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PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Na nossa aula de hoje irei trazer questões de provas referentes aos temas das aulas anteriores. Assim, trarei questões de outras bancas, para que possamos treinar a teoria. Eventualmente, alguma questão da FCC já abordada em nossas aulas poderá se repetir. A repetição é boa para a fixação do conteúdo. Na próxima aula farei um revisional do conteúdo teórico, inclusive do tema recursos, com apresentação de quadros esquemáticos, bizus e dicas FCC. Aula 05 (17/07): Questões de provas FCC comentadas 5.1. Questões comentadas: 1. (FCC - PGE-MT – 2011) Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar: (A) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela cláusula do foro de eleição. (B) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede. (C) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (D) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (E) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção do contrato de trabalho. Comentários: Letra D. A questão abordou o art. 651 da CLT. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 2. (UnB/CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) Com relação aos princípios afetos ao processo do trabalho, assinale a opção correta. A) Em atendimento ao princípio da identidade física do juiz, a lei determina que a competência para proferir a sentença é do juiz que colheu a prova. B) Conforme estabelece o princípio do jus postulandi, os empregados e os empregadores deverão reclamar por meio de advogado perante a justiça do trabalho e acompanhar suas reclamações. C) De acordo com o princípio da impugnação especificada, o reclamado deve manifestar-se, precisa e especificadamente, sobre os fatos narrados na petição inicial, não se admitindo a defesa por negação geral. D) Em atenção ao princípio da extrapetição, a lei permite sempre que o juiz condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial. E) Consoante o princípio do dispositivo, o magistrado está impedido de instaurar de ofício, o processo trabalhista. Comentários: Letra C. Esta questão refere-se aos temas da aula passada. QUESTÃO 64 O Princípio denominado ônus da impugnação especificada está presente no art. 302 do CPC estabelecendo que caberá ao réu manifestar-se sobre os fatos narrados na petição inicial, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos não impugnados. � O ônus atribuído ao réu somente não ocorrerá: a) Quando não for admitida a confissão a respeito dos fatos não impugnados. b) Quando a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato. c) Quando estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 3. (UnB/CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) Assinale a opção correta a respeito de aspectos diversos pertinentes à competência trabalhista. A) Nas ações que envolvam entes de direito público externo, compete à justiça do trabalho processar e julgar a demanda, assim como executar seus julgados. B) A justiça do trabalho é competente para processar e julgar tanto as ações decorrentes da relação de emprego quanto as da relação de trabalho. Assim, a ação que envolva acidente de trabalho, por constituir matéria trabalhista, deverá ser processada e julgada pela a justiça trabalhista em uma das suas varas de acidente de trabalho. C) À justiça do trabalho compete processar e julgar os mandados de segurança (primeiro grau de jurisdição) quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. D) Qualquer ação de dano moral ou patrimonial proposta pelo empregado em face do empregador ou vice-versa, quando decorrente da relação de trabalho, será de competência material da justiça do trabalho. No entanto, as ações que, promovidas pelo empregado em face do empregador, postulem indenização por danos morais e patrimoniais sofridos em decorrência de acidente de trabalho, serão processadas e julgadas pela justiça estadual. E) Compete à justiça estadual conciliar e julgar os dissídios entre o empregado público e a administração pública. Comentários: Letra C. Art. 114, IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 4. (UnB/CESPE/Analista Judiciário- Área Judiciária - TRT – 5ª Região/2008) Julgue os itens subseqüentes com relação à organização e competência da Justiça do Trabalho. 67. Haverá conflito de competência quando houver discordância de entendimento entre o TRT e a Vara de Trabalho a ele vinculada, caso em que caberá ao próprio TRT dirimir o referido conflito. 68. Nas Varas do Trabalho, terão preferência para julgamento os Dissídios que tratem sobre pagamento de salário e aqueles que decorram da falência do empregador, caso em que poderá ser constituído processo em separado se a reclamação trabalhista abranger outros assuntos. 69. A competência das Varas do Trabalho é definida pela localidade em que o empregado é contratado para prestar serviços ao empregador. Comentários: 67. (Errada) Entre os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho a eles vinculadas há relação de hierarquia, não podendo falar-se em conflito de competência entre eles. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 O art. 808 da CLT que trata da competência para julgamento de determinados conflitos deve ser analisado em conjunto com art. 102, I, o e art. 105, I, d e g da CRFB/88. ⇒ Tribunais Regionais do Trabalho: Serão resolvidos pelos TribunaisRegionais do Trabalho os conflitos de competência suscitados entre Varas de Trabalho (juízes do Trabalho). ⇒ Tribunal Superior do Trabalho: Serão dirimidos pelo Tribunal Superior do Trabalho os conflitos de competência entre as Varas de Trabalho e os juízes de direito investidos da jurisdição trabalhista de Tribunais distintos e os suscitados entre os Tribunais Regionais do Trabalho. ⇒ Supremo Tribunal Federal: Serão resolvidos pelo Supremo Tribunal Federal os conflitos de competência entre STJ e qualquer outro Tribunal ou entre Tribunais Superiores ou, ainda, entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. ⇒ Superior Tribunal de Justiça: Serão solucionados pelo Superior Tribunal de Justiça os conflitos de competência entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior pois neste caso a competência para solucionar este conflito passa ao STF, conforme exposto acima. Serão solucionados pelo STJ também os conflitos de competência entre os Tribunais e Juízes a ele não vinculados, como por exemplo, entre um TRT e um Juiz Federal, ou entre juízes vinculados a Tribunais diversos, como exemplo o conflito entre um Juiz do Trabalho e um Juiz Federal. 68. (Certa) Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência. 69. (Errada). A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ao empregador. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 5. (UnB/CESPE/ Analista Judiciário/TRT 16ª Região/ 2005) Em cada um dos itens que se sucedem, é apresentada uma situação hipotética relativa à competência da justiça do trabalho, seguida de uma assertiva a ser julgada. 111. Embora contratado na cidade de São Luís – MA, Saulo prestou serviços como empregado na cidade de Carolina – MA. Rescindido o contrato por iniciativa do empregador, Saulo ajuizou ação trabalhista na cidade de Carolina – MA, buscando receber as verbas rescisórias. Devidamente citada, a empresa compareceu ao juízo e excepcionou a competência territorial do foro. Nessa situação, a exceção deverá ser rejeitada, pois o juízo trabalhista de Carolina – MA é competente para instruir e julgar o conflito. Comentários: 111. (Certa). O art. 651 da CLT trata da competência territorial da Justiça do Trabalho. A regra geral é que a competência será determinada na localidade onde o empregado prestar serviços ao empregador. Saulo prestou serviços em Carolina e como ele não se enquadra nas exceções dos parágrafos do art. 651, o juízo trabalhista de Carolina é competente para instruir e julgar o feito. A exceção de incompetência territorial é uma modalidade de defesa na qual o réu poderá alegar a incompetência territorial do juízo. Assim, caso Saulo tivesse ajuizado ação trabalhista na cidade de São Luís e a empresa tivesse apresentado a exceção de incompetência territorial, ela não poderia ser rejeitada, uma vez que a cidade de Carolina é que é o foro competente porque Saulo prestou serviços lá. 6. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região - Técnico Judiciário – 2009) A respeito da organização e da competência da justiça do trabalho, julgue os itens seguintes. 92 A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e, em assim sendo, deve ser declarada de ofício pelo juiz, independentemente de provocação das partes do processo. 93 Um quinto dos lugares no Tribunal Superior do Trabalho e nos tribunais regionais do trabalho será composto de membros do Ministério Público com mais de cinco anos de carreira e de advogados, também com mais de cinco anos de carreira, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes. 94 A justiça do trabalho tem competência para processar e julgar as ações acerca de representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicato se empregadores. Comentários: 92. Correta. (art. 113 do Código de Processo Civil) 93. Errada. 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. 94. Correta. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 7. (FCC/Técnico PGE-RJ/2009) Sobre a competência no processo civil, é CORRETO afirmar: (A) A incompetência em razão da matéria deve ser argüida por meio de exceção. (B) A incompetência em razão da hierarquia é relativa. (C) A incompetência funcional é absoluta e deve ser arguida como preliminar da contestação. (D) O juiz sempre pode, de ofício, declarar-se incompetente. (E) Sendo acolhida a exceção de incompetência, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito da causa. Comentários: A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz deverá conhecê-la de ofício, não admite prorrogação. A competência em razão da função é absoluta. Prorrogação é o fenômeno no qual um juiz incompetente torna-se competente. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da contestação. Assim, está incorreta a letra “a” porque a incompetência em razão da matéria por ser absoluta deverá ser argüida em preliminar da contestação, conforme o art. 301 do CPC. O erro da letra “b” é que a incompetência funcional ou hierárquica é absoluta. Portanto, pelo exposto concluímos que a letra “c” está correta. A letra “d” está incorreta, pois no que tange à incompetência relativa o juiz não poderá declara-se de ofício, uma vez que ela dependerá de provocação das partes. Já a letra “e” está incorreta, pois quando o juiz acolhe a exceção de incompetência ele deverá remeter os autos do processo para o juízo competente. 8. (FCC- Analista Judiciário - área judiciária – TRT 22ª Região - 2010) A indeclinibilidade é uma característica da a) da ação. b) da jurisdição. c) da processo. d) da lide. e) do procedimento. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Comentários: A jurisdição no conceito de Chiovenda é a função estatal que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei, mediante a substituição, pelas atividades dos órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, quer para afirmar a existência da vontade da lei, quer para torná-la praticamente efetiva. Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de aplicar o direito objetivo (direito do trabalho, por exemplo) a um caso concreto, substituindo os titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da pacificação do conflito que os envolve, a realização da justiça e o estabelecimento da paz social. A indeclinibilidade é uma característica da jurisdição que está refletida no princípio da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que o art. 5º, XXXV da CF/88 estabelece que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça ao direito.9. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda Constitucional no 45, de 2004. (B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. (C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente das relações de trabalho. (D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. Comentários: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. ⇒ A competência é a medida da jurisdição. Jurisdição Medida da jurisdição Competência PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 ⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem competência para julgar determinadas ações. A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo art. 114 da CF\88, que foi abordado pela banca nesta questão. Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. 10. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2007-3) Alfredo, empregado da Empresa Mala Direta S.A., ao perceber que a empresa não havia providenciado o seu cadastro no PIS, procurou a diretoria da empresa para sanar a omissão, obtendo como resposta que a empresa não tomaria qualquer providência a esse respeito. Nessa situação, caso Alfredo venha a demandar contra a empresa, objetivando o cadastramento no PIS, ele deve mover a ação perante A) a justiça federal. B) a justiça comum estadual. C) o STJ. D) a justiça do trabalho. Comentários: Letra D (Súmula 300 do TST). PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 11. (UnB/CESPE – Juiz do Trabalho - TRT 1 ª Região – 2010) Assinale a opção correta acerca da organização, da composição, do funcionamento, da jurisdição e da competência da justiça do trabalho. A) Considerando-se a ampliação da competência da justiça do trabalho, não cabe falar de execução de ofício das contribuições sociais devidas por empregadores e empregados e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. B) Somente se provocado pelas partes interessadas, o CSJT pode apreciar decisões administrativas dos tribunais que contrariem as normas gerais de procedimento por ele expedidas, relacionadas com sistemas de informática, recursos humanos, planejamento e orçamento, administração financeira, material e patrimônio. C) Em que pese ser a justiça do trabalho competente para processar e julgar ações que digam respeito à greve, no que concerne à observância das regras estabelecidas na Lei de Greve, essa competência não abrange o julgamento de ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. D) Compete ao órgão especial do TST, em matéria administrativa, propor ao Poder Legislativo, após deliberação do CSJT, a criação, a extinção ou a modificação de tribunais regionais do trabalho e varas do trabalho, assim como a alteração de jurisdição e de sede desses tribunais e varas. E) Nas ausências temporárias, por período superior a trinta dias, e nos afastamentos definitivos, os ministros do TST são substituídos por juízes de TRT, escolhidos pelo plenário do TST, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos seus membros. Comentários: Letra D. A afirmativa da letra “A” está errada. Segundo o art. 114, inciso VIII da Constituição Federal de 1988, figura dentre as competências da Justiça do Trabalho