passar dos anos, a lavoura de 
café se espalhou por todo o Vale, transformando esse produto na princi-
pal riqueza do Brasil. 
O café era exportado do 
Porto do Rio de Janeiro para vá-
rios lugares do mundo e, para 
transportá-lo, foi construída a 
primeira estrada de ferro bra-
sileira. Essa obra favoreceu o 
surgimento de cidades em seu 
entorno, como Petrópolis.
Caco Bressane. 20
20. Digital.
a d
t
Caco Bressane. 20
20. Digital.
1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro18
Com o lucro da venda do 
café, os fazendeiros construí-
ram habitações luxuosas, cha-
madas palacetes, e investiram 
em recursos para modernizar 
a cidade, como a instalação 
de iluminação a gás nas ruas e 
a criação das primeiras linhas 
de bondes para transportar os 
moradores.
1 Observe as ilustrações das páginas 18 e 19, depois responda.
 Ω O que essas ilustrações representam? Qual é a diferença entre elas?
2 Pesquise como são as áreas urbanas e as áreas rurais do estado do Rio 
de Janeiro na atualidade. Ilustre um elemento de cada uma dessas áreas.
mãoLápis na
Caco Bressane. 2020. Digital.
19História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
Leia esta imagem:
Interpretando
DEBRET, Jean-Baptiste. Quinta Real da Boa Vista ou Praça de São Cristóvão. 1831. 1 litografia, 7,9 cm × 22,2 cm. 
De acordo com a imagem e com seus estudos, responda às questões.
1 A imagem representa a construção onde moraram os governantes portu-
gueses D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, du-
rante os anos de 1800. Em sua opinião, como era o interior desse palácio? 
2 Nos anos de 1800, o Brasil foi governado por um rei e dois imperadores 
que viveram no Rio de Janeiro. Na atualidade, quem é o responsável por 
administrar o país? Onde essa pessoa vive? 
3 No caderno, ilustre a atual residência do presidente da República do 
Brasil. Depois, compare-a com a residência da Família Real portuguesa, 
no século XIX (1801-1900), destacando as diferenças entre elas.
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1. As primeiras povoações e cidades do Rio de Janeiro20
 MINHA CIDADE TEM HISTÓRIA 
A cidade do Rio de Janeiro passou por muitas mudanças no decorrer do 
tempo.Isso também ocorreu na cidade onde você mora e pode ser obser-
vado nas construções, na pavimentação de ruas, na ocupação dos espaços 
despovoados e na exploração da natureza local. Por isso, ao planejar as cons-
truções e as obras de uma cidade, as autoridades devem avaliar os benefícios 
que essas interferências trazem para a população, assim como os prejuízos 
que podem provocar para a natureza.
Os espaços públicos, ou seja, aqueles destinados à população, devem 
ser conservados pela prefeitura. Para cuidar desses locais e administrar a ci-
dade como um todo, os prefeitos contam com o trabalho de várias pessoas: 
vice-prefeito, vereadores e outros funcionários que trabalham na prefeitura. 
Os serviços relacionados ao saneamento básico, à educação, à saúde, ao 
transporte público e à distribuição de energia elétrica, por exemplo, devem 
ser garantidos pelo governo para toda a população.
 Identifique os espaços públicos de acordo com as cores da legenda. 
Caso você desconheça a função de algum desses espaços, faça uma 
pesquisa para descobrir.
Praça públicaEscola públicaHospital públicoPrefeitura
Câmara dos vereadores Biblioteca pública
 Espaço público para convivência, lazer e prática de esportes.
 Local onde se pode ler e emprestar livros. 
 Construção onde os representantes do povo elaboram as leis. 
 Lugar público onde se estuda. 
 Espaço onde os representantes do povo administram a cidade. 
 Local onde profissionais cuidam da saúde da população. 
 
Eu, cidadão
21História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 2. Os povos que formaram o 
Rio de Janeiro
Neste capítulo, vamos conhecer alguns dos diferentes povos 
que contribuíram para a formação da sociedade fluminense. 
Em especial, vamos estudar sobre alguns povos indígenas, 
africanos escravizados e portugueses, que foram os primeiros 
grupos a viver nas terras que formam o atual estado do 
Rio de Janeiro. Também vamos conhecer aspectos culturais 
deixados por esses povos no decorrer do tempo, e como 
influenciaram o modo de vida dos habitantes do nosso estado.
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africanos escravizados e portugueses, que foram os primeiros 
grupos a viver nas terras que formam o atual estado do 
Rio de Janeiro. Também vamos conhecer aspectos culturais 
deixados por esses povos no decorrer do tempo, e como
influenciaram o modo de vida dos habitantes do nosso estado.
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 VIVENDO NO RIO DE JANEIRO 
A sociedade do estado do Rio de Janeiro é formada por diferentes pes-
soas, cada uma com determinada maneira de viver. Trabalhar, praticar espor-
tes, passear em praias e por outras paisagens naturais e participar de rodas 
de samba, por exemplo, são algumas atividades que fazem parte da vida de 
muitos moradores das cidades fluminenses.
Diga aí
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
Praia de Ipanema
Trilha na Serra da 
Mantiqueira no Parque 
Nacional de Itatiaia
1 O que essas fotograf
ias 
representam?
2 Alguma dessas atividades faz parte do seu dia a dia?
3 Quais outros costumes são praticados entre os mo-
radores da região onde você vive? O que você sabe 
sobre a origem desses costumes?
