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Direito Processual do Trabalho - Aula 02

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PROCESSO DO TRABALHO – TÉCNICO JUDICIÁRIO TST 
QUESTÕES FCC 
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Olá! Já estamos na segunda aula de nosso curso! 
 
Hoje, estudaremos temas que são muito abordados nas provas de Processo do 
Trabalho! 
 
Vamos ao estudo! 
 
Aula 02: Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo 
trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 
 
2.1. Princípios: 
 
� Os Princípios são formas de integração da norma jurídica, isto porque eles 
atuam como fonte de integração das normas jurídicas objetivando suprir as 
lacunas existentes, uma vez que o juiz não poderá eximir-se de sentenciar 
alegando omissões ou lacunas nas normas jurídicas. 
Exemplificando: 
 
 
DICA: O art. 769 da CLT, muito abordado em provas de concursos, autoriza a 
aplicação subsidiária do Direito Processual Civil ao Direito Processual do 
Trabalho, como fonte subsidiária para suprir lacunas ou omissões, ressaltando 
que a aplicação somente será possível quando não colidir com os princípios e 
nem com as normas de Direito Processual do Trabalho. 
 
 Art. 769 da CLT Nos casos omissos, o direito processual 
comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, 
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
 
 
 
No exemplo de Adalgisa e Maria das Dores, o juiz não poderia deixar 
de resolver o conflito de interesses que lhe foi submetido através da 
ação interposta por Adalgisa. Sendo assim, ele terá que proferir uma 
sentença (estudaremos nas próximas aulas), que é a decisão em 
relação ao conflito entre as partes. 
Caso a lei não regulamente o direito postulado por Adalgisa, o juiz 
mesmo assim deverá proferir decisão na causa (sentenciar), isto 
porque ele não poderá alegar lacuna na lei e eximir-se de proferir 
decisão na ação. Para tal, ele poderá utilizar-se das fontes de 
integração da norma jurídica, dentre elas os princípios de processo do 
trabalho. 
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Princípios Peculiares do Processo do Trabalho: 
 
⇒ Princípio do Dispositivo 
⇒ Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório 
⇒ Princípio da Oralidade 
⇒ Princípio da Identidade física do juiz 
⇒ Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias 
⇒ Princípio do “Jus Postulandi” das partes 
⇒ Princípio da conciliação 
⇒ Princípio da Concentração dos Atos Processuais 
⇒ Princípio da Imediatidade ou Imediação 
⇒ Princípio da Extrapetição 
 
Vamos então aos conceitos dos princípios! 
 
� Princípio do Dispositivo: Informa que nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer nos casos 
e formas legais. 
 
É também conhecido como Princípio da Inércia da Jurisdição, que está 
consagrado no art. 2º do CPC. 
 
 Art. 2º CPC Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais. 
 
� Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório: O juiz tem a função de 
prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de interesses das 
partes que lhe é apresentado, tendo assim a função de impulsionar o 
processo na busca da solução do litígio. Vide art. 262 do CPC e 765 da 
CLT e 856 da CLT. 
 
� Princípio da Oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais 
verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral, principalmente nas audiências, 
seja pelo Juiz ou pelas partes. 
 
 Exemplos de manifestação deste Princípio: 
a) a leitura da reclamação trabalhista: (art. 847 da CLT); 
b) a defesa oral/20 minutos; 
c) as duas propostas de conciliação consubstanciadas nos artigos 
850 e 846 da CLT, que será a primeira proposta oferecida antes de 
receber a contestação e após a abertura da audiência e a segunda 
proposta oferecida após as razões finais de 10 minutos para cada 
parte. 
d) oitiva de testemunhas (art. 848§2º CLT) 
e) razões finais em 10 minutos (art. 850 CLT) 
f) protesto em audiência (art. 795 CLT) 
 
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 Todos os exemplos dados no quadro acima serão estudados de forma 
aprofundada no momento próprio, por ora quero que vocês apenas guardem 
que eles são exemplos de atos praticados com através da manifestação verbal. 
 
� Princípio da Identidade física do juiz: Determina que o juiz que 
colheu as provas, ou seja, instrui o processo, deverá proferir a sentença. 
Tal princípio aplica-se ao processo Civil, porém ao Processo do trabalho 
este princípio não será aplicado, em face do que dispõe as Súmulas 136 
do TST e 222 do STF. 
 
Súmula 136 do TST Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da 
identidade física do juiz. 
 
� Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões 
Interlocutórias: No Processo do Trabalho as decisões interlocutórias 
não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º 
da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da 
decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Decisão 
Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve 
questão incidente. 
 
Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III- recurso de revista; 
IV- agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões 
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 
 A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da 
irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão 
interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer 
desta decisão. 
 
 Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo 
Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for 
acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na aula 
sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do processo para 
outro TRT a parte poderá recorrer da decisão interlocutória. 
 
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 Neste sentido a Súmula 214 do TST! 
 
Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da 
CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula 
ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível 
de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal 
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
� Princípio do “Jus Postulandi” das partes: Empregados e 
empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
O Jus Postulandi é a capacidade processual postulatória da parte, ou 
seja, ela poderá postular em juízo pessoalmente, sem a presença de um 
advogado que a represente. 
 
Empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça 
do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final do processo, de 
acordo com o art. 791 da CLT. 
 
Com o advento da CF/88 vozes surgiram no sentido de que o art. 791 
estaria derrogado, porque o art. 133 da CLT diz que o advogado é 
indispensável à administração da Justiça. 
 
Prevaleceu o entendimento de que o JusPostulandi continua sendo 
aplicado na Justiça do Trabalho. 
 
O STF nos autos da Adin 1.127-8 proposta pela AMB decidiu que a 
capacidade postulatória por advogado não é obrigatória nos Juizados de 
pequenas causas, na Justiça do Trabalho e na chamada Justiça de Paz. 
 
É oportuno frisar, que somente no âmbito da Justiça do trabalho eles 
poderão postular sem advogados (Varas de Trabalho/Tribunais Regionais do 
Trabalho). 
 
Na hipótese de interposição de recurso extraordinário para o STF a parte 
deverá estar necessariamente, representada por um advogado. 
 
 
 
 
 
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DICA: A recente Súmula 425 do TST traz algumas hipóteses nas quais o 
Jus Postulandi não será aplicado, vejamos: 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
No que tange às ações oriundas das relações de trabalho o Jus Postulandi 
não será aplicado, uma vez que o art. 791 da CLT estabelece: ”empregados e 
empregadores”. Portanto, para as demandas não oriundas da relação de 
emprego a representação por advogado é obrigatória. 
Art. 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão 
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as 
suas reclamações até o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores 
poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, 
solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência 
por advogado. 
 
A lei nº 12.437 de 6/07/11 acrescentou o parágrafo 3º 
ao art. 791 da CLT. 
 
§ 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral 
poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a 
requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte 
representada. 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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Agora, há disposição expressa referente ao mandato apud acta, ou seja, 
ao mandato outorgado no corpo da ata de audiência. 
 
� Princípio da conciliação: O art. 764 da CLT dispõe que todos os 
dissídios sejam coletivos ou individuais deverão estar submetidos à 
conciliação na Justiça do Trabalho. 
 Art. 764 da CLT- Os dissídios individuais ou coletivos submetidos 
à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à 
conciliação. 
 § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho 
empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de 
uma solução conciliatória dos conflitos. 
 § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á 
obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita 
neste Título. 
 § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao 
processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. 
 As propostas de conciliação obrigatórias são duas no procedimento 
ordinário: antes do recebimento da contestação e após razões finais. 
 
 Porém, é oportuno lembrá-los que as propostas são obrigatórias nestes 
dois momentos processuais, mas que a qualquer tempo, o juiz poderá tentar a 
conciliação sempre que possível. 
 
 O Termo de Acordo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, 
somente podendo ser atacado por Ação Rescisória, sendo considerado um 
título executivo judicial. 
 
 Para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe são devidas em 
face do acordo celebrado, o que for lavrado não valerá como decisão 
irrecorrível. 
 
� Princípio da Concentração dos Atos Processuais: Este Princípio 
objetiva a que a tutela jurisdicional seja prestada, no menor tempo 
possível, concentrando-se os atos processuais em uma única audiência. 
A audiência será contínua, porém o art. 849 da CLT preceitua que caso 
não seja possível concluí-la no mesmo dia o juiz poderá designar nova 
data para prosseguimento. 
 
 
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� Princípio da Imediatidade ou Imediação: Este princípio permite um 
contato direto do juiz com as partes, testemunhas, peritos e terceiros e 
com a própria lide objetivando formar o seu livre convencimento 
motivado determinado pelo Princípio da Persuasão Racional no que tange 
às provas. 
 