a “execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;”. A afirmativa da letra “B” está errada. De acordo com o art. 5o, IV, do Regimento Interno do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, compete ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, além de outras atuações, apreciar, de ofício ou a requerimento de qualquer interessado, as decisões administrativas dos Tribunais que contrariem as normas legais ou as normas gerais de procedimento por ele expedidas, relacionadas com os sistemas de informática, recursos humanos, planejamento e orçamento, administração financeira, material e patrimônio e de controle interno da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, ou normas que se refiram a sistemas relativos a outras atividades auxiliares comuns que necessitem de coordenação central. Assim, não só por provocação das partes diretamente interessadas pode acorrer a apreciação citada na afirmativa. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 A afirmativa da letra “C” está errada. A Súmula Vinculante n. 23 do Supremo Tribunal Federal assim determina: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. A afirmativa da letra “D” está correta. De acordo com o art. 69, inciso II, alínea “d” do Regimento Interno do TST, compete ao Órgão Especial “propor ao Poder Legislativo, após a deliberação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, a criação, extinção ou modificação de Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho, assim como a alteração de jurisdição e de sede destes” A afirmativa da letra “E” está errada. O art. 17 do Regimento Interno do TST determina que “Nas ausências temporárias, por período superior a trinta dias, e, nos afastamentos definitivos, os Ministros serão substituídos por Juízes de Tribunal Regional do Trabalho, escolhidos pelo Órgão Especial, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos seus membros.” 12. (ESAF – PGFN – 2006) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar: a) as ações oriundas da relação de emprego, abrangidos os entes de Direito Público externo e da Administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, salvo quando inscritas em dívida ativa, sendoda Justiça Federal a competência para a execução fiscal das mesmas. c) a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no artigo 195, I, “a” e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir, inclusive as devidas no curso da relação de emprego reconhecido em juízo. d) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho, salvo quando o dano tiver origem em acidente de trabalho, sendo da Justiça Estadual a competência nessa hipótese. e) os conflitos de competência entre quaisquer órgãos com jurisdição trabalhista. Comentários: O art. 114 da CF/88 trata da competência da Justiça do Trabalho, portanto todas as assertivas acima, com exceção da letra “c”, estão corretas, pois transcrevem os incisos do art. 114 da CF/88. O erro da assertiva “c” é que ela menciona relação de emprego e o inciso I do art. 114, destacado abaixo fala relação de trabalho. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102,I,o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. 13. (ESAF - Advogado IRB – 2006) Assinale a afirmação incorreta. a) Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre Vara do Trabalho e respectivo Tribunal Regional do Trabalho. b) É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência. c) No ato de suscitar o conflito, deverá a parte interessada produzir a prova da existência dele. d) Os conflitos de jurisdição serão decididos pelo Tribunal Superior do Trabalho, quando suscitados entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes. e) No Tribunal Regional, havendo conflito positivo de jurisdição entre Varas, poderá o relator ordenar que sobrestejam o andamento dos respectivos processos. Comentários: Entre os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho a eles vinculadas há relação de hierarquia, não podendo falar-se em conflito de competência entre eles. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 O art. 808 da CLT que trata da competência para julgamento de determinados conflitos deve ser analisado em conjunto com art. 102, I, o e art. 105, I, d e g da CRFB/88. ⇒ Tribunais Regionais do Trabalho: Serão resolvidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho os conflitos de competência suscitados entre Varas de Trabalho (juízes do Trabalho). ⇒ Tribunal Superior do Trabalho: Serão dirimidos pelo Tribunal Superior do Trabalho os conflitos de competência entre as Varas de Trabalho e os juízes de direito investidos da jurisdição trabalhista de Tribunais distintos e os suscitados entre os Tribunais Regionais do Trabalho. ⇒ Supremo Tribunal Federal: Serão resolvidos pelo Supremo Tribunal Federal os conflitos de competência entre STJ e qualquer outro Tribunal ou entre Tribunais Superiores ou, ainda, entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. ⇒ Superior Tribunal de Justiça: Serão solucionados pelo Superior Tribunal de Justiça os conflitos de competência entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior, pois neste caso a competência para solucionar este conflito passa ao STF, conforme exposto acima. Serão solucionados pelo STJ também os conflitos de competência entre os Tribunais e Juízes a ele não vinculados, como por exemplo, entre um TRT e um Juiz Federal, ou entre juízes vinculados a Tribunais diversos, como exemplo o conflito entre um Juiz do Trabalho e um Juiz Federal. A letra “a” está incorreta porque a Súmula 420 do TST estabelece que não haverá conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada. Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 14. (ESAF- Juiz do Trabalho - TRT 7ª Região – 2005) Examine as proposições abaixo, conforme sejam verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a opção correta. ( ) Nos dissídios individuais que tenham como parte empregado agente ou viajante comercial, a Vara competente para solucionar o conflito será a do domicílio do empregado ou da localidade mais próxima. Havendo, porém, Vara do Trabalho na localidade em que a empresa tenha agência ou filial, ainda que a ela não esteja subordinado o empregado, o aludido órgão judiciário será, preferencialmente, o competente para conhecer da reclamação trabalhista e julgá-la. ( ) Não havendo convenção internacional dispondo em sentido contrário, a competência territorial das Varas do Trabalho estende-se às lides ocorridas em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro,independentemente da nacionalidade do empregador. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 ( ) Tratando-se de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, ao trabalhador a lei assegura a opção de ajuizamento da reclamação trabalhista no foro da prestação de serviços ou no do seu domicílio. ( )Tratando-se de contrato individual de trabalho, a cláusula que estipula foro de eleição não possui validade,ante as inderrogáveis disposições legais que delimitam a competência da Justiça do Trabalho. Ajuizada, porém, reclamação trabalhista perante a Vara do Trabalho da localidade escolhida no contrato, prorrogada estará a competência daquele juízo, se não oposta, tempestivamente, a exceção de incompetência em razão do lugar. a) V - V - F - F b) F - V - F - V c) F - F - V - V d) V - F - V - V e) F - V - F – F Comentários: A assertiva I é falsa porque inverteu a ordem das determinações do parágrafo 1º do art. 651 da CLT. Neste ponto gostaria de chamar a atenção de vocês para a tendência da banca de fornecer o caminho errado ou de confundir vocês em relação aos dispositivos legais. É muito comum encontrarmos questões deste tipo. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º A competênciadas varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 A assertiva II ao estabelecer que não havendo convenção internacional dispondo em sentido contrário, a competência territorial das Varas do Trabalho estende-se às lides ocorridas em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro, independentemente da nacionalidade do empregador, está correta. Isto porque o parágrafo segundo do art. 651 da CLT exige que o empregado seja brasileiro e não que o empregador tenha nacionalidade brasileira. A assertiva III é falsa porque em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, ao trabalhador a lei assegura a opção de ajuizamento da reclamação trabalhista no foro da prestação de serviços ou no do foro da celebração do contrato. A assertiva IV é verdadeira porque não existe a possibilidade de celebração de foro de eleição na Justiça do Trabalho e também porque a competência territorial é relativa e poderá ser prorrogada quando a parte não opuser a exceção de incompetência em razão do lugar. ----------------------------------------------------------------------------------- PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 5.2. Questões sem comentários: 1. (FCC - PGE-MT – 2011) Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar: (A) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela cláusula do foro de eleição. (B) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede. (C) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (D) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (E) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção do contrato de trabalho. 2. (UnB/CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011)Com relação aos princípios afetos ao processo do trabalho, assinale a opção correta. A) Em atendimento ao princípio da identidade física do juiz, a lei determina que a competência para proferir a sentença é do juiz que colheu a prova. B) Conforme estabelece o princípio do jus postulandi, os empregados e os empregadores deverão reclamar por meio de advogado perante a justiça do trabalho e acompanhar suas reclamações. C) De acordo com o princípio da impugnação especificada, o reclamado deve manifestar-se, precisa e especificadamente, sobre os fatos narrados na petição inicial, não se admitindo a defesa por negação geral. D) Em atenção ao princípio da extrapetição, a lei permite sempre que o juiz condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial. E) Consoante o princípio do dispositivo, o magistrado está impedido de instaurar de ofício, o processo trabalhista. 