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Lesão e Morte Celular

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Izabelle Santana 
Turma XXIV 
LESÃO E MORTE CELULAR 
Prof. Cesar Cilento Ponce 
Patologia é o estudo do sofrimento, das doenças. Estuda as alterações estruturais e funcionais das células, 
tecidos e órgãos que estão doentes. Utiliza técnicas moleculares, microbiológicas, imunológicas e 
morfológicas. 
Patologia geral 
∙ Está envolvida com as reações básicas das células/tecidos a estímulos anormais provocados pelas 
doenças. 
∙ 5 grupos de abordagem geral – mal formações, doenças degenerativas, distúrbios circulatórios, 
doenças inflamatórias e neoplasias. 
Patologia sistêmica 
∙ Examina as respostas especificas de tecidos/órgãos especializados a estímulos mais ou menos bem 
definidos. 
INTRODUÇÃO A PATOLOGIA 
4 aspectos de um processo de doença formam o cerne da patologia: 
1. Etiologia (=causa). Une a susceptibilidade genética e influências externas; 
2. Patogenia (=mecanismo); 
3. Alterações morfológicas e moleculares; 
4. Alterações funcionais. Manifestações clínicas: sinais e sintomas x Progressão da doença: consequência 
e prognóstico. 
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS 
1. Causa; 
2. Período de incubação (não há sinais e sintomas); 
3. Período prodrômico (há sinais e sintomas inespecíficos); 
4. Período de estado (há sinais e sintomas característicos da doença); 
5. Evolução (cura com ou sem sequelas, cronificação, complicações, óbito). 
DEFINIÇÕES 
Homeostasia – equilíbrio entre exigências fisiológicas e limitações da estrutura/metabolismo celular; 
Estresses fisiológicos excessivos ou estímulos patológicos adversos resultam em: 
1. Adaptação celular (reversível); 
2. Quando o limite da resposta adaptativa é ultrapassado iniciam-se as lesões celulares reversíveis 
(degenerativos). 
3. Quando o limite da reversibilidade é ultrapassado, temos as lesões celulares irreversíveis (morte 
celular – necrose ou apoptose). 
 
1. ADAPTAÇÃO CELULAR 
Ocorre quando estresses fisiológicos ou patológicos induzem alterações reversíveis, porém preservam a 
vitalidade e a capacidade metabólica das células. Essas alterações são: 
1. Hiperplasia (aumento no número de células) – dois tipos celulares que realizam mitose; 
2. Hipertrofia (aumento no tamanho da célula) – não podem entrar em mitose; 
3. Atrofia (redução do tamanho da célula). 
4. Metaplasia (mudança de um tipo de célula ou epitélio maduro para outro). 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL 
São alterações “regressivas” (com diminuição do metabolismo celular e acúmulo do substrato) e “reversíveis” 
(retornam à normalidade se o agente agressor for retirado). 
Exemplos: 
1. Degeneração hidrópica, 
2. Degeneração gordurosa, 
3. Degeneração hialina, 
4. Degeneração mucóide, 
5. Degeneração glicogênica. 
 
Na lesão reversível ocorre menos fosforilação oxidativa com menos quantidade 
de ATP, alterações em organelas citoplasmáticas. 
Exemplo: esteatose – gordura no citoplasma do hepatócito, degeneração 
gordurosa. 
 
LESÃO CELULAR IRREVERSIVEL 
Ocorre quando o estímulo excede a capacidade da célula se adaptar, ultrapassa o limite da reversibilidade e 
denota alterações patológicas permanentes que causam a morte celular. 
∙ Exemplos: IAM, AVC isquêmico, apoptose. 
Tipos de morte celular: 
∙ Necrose – é sempre patológica; 
∙ Apoptose – pode ser fisiológica ou patológica (fígado na febre amarela, neoplasias induzidas pelo p53). 
 
