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Roteiro 4 ● Identificar e descrever o tecido linfático associado a mucosa respiratória (lâminas histológicas); Tecido linfático difuso e nódulos linfáticos Além dos órgãos linfoides (i.e., massas de tecido linfoide periférico encapsulado, representadas pelos linfonodos e pelo baço), o corpo contém uma quantidade igualmente grande de tecido linfoide não encapsulado, o qual se encontra localizado nas paredes dos tratos gastrointestinal, respiratório e urogenital. O tecido linfático difuso e os nódulos linfáticos protegem o corpo contra substâncias patogênicas e constituem o local da resposta imune inicial. O tubo gastrintestinal, as vias respiratórias e o sistema geniturinário são protegidos por acúmulos de tecido linfático, que não estão envolvidos por uma cápsula. Os linfócitos e outras células livres desse tecido são encontrados na lâmina própria (tecido subepitelial) desses sistemas. Essa forma de tecido linfático é denominada tecido linfático difuso ou tecido linfático associado à mucosa (MALT), em virtude de sua associação às mucosas. Essas células estão estrategicamente localizadas para interceptar antígenos e iniciar uma resposta imune. Após entrar em contato com o antígeno, essas células se deslocam para os linfonodos regionais, onde sofrem proliferação e diferenciação. Em seguida, a progênie dessas células retorna à lâmina própria como linfócitos B e T efetores. Nos grandes agregados do MALT, correspondentes principalmente às tonsilas e às placas de Peyer, o tecido linfoide está organizado em folículos, que frequentemente contêm centros germinativos semelhantes aos dos linfonodos, em meio a tecido linfoide denso difuso. ROTEIRO 4 No corpo, há vários aglomerados de tecido linfático, situados no tecido conjuntivo das paredes dos sistemas digestivo, respiratório e geniturinário, assim como na pele. São locais sujeitos a invasões microbianas frequentes, porque estão expostos ao meio externo; portanto, a localização do tecido linfoide nesses locais é estratégica para detectar antígenos rapidamente, em especial microrganismos, e proteger o organismo contra patógenos do meio ambiente. Em alguns locais, estes acúmulos de tecido linfático formam órgãos permanentes e bem estruturados, como as tonsilas e as placas de Peyer da região do íleo do intestino delgado. Acúmulos temporários de tecido linfático podem ocorrer em qualquer local de tecido conjuntivo, se houver inflamação ou infecção local, ou a introdução de antígenos, mas desaparecem após se resolver a causa inicial. A pele também apresenta muitas células do sistema imunitário, como linfócitos, macrófagos e células de Langerhans. Corte de intestino grosso, em cuja camada submucosa observa-se um folículo linfático formado pelo manto periférico e pelo centro germinativo. Em torno do folículo há um acúmulo de linfócitos difusos pelo tecido conjuntivo. Ambos são componentes do tecido linfático associado às mucosas (MALT). Esta fotomicrografia mostra o tecido linfático difuso na lâmina própria (LP) do intestino grosso. A porção inferior de duas glândulas intestinais (GI) também é evidente. O tecido linfático difuso é altamente celular e inclui fibroblastos, plasmócitos e eosinófilos. No entanto, o linfócito é o componente celular mais abundante, cuja existência caracteriza o tecido linfático difuso. Corte de intestino delgado evidenciando uma placa de Peyer, componente do tecido linfático associado às mucosas (MALT). Há vários folículos linfáticos (FL) na camada submucosa, que se continuam com um infiltrado difuso de células (IC), principalmente linfócitos. Este se estende para a camada mucosa, alcançando a região abaixo do epitélio intestinal. Os asteriscos indicam espaços contínuos com o lúmen intestinal. (HE. Pequeno aumento.) Corte do intestino delgado (íleo) na região da superfície de uma placa de Peyer (componente do MALT). O lúmen intestinal (Lu) separa a superfície de uma vilosidade (à direita do lúmen) da superfície de uma placa de Peyer (à esquerda do lúmen). No epitélio que reveste a placa de Peyer há várias células M(que fazem revestimento). A parte apical de seu citoplasma indicada na figura forma o teto do espaço situado abaixo das células M. Esta região das células está bem visível, ao contrário do restante do seu citoplasma, que se confunde com outras estruturas. Os asteriscos indicam os espaços delimitados pelas células M, que contêm material originado do lúmen intestinal assim como células vindas da lâmina própria, como, por exemplo, linfócitos (L). PLACA DE PEYER Um acúmulo constante de folículos linfoides é encontrado regularmente na região do íleo. Recebe o nome de placa de Peyer. Observe na figura vários folículos linfoides na submucosa deste segmento do íleo. Estão ressaltados em azul claro. Note que a região da submucosa situada em torno dos folículos é mais corada. Isto se deve ao acúmulo de grande quantidade de células infiltradas neste local, principalmente linfócitos. As células infiltradas se estendem para a região da mucosa intestinal, até a porção subjacente ao epitélio intestinal. Este infiltrado está ressaltado em azul escuro. Em algumas espécies animais (mas não na espécie humana) estes locais da mucosa infiltdados por linfócitos e células inflamatórias se organizam em forma de pequenos cones, observados entre as vilosidades intestinais regulares. APÊNDICE CECAL O apêndice cecal é um curto e delgado prolongamento do ceco. Sua estrutura histológica é semelhante à encontrada no restante do intestino grosso e segue a estrutura geral do tubo digestivo. Característica relevante de sua parede é um acúmulo de folículos linfoides que fazem parte do tecido linfoide associado às mucosas (MALT). O tecido linfoide associado ao tubo digestivo também recebe a denominação de GALT, em sua sigla em inglês. Observe acúmulo de folículos linfoides ressaltados em azul claro na camada submucosa do apêndice. https://www.google.com/url?q=http://mol.icb.usp.br/index.php/16-1-tubo-digestivo/&sa=D&source=editors&ust=1655734640250487&usg=AOvVaw2mJ7nRgUVHin7gQkcTWrIC
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