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Direito Processual do Trabalho - Aula 01

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PROCESSO DO TRABALHO – Técnico Administrativo TST 
QUESTÕES FCC 
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Queridos alunos! 
 
Sejam todos bem vindos à nossa 1ª aula do pacote de teoria e exercícios de 
Processo do Trabalho, seguindo o conteúdo programático do cargo de Técnico 
Judiciário do TST! 
 
Teremos mais três aulas. Assim, nosso curso ficará com seis aulas. 
 
O nosso curso seguirá o seguinte cronograma: 
 
Aula 01: Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do 
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. Dos 
serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do 
Trabalho e dos distribuidores. 
 
Aula 02: Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo 
trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 
 
Aula 03: Dos recursos no processo do trabalho – Parte I. 
 
Aula 04: Dos recursos no processo do trabalho – Parte II. 
 
Aula 05: Questões de provas comentadas 
 
Aula 06: Resumo com dicas e bizus FCC. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
 
Aula 01: Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do 
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. Dos 
serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do 
Trabalho e dos distribuidores. 
 
1.1. Definição de Direito Processual do Trabalho: 
 
A meu ver, o melhor conceito de direito processual do trabalho é o do 
jurista Carlos Henrique Bezerra Leite, observem: 
 
 “Conceituamos o direito processual do trabalho como ramo da ciência 
jurídica, constituído por um sistema de princípios, normas e instituições 
próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos 
decorrentes das relações jurídicas tuteladas pelo direito material do trabalho e 
regular o funcionamento dos órgãos que compõe a Justiça do Trabalho”. 
 
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 Para simplificar, elaborei o seguinte conceito de processo do trabalho: 
 
O Processo do Trabalho é um ramo do direito público/subjetivo que tem 
por escopo disciplinar as atividades dos órgãos da Justiça do Trabalho para a 
solução dos conflitos individuais e coletivos de trabalho entre empregados e 
empregadores, entre Sindicatos, entre Sindicatos e empresas e, ainda, 
conflitos oriundos de lides decorrentes da competência ampliada da Justiça do 
Trabalho estabelecida no art. 114 CF/88. 
 
Vamos entender o conceito acima: 
 
 Dica: O Processo do Trabalho é um ramo do direito público, sendo 
considerado direito subjetivo. 
 
� Por Direito Subjetivo entende-se a faculdade, ou seja, a “facultas 
agendi” que o sujeito de direito tem de invocar a norma ao seu 
favor. Como exemplo, podemos citar a relação jurídica em que o 
credor tem a faculdade de exigir do devedor o cumprimento da 
prestação, ou seja, o cumprimento do direito objetivo. 
 
� O Direito Objetivo é considerado uma “norma agendi”, porque são 
normas que disciplinam a ação do homem. Assim, o direito objetivo 
é qualificado como uma norma de ação ditada pelo poder público. 
 
A melhor forma de vocês entenderem a função do Processo do Trabalho 
é através de exemplos. Considero que o entendimento do direito processual do 
trabalho torna-se simplificado, quando ele é exemplificado. 
 
Exemplificando: Adalgisa, empregada doméstica, trabalha há um ano para 
Maria das Dores, sem nada receber. 
 
Ora, sabemos que o art. 7º da CF/88 e a Lei 5.859/72 asseguram aos 
empregados domésticos determinados direitos. Assim, a empregadora de 
Adalgisa está descumprindo a lei ao deixar de pagar a ela salários e os demais 
direitos legais. 
 
Para receber seus direitos, o que deverá a empregada fazer? 
 
A forma de Adalgisa garantir o recebimento de seus direitos será através 
da interposição de uma ação na Justiça do Trabalho (direito processual) 
pedindo ao juiz que lhe assegure o recebimento de seus direitos que estão 
sendo violados (direito material do trabalho) que estão sendo violados pela sua 
empregadora. 
 
 
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 O direito processual é, portanto o instrumento que está a serviço do 
direito material (direito do trabalho, por exemplo). 
 
Quando o direito material for violado entra em cena o direito processual, 
uma vez que, no caso apresentado, Adalgisa não poderá fazer justiça com as 
próprias mãos (autotutela), porque constitui inclusive crime o exercício 
arbitrário das próprias razões. 
 
Adalgisa deverá ingressar com uma ação pedindo ao Estado-juiz que 
resolva o conflito de interesses entre ela e Maria das Dores (jurisdição). 
 
 O conceito e as características da Jurisdição serão visto mais adiante!Por 
ora quero que vocês observem os conceitos de direito material e direito 
processual dos seguintes juristas: Ada Pelegrini Grinover, Cândido Rangel 
Dinamarco e Antônio Carlos Cintra. 
 
 “Chama-se direito processual o complexo de normas e princípios que 
regem tal método de trabalho, ou seja, o exercício conjugado da jurisdição 
pelo Estado-juiz, da Ação pelo demandante e da defesa pelo demandado.” 
 
⇒ Demandante é o autor da ação (Adalgisa). Também denominada de 
reclamante no processo do trabalho. 
 
⇒ Demandado é o réu (Maria das Dores). Denominada reclamada no 
processo do trabalho. 
 
1.2. Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho: 
 
Varas de Trabalho (1º grau) 
 (Juízes do Trabalho) 
TST 
(3º grau) 
 
 
 
 
 
 
TRT (2º grau) 
 
 
 
 
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De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho o TST, 
os TRTS e os Juízes do Trabalho. 
 
Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são: 
I-Tribunal Superior do Trabalho; 
II- Tribunal regional do Trabalho; 
III- Juízes do Trabalho. 
 