3. (UnB/CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011)Assinale a opção correta a respeito de aspectos diversos pertinentes à competência trabalhista. A) Nas ações que envolvam entes de direito público externo, compete à justiça do trabalho processar e julgar a demanda, assim como executar seus julgados. B) A justiça do trabalho é competente para processar e julgar tanto as ações decorrentes da relação de emprego quanto as da relação de trabalho. Assim, a ação que envolva acidente de trabalho, por constituir matéria trabalhista, deverá ser processada e julgada pela a justiça trabalhista em uma das suas varas de acidente de trabalho. C) À justiça do trabalho compete processar e julgar os mandados de segurança (primeiro grau de jurisdição) quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 D) Qualquer ação de dano moral ou patrimonial proposta pelo empregado em face do empregador ou vice-versa, quando decorrente da relação de trabalho, será de competência material da justiça do trabalho. No entanto, as ações que, promovidas pelo empregado em face do empregador, postulem indenização por danos morais e patrimoniais sofridos em decorrência de acidente de trabalho, serão processadas e julgadas pela justiça estadual. E) Compete à justiça estadual conciliar e julgar os dissídios entre o empregado público e a administração pública. 4. (UnB/CESPE/Analista Judiciário- Área Judiciária - TRT – 5ª Região/2008) Julgue os itens subseqüentes com relação à organização e competência da Justiça do Trabalho. 67. Haverá conflito de competência quando houver discordância de entendimento entre o TRT e a Vara de Trabalho a ele vinculada, caso em que caberá ao próprio TRT dirimir o referido conflito. 68. Nas Varas do Trabalho, terão preferência para julgamento os Dissídios que tratem sobre pagamento de salário e aqueles que decorram da falência do empregador, caso em que poderá ser constituído processo em separado se a reclamação trabalhista abranger outros assuntos. 69. A competência das Varas do Trabalho é definida pela localidade em que o empregado é contratado para prestar serviços ao empregador. 5. (UnB/CESPE/ Analista Judiciário/TRT 16ª Região/ 2005) Em cada um dos itens que se sucedem, é apresentada uma situação hipotética relativa à competência da justiça do trabalho, seguida de uma assertiva a ser julgada. 111. Embora contratado na cidade de São Luís – MA, Saulo prestou serviços como empregado na cidade de Carolina – MA. Rescindido o contrato por iniciativa do empregador, Saulo ajuizou ação trabalhista na cidade de Carolina – MA, buscando receber as verbas rescisórias. Devidamente citada, a empresa compareceu ao juízo e excepcionou a competência territorial do foro. Nessa situação, a exceção deverá ser rejeitada, pois o juízo trabalhista de Carolina – MA é competente para instruir e julgar o conflito. 6. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região - Técnico Judiciário – 2009) A respeito da organização e da competência da justiça do trabalho, julgue os itens seguintes. 92 A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e, em assim sendo, deve ser declarada de ofício pelo juiz, independentemente de provocação das partes do processo. 93 Um quinto dos lugares no Tribunal Superior do Trabalho e nos tribunais regionais do trabalho será composto de membros do Ministério Público com mais de cinco anos de carreira e de advogados, também com mais de cinco anos de carreira, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico AdministrativoTST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 94 A justiça do trabalho tem competência para processar e julgar as ações acerca de representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicato se empregadores. 7. (FCC/Técnico PGE-RJ/2009) Sobre a competência no processo civil, é CORRETO afirmar: (A) A incompetência em razão da matéria deve ser argüida por meio de exceção. (B) A incompetência em razão da hierarquia é relativa. (C) A incompetência funcional é absoluta e deve ser arguida como preliminar da contestação. (D) O juiz sempre pode, de ofício, declarar-se incompetente. (E) Sendo acolhida a exceção de incompetência, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito da causa. 8. (FCC- Analista Judiciário - área judiciária – TRT 22ª Região - 2010) A indeclinibilidade é uma característica da a) da ação. b) da jurisdição. c) da processo. d) da lide. e) do procedimento. 9. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda Constitucional no 45, de 2004. (B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. (C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente das relações de trabalho. (D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. 10. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2007-3) Alfredo, empregado da Empresa Mala Direta S.A., ao perceber que a empresa não havia providenciado o seu cadastro no PIS, procurou a diretoria da empresa para sanar a omissão, obtendo como resposta que a empresa não tomaria qualquer providência a esse respeito. Nessa situação, caso Alfredo venha a demandar contra a empresa, objetivando o cadastramento no PIS, ele deve mover a ação perante A) a justiça federal. B) a justiça comum estadual. C) o STJ. D) a justiça do trabalho. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 11. (UnB/CESPE – Juiz do Trabalho - TRT 1 ª Região – 2010) Assinale a opção correta acerca da organização, da composição, do funcionamento, da jurisdição e da competência da justiça do trabalho. A) Considerando-se a ampliação da competência da justiça do trabalho, não cabe falar de execução de ofício das contribuições sociais devidas por empregadores e empregados e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. B) Somente se provocado pelas partes interessadas, o CSJT pode apreciar decisões administrativas dos tribunais que contrariem as normas gerais de procedimento por ele expedidas, relacionadas com sistemas de informática, recursos humanos, planejamento e orçamento, administração financeira, material e patrimônio. C) Em que pese ser a justiça do trabalho competente para processar e julgar ações que digam respeito à greve, no que concerne à observância das regras estabelecidas na Lei de Greve, essa competência não abrange o julgamento de ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. D) Compete ao órgão especial do TST, em matéria administrativa, propor ao Poder Legislativo, após deliberação do CSJT, a criação, a extinção ou a modificação de tribunais regionais do trabalho e varas do trabalho, assim como a alteração de jurisdição e de sede desses tribunais e varas. E) Nas ausências temporárias, por período superior a trinta dias, e nos afastamentos definitivos, os ministros do TST são substituídos por juízes de TRT, escolhidos pelo plenário do TST, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos seus membros. 12. (ESAF – PGFN – 2006) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar: a) as ações oriundas da relação de emprego, abrangidos os entes de Direito Público externo e da Administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, salvo quando inscritas em dívida ativa, sendo da Justiça Federal a competência para a execução fiscal das mesmas. c) a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no artigo 195, I, “a” e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir, inclusive as devidas no curso da relação de emprego reconhecido em juízo. d) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho, salvo quando o dano tiver origem em acidente de trabalho, sendo da Justiça Estadual a competência nessa hipótese. e) os conflitos de competência entre quaisquer órgãos com jurisdição trabalhista. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 13. (ESAF - Advogado IRB – 2006) Assinale a afirmação incorreta. a) Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre Vara do Trabalho e respectivo Tribunal Regional do Trabalho. b) É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência. c) No ato de suscitar o conflito, deverá a parte interessada produzir a prova da existência dele. d) Os conflitos de jurisdição serão decididos pelo Tribunal Superior do Trabalho, quando suscitados entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes. e) No Tribunal Regional, havendo conflito positivo de jurisdição entre Varas, poderá o relator ordenar que sobrestejam o andamento dos respectivos processos. 14. (ESAF- Juiz do Trabalho - TRT 7ª Região – 2005) Examine as proposições abaixo, conforme sejam verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a opção correta. ( ) Nos dissídios individuais que tenham como parte empregado agente ou viajante comercial, a Vara competente para solucionar o conflito será a do domicílio do empregado ou da localidade mais próxima. Havendo, porém, Vara do Trabalho na localidade em que a empresa tenha agência ou filial, ainda que a ela não esteja subordinado o empregado, o aludido órgão judiciário será, preferencialmente, o competente para conhecer da reclamação trabalhista e julgá-la. ( ) Não havendo convenção internacional dispondo em sentido contrário, a competência territorial das Varas do Trabalho estende-se às lides ocorridas em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro,independentemente da nacionalidade do empregador. ( ) Tratando-se de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, ao trabalhador a lei assegura a opção de ajuizamento da reclamação trabalhista no foro da prestação de serviços ou no do seu domicílio. ( )Tratando-se de contrato individual de trabalho, a cláusula que estipula foro de eleição não possui validade,ante as inderrogáveis disposições legais que delimitam a competência da Justiça do Trabalho. Ajuizada, porém, reclamação trabalhista perante a Vara do Trabalho da localidade escolhida no contrato, prorrogada estará a competência daquele juízo, se não oposta, tempestivamente, a exceção de incompetência em razão do lugar. a) V - V - F – F ; b) F - V - F – V; ]c) F - F - V – V; d) V - F - V – V; e) F - V - F – F PACOTE PROCESSODO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 5.3. Questões Objetivas CESPE E ESAF comentadas: 1. (UnB/CESPE – Analista Judiciário/ Execução de Mandados –TRT 1.