CAUSAS DE LESÃO CELULAR 
1. Privação de oxigênio – isquemia e hipóxia. Ex.: oclusões arteriais, anemia, envenenamento por CO, 
altitudes extremas; 
2. Agentes físicos. Ex.: trauma mecânico, radiação, queimadura, entre outros; 
3. Agentes químicos. Ex.: álcool, venenos, drogas ilícitas, medicamentos, poluentes ambientais; 
4. Agentes infecciosos. Ex.: vírus, bactérias, entre outros; 
5. Reações imunológicas. Ex.: doenças autoimunes; 
6. Defeitos genéticos. Ex.: anemia falciforme, trissomias; 
7. Alterações nutricionais. Ex.: obesidade (muitas vezes sobrecarrega o fígado), deficiências proteico-
calóricas. 
izabe
Nota
Nas lesões reversíveis, as células e organelas intracelulares normalmente ficam tumefeitas porque absorvem água como resultado da falha das bombas iônicas dependentes de energia na membrana plasmática, o que causa incapacidade de manter a homeostasia iônica e líquida.

As duas principais correlações morfológicas da lesão celular reversível são a tumefação celular e a alteração gordurosa.
Por convenção, considera-se que a lesão reversível culminará em necrose se o estímulo prejudicial não for removido.
izabe
Nota
Apoptose é a forma “limpa” de suicídio celular, ocorre em situações patológicas quando:
1. DNA ou as proteínas de uma célula são danificadas além da possibilidade de reparação;
2. Ou quando a célula é privada de sinais de sobrevivência necessários. 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
RESPOSTA A LESÃO CELULAR 
∙ Depende do tipo de agressão, duração e gravidade; 
∙ Depende também do tipo, estado e adaptabilidade 
da célula lesada. 
 
Cada tecido tem característica variáveis, podendo um 
determinado estímulo que lesiona um, não lesionar outros. 
Alguns sinais macroscópicos podem demorar a se 
manifestar, como óbito por IAM só pode ser diagnosticado 
macroscopicamente por legista após 12 horas. Antes disso 
só se pode pesquisar sinais secundários, como uma 
obstrução coronariana, por exemplo. 
∙ Hipóxia do coração = 20 minutos ∙ Hipóxia cerebral = 5 minutos 
 
PONTOS CRÍTICOS DURANTE A EVOLUÇÃO DA LESÃO 
 
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES 
A lesão celular resulta da anormalidade em um ou mais dos cinco componentes celulares essenciais: 
1. Respiração aeróbica; 
2. Manutenção da integridade da membrana 
celular; 
3. Síntese proteica; 
4. Citoesqueleto intracelular; 
5. Integridade do componente genético. 
 
izabe
Nota
A função celular pode ser perdida muito antes da instalação da morte celular, e as alterações morfológicas das células lesionadas (ou mortas) instalam-se posteriormente à perda de função e viabilidade celular.
Ex.:
As células miocárdicas tornam-se não contráteis após 1 a 2 minutos de isquemia, mas morrem após até 20 a 30 minutos da isquemia ter decorrido. As características morfológicas indicativas da morte de miócitos isquêmicos aparecem na microscopia eletrônica entre 2 a 3 horas após a morte das células, mas não são evidentes na microscopia óptica antes de 6 a 12 horas.
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
DEPLEÇÃO DE ATP 
∙ Lesões isquêmicas e toxicas; 
∙ Aumento da glicólise anaeróbica (acúmulo de 
ácido lático – menor pH celular – diminui 
atividade enzimática); 
∙ Causa falha na bomba de sódio/potássio 
dependentes de ATP (acúmulo de sódio no 
interior celular – tumefação celular e dilatação 
do RE); 
∙ Dilatação do RE com destacamento dos 
ribossomos; 
∙ Queda na função dos ribossomos, com menor 
síntese proteica; 
∙ Maior influxo de cálcio; 
∙ Lesão irreversível das membranas 
mitocondrial e lisossômica = necrose.
O ATP é produzido por duas formas: 
∙ Fosforilação oxidativa na respiração aeróbica; 
∙ Hidrólise do glicogênio na via glicolítica; 
“A redução de 5 a 10% dos níveis de ATP celular agridem muitos dos sistemas celulares críticos”. 
DANOS MITOCONDRIAIS 
Causados por hipoxia e toxinas, quem levam a maior 
quantidade de cálcio no citosol e maior quantidade de 
Espécimes Reativos de Oxigênio (ERO). 
Desencadeia morte celular por 2 mecanismos: 
 
A partir da transição da permeabilidade mitocondrial, 
“poro de transição da permeabilidade mitocondrial”: 
 