(Analista Judiciário- Área Judiciária – Execução de 
Mandados/TRT – 5ª Região/2008) De acordo com a CF, são 
órgãos da Justiça do Trabalho o TST, os TRTs e as juntas de 
conciliação e Julgamento. 
 
ERRADA. O erro da questão é que as Juntas de conciliação e 
Julgamento não são órgãos da Justiça do Trabalho desde o advento 
da Emenda Constitucional 24/99. 
 
 
Das Varas do Trabalho: 
 
⇒ É o primeiro grau de jurisdição. 
⇒ A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz singular. 
⇒ Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, nas 
quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será atribuída à 
jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo TRT. 
 
⇒ Compete às Varas de Trabalho: 
a) conciliar e julgar: 
I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de 
empregado; 
II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por 
motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; 
III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice; 
IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho. 
 
V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou 
o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das relações de 
trabalho. 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
c) julgar os embargos opostos ás suaspróprias decisões; 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. 
 
 
 
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Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): 
 
⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88). 
⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com 
mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista 
sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao 
Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da 
República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais 
de dez anos de efetivo exercício. 
⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por 
antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): 
 
⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos 
de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do 
Senado Federal por maioria absoluta. 
⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com 
mais de 10 anos de efetivo exercício. 
⇒ Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada. 
⇒ A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de 
representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal que 
formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o 
prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para nomeação. 
⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do 
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo próprio 
TST. 
 
DICA: As frases abaixo são verdadeiras e são abordadas em provas de 
concursos. 
⇒ O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele 
podendo eximir-se, salvo motivo justificado. 
⇒ Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados, 
em regime de mútua colaboração, sob a orientação do Presidente do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
⇒ A Emenda Constitucional nº 24 de 1999, que extinguiu a representação 
classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de conciliação e 
julgamento. 
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⇒ A Emenda 45/2004 prevê a criação de um Fundo de garantia das execuções 
trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de condenações 
trabalhistas e multas administrativas oriundas da fiscalização do trabalho. 
⇒ Prevê a criação de um Conselho Superior da Justiça do Trabalho e de uma 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho 
que funcionarão junto do Tribunal Superior do Trabalho. 
⇒ A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do 
Trabalho funcionará junto ao TST e tem dentre outras funções a de 
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. 
⇒ O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará também junto ao 
TST e exercerá, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, 
financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, como 
órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
 
 
Dos serviços auxiliares da justiça do trabalho 
 
(artigos 710/721 da CLT) 
 
� Secretaria da Vara: Cada vara de Trabalho terá uma secretaria sob a 
direção de funcionário que o Presidente designar. 
 
COMPETÊNCIAS DAS SECRETARIAS DAS VARAS DE TRABALHO: 
1) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos 
processos e outros papéis que lhe forem encaminhados; 
 
2) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais 
papéis; 
 
3) o registro das decisões; 
 
4) a informação, às partes interessadas e a seus procuradores, do andamento 
dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará; 
 
5) a abertura de vista dos processos às partes na própria secretaria; 
 
6) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; 
 
7) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do 
arquivamento da secretaria; 
 
8)a realização da penhora e demais diligências processuais; 
 
9) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo 
presidente da Vara para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos. 
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⇒ COMPETÊNCIAS DOS CHEFES DE SECRETARIA DAS VARAS DE TRALHO: 
1) superintender os trabalhos da Secretaria velando pela boa ordem dos 
serviços; 
2) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das 
autoridades superiores; 
3) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis 
que devem por ele serem despachados e assinados; 
4) abrir a correspondência oficial dirigida à Vara e ao seu presidente, a cuja 
deliberação será submetida; 
5) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; 
6) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de 
execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas 
autoridades superiores; 
7) secretariar as audiências das Varas lavrando-se as respectivas atas; 
8) subscrever as certidões e os termos processuais; 
9) dar aos litigantes a ciência das reclamações e demais atos processuais de 
que devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações; 
10) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da 
Vara. 
 
� Distribuidores: Haverá um distribuidor nas comarcas onde 
existirem mais de uma Vara de trabalho. Os distribuidores serão 
designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os 
funcionários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na 
mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente 
subordinados. 
 
⇒ A competência dos Distribuidores, onde houver, será: 
 
1) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada 
Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos 
interessados; (Varas de Trabalho). 
 
2) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito 
distribuído; 
 
3) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos,sendo um 
organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por 
ordem alfabética; 
 
4) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por 
certidão, de informações sobre os feitos distribuídos; 
 
 
 
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5) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos 
Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à 
parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão 
mencionados em certidões. (Leia-se Juiz do Trabalho - Presidente das Varas de 
Trabalho) 
 
� Secretaria do TRT: Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob 
a direção do funcionário designado para exercer a função de secretário, 
com a gratificação de função fixada em lei. 
 
⇒ Competem à secretaria dos Tribunais, além das atribuições 
estabelecidas para as secretarias das Varas,as seguintes: 
 
1) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de 
despachados,aos respectivos relatores; 
 
2) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Tribunal, 
para consulta dos interessados. No regimento interno dos Tribunais Regionais 
serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos 
trabalhos de suas secretarias. 
 
� Do Oficial de Justiça: O art. 721 da CLT refere-se aos oficiais de justiça 
e aos oficiais de justiça avaliadores. 
 
A função destes auxiliares da justiça é realizar atos decorrentes da execução 
dos julgados das Varas do trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que 
lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes. 
 
⇒ É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer 
a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização 
dos atos de execução das decisões desses Tribunais. 
 
⇒ Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça 
Avaliador, Juiz poderá atribuir a realização do ato a qualquer 
serventuário. 
 