©Shutterstock/Vitormarigo
©Shutterstock/Lazyllama
23História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 DIFERENTES POVOS E CULTURAS 
Ao estudarmos a sociedade da região que atualmente forma o Rio de 
Janeiro, podemos perceber que vários grupos contribuíram para sua forma-
ção, destacando-se os indígenas, os africanos escravizados e os portugue-
ses, que vieram como colonizadores, além de outros grupos de imigrantes 
europeus que começaram a chegar séculos depois.
Todos esses povos fazem parte da 
formação da cultura do estado do Rio de 
Janeiro e influenciaram, por exemplo, há-
bitos, festejos, religiosidades e receitas 
culinárias que fazem parte do dia a dia da 
população fluminense.
TUPI-GUARANI
PURI
Tupi
Paraíba
Puri
Coroado Coropó
Guaru
Goitacá
Pitá
Sacaru
Caxiné
Bocayú
Bacunin
Xumeto
Tupiniquim
Guarani
Tupinambá 
ou Tamoio
Temiminó ou 
Maracajá
Agora, vamos estudar 
mais sobre esses povos e 
a influência deles em nosso 
modo de vida.
©Pulsar Imagens/Luciana Whitaker
PPPPP
SaSaSaSaaaSa
24
 Os indígenas 
Antes da chegada dos europeus e durante o período de colonização, 
muitos grupos indígenas viviam no território que se tornaria o estado do Rio 
de Janeiro. Os nativos usavam pelo menos 20 idiomas diferentes; contudo 
alguns grupos falavam idiomas semelhantes. 
Esses idiomas semelhantes foram reunidos em grupos chamados de fa-
mílias linguísticas. As famílias que têm uma origem comum foram reunidas 
em grandes troncos linguísticos. A classificação de idiomas em famílias lin-
guísticas foi uma das formas que portugueses e pesquisadores encontraram 
para identificar e diferenciar os indígenas, que tinham também, muitas vezes, 
modos de vida diversos entre si. 
Conheça o nome das famílias linguísticas de grupos indígenas que habi-
tavam o território que atualmente forma o Rio de Janeiro.
Famílias 
linguísticas 
indígenas
LÍNGUA NÃO 
CLASSIFICADA
Botocudo, Aimoré 
ou Batachoa
Goianá, Guaianá 
ou Guaianã
MAXAKALÍ
Maxakalí 
BOTOCUDO
©Pulsar Imagens/Luciana Whitaker
Indígenas da etnia 
Guarani Mbyá na Aldeia 
Mata Verde Bonita em 
Maricá, Rio de Janeiro
25História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 Os indígenas do passado
Viajantes e cronistas europeus registraram a existência de muitas aldeias 
espalhadas pelo território que atualmente forma o estado do Rio de Janeiro. 
Os nomes das aldeias faziam referência a montanhas, animais, plantas e ele-
mentos culturais da região. Na Ilha do Governador, existiam 36 aldeias; na 
Baía de Guanabara, foram encontradas 32 aldeias nos anos 1500; em Niterói, 
foram identificadas aldeias como as de Icaraí, Itauna e Caranacuy.
Entre os povos indígenas do grupo Tupi, destacavam-se os Temiminó, 
os Tupiniquim e os Tamoio, ou Tupinambá (por vezes, os portugueses davam 
nomes diferentes para um mesmo grupo de indígenas). Todos esses grupos 
habitavam o litoral e foram os primeiros a entrar em contato com os euro-
peus. Moravam em ocas cobertas de folhas, dormiam em redes e recolhiam 
da natureza boa parte dos alimentos de que necessitavam.
Os Tupi costumavam migrar em busca de caça, 
de terras para plantar e de lugares onde pudessem 
praticar a coleta e a pesca. 
No caça-palavras, en-
contre nomes de alguns 
grupos indígenas que vi-
viam no território que for-
ma o atual estado do Rio 
de Janeiro.
brincar?Vamos
U Y R F T U P I N A M B Á Y U
Y T E G L I P K R J P O V H Y
H E M L P O D R A K I T Y B H
N M I G U A I M O R É O H D N
V I E O Y G G U Y J N C B W V
N M I I H B W A F O R U D Y N
D I N A N N Q X Z M K D W H D
W N F N V C O R O A D O S N W
F Ó D Á E A L K M D J I T O M
B W A F O L U T P P U R I K T
A G L I N B E Q Z A K X P O U
Glossário
migrar: deslocar-se do lu-
gar de origem para viver 
em outros lugares.
2. Os povos que formaram o Rio de Janeiro26
Os Tupi tocavam instrumentos musicais, cantavam e dançavam nas 
festas que ocorriam em momentos especiais da vida na aldeia. Nesses 
eventos, eles pintavam o corpo com tintas, obtidas de sementes, frutos, fo-
lhas, etc. Muitas celebrações eram realizadas em homenagem a divindades 
relacionadas a elementos da natureza como o Sol, a Lua, o vento, a água, 
entre outros.
Para a sobrevivência, plantavam mandioca, abóbora, amendoim, feijão, 
pimenta e árvores frutíferas. Pescavam e se dedicavam também ao cultivo do 
algodão, que transformavam em fios para tecer redes usadas para descansar 
e dormir. Confeccionavam utensílios como potes de cerâmica, cestos de pa-
lha, arcos, flechas e instrumentos musicais. Eram guerreiros habilidosos. 
Sabe-se que os Goitacá, que habitavam a região onde atualmente se lo-
caliza o município de Campos dos Goytacazes, eram excelentes nadadores 
e corredores. Esse grupo demonstrou grande resistência aos colonizadores 
que se estabeleceram em seu território.
ECKHOUT, Albert. Índio tupi. 1643. 
1 óleo sobre tela, color.,267 cm × 
159 cm. Museu Nacional da 
Dinamarca, Copenhague.