� Princípio da Extrapetição: Em casos expressamente previstos em lei, 
o juiz poderá condenar o réu por pedidos não postulados expressamente 
pelo autor na petição inicial. 
 
Exemplificando: Como exemplo de aplicação deste princípio no âmbito 
laboral pode citar: a aplicação de juros e correção monetária (Súmula 211 do 
TST), a fixação de gozo de férias por sentença fixando pena diária de 5% do 
salário-mínimo (art.136 §2º da CLT), dentre outros. 
 
Súmula 211 do TST JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. 
INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL Os 
juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que 
omisso o pedido inicial ou a condenação. 
 
2.2. Princípios do Processo Civil aplicáveis ao processo do trabalho: 
 Observei nas últimas provas elaboradas pela 
FCC, uma tendência a bordar os artigos do Processo Civil que se referem 
aos princípios. Assim, vejamos: 
 
 Os princípios importantes do processo civil aplicados ao processo do 
trabalho são: 
 
 Princípio Inquisitivo ou do Impulso Oficial: Este princípio está 
consagrado no art. 262 do CPC. No processo do trabalho o art. 765 da 
CLT permite ao juiz determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento das causas, o que caracteriza o impulso oficial. 
 
Art. 262 do CPC O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
 
 Princípio da Instrumentalidade: O processo não é um fim em si 
mesmo, mas um instrumento da Justiça. Assim, o processo deverá estar 
a serviço do direito material, sendo um instrumento para a realização 
deste. 
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O princípio da instrumentalidade é também conhecido como princípio da 
finalidade, segundo o qual quando a lei prescrever determinada forma, sem 
cominar nulidade o juiz considerará válido o ato, se realizado de outro modo 
lhe alcançar a finalidade (artigos 154 e 244 do CPC). 
 
 Princípio da Impugnação Especificada: Este princípio está presente 
no art. 302 do CPC estabelecendo que caberá ao réu manifestar-se sobre 
os fatos narrados na petição inicial, sob pena de serem considerados 
verdadeiros os fatos não impugnados. 
 
� O ônus atribuído ao réu somente não ocorrerá: a) Quando não for 
admitida a confissão a respeito dos fatos não impugnados. b) Quando a 
petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei 
considerar da substância do ato. c) Quando estiverem em contradição 
com a defesa considerada em seu conjunto. 
 
 Princípio da Estabilidade da Lide: Segundo Carlos Henrique Bezerra 
Leite, este princípio informa que se o autor já propôs a sua demanda e 
deduziu os seus pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se 
pronunciar, não poderá mais o autor modificar a sua pretensão sem a 
anuência do réu e, depois deultrapassado o momento de defesa, nem 
mesmo com o consentimento de ambas as partes isto será possível. 
 
 Princípio da Eventualidade: Este princípio está consagrado no art. 300 
do CPC competindo ao réu alegar na contestação toda a matéria de 
defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o 
pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 
 
 Princípio da Preclusão: O art. 245 do CPC estabelece que a nulidade 
dos atos deverá ser alegada na primeira oportunidade em que couber à 
parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Este princípio encontra-se 
expresso no art. 795 da CLT. 
 
O parágrafo único do art. 245 traz exceções: A primeira é que a 
preclusão não será aplicada quando o juiz deva decretar de ofício a nulidade 
e a segunda exceção ocorrerá quando a parte provar legítimo impedimento 
para a prática do ato. 
 
 Princípio da Economia processual: Consiste em obter da prestação 
jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo de esforço, evitando-
se gastos desnecessários para os jurisdicionados. 
 
 
 
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 Princípio da Perpetuatio Jurisdictionis: Está previsto no art. 87 do 
CPC, segundo o qual a competência é fixada no momento em que a ação 
é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de 
direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão 
judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da 
hierarquia. 
 
 Princípio do ônus da Prova: Previsto no art. 333 do CPC e no art. 818 
da CLT. 
Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. 
Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: 
I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
 II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor. 
 Princípio da oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais 
verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral, principalmente nas audiências, 
seja pelo Juiz ou pelas partes. 
 
 
 
 Princípio da Lealdade Processual: Impõe aos litigantes uma conduta 
moral, ética e de respeito mútuo. Está consagrado nos artigos 16, 17 e 
18 do CPC. 
 
Não poderemos nos esquecer do princípio da congruência, segundo o qual o 
juiz deverá ao julgar a ação ficar adstrito ao que foi pedido pelo autor em sua 
petição inicial. 
 