1.3 Competência e Jurisdição: 
Antes de falar de competência devemos falar de jurisdição! 
Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de 
aplicar o direito objetivo a um caso concreto, substituindo os titulares dos 
interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da pacificação do 
conflito que os envolve, a realização da justiça e o estabelecimento da paz 
social. 
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Vocês se lembram da Adalgisa? 
Ela precisou recorrer ao Poder Judiciário, porque não pode fazer valer o 
seu direito pelas suas próprias mãos. Isto ocorreu porque o Estado avocou 
para si a função de resolver os conflitos de interesses entre as partes. 
Esta função é denominada de jurisdição! 
A jurisdição é exercida pelos juízes. 
“É a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade 
concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de Órgãos públicos, da 
atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a 
existência da vontade da lei, já no torná-la praticamente efetiva” (Chiovenda). 
 
 Art. 1º CPC “A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida 
pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que 
este código estabelece”. 
 
OJ 416 do TST. Imunidade de jurisdição. Organização ou organismo 
internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou organismos 
internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados 
por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se 
lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos 
praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese 
de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
 Art. 2º CPC “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais”. 
 
Jurisdição 
Medida da 
jurisdição 
Competência 
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A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da 
esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. 
 
⇒ A competência é a medida da jurisdição. 
⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem 
competência para julgar determinadas ações. 
 
Exemplificando: Se Adalgisa tivesse interposto a ação na Justiça 
estadual em umas das Varas de família, o juiz titular de tal Vara não seria 
competente para julgas ação que trate de direito do trabalho. A justiça do 
Trabalho é que será competente para julgar o conflito entre empregada 
doméstica e sua empregadora. 
 
Espécies de competência: Absoluta e Relativa 
 
A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em razão 
da pessoa e em razão da função. 
 
DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa) 
 
 
 
Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo 
usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para lembrá-
los da competência relativa. 
 
A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz 
deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), não admitindo 
prorrogação. 
 
 
Competência 
Absoluta 
Matéria Pessoa Função 
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Inderrogável é aquela competência que não poderá ser prorrogada, ou 
seja, o juiz que é absolutamente incompetente para julgar determinada ação 
jamais tornar-se-á competente. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau 
de jurisdição. 
 
Deverá ser argüida em preliminar da contestação (estudaremos nas 
próximas aulas). 
 
 A competência relativa é a competência em razão do valor e do território. 
 
 A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a exceção (art. 
114 CPC). 
 
DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz 
inicialmente incompetente torna-se competente. 
 
 Este fenômeno somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca 
com a incompetência absoluta. 
 
 
 
Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): Esta 
competência determina que quando houver Varas especializadas a 
competência será sempre destas. 
 
 Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo 
art. 114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da 
pessoa também. 
 
 
 
 
Competência 
Relativa 
Valor VT Território 
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Vamos estudar cada inciso mais adiante. Por ora, apenas, transcrevo o artigo. 
 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando 
o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 
195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que 
proferir. 
 
⇒ Competência absoluta em razão da pessoa: A competência em razão 
da pessoa é fixada levando-se em consideração a qualidade da parte que 
figura na relação jurídica processual. Exemplos: os Sindicatos (art.114, 
III da CF/88) e os entes de direito público externo (art. 114,I da CF/88). 
 
⇒ Competência Absoluta em razão do valor da causa: Como exemplo 
de competência em razão do valor da causa podemos citar aquelas que 
são submetidas ao procedimento sumaríssimo cujo valor da causa não 
exceda a 40 vezes o salário-mínimo. 
 
⇒ Competência Relativa Territorial: No conceito de José Frederico 
Marques:“A competência territorial é aquela que distribui o poder 
jurisdicional dos juízes em razão das circunscrições judiciárias em que o 
país se divide”. 
 
Competência da Justiça do Trabalho: 
 
Súmula Vinculante 23 do TST: A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE 
PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÃO POSSESSÓRIA AJUIZADA EM 
DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE PELOS 
TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA. 
 
 
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SUM-368 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução 
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em 
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que 
integrem o salário-de-contribuição. 
II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de 
condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos 
descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei n.º 7.713, de 
22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. 
III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do 
empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, 
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do 
salário de contribuição. 
 
Atenção: Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da CLT). 
 
A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, atribuída às 
Varas de Trabalho. É importante frisar que os TRTs e o TST possuem 
competência originária para o julgamento de determinadas causas trabalhistas. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como 
foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de 
serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. 
 
 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha 
trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será 
competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar 
da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da 
empresa no qual tenha prestado serviços. 
 
 Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou 
em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação 
deverá ser proposta em Fortaleza/CE. 
 
 
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 § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio 
ou a localidade mais próxima. 
 
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que 
presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, 
porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa 
tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência 
de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no 
local mais próximo de seu domicílio. 
 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste 
artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário. 
 
O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços 
em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser 
transferido para outro. 
 
A Súmula 207 do TST estabelecia: ”a relação jurídica trabalhista será 
regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas 
do local da contratação”. 
Em Julho de 2009 foi alterado o caput da lei 7.064 de 1962 que só era 
aplicada aos empregados de empresas de engenharia que eram transferidos 
para o exterior. A partir daí a lei passou a ser aplicada a todos os empregados 
que contratados no Brasil e transferidos por mais de 90 dias para prestar 
serviços no exterior. Assim, passou-se a aplicar a norma mais favorável. 
Esta é a razão do cancelamento da súmula 207 do TST. Quando o 
empregado for contratado no Brasil e transferido para o exterior por mais de 
90 dias será aplicada a lei mais favorável. Trata-se da competência de lei. 
O art. 651 da CLT trata da competência para julgamento. Não podemos 
confundir a legislação material a ser aplicada, com a competência da Justiça 
brasileira para apreciar e julgar a matéria. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou 
no da prestação dos respectivos serviços. 
 