ECKHOUT, Albert. Índio tapuia. 
1641. 1 óleo sobre tela, color., 
272 cm × 161 cm. Museu Nacional 
da Dinamarca, Copenhague.
Nessas reproduções 
de obras do pintor 
holandês Albert Eckout, 
é possível observar 
um indígena Tupi e um 
Tapuia (nome pelo qual 
os Tupi chamavam os 
grupos não Tupi). No 
início da colonização, 
os indígenas de famílias 
linguísticas diferentes da 
Tupi não tiveram tanto 
contato com os europeus 
e isso aconteceu porque 
eles viviam em regiões 
mais afastadas do litoral 
ou entre serras de difícil 
acesso. 
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27
Relacione as duas colunas.
A Habitavam o litoral das terras flu-
minenses e foram os primeiros a 
ter contato com os europeus.
B Nome pelo qual os Tupi chama-
vam os indígenas que não eram 
da mesma família linguística.
C Eram bons nadadores e viviam 
na região que atualmente se cha-
ma Campos dos Goytacazes.
D Atividades praticadas pelos Tupi.
E Práticas realizadas em dias de 
festas nas aldeias do povo Tupi.
mãoLápis na
 Agricultura, cerâmi-
ca e artesanato com 
materiais retirados 
da natureza.
 Tapuia.
 Pinturas corporais, 
danças e músicas.
 Tupi.
 Goitacá.
Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas contam com a participação de et-
nias nativas de diversos países. Entre as modalidades disputadas, há arremes-
so de lança; uso de arco e flecha; disputa de cabo de força; canoagem; corrida; 
prática de peikrãn (peteca) e jikunahati (futebol de cabeça). 
O objetivo principal dessas competições é valorizar os 
esportes praticados pelas diversas etnias indígenas e va-
lorizar a cultura dos povos nativos.
Conectando com
...
A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos 
Indígenas foi realizada em 2015 na cidade de Palmas, 
em Tocantins, e contou com a participação de indígenas 
de 24 países.
Divo
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020.
 3D.
©Flickr/Tiago Zenero/PNUD Brasil
28
Grande parte dos indígenas que habitava o território fluminense desa-
pareceu em guerras contra não indígenas, por causa da escravização ou por 
doenças trazidas pelos europeus. Apesar disso, ainda existem povos nativos 
habitando algumas aldeias no estado do Rio de Janeiro, entre elas, Bracuí, em 
Angra dos Reis; Rio Pequeno, Paraty Mirim, Mamanguá e Araponga, em Paraty; 
e Tekoá Mboy-ty, em Maricá. 
Na maioria das aldeias, vivem indígenas 
do grupo Guarani, falantes do idioma tupi, 
que chegaram à região a partir dos anos 
1940. Nessas aldeias também vivem in-
dígenas descendentes de outros povos 
nativos que habitam as terras fluminen-
ses desde os anos 1800.
Além de lutar para que suas tradi-
ções e terras, que são heranças de seus 
ancestrais, sejam preservadas, muitos in-
dígenas enfrentam ações de preconceito 
constantemente.
Eu, cidadão
1 Pesquise e anote em seu caderno o nome de aldeias que existem na 
região onde você vive e do grupo indígena que habita essas áreas. Cole 
imagens ou ilustre o modo de vida desses grupos.
2 Em jornais, na internet ou perguntando a adultos de seu convívio, pesqui-
se exemplos de situações de preconceito e dificuldades enfrentadas por 
indígenas que habitam a mesma região onde você vive. 
3 Reúna-se a alguns colegas e criem um cartaz contra o preconceito e a 
discriminação de indígenas. O trabalho poderá ser exposto em um mural 
na escola. 
Na atualidade, a maioria dos indígenas 
vivem em áreas urbanas. Poucos ainda 
habitam áreas rurais. Na imagem, 
indígenas da aldeia Mata Verde Bonita, 
em Maricá, assistem a um jogo de 
futebol realizado na aldeia.
©Pulsar Imagens/Luciana Whitaker
29História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 Os portugueses em nossas terras
Os povos indígenas do Rio de Janeiro lutaram para preservar as terras que 
habitavam e combater os povos que chegavam de outros lugares e ameaça-
vam tomar esses territórios, prejudicando o modo de viver das comunidades. 
Após muitos anos de constantes lutas, os colonizadores portugueses se es-
tabeleceram definitivamente nas terras fluminenses e trouxeram costumes 
muito diferentes daqueles praticados pelos indígenas.
Com os primeiros colonizadores, vieram também os missionários de 
ordens religiosas. Entre esses religiosos, destacaram-
-se os jesuítas que se dedicaram à catequização dos 
indígenas, ensinando a eles a religião católica, a língua 
portuguesa e o modo de viver dos europeus. Os indí-
genas eram batizados e então passavam a usar nomes 
de origem portuguesa. 
Os jesuítas também fundaram reduções para o 
aldeamento de indígenas, como aconteceu no município de São Pedro da 
Aldeia. 
Glossário
missionários: pessoas 
que se dedicam a ensi-
nar ou apresentar uma 
fé a outras pessoas.
reduções: aldeamen-
tos indígenas organi-
zados pelos religiosos 
católicos.
Embora pudessem ter diferenças, as reduções jesuíticas eram organizadas de 
maneira bastante semelhante.
Cemitério
Casa dos 
religiosos
Local para 
tropas
Praça
Terreiro
Depósito para 
mantimentos
Casas dos 
indígenas
Paiol
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Pa
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 3
D.