1. Reduz a fosforilação oxidativa – leva a necrose; 
 
2. Liberação do citocromo c no citosol – ativa as 
“caspases”, levando a apoptose. 
 
 
 
 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
PERDA DA HOMEOSTASE DO CÁLCIO 
Calcio intracelular muito baixo normalmente. 
∙ Isquemia e toxinas causam o influxo de cálcio através 
da membrana plasmática e libera o cálcio das 
mitocôndrias e do RE. 
∙ Prejudicial, pois: 
1. O aumento de cálcio aumenta a permeabilidade 
mitocondrial (abre o poro de permeabilidade 
mitocondrial), reduzindo a geração de ATP.2. O aumento de cálcio ativa: 
∙ Fosfolipases e proteases – lesão de membrana; 
∙ ATPases – queda na produção de ATP; 
∙ Endonucleases – levam a lesão nuclear. 
 
ESPECIES REATIVAS DE OXIGENIO (ERO) 
Radicais livres são substâncias com oxigênio que apresentam um elétron livre na camada mais superficial, de 
forma instável, podendo se ligar a outras estruturas e causar lesão. 
∙ Acúmulo de radicais livres derivados do oxigênio danificam os lipídios, proteínas e os ácidos nucléicos. 
A geração de radicais livres ocorre devido a: 
1. Absorção de energia radiante (= radiação); 
2. Metabolismo enzimático de substâncias 
químicas exógenas ou drogas; 
3. Inflamações; 
4. Excesso de metais de transição (ferro e 
cobre) que catalisam a formação de 
radicais livres; 
5. Óxido nítrico (atua como radical livre). 
Estresse oxidativo causa: 
∙ Peroxidação lipídica das membranas. 
∙ Oxidação de proteínas estruturais. 
∙ Lesões ao DNA. 
DEFEITO NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA 
∙ Peroxidação lipídica das membranas (ERO); 
∙ ↓ ATP: ↓ síntese de fosfolipídios; 
∙ ↑ [Ca]: degradação de fosfolipídios (ação de proteases e fosfolipases). 
CARACTERIZAÇÃO DA LESÃO CELULAR IRREVERSIVEL 
∙ Incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial; 
∙ Lesão severa nas membranas celulares. 
 
 
 
 
 
 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
MORTE CELULAR 
É a perda irreversível das atividades integradas da célula com incapacidade de manutenção dos mecanismos 
de homeostasia. Duas principais formas: necrose e a apoptose. 
∙ 1ª Fase – célula normal que sofre uma agressão; 
∙ 2ª Fase – perda da homeostasia, dilatação do RE, destacam os ribossomos, discreta condensação da 
cromatina nuclear e edema citoplasmático; 
∙ 3ª Fase – condensação das mitocôndrias, inchaço celular e bolhas na membrana celular; 
∙ 4ª Fase – ponto do “não retorno” = Necrose; 
∙ 5ª Fase – autólise por desnaturação proteica, aumento numérico dos lisossomas; 
∙ 6ªFase – ruptura lisossomal, e da membrana celular; 
∙ 7ª Fase – picnose, cariólise, cariorrexis (disfunção nuclear). 
LESÃO DE ISQUEMIA – REPERFUSÃO 
Sob certas circunstâncias, a restauração do fluxo para os tecidos isquêmicos resulta, paradoxalmente, no 
aumento da lesão celular. 
Este é o inverso do resultado esperado da restauração do fluxo sanguíneo, que normalmente resulta na 
recuperação de células lesionadas de forma reversível. A chamada “lesão de isquemia-reperfusão” é um 
processo clinicamente importante que pode contribuir significativamente para o dano tecidual, especialmente 
após a isquemia miocárdica e cerebral. 
Quando o fluxo sanguíneo é restaurado para células isquêmicas não mortas, a lesão pode prosseguir em ritmo 
acelerado, após a reperfusão tecidual; 
∙ Exemplos: após o uso de trombolíticos nos pacientes com IAM e AVC. 
MECANISMOS 
1. Formação de ERO pelas células endoteliais e leucócitos; 
2. Aumento de citocinas inflamatórias e moléculas de adesão; 
3. Ativação do sistema complemento.

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