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 É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a 
realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º 
é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado 
quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais 
ou incertos. 
 
Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora do 
local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de 
caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, 
etc 
 
 A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem competentes e for 
necessário determinar qual juiz julgará aquela ação. 
 
 Quando os juízes tenham a mesma competência territorial o juiz 
prevento será aquele que despachou em primeiro lugar e quando os juízes 
tiverem competência territorial distinta será considerado prevento aquele em 
que ocorreu a primeira citação válida (arts. 106 e 219 do CPC). 
Conflito de Competência: 
 Quando ocorre o conflito de competência, ou seja, quando dois juízes 
declaram-se competentes ou incompetentes para processar e julgar 
determinadas ações, quem irá solucioná-los será: 
TRT Suscitados entre Varas de Trabalho 
TST Suscitado entre Tribunais Regionais do Trabalho. Suscitados entre 
varas e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista de regiões 
distintas. 
STF Conflitos entre STJ e qualquer outro Tribunal. Entre Tribunais 
Superiores. Entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. 
STJ Entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior. Entre 
Tribunal e Juízes a ele não vinculados. Entre juízes vinculados a tribunais 
diversos 
DICA: Aposto com vocês que caso seja cobrado na prova o tema conflito de 
competência, a banca irá abordar a Súmula 420 do TST, que estabelece que 
entre as Varas de Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho a que estejam 
vinculadas há relação de hierarquia e, por isso, não ocorrerá conflito de 
competência. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competênciaentre Tribunal 
Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
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1.4. Questões FCC sem comentários: 
 
1. (FCC – Técnico Judiciário – TRT 23ª Região – 2011) Sobre os Tribunais 
Regionais do Trabalho 
a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com 
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos. 
b) instalarão a justiça itinerante com a realização de audiências e demais 
funções com atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de 
Câmaras Regionais com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à 
Justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para assim não 
haver disparidades entre casos de regiões distintas. 
d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos. 
e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de 
sessenta anos. 
 
2. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 6ª Região 
– 2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território 
nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. 
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre 
os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de 
Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de 
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. 
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do 
Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao 
julgamento dos feitos sob sua apreciação. 
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da 
contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local 
da prestação dos serviços ao empregador. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. (FCC/Técnico PGE-RJ/2009) Sobre a competência no processo civil, é 
CORRETO afirmar: 
(A) A incompetência em razão da matéria deve ser argüida por meio de 
exceção. 
(B) A incompetência em razão da hierarquia é relativa. 
(C) A incompetência funcional é absoluta e deve ser arguida como preliminar 
da contestação. 
(D) O juiz sempre pode, de ofício, declarar-se incompetente. 
(E) Sendo acolhida a exceção de incompetência, o juiz extinguirá o processo 
sem julgamento do mérito da causa. 
 
4. (FCC- Técnico Judiciário – TRT 9ª Região – 2010) O Ministro do 
Tribunal Superior do Trabalho e os membros do Ministério Público da União que 
integram o Conselho Nacional de Justiça, serão indicados, respectivamente, 
(A) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador- Geral da República. 
(B) pelos Tribunais Regionais do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
(C) pelo Supremo Tribunal Federal e pelos Procuradores-Gerais dos Estados. 
(D) pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Procurador-Geral da República. 
(E) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
 
5. (FCC- Analista Judiciário - área judiciária – TRT 22ª Região - 2010) A 
indeclinibilidade é uma característica da 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) da processo. 
d) da lide. 
e) do procedimento. 
 
6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar 
(A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da 
Emenda Constitucional no 45, de 2004. 
(B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às 
relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. 
(C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não 
decorrentes diretamente das relações de trabalho. 
(D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. 
 
 
 
 
 
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7. (FCC – Técnico Judiciário – TRT\GO – 2008) Os Tribunais Regionais do 
Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, 
na respectiva região, e nomeados pelo Presidente 
(A) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
(B) da República. 
(C) do Tribunal Superior do Trabalho. 
(D) do Supremo Tribunal Federal. 
(E) do Senado Federal. 
 
8. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 16ª 
região\2009) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 
(A) onze Ministros, nomeados pelo seu Presidente após aprovação pela maioria 
absoluta do Congresso Nacional. 
(B) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
(C) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria absoluta do Senado Federal. 
(D) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
(E) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
9. (FCC/TRT-SP/ Técnico Judiciário - Área Administrativa/2008) Paulo 
é advogado, tem 29 anos de idade e 5 anos de efetiva atividade profissional; 
Pedro é bacharel em Direito, mas não exerce a profissão, tem 40 anos de 
idade e é professor há 7 anos; João é membro do Ministério Público do 
Trabalho, tem 31 anos de idade e 11 anos de efetivo exercício; José é 
advogado, tem 30 anos de idade e10 anos de atividade profissional; Luiz é 
advogado, tem 66 anos de idade e 40 anos de efetiva atividade profissional. 
Preenchidos os demais requisitos legais, podem ser nomeados juízes do 
Tribunal Regional do Trabalho 
(A) Luiz e Pedro. (B) Paulo e José. (C) Pedro e Luiz. (D) João, Luiz e José. (E) 
João e José. 
10. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) Os Tribunais 
Regionais do Trabalho terão um quinto de sua composição de advogados e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 
(A) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
(B) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente da República. 
(C) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
(D) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
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(E) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente da República. 
 