2. Os povos que formaram o Rio de Janeiro30
Observe como o pintor Firmino Monteiro representou o momento da 
fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1565.
historiadorEu, 
MONTEIRO, Firmino. A fundação do Rio de Janeiro. 1881. 1 óleo sobre tela, color., 200 cm × 300 cm. Câmara 
Municipal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. (Detalhe).
De acordo com a leitura dessa obra e com seus estudos, identifique os 
personagens indicados na imagem conforme esta legenda:
1 Indígenas 2 Colonizadores portugueses 3 Jesuítas
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31História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 Um novo modo de viver
Com a fundação da cidade do Rio de Janeiro, funcionários portugueses 
foram trazidos para administrar e organizar a cidade, motivando a construção 
da câmara, da igreja e da cadeia.
Os colonizadores construíram suas casas com madeira, barro e pedras. 
No interior das moradias, havia somente alguns bancos para se sentar e redes 
para dormir. O chão era de terra batida e o fogão enchia o ambiente de fuma-
ça, pois, na cobertura, não havia chaminé. Nos fundos dessas construções, os 
portugueses reservavam espaços de terra para fazer um quintal com hortas 
e pomares. As roupas e demais objetos – livros, louças, talheres, espelhos e 
baús – vinham da Europa, mas poucas pessoas dispunham de recursos para 
comprar esses itens.
Nos arredores das casas, foram criadas la-
vouras de cana-de-açúcar. Na feitoria de Cabo 
Frio, os colonizadores armazenavam o pau-brasil 
que seria enviado para Portugal.
Durante muito tempo, a vida nas cidades do 
Rio de Janeiro permaneceu sem grandes mudan-
ças. No entanto, com a transferência da sede da 
administração colonial para a cidade do Rio de 
Janeiro, em 1763, as cidades do entorno, aos pou-
cos, foram sendo modificadas.
Na época, havia casas dispostas em quarteirões, com praças frequenta-
das por muitas pessoas na cidade do Rio de Janeiro. Nas ruas, existia um siste-
ma de iluminação obtido com a queima de óleo de baleia. A partir da chegada 
da Família Real portuguesa, em 1808, a cidade cresceu com o surgimento de 
diversas construções, a criação de monumentos e a organização de festejos e 
solenidades, realizados para o príncipe e a Corte. 
Nas cidades, as pessoas frequentavam a igreja para assistir a missas e 
participar de batizados, casamentos ou funerais. Os filhos e as filhas das famí-
lias mais ricas estudavam em seminários e conventos das diversas congrega-
ções religiosas. 
Glossário
feitoria: organização esta-
belecida pelos portugueses 
em pontos de interesse co-
mercial (locais com acesso a 
bens como especiarias, me-
tais precisos ou pau-brasil, 
no caso brasileiro) ou de in-
teresse militar (para auxiliara 
proteger os navegantes por-
tugueses que percorriam as 
rotas comerciais) no período 
das Grandes Navegações.
2. Os povos que formaram o Rio de Janeiro32
brincar?Vamos
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No labirinto a seguir, ajude o i
mperador 
D. Pedro II a chegar a sua mo
radia.
33História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 A presença africana 
A cidade do Rio de Janeiro, por causa de sua localização geográfica, tor-
nou-se um importante porto, onde chegavam navios que traziam africanos 
escravizados para trabalhar no Brasil. O tráfico de africanos escravizados era 
lucrativo para os portugueses, que o mantiveram por longos anos.
A travessia do litoral africano para o Brasil durava aproximadamente dois 
meses, e as pessoas eram trazidas amontoadas no porão dos navios. 
Muitos africanos morreram durante a viagem, pois as condições de hi-
giene e a alimentação no navio eram precárias, o que facilitava o aparecimen-
to de doenças. Por isso, esses navios ficaram conhecidos como tumbeiros.
No mapa a seguir, conheça as principais regiões de embarque e desem-
barque de africanos escravizados trazidos ao Brasil.
As regiões africanas de onde mais pessoas foram retiradas e trazidas como escravizadas para o 
Rio de Janeiro atualmente correspondem a diversos países, entre eles, Angola, Gabão, República 
Democrática do Congo e Moçambique. 
Fonte: SOUZA, Marina de M. e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 82.
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2. Os povos que formaram o Rio de Janeiro34
 Quem eram os africanos escravizados 
trazidos ao Rio de Janeiro?
A maior parte dos escravizados africanos, es-
tabelecidos na região fluminense, falava idiomas 
semelhantes, originados da língua banto. Na África, 
essas pessoas viviam organizadas em diversos 
clãs, reinos e impérios. Eram sedentários, ou seja, viviam em moradias fixas. 
Praticavam a pecuária e o cultivo de alimentos como o sorgo, o feijão e a me-
lancia, caçavam, pescavam e também comercializavam marfim, ouro, ferro e 
pedras preciosas. 
Alguns povos africanos dominavam a metalurgia, como os minas, e a 
maioria deles cultuava divindades relacionadas às forças da natureza e a seus 
ancestrais.
Esses povos trouxeram para o território brasileiro e fluminense seus mo-
dos de vida: as línguas nativas, as danças, as religiões e os diversos preparos 
culinários, exemplos de aspectos culturais que se misturaram à cultura por-
tuguesa e indígena formando a identidade dos habitantes do atual estado do 
Rio de Janeiro.
Glossário
sorgo: alimento de origem 
africana, rico em ferro, zin-
co, proteínas, fibras e vi-
taminas; é o quinto cereal 
mais consumido no mundo.
DEBRET, Jean-Baptiste. E
scravizadas negras 
de diferentes nações. 183
5. 1 litografia, color., 
20,7 cm × 31,6 cm. 
