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Central de Material e Esterilização - CME 10/05/2021 Parte 03 Papel da Enfermagem • Fornecer o material esterilizado a todo hospital; • Promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo e montagem de instrumental; • Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área; • Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagem que atendam às necessidades da área junto à Educação Continuada; • Promover o envolvimento e compromisso de toda a equipe com os objetivos e finalidades do serviço; • Favorecer o bom relacionamento interpessoal; • Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na área. Estrutura Física da CME Estrutura Física da CME Este é um ponto muito importante, pois a estrutura física deve determinar o fluxo contínuo sem o cruzamento de materiais sujos e limpos. O piso deve ser de material resistente, antiderrapante e de fácil limpeza; A área de preparo e esterilização deve possuir janelas teladas, sistema de ar condicionado central e sistema de exaustão; As paredes devem ter pintura lavável; Estrutura Física da CME Nas paredes entre expurgo, preparo e esterilização devem ter altura de 1m de alvenaria e o restante de vidro; A iluminação deve ser artificial fluorescente; O reservatório de água fria deverá ter autonomia mínima de 2 dias; Filtros de autoclave a vapor mais indicados são com capacidade de filtragem de 98% de partículas com o tamanho de 0,1 mícron. Estrutura Física da CME – Fluxo de materiais A CME recebe materiais de vários setores da unidade hospitalar. Os materiais que são recebidos do almoxarifado, quando descartáveis devem ser armazenados em área própria, pois os mesmos são controlados e distribuídos: materiais novos como cateteres e gazes cirúrgicas são recebidos no preparo, recebem embalagens, são esterilizados e distribuídos. Roupas limpas, compressas, aventais cirúrgicos e embalagens de tecidos, são recebidos no preparo, vistoriados e encaminhados para esterilização, são armazenados e posteriormente distribuídos. Esterilização O setor de esterilização da CME é responsável pela esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para a esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos. Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes físicos ou químicos. Esterilização – Por meios físicos – vapor Vapor saturado sob pressão – Autoclavação: é o método mais utilizado e mais seguro. O vapor pode ser: • Vapor saturado úmido: é normalmente formado quando o vapor carrega a água que fica nas tubulações. • Vapor saturado: é a camada mais próxima da superfície líquida, encontra- se no limiar do estado líquido e gasoso, podendo apresentar-se seco ou úmido. • Vapor superaquecido: vapor saturado submetido a temperaturas mais elevadas. Esterilização – Por meios físicos – vapor Esterilização – Por meios físicos – vapor Esterilização – Por meios físicos A produção do vapor utilizado na esterilização requer alguns cuidados; é muito importante que a água utilizada para a produção do vapor, esteja livre de contaminantes em concentração que possa interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho ou os produtos a serem esterilizados. Para a esterilização de alguns materiais, o tipo de vapor utilizado é o vapor saturado seco, uma vez que o vapor úmido tem um excesso de água que torna úmidos os materiais dentro da esterilizadora; já o vapor superaquecido é deficiente de umidade necessária para a esterilização. O vapor saturado seco é capaz de circular por convecção permitindo sua penetração em materiais porosos. Esterilização – Por meios físicos – calor seco Através de estufas – pode ser obtida por quatro métodos: 1) Flambagem: aquece-se o material, principalmente fios de platina e pinças, na chama do bico de gás, aquecendo-os até ao rubro. Este método elimina apenas as formas vegetativas dos microrganismos, não sendo, portanto, considerado um método de esterilização. 2) Incineração: sendo mais eficiente na destruição de matéria orgânica e lixo hospitalar, é um método destrutivo para os materiais. Esterilização – Por meios físicos – calor seco 3) Raios infravermelhos: radiação aquece a superfície exposta a uma temperatura de cerca de 180OC; utiliza-se de lâmpadas que emitem radiação infravermelha. 4) Estufa de ar quente: é o método mais utilizado dentre os de esterilização por calor seco. Constitui-se no uso de estufas elétricas. O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor úmido, requer o uso de temperaturas muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este método de esterilização só deve ser utilizado quando o contato com vapor é inadequado. Esterilização – Por meios físicos – calor seco Esterilização – Por meios físicos – calor seco Cabe observar também que o uso de temperaturas muito elevadas pode interferir na estabilidade de alguns materiais, como por exemplo o aço quando submetido a temperaturas muito elevadas perde a têmpera (processo térmico que aumenta a dureza e resistência dos aços); para outros materiais como borracha e tecidos além da temperatura empregada ser altamente destrutiva, o poder de penetração do calor seco é baixo, sendo assim a esterilização por este método inadequada. Os materiais indicados para serem esterilizados por este método são instrumentos de ponta ou de corte. Cuidados com a esterilização com altas temperaturas • Aquecimento prévio da estufa ou autoclave; • Evitar grandes volumes dentro da estufa ou autoclave, para que circulação de ar não seja prejudicada; • Evitar a sobreposição de artigos; • Marcar o início do tempo de exposição quando o termômetro marcar a temperatura escolhida; • Evitar que o termômetro toque em algum dos artigos dentro da câmara; • Não abrir a estufa nem a autoclave durante a esterilização.
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