11. (FCC/Analista executor de mandados- TRT 17ª Região/2004) No 
sistema do Código de Processo Civil vigente, o juiz 
((A)) promoveráo andamento do processo até a sentença final, 
independentemente da provocação das partes interessadas. 
(B) promoverá o andamento do processo até a sentença final, desde que as 
partes interessadas provoquem o impulso oficial. 
(C) tem ampla liberdade de iniciativa para instaurar e impulsionar o processo, 
independentemente de provocação das partes interessadas. 
(D) deve agir apenas quando provocado, cabendo às partes a iniciativa de 
instaurar e impulsionar o processo. 
(E) tem ampla liberdade de iniciativa para instaurar o processo, mas só poderá 
promover o seu andamento mediante provocação das partes interessadas. 
 
12. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo conflito de 
competência caberá: 
I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do Trabalho 
e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição trabalhista, porque 
estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; 
(II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais 
Regionais do Trabalho; 
III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência 
suscitados entre as Varas do Trabalho; 
IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o 
Tribunal Regional respectivo. 
Assinale a resposta: 
a) apenas a afirmativa IV está correta; 
b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; 
c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; 
d) apenas a afirmativa III está correta; 
 
13. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 
2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da 
comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei 
(A) federal. 
(B) estadual. 
(C) municipal. 
(D) estadual ou lei federal. 
(E) municipal ou lei estadual. 
 
 
 
 
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14. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 
2005) O texto da CLT menciona várias vezes os vogais (juízes classistas), 
nomeados e empossados pelos Presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho. 
Os vogais ou juízes classistas 
(A) ainda subsistem, em algumas das Regiões da Justiça do Trabalho. 
(B) não mais existem, em conseqüência da extinção da representação classista 
por emenda constitucional. 
(C) deixaram de existir por força de revogação de artigos da CLT, por lei 
ordinária. 
(D) foram extintos por medida provisória. 
(E) desapareceram em conseqüência de decisão do TST, mantida pelo STF. 
 
15. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª Região – 
2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a 
competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde 
(A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. 
(B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador 
quando este for pessoa física. 
(C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. 
(E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do 
empregador quando este for pessoa física. 
 
16. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência em 
razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, são 
consideradas, respectivamente, 
(A) Absoluta, absoluta e relativa. 
(B) Relativa, absoluta e absoluta. 
(C) Absoluta, relativa e absoluta. 
(D) Relativa, relativa e absoluta. 
(E) Relativa, absoluta e relativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17. (FCC- Analista judiciário – área judiciária – TRT 4ª Região- 2006) 
Em relação à Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que 
(A) compete-lhe processar e julgar, dentre outras ações, os mandados de 
segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição. 
(B) compete-lhe decidir o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do 
Trabalho, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão 
do interesse público. 
(C) os Tribunais Regionais do Trabalho, compõem-se de, no mínimo, sete 
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de 
sessenta e cinco anos de idade. 
(D)) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas 
abrangidas ou não por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com 
recurso para o respectivo Tribunal de Justiça. 
(E) recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é 
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente. 
 
----------------------------------------------------------------------------------- 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
 
1. D 4. 7. 10. 13. 16. 
2. E 5. 8. 11. 14. 17. 
3. 6. 9. 12. 15. 
 
----------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.5. Questões FCC comentadas: 
 
1. (FCC – Técnico Judiciário – TRT 23ª Região – 2011) Sobre os Tribunais 
Regionais do Trabalho 
a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com 
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos. 
b) instalarão a justiça itinerante com a realização de audiências e demais 
funções com atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de 
Câmaras Regionais com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à 
Justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para assim não 
haver disparidades entre casos de regiões distintas. 
d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos. 
e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados quando possível na 
respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de 
sessenta anos. 
 
Comentários: LETRA D. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de 
no mínimo sete juízes (art.115, CRFB/88). 
 
2. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 6ª Região 
– 2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território 
nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. 
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre 
os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de 
Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de 
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. 
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinaràs Varas do 
Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao 
julgamento dos feitos sob sua apreciação. 
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da 
contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local 
da prestação dos serviços ao empregador. 
 
Comentários: Letra E. O art. 674 da CLT estabelece que para efeito de 
jurisdição os Tribunais Regionais do Trabalho são divididos em 24 regiões. 
 
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Art. 674. Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território 
nacional é dividido nas 24 (vinte e quatro) Regiões seguintes: 
1ª Região - Estado do Rio de Janeiro; 
2ª Região - Estado de São Paulo; 
3ª Região - Estado de Minas Gerais; 
4ª Região - Estado do Rio Grande do Sul; 
5ª Região - Estado da Bahia; 
6ª Região - Estado de Pernambuco; 
7ª Região - Estado do Ceará; 
8ª Região - Estado do Pará e do Amapá; 
9ª Região - Estado do Paraná; 
10ª Região - Distrito Federal 
11ª Região - Estado do Amazonas e de Roraima; 
12ª Região - Estado de Santa Catarina; 
13ª Região - Estado da Paraíba; 
14ª Região - Estado de Rondônia e Acre; 
15ª Região - Estado de São Paulo (área não abrangida pela jurisdição 
estabelecida na 2ª Região); 
16ª Região - Estado do Maranhão; 
17ª Região - Estado do Espírito Santo; 
18ª Região - Estado de Goiás; 
19ª Região - Estado de Alagoas; 
20ª Região - Estado de Sergipe; 
21ª Região - Estado do Rio Grande do Norte; 
22ª Região - Estado do Piauí; 
23ª Região - Estado do Mato Grosso; 
24ª Região - Estado do Mato Grosso do Sul. 
 