Apesar de falarem idiomas 
semelhantes, os povos africanos que 
chegaram ao Rio de Janeiro tinham 
tradições religiosas, costumes e 
culturas diferentes. Nessas obras, o 
artista francês Jean-Baptiste Debret 
representou algumas etnias africanas, 
que se diferenciavam, por exemplo, por 
características físicas, uso de enfeites, 
penteados e marcas faciais.
DEBRET, Jean-Baptiste. Diferentes 
nações negras. 1835. 1 litografia, 
color., 15 cm × 22 cm.
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35História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
1 Marque um X nas informações corretas.
 No passado, pessoas de diversos povos da África foram trazidas 
às terras fluminenses e trabalharam como escravizadas.
 Os navios que traziam os africanos escravizados para o Rio de Ja-
neiro ficaram conhecidos como tumbeiros, por conta das mortes 
que ocorriam nas viagens.
 Os povos africanos que chegaram ao território fluminense a partir 
dos anos 1500 eram nômades, não praticavam agricultura.
2 No material de apoio, faça dois desenhos. O primeiro deve representar 
um dos diversos povos africanos que vieram para o Brasil na condição 
de escravizados em seu local de origem. No segundo desenho, represen-
te como esses povos viviam no território fluminense. 
mãoLápis na
 O Reino do Congo
O Reino do Congo era um dos 
diversos reinos que existiram na 
África. Foi uma das regiões de origem 
dos africanos trazidos como escra-
vizados para o Rio de Janeiro. Nesse 
reino, havia uma grande população, 
chefiada por um governante (mani), 
que contava com um exército e fun-
cionários que o ajudavam na defesa 
e na administração do reino.
Outros olhar
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2. Os povos que formaram o Rio de Janeiro36
O rei morava na cidade de Banza. Cercada por muralhas, essa cidade era 
movimentada por uma intensa rota comercial.
As atividades mais valorizadas eram a tecelagem e a metalurgia de ferro, as 
quais eram praticadas somente pelos membros mais nobres daquela sociedade.
 Os quilombos e os quilombolas do Rio de Janeiro
Na região que originou o estado do Rio de Janeiro, muitos quilombos 
foram formados pelos escravizados, que não aceitavam a condição de ex-
ploração e sofrimento que enfrentavam. Os quilombos eram espaços onde 
os africanos e seus descendentes podiam viver livres da escravidão e recriar 
parte de seus modos de vida e cultura de origem. 
Atualmente, existem algumas comunidades quilombolas no estado do 
Rio de Janeiro, e grande parte da população que vive nelas é formada por 
descendentes dos africanos que as fundaram. Inicialmente, essas comuni-
dades foram organizadas em locais de difícil acesso nas matas, entretanto, 
em decorrência do crescimento urbano, na atualidade, muitas dessas comu-
nidades se encontram próximo às cidades.
A existência e a preservação dessas comunidades é muito importante 
para a manutenção da cultura afro-brasileira, e, conforme a Constituição do 
Brasil, os quilombolas têm direito às terras que ocupam.
1 O que são quilombos? 
2 Quais são as dificuldades enfrentadas pelos quilombolas na atualidade?
3 Converse com os colegas e o professor sobre como combater situações 
de preconceito.
4 Pesquise informações a respeito de alguma comunidade quilombola da 
região onde você vive. Anote as características dessa comunidade e faça 
um desenho para representá-la.
mãoLápis na
37História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 INFLUÊNCIAS CULTURAIS DOS POVOS QUE 
FORMARAM O RIO DE JANEIRO 
Na atualidade, a cultura e o modo de viver dos fluminenses são marca-
dos pela influência dos povos que viveram na região em tempos passados. 
Por meio das gerações, as tradições e as memórias que remetem aos ances-
trais foram mantidas. 
Leia as imagens e os textos verbais corresponden-
tes para saber mais informações sobre esse assunto.
O biscoito de polvilho e o chá da erva-mate gelado são 
populares nas praias cariocas. Esses produtos são 
fabricados com ingredientes tipicamente indígenas: 
erva-mate e mandioca. Em 2012, o trabalho dos 
vendedores ambulantes de chá-mate, limonada e 
biscoito de polvilho foi declarado 
Patrimônio Cultural Carioca. 
Na fotografia, vemos o complexo lagunar de 
Jacarepaguá. Diversos lugares foram batizados com 
nomes indígenas, como Jacarepaguá, Pavuna, Maracanã 
e Ipanema. Além disso, muitas pessoas recebem nomes 
de origem indígena, como Cauê, Iara, Iracema, Iraci, 
Raoni, entre outros. A palavra carioca também é de 
origem indígena e significa “casa do homem branco”.
A culinária fluminense recebeu 
influências indígena, africana, 
portuguesa entre outras. O milho 
e a mandioca são ingredientes 
tradicionalmente cultivados pelos 
indígenas. Esses produtos são a base 
para a produção de farinhas, tapioca, 
bolos, curau, pamonha, etc. O chuvisco 
é uma receita de origem portuguesa. Já 
o consumo de feijão-preto, melancia e 
café é de origem africana.