ª Reg./2008) Em uma reclamação trabalhista, o pedido foi julgado procedente. O juiz do trabalho estimou o valor da condenação em R$ 11.500,00. A empresa recorreu ao TRT, que conheceu e desproveu o recurso. A empresa apelou ao TST apontando violação literal de cinco artigos de lei federal e divergência jurisprudencial, usando como paradigma acórdão do próprio TRT. O recurso foi admitido na origem, mas apenas em relação a dois artigos federais. No TST, o recurso foi conhecido em parte e desprovido. Obs.: valores limites para o deposito recursal: recurso ordinário: R$ 4.993,78; recurso de revista, embargos, recurso extraordinário: R$ 9.987,56; recurso em ação rescisória: R$ 9.987,56. Considerando as informações apresentadas no texto, assinale a opção correspondente ao valor mínimo da guia de recolhimento feita pela empresa reclamada a título de depósito recursal, por ocasião do recurso para o TST. A) R$ 4.993,78 B) R$ 11.500,00 C) R$ 9.987,56 D) R$ 6.506,22 E) R$ 14.981,34 Comentários: Está correta a letra “D” que estabelece o valor de R$ 6.506,22, que é o depósito recursal que a empresa terá que pagar para recorrer (Recurso de Revista) para o TST. O valor do depósito recursal para a apresentação do Recurso de Revista é o dobro do valor do Recurso Ordinário até o valor da condenação, uma vez que o valor da condenação é o teto máximo dos depósitos recursais. Assim,quando se atinge o valor da condenação nenhum valor mais poderá ser exigido para a interposição de qualquer recurso conforme estabelece a Súmula 128, I do TST. Observem então os cálculos: Valor da condenação R$ 11.500,00 Valor do depósito para Recurso Ordinário R$ 4.993,78 Valor do depósito para Recurso de Revista R$ 9.987,56 11.500,00 (valor da condenação) − 4.993,78(depósito RO) ═ 6.506,22(depósito Recurso de Revista). PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 2. (ESAF - Analista Jurídico SEFAZ – 2006) É correto afirmar, no contexto do sistema recursal trabalhista, a) Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, em processo administrativo, não cabe recurso para o Tribunal Superior do Trabalho. b) A única hipótese em que é cabível recurso de revista para análise de fatos e provas diz respeito à violação direta à Constituição da República. c) Não cabe recurso de revista em execução de sentença, salvo por divergência jurisprudencial ou violação direta à Constituição. d) O recurso apropriado a ser interposto pela parte interessada, assim como o prazo que lhe seja correspondente, é o previsto no momento da sua interposição. e) Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o regime de alçada, equivalente a dois salários mínimos. Comentários: Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, em processo administrativo, caberá recurso para o Tribunal Superior do Trabalho. A assertiva “b” viola a Súmula 126 do TST que estabelece que a interposição do recurso de revista é incabível para o reexame de fatos e provas. Súmula 126 do TST Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas. Não Caberá recurso de revista em execução de sentença,por divergência jurisprudencial,mas caberá por violação direta à Constituição. Súmula 266 do TST A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal. De fato, o recurso apropriado a ser interposto pela parte interessada, assim como o prazo que lhe seja correspondente, é o previsto no momento da sua interposição. Sendo assim, está correta a assertiva “d”. O Decreto-lei 779/69 estabelece que nas causas em que figurarem a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, bem como as autarquias e fundações públicas,que não explorem atividade econômica haverá recurso ordinário ex officio das decisões que lhes sejam total ou parcialmente contrárias. PACOTE PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 O recurso ex officio ou remessa necessária não comportará contrarazões e nem recurso adesivo, uma vez que apesar do nome “recurso” esta remessa não tem natureza de recurso, sendo privilégio processsual da Fazenda Pública. Está incorreta a assertiva “e” porque a Súmula 303 do TST estabelece novas possibilidades na qual o duplo grau de jurisdição não será obrigatório. Súmula 303 do TST I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. Por hoje é só! Na próxima aula apresentarei um revisional referente aos recursos, de forma aprofundada, bem como aos outros tópicos da matéria. Até lá. Abraços, Déborah Paiva professoradeborahpaiva@blogspot.com
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