Parágrafo único. Os Tribunais têm sede nas cidades: Rio de Janeiro (1ª 
Região), São Paulo (2ª Região), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª 
Região), Salvador (5ª Região), Recife (6ª Região), Fortaleza (7ª Região), 
Belém (8ª Região), Curitiba (9ª Região), Brasília (10ª Região), Manaus (11ª 
Região), Florianópolis (12ª Região), João Pessoa (13ª Região), Porto Velho 
(14ª Região), Campinas (15ª Região), São Luís (16ª Região), Vitória (17ª 
Região), Goiânia (18ª Região), Maceió (19ª Região), Aracaju (20ª Região), 
Natal (21ª Região), Teresina (22ª Região), Cuiabá (23ª Região) e Campo 
Grande (24ª Região). 
 
⇒ Compete às Varas de Trabalho: 
a) conciliar e julgar: I- os dissídios em que se pretenda o 
reconhecimento da estabilidade de empregado; 
II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por 
motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; 
III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice; 
IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho. 
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V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou 
o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das relações de 
trabalho. 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões; 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. 
 
O art. 680 da CLT foi abordado na letra “D”. 
 
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas: 
a) determinar às juntas e aos Juízes de Direito a realização dos atos 
processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua 
apreciação; 
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões; 
c) julgar as suspeições argüidas contra seus membros; 
e) julgar as exceções de incompetência que lhe forem impostas; 
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos sob apreciação, representado contra aquelas 
que não atenderem a tais requisições; 
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais 
atribuições que decorrem de sua jurisdição. 
 
3. (FCC/Técnico PGE-RJ/2009) Sobre a competência no processo civil, é 
CORRETO afirmar: 
(A) A incompetência em razão da matéria deve ser argüida por meio de 
exceção. 
(B) A incompetência em razão da hierarquia é relativa. 
(C) A incompetência funcional é absoluta e deve ser arguida como preliminar 
da contestação. 
(D) O juiz sempre pode, de ofício, declarar-se incompetente. 
(E) Sendo acolhida a exceção de incompetência, o juiz extinguirá o processo 
sem julgamento do mérito da causa. 
 
Comentários: A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes 
e o juiz deverá conhecê-la de ofício, não admite prorrogação. A competência 
em razão da função é absoluta. 
Prorrogação é o fenômeno no qual um juiz incompetente torna-se 
competente. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Deverá ser argüida em preliminar da contestação. 
Assim, está incorreta a letra “a” porque a incompetência em razão da 
matéria por ser absoluta deverá ser argüida em preliminar da contestação, 
conforme o art. 301 do CPC. Já o erro da letra “b” é que a incompetência 
funcional ou hierárquica é absoluta. Portanto, pelo exposto concluímos que a 
letra “c” está correta. 
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A letra “d” está incorreta, pois no que tange à incompetência relativa o 
juiz não poderá declara-se de ofício, uma vez que ela dependerá de 
provocação das partes. 
Já a letra “e” está incorreta, pois quando o juiz acolhe a exceção de 
incompetência ele deverá remeter os autos do processo para o juízo 
competente. 
 
4. (FCC- Técnico Judiciário – TRT 9ª Região – 2010) O Ministro do 
Tribunal Superior do Trabalho e os membros do Ministério Público da União que 
integram o Conselho Nacional de Justiça, serão indicados, respectivamente, 
(A) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador- Geral da República. 
(B) pelos Tribunais Regionais do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
(C) pelo Supremo Tribunal Federal e pelos Procuradores-Gerais dos Estados. 
(D) pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Procurador-Geral da República. 
(E) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
 
Comentários: Letra A (art. 103- B da CF/88) 
 
5. (FCC- Analista Judiciário - área judiciária – TRT 22ª Região - 2010) A 
indeclinibilidade é uma característica da 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) da processo. 
d) da lide. 
e) do procedimento. 
 
Comentários: A jurisdição no conceito de Chiovenda é a função estatal que 
tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei, mediante a substituição, 
pelas atividades dos órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros 
órgãos públicos, quer para afirmar a existência da vontade da lei, quer para 
torná-la praticamente efetiva. 
 
Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de 
aplicar o direito objetivo (direito do trabalho, por exemplo) a um caso 
concreto, substituindo os titulares dos interesses em conflito para, 
imparcialmente buscar, por meio da pacificação do conflito que os envolve, a 
realização da justiça e o estabelecimento da paz social. 
A indeclinibilidade é uma característica da jurisdição que está refletida no 
princípio da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que o art. 5º, XXXV da 
CF/88 estabelece que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça ao direito. 
 
 
 
 
 
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6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar 
(A) ações penaisdecorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da 
Emenda Constitucional no 45, de 2004. 
(B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às 
relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. 
(C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não 
decorrentes diretamente das relações de trabalho. 
(D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. 
Comentários: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a 
determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função 
jurisdicional. 
 
 
⇒ A competência é a medida da jurisdição. 
⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem 
competência para julgar determinadas ações. 
 
A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo art. 
114 da CF\88, que foi abordado pela banca nesta questão. 
 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
 
Jurisdição 
Medida da jurisdição 
Competência 
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IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes 
da relação de trabalho; 
 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 
195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que 
proferir. 
 
Súmulas e Orientações Jurisprudências referentes à competência: 
 
� Súmula 367 do STJ: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não 
alcança os processos já sentenciados. 
� Recomendo a leitura da Súmula 736 do STF que estabelecendo que 
compete à Justiça do trabalho processar e julgar as ações que tenham 
como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativos 
à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. 
� Em relação à competência há esta importante súmula do TST: A 
cobrança de honorários advocatícios em relação a um cliente pelo 
advogado não poderá ser processada e julgada pela Justiça do Trabalho. 
Súmula 363 do STJ Compete à justiça estadual processar e julgar a ação 
de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 
� Súmula 300 do TST considera a Justiça do Trabalho competente 
para ações que objetivem o cadastramento do empregado no PIS. 
Súmula vinculante 23 do STF: Competência - Processo e Julgamento - Ação 
Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da Iniciativa 
Privada: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos 
trabalhadores da iniciativa privada. 
 