MEUS ANCESTRAIS AFRICANOS 
INFLUENCIARAM A CULINÁRIA DO RIO DE 
JANEIRO E TAMBÉM O NOSSO IDIOMA. MUITAS 
PALAVRAS USADAS AQUI SÃO DE ORIGEM 
AFRICANA. POR EXEMPLO, BABÁ,BOBÓ, 
MOLEQUE, FAROFA, QUITUTE, BERIMBAU, 
MARIBONDO E DENGO.
innnnfluêêêncii
poportrtugugu ueeue
e e a aa mamamam nn
trtrrradadicicccioionnn
ininnndídígegeg nanaa
paparara aa ppp
bobob lolos,s,s cccuuuu
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oo coconsnsnn umummmm
cacaféfé éé ddd
PALAVRAS USADAS AQUI SÃO DE ORIGEM PALAVRAS USADAS AQUI SÃ DE ORIGEO DDE ORIGEMM 
AFRICANA. POR EXEMPLO, BABÁ, BOBÓ, AFRICANA. POR EXEMPLO, BABÁ, BOBAAFRICANA. POR EXEMPLO, BABÁ, BOBÓÓ,,
MOLEQUE, FAROFA, QUITUTE, BERIMBAU, MOLEQU FAROFA QUITUMOLEQUE, FFAROFA, QUITUUTE, BERIMBTETE, BERIMBAAUU, ,
MARIBONDO E DENGO.MARIBONDO E DEO E DENNGOO.
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©Pulsar Imagens/Luciana W
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©Pulsar Imag
ens/Chico Ferreira
38
Quais influências dos povos que formaram o estado 
do Rio de Janeiro estão presentes em seu dia a dia?
A religião de muitos moradores do Rio 
de Janeiro é o candomblé. Essa tradição 
religiosa surgiu entre os africanos 
escravizados no Brasil. O hábito de jogar 
flores no mar em oferenda a Iemanjá, 
divindade do mar, no dia de Ano-Novo, 
é uma prática dos candomblecistas. 
O catolicismo, religião trazida pelos 
portugueses, também foi adotada por 
muitos fluminenses.
Uma das atrações de nosso estado 
tornou-se conhecida em várias regiões 
do mundo: o Carnaval, evento em 
que ocorrem desfiles de blocos 
carnavalescos e de escolas de 
samba. Essa festa já existia na 
Europa, há muito tempo, sendo 
realizada por camponeses e artesãos 
que interrompiam sua rotina de 
trabalho para descansar e se divertir. 
Durante vários dias, essas pessoas 
comiam, dançavam e bebiam, fazendo 
brincadeiras umas com as outras. O 
Carnaval foi trazido pelos portugueses ao 
Brasil, mas o samba foi criado com base 
em ritmos africanos, assim como o chorinho, 
que também teve influência de povos da África.
historiadorEu, 
©Shutterstock/Cp dc Press
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39História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 3. O trabalho e as relações 
sociais no Rio de Janeiro
Neste capítulo, vamos conhecer diversos espaços de lazer e 
identificar os espaços que fazem parte da comunidade onde vivemos. 
Também vamos estudar algumas das atividades econômicas de nosso 
estado e conhecer trabalhos e ofícios realizados no Rio de Janeiro 
em diferentes períodos, comparando semelhanças e diferenças. 
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 TRABALHO E LAZER 
O trabalho e o lazer são direitos que devem ser garantidos a todas as 
pessoas. Além de trabalhar, os adultos também têm direito de descansar e 
de se divertir. As crianças, por sua vez, devem frequentar a escola e brincar 
em espaços adequados e seguros. 
Diga aí
Leia esta imagem: 1
3
2
Que tipo de espaço foi registrado nessa 
imagem?
Na comunidade onde você 
vive, existem espaços como 
o mostrado na imagem? Você 
costuma frequentá-los?
Há pessoas que t
rabalham 
nesses espaços? 
Quem são 
essas pessoas?
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41História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 O lazer no passado
As formas de se divertir, assim como de trabalhar, mudaram com o pas-
sar do tempo. Em outras épocas, as pessoas usavam o quintal de casa e as 
ruas como espaços de lazer. Entretanto, com o crescimento das cidades, em 
muitas comunidades isso não é mais possível. 
Leia as informações a seguir sobre algumas atividades de lazer realiza-
das pelos moradores do Rio de Janeiro no passado. 
MALTA, Augusto. Multidão passeia pela Avenida 
Central no Carnaval. 1908. 1 fotografia, p&b. 
Arquivo George Ermakoff. 
©Arquivo George Ermakoff
 Ω dançar e cantar no 
quintal de casa
 Ω pular corda
 Ω jogos com bola
 Ω pião
 Ω andar de bicicleta 
na rua
As ruas da cidade também serviram como locais de diversão para a po-
pulação do início dos anos 1900, quando muitas festas eram realizadas em 
espaços públicos.
42
1 As informações da página anterior trazem formas de lazer presentes na 
cidade onde você vive atualmente? Justifique sua resposta.
2 Quais formas de lazer presentes em sua comunidade são diferentes das 
registradas na página anterior?
3 Pesquise uma forma de diversão praticada no passado pelas famílias da 
comunidade onde você vive e desenhe essa prática no quadro a seguir. 
Escreva uma legenda para seu desenho.
mãoLápis na
43História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 PROFISSÕES, OFÍCIOS E OCUPAÇÕES 
EM OUTROS TEMPOS 
Na atualidade, existe uma grande diversidade de profissões nas cidades 
e no campo. Professores, dentistas, comerciantes, artesãos e agricultores são 
alguns exemplos de profissões que você já deve conhecer.
Esses trabalhadores fazem parte das atividades econômicas desenvol-
vidas em nossa região, ou seja, das atividades relacionadas à geração de ri-
quezas e à prestação de serviços para a população.
Existem trabalhadores que prestam serviços, é o caso dos médicos, dos 
coletores de lixo, dos motoristas de ônibus e dos policiais. Há também aque-
les que trabalham com a produção de bens, como os operários de fábricas 
e os artesãos. Além deles, existem pessoas que trabalham com a produção 
de alimentos por meio do cultivo da terra, 
os agricultores. Por fim, existem os traba-
lhadores do comércio, que vendem os mais 
variados produtos.