 
 
 
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7. (FCC – Técnico Judiciário – TRT\GO – 2008) Os Tribunais Regionais do 
Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, 
na respectiva região, e nomeados pelo Presidente 
(A) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
(B) da República. 
(C) do Tribunal Superior do Trabalho. 
(D) do Supremo Tribunal Federal. 
(E) do Senado Federal. 
 
Comentários: Vamos relembrar a organização e composição dos Tribunais 
Regionais do Trabalho: 
 
⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição.Compõem-se de no 
mínimo 7 juízes (art.115, CRFB/88). 
 
⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com 
mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista 
sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao 
Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da 
República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
 
⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais 
de dez anos de efetivo exercício. 
 
⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por 
antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
8. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 16ª 
região\2009) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 
(A) onze Ministros, nomeados pelo seu Presidente após aprovação pela maioria 
absoluta do Congresso Nacional. 
(B) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
(C) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria absoluta do Senado Federal. 
(D) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
(E) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
 
Comentários: Vamos relembrar a composição dos Tribunais! 
 
 
 
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Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): 
⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de no mínimo 7 juízes (art.115, CRFB/88). 
⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais 
de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla 
das respectivas classes, que serão encaminhadas ao Tribunal que 
elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que, 
em 20 dias, escolherá um de seus integrantes, para nomeação. 
⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do ministério Público do Trabalho, com mais 
de dez anos de efetivo exercício. 
⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade 
e merecimento, alternadamente. 
 
Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): 
⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos 
de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do 
Senado Federal por maioria absoluta. 
⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com 
mais de 10 anos de efetivo exercício. 
⇒ Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada. A 
indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de 
representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal que 
formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o 
prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para nomeação. 
⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do 
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo próprio 
TST. 
9. (FCC/TRT-SP/ Técnico Judiciário - Área Administrativa/2008) Paulo 
é advogado, tem 29 anos de idade e 5 anos de efetiva atividade profissional; 
Pedro é bacharel em Direito, mas nãoexerce a profissão, tem 40 anos de 
idade e é professor há 7 anos; João é membro do Ministério Público do 
Trabalho, tem 31 anos de idade e 11 anos de efetivo exercício; José é 
advogado, tem 30 anos de idade e10 anos de atividade profissional; Luiz é 
advogado, tem 66 anos de idade e 40 anos de efetiva atividade profissional. 
Preenchidos os demais requisitos legais, podem ser nomeados juízes do 
Tribunal Regional do Trabalho 
(A) Luiz e Pedro. (B) Paulo e José. (C) Pedro e Luiz. (D) João, Luiz e José. (E) 
João e José. 
 
 
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Comentários: Integrarão o 5º constitucional os brasileiros com mais de 30 e 
menos de 65 anos de idade, nomeados pelo presidente da República na forma 
dos arts. 94 e 115 da CF/88. 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de 
efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de dez anos de 
efetivo exercício. Os demais serão escolhidos, mediante promoção dos juízes 
do trabalho por antiguidade e merecimento. 
 Assim, Paulo não poderá ser nomeado juiz de TRT, pois não possui mais 
de 30 anos e nem Pedro uma vez que não tem dez anos de efetiva atividade 
profissional de advocacia. Ao passo que João poderá, porque preenche os 
requisitos legais: é membro do MPT com mais de dez anos de efetivo exercício 
e possui mais de 30 anos de idade. 
 José também preenche os requisitos constitucionais. Já Luiz possui mais 
de 65 anos de idade e por isso não poderá ser nomeado juiz de TRT. 
 
10. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) Os Tribunais 
Regionais do Trabalho terão um quinto de sua composição de advogados e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 
(A) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
(B) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente da República. 
(C) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
(D) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
(E) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados 
pelo Presidente da República. 
 
Comentários: Correta a letra “e”, conforme o art. 111-A da CRFB/88. 
 
11. (FCC/Analista executor de mandados- TRT 17ª Região/2004) No 
sistema do Código de Processo Civil vigente, o juiz 
((A)) promoverá o andamento do processo até a sentença final, 
independentemente da provocação das partes interessadas. 
(B) promoverá o andamento do processo até a sentença final, desde que as 
partes interessadas provoquem o impulso oficial. 
(C) tem ampla liberdade de iniciativa para instaurar e impulsionar o processo, 
independentemente de provocação das partes interessadas. 
(D) deve agir apenas quando provocado, cabendo às partes a iniciativa de 
instaurar e impulsionar o processo. 
(E) tem ampla liberdade de iniciativa para instaurar o processo, mas só poderá 
promover o seu andamento mediante provocação das partes interessadas. 
 
 
 
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Comentários: Correta a letra “B”, porque a jurisdição é inerte e o juiz não 
poderá manifestar-se, sem ser provocado, conforme o art. 2º do CPC. Uma vez 
provocado ele dará o impulso oficial ao processo conforme estabelece o art. 
262 do CPC. 
 
 
Assim, teremos o Princípio do Dispositivo que estabelece que nenhum 
juiz preste a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a 
requerer nos casos e formas legais. È também conhecido como Princípio da 
Inércia da Jurisdição, que está consagrado no art. 2º do CPC. 
E, também o Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório que estabelece que o 
juiz tenha a função de prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de 
interesses das partes que lhe é apresentado, tendo assim a função de 
impulsionar o processo na busca da solução do litígio. Vide arte. 262 do CPC e 
765 da CLT. 
 
12. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo conflito de 
competência caberá: 
I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do Trabalho 
e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição trabalhista, porque 
estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; 
(II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais 
Regionais do Trabalho; 
III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência 
suscitados entre as Varas do Trabalho; 
IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o 
Tribunal Regional respectivo. 
Assinale a resposta: 
a) apenas a afirmativa IV está correta; 
b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; 
c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; 
d) apenas a afirmativa III está correta; 
 
Comentários: I- Ao TST caberá julgar o conflito entre as Varas de Trabalho e 
os Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista, e não ao STJ. 
II- Ao TST caberá julgar os conflitos de competência entre dois Tribunais 
Regionais do Trabalho e não ao STF. 
III- Ao TRT caberá julgar os conflitos suscitados entre as Varas de Trabalho, 
portanto correta esta assertiva. 
IV- De acordo com a Súmula 420 do TST acima mencionada, não haverá 
conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada. 
Incorreta a assertiva. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
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13. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 
2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da 
comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei 
(A) federal. 
(B) estadual. 
(C) municipal. 
(D) estadual ou lei federal. 
(E) municipal ou lei estadual. 
 
Comentários: O art. 650 da CLT estabelece que a jurisdição de cada Vara do 
Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo 
ser estendida ou restringida por lei federal. 
 
14. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 
2005) O texto da CLT menciona várias vezes os vogais (juízes classistas), 
nomeados e empossados pelos Presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho. 
Os vogais ou juízes classistas 
(A) ainda subsistem, em algumas das Regiões da Justiça do Trabalho. 
(B) não mais existem, em conseqüência da extinção da representação classista 
por emenda constitucional. 
(C) deixaram de existir por força de revogação de artigos da CLT, por lei 
ordinária. 
(D) foram extintos por medida provisória. 
(E) desapareceram em conseqüência de decisão do TST, mantida pelo STF. 
 
Comentários: A Emenda Constitucional nº 24 de 1999 extinguiu a 
representação classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de 
conciliação e julgamento. Assim, os vogais ou juízes classistas não mais 
existem na Justiça do Trabalho. 
 
15. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª Região – 
2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a 
competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde 
(A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. 
(B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador 
quando este for pessoa física. 
(C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
aindaque tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. 
(E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do 
empregador quando este for pessoa física. 
 
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Comentários: A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, 
atribuída às Varas de Trabalho. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como 
foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de 
serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. 
 
 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha 
trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será 
competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar 
da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da 
empresa no qual tenha prestado serviços. 
 
 Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou 
em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação 
deverá ser proposta em Fortaleza/CE. 
 
 § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio 
ou a localidade mais próxima. 
 
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que 
presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, 
porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa 
tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência 
de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no 
local mais próximo de seu domicílio. 
 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste 
artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário. 
 
O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços 
em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser 
transferido para outro. 
 
 
 
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A Súmula 207 do TST estabelece que a relação jurídica trabalhista será 
regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas 
do local da contratação. Não podemos confundir a legislação material a ser 
aplicada, com a competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a 
matéria. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou 
no da prestação dos respectivos serviços. 
 
 É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a 
realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º 
é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado 
quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais 
ou incertos. 
 
 Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora 
do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de 
caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, 
etc. 
 
16. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência em 
razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, são 
consideradas, respectivamente, 
(A) Absoluta, absoluta e relativa. 
(B) Relativa, absoluta e absoluta. 
(C) Absoluta, relativa e absoluta. 
(D) Relativa, relativa e absoluta. 
(E) Relativa, absoluta e relativa. 
 
Comentários: Correta a letra “a”. A Competência absoluta é a competência 
em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão da função. 
 
DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa) 
 
Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo 
usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para lembrá-
los da competência relativa. 
 
 A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz 
deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), não 
admitindo prorrogação. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de 
jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da contestação. 
 
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 A competência relativa é a competência em razão do valor e do 
território. A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a 
exceção (art. 114 CPC). 
 
 
 
 
 
DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz 
inicialmente incompetente torna-se competente. 
 Este fenômeno somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca 
com a incompetência absoluta. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 
Absoluta 
Matéria Pessoa Função 
Competência 
Relativa 
Valor VT Território 
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17. (FCC- Analista judiciário – área judiciária – TRT 4ª Região- 2006) 
Em relação à Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que 
(A) compete-lhe processar e julgar, dentre outras ações, os mandados de 
segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição. 
(B) compete-lhe decidir o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do 
Trabalho, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão 
do interesse público. 
(C) os Tribunais Regionais do Trabalho, compõem-se de, no mínimo, sete 
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de 
sessenta e cinco anos de idade. 
(D)) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas 
abrangidas ou não por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com 
recurso para o respectivo Tribunal de Justiça. 
(E) recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é 
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente. 
 
Comentários: O art. 112 da CF/88 estabelece que a lei criará varas da Justiça 
do Trabalho podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-
la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do 
Trabalho e não para o Tribunal de Justiça como afirma a letra “C”. Portanto, 
ela é a assertiva incorreta. 
 
 
A nossa primeira aula chegou ao final! 
 
Aguardo vocês para a próxima aula! 
 
Quaisquer dúvidas ou sugestões em relação ao curso, eu estarei à disposição 
de vocês no fórum do curso ou através do e-mail 
deborah@pontodosconcursos.com.br 
 
Muita luz! Abraços, 
 
Deborah Paiva 
professoradeborahpaiva@blogspot.com

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