Interpretando
1 Leia esta imagem:
AVENIDA Passos no Rio de Janeiro. [ca.1925]. 1 fotografia, 
p&b. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
No passado, será que essas profissões já existiam? 
E na atualidade? Algumas profissões do passado ainda são desenvolvidas? 
©Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
44
De acordo com sua leitura, responda às questões.
a) Que trabalhadores aparecem na imagem?
b) Nessa fotografia, é possível ver outras pessoas além dos trabalhado-
res. Que tipos de trabalhos elas poderiam realizar naquela época? 
Converse com os colegas e o professor sobre esse assunto.
2 Desembaralhe as sílabas e identifique algumas profissões que eram 
bastante comuns no passado. Depois, circule o nome daquelas que ain-
da existem.
3 No município onde você mora, existem profissões que desapareceram 
com o tempo? Converse com as pessoas de mais idade de sua família 
para descobrir quais profissões ou ofícios deixaram de existir. Registre o 
que descobriu e apresente essas informações aos colegas.
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da existem.
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45História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 O trabalho no campo
No passado, as pessoas que viviam no campo se dedicavam à agricul-
tura, praticando a lavoura, isto é, o cultivo de produtos agrícolas, tanto para 
abastecer os habitantes da propriedade, quanto para vender esses produtos 
nas cidades. Em muitos locais, também havia engenhos ou criação de gado. 
Proprietários de engenhos e de fazendas de gado usavam mão de obra 
escrava nos serviços de plantio, produção de açúcar e criação de animais.
Durante as primeiras décadas dos anos 1800, a cultura do café se tornou 
muito importante na região do Vale do Paraíba, na divisa entre os estados do 
Rio de Janeiro e de São Paulo. A região se desenvolveu com a riqueza dessa 
atividade, e os fazendeiros daquela época ficaram conhecidos como barões 
do café.
A mata nativa dessas áreas foi derrubada para dar lugar ao plantio do 
café, cultivado em grandes fazendas com o trabalho dos escravizados. Depois 
de colhido, torrado e ensacado, o café era transportado pelos tropeiros até o 
porto do Rio de Janeiro, onde era embarcado em navios para ser comerciali-
zado na Europa.
historiadorEu, 
1 Leia a imagem ao lado, 
que retrata o trabalho 
nas fazendas de café 
no ano de 1882.
FERREZ, Marc. Escravos em terreiro de 
uma fazenda de café na região do Vale do 
Paraíba. 1882. 1 fotografia, p&b. Instituto 
Moreira Salles, Rio de Janeiro.
©Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles
3. Otrabalho e as relações sociais no Rio de Janeiro46
De acordo com a imagem, responda às perguntas.
a) Que tipo de fonte histórica foi reproduzida na página anterior?
 Uma fonte escrita. Uma fonte visual.
b) Quem são as pessoas que aparecem na imagem?
c) Que tipo de trabalho essas pessoas estão realizando?
2 As imagens a seguir representam algumas formas de transportar café 
durante os anos 1800 e início dos 1900. Leia essas imagens. 
De acordo com sua leitura, responda às questões.
a) Que formas de transportar a produção de café foram registradas nas 
imagens? Qual seria a forma mais antiga?
b) Na região onde você vive, ainda são usadas essas formas de transpor-
tar mercadorias? Justifique a sua resposta.
TEIVE, Joaquim L. Nº 39 Carregadores de café. 1841. 
1 litografia, color., 23 cm × 19 cm. Instituto Moreira 
Salles, Rio de Janeiro. 
BARCA e trem chegando no pier Barão de Mauá, na 
Estação Guia de Pacobaíba. [s.d]. 1 fotografia p&b.
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47História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 O TRABALHO ESCRAVIZADO 
A mão de obra escrava foi utilizada desde o início da colonização do 
Brasil. Inicialmente, os indígenas foram escravizados pelos portugueses. 
Entretanto, os jesuítas eram contra essa escravização e usaram sua influên-
cia junto à Coroa portuguesa para que essa prática não continuasse. Nos al-
deamentos dos jesuítas, os indígenas não eram escravizados e aprendiam, 
além da religião católica, os costumes europeus.
A oposição dos jesuítas e a redução da população in-
dígena causada por doenças trazidas pelos 
europeus, conflitos com os colonizadores e mi-
gração de alguns povos para o interior do terri-
tório dificultaram a escravização dos indígenas 
pelos portugueses.
Assim, desde o final dos anos 1500, 
os portugueses começaram a trazer 
africanos para trabalhar como escra-
vizados em todas as atividades rea-
lizadas na Colônia: na agricultura, na 
pecuária e nos trabalhos domésticos, 
por exemplo. Muitos africanos que chegavam 
ao porto do Rio de Janeiro eram levados para trabalhar em outras 
regiões do Brasil. Nos engenhos de açúcar e nas fazendas 
de criação de gado e produção de café, 
os escravizados realizavam todos os 
tipos de trabalho. Eles plantavam, 
colhiam e transportavam a pro-
dução. Na região de Campos dos 
Goytacazes, os escravizados 
cuidavam dos rebanhos e pro-
videnciavam o transporte das 
cargas para a venda.
Vanessa Alexandre. 2020. Digital.
48
Havia também escravizados na cidade. 
Alguns eram alugados por seus donos para 
realizar serviços para outras pessoas me-
diante uma taxa paga diretamente aos pro-
prietários. Essas pessoas eram chamadas 
de “escravos de ganho”. Nas cidades flumi-
nenses, elas realizavam inúmeros tipos de 
trabalho: construíam casas, abriam ruas, 
montavam calçadas, entre outras obras pú-
blicas. Trabalhavam também no transporte de car-
gas e de pessoas, no comércio ambulante e como barbeiros, 
sapateiros, alfaiates, ferreiros, carpinteiros, entre outros ofícios.
Diariamente, transitavam pelas ruas da cidade mulheres e crian-
ças escravizadas com seus tabuleiros, que eram usados para vender 
frutas, refrescos, doces e salgados. As mulheres 
também trabalhavam como costureiras, cozi-
nheiras, lavadeiras e fiandeiras, e as crianças 
levavam recados e faziam pequenos serviços 
domésticos.
Glossário
fiandeiras: pessoas que 
trabalham fiando, ou seja, 
produzindo fios para con-
fecção de tecidos.
1 No diagrama, encontre 
palavras relacionadas a 
seis ocupações dos es-
cravizados que viviam 
no Rio de Janeiro.
2 Agora, de acordo com o que foi estudado sobre o trabalho dos escravi-
zados, escreva três frases com as palavras que encontrou.
brincar?Vamos
J M O E R Y N L R L R O Q L W
S C L R E C A D O S Ç K G A N
D O K I Q A L R O Q T W H V A
R S M Z V K C O M É R C I O E
N T R A N S P O R T E F H U G
J U H V J Q S T U E W E O R T
I R C O N S T R U Ç Ã O T A H
P A R U T J R U O B E G D F A
Vanessa Alexandre. 2020. Digital.
49História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 O trabalho escravizado na capital do Império
historiadorEu, 
Leia esta imagem:
ENDER, Thomas. Vista da fonte da Carioca – 1 Convento de Santo Antônio – 2 Capella dos Terceiros (Ordem 
Terceira de São Francisco da Penitência). 1817. 1 aquarela, color. Academia de Belas Artes de Viena, Áustria. 
Após a chegada da Família Real portuguesa, em 1808, a cida-
de do Rio de Janeiro passou por um grande crescimento popu-
lacional que promoveu mudanças. Na cidade, aconteceram 
melhorias urbanas, com a construção de casas, abertura de 
ruas e desenvolvimento do comércio. 
Naquele tempo, não havia água encanada nem banhei-
ros domésticos. As pessoas tomavam banho nos rios e usa-
vam a água dos chafarizes para cozinhar e para a higiene pessoal. 
Os escravizados buscavam água nos rios, fontes e chafarizes 
para abastecer as residências e o comércio. Como também não 
existia rede de esgoto, eram os escravizados que transportavam 
os excrementos em grandes vasilhas para lançá-los nas praias, e, 
por isso, as águas do mar eram impróprias para banho.
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3. O trabalho e as relações sociais no Rio de Janeiro50
Essa obra representa um local muito movimentado na época, o Largo 
da Carioca, na cidade do Rio de Janeiro. A respeito da imagem, responda às 
questões:
a) Quem são as pessoas retratadas na imagem?
b) Como essas pessoas estão vestidas?
c) O que essas pessoas estão fazendo?
Conectando com
...
O abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto e o manejo 
de águas pluviais (da chuva), serviços também conhecidos como saneamen-
to básico, ainda são deficientes em muitas cidades de nosso estado. 
No decorrer do tempo, foram realizadas obras públicas com o objetivo 
de melhorar esses serviços para a população; contudo, nem todos os bairros 
foram contemplados com essas obras. Os bairros mais pobres e de ocupa-
ção desordenada sequer receberam esse tipo de serviço. A falta de sanea-
mento básico resulta em riscos para a saúde da população.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008, os 92 mu-
nicípios do estado ofereciam a seus habitantes os serviços de abastecimento 
de água e 85 deles ofereciam também os de tratamento de esgoto. O trata-
mento de água e esgoto são direitos de todos os cidadãos, e é preciso exigir 
que esse direito seja garantido pelo governo. 
51História – Rio de Janeiro - 3o. ano 
 O TRABALHO LIVRE 
Com o fim da escravidão no Brasil em 1888, as relações de trabalho mu-
daram, pois essa prática se tornou ilegal. 
No trabalho livre, o trabalhador recebe remuneração pelo serviço presta-
do e tem liberdade de escolha, caso deseje mudar de empregador ou de tra-
balho. A maioria das pessoas trabalha em troca de um salário, por isso se diz 
que é um trabalhador assalariado. 
O trabalho escravo é definido como um trabalho forçado, em que a pessoa 
não tem liberdade e é considerada propriedade de um senhor, o escravizador.
Na atualidade, o trabalho escravo é proibido por lei. No entanto, ainda 
ouvimos notícias de pessoas submetidas a condições de trabalho análogo à 
escravidão, ou seja, semelhante à escravidão. Nesses casos, o poder público 
deve garantir ao trabalhador os direitos fundamentais e punir quem desobe-
dece à lei.
O principal órgão que regula as condições de trabalho no Brasil é o 
Ministério Público do Trabalho. É um órgão público cuja função é garantir os 
direitos dos trabalhadores, atuando para fiscalizar o cumprimento das leis tra-
balhistas no campo e na cidade. Entre as funções desse órgão, também há a 
defesa da criança e do adolescente contra a exploração do trabalho infantil. 
Eu, cidadão
Que tal ajudar na 
conscientização e na 
defesa dosdireitos 
dos trabalhadores? 
Formem grupos e busquem informações 
atuais sobre casos de trabalho análogo à escravidão. 
De acordo com o que pesquisaram, elaborem um 
cartaz para conscientizar a população sobre a im-
portância de se combater essa prática. Lembrem-se 
de também indicar telefones ou sites para denúncia.
3. O trabalho e as relações sociais no Rio de Janeiro52
Material de apoio
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55História – Rio de Janeiro - 3o. ano

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