 
 
Exemplos de manifestação deste Princípio: 
a) a leitura da reclamação trabalhista: (art. 847 da CLT); 
b) a defesa oral/20 minutos; 
c) as duas propostas de conciliação consubstanciadas nos artigos 
850 e 846 da CLT, que será a primeira proposta oferecida antes de 
receber a contestação e após a abertura da audiência e a segunda 
proposta oferecida após as razões finais de 10 minutos para cada 
parte. 
d) oitiva de testemunhas (art. 848 §2º CLT) 
e) razões finais em 10 minutos (art. 850 CLT) 
f) protesto em audiência (art. 795 CLT) 
 
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2.3. Atos, Termos e prazos Processuais: 
 
Embora atos processuais não tenha sido objeto do edital do TST para o cargo 
de Técnico Judiciário. Irei abordar tal tema, pois complementa os princípios 
referentes às nulidades. 
 
2.3.1. Atos Processuais: 
 
A) Conceito: O processo é um complexo ordenado de atos processuais, 
destinado à obtenção de um provimento jurisdicional para a solução do 
conflito, ou seja, para a obtenção da sentença que é ato praticado 
exclusivamente pelo juiz que decidi ou não o mérito (pedido) da causa. 
 
 Os atos processuais ocorrerão no curso do processo, podendo ser 
praticado pelas partes, pelo juiz ou pelos órgãos auxiliares da Justiça. 
 
 
 Observem com atenção o conceito de atos processuais: “Atos 
processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo, isto 
é, os que dependem de manifestações dos sujeitos no processo”. (Carlos 
Henrique Bezerra Leite). 
 
 Atenção: É importante fazer uma distinção entre atos processuais e 
fatos processuais, o que muitas vezes confunde o candidato na hora da prova. 
 
� Os Atos Processuais são os acontecimentos que ocorrem por vontade 
das partes no processo, dependendo assim de manifestações dos sujeitos dos 
processos. 
 
Exemplificando: a penhora (penhora é a constrição de bens do devedor para 
satisfazer o crédito do credor, estudaremos no processo de execução), a 
citação do réu, intimação das partes ou das testemunhas, etc. 
 
� Os Fatos Processuais são acontecimentos involuntários, ou seja, que 
independem da vontade humana. 
 
Exemplificando: Podemos citar como exemplo de fato processual a morte da 
parte ou de seu advogado, o que não dependerá da vontade das partes para 
ocorrer. 
 
 Os atos processuais são públicos, salvo quando a intimidade ou o 
interesse social exigirem sigilo, conforme dispõem o artigo 5º, LX da CF/88. 
Trata-se do princípio da publicidade do ato processual, que somente poderá 
correr em segredo de justiça nas causas trabalhistas que tratem de questões 
sobre assédio sexual ou assédio moral, por exemplo. 
 
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 Art. 5º LX da CRFB/88 A lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 
 
 Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o 
contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 
(seis) às 20 (vinte) horas. 
 Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, 
mediante autorização expressa do juiz ou presidente. 
 
 
DICA: O prazo para a prática de atos processuais é de 6 às 20 horas. Não 
confundam com o prazo para a realização da audiência que será entre 8 às 18 
horas (art. 818 da CLT). 
 
 
 
Observem a assertiva: “Um ato processual praticado em audiência 
poderá ser realizado até as 20 horas”. 
 A assertiva está incorreta porque o art. 818 da CLT excepciona o prazo 
em relação às audiências. 
 
DICA: É oportuno ressaltar que o art. 770, parágrafo único da CLT é muito 
abordado em provas. 
 
 
 
Observem a seguinte assertiva; “nenhum ato processual poderá ser 
praticado em domingos e feriados.” 
A assertiva está incorreta porque mediante autorização do juiz a penhora 
poderá ser praticada em domingos ou feriados. 
 
B) Classificação de Atos Processuais: 
 
a) Atos da parte: declaração unilateral ou bilateral de vontade. 
 
 Art. 158 do CPC Os atos das partes, consistentes em declarações 
unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a 
modificação ou a extinção de direitos processuais. 
BIZU DE PROVA 
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b) Atos do juiz: Sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Sentença 
é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução do mérito. 
Estudaremos detalhadamente este tema em aula própria. 
 
Decisão interlocutória é aquele que no curso do processo o juiz resolve uma 
questão incidente. Por fim, despachos são todos os atos praticados no 
processo para os quais a lei não estabeleceu outra forma. (art. 162 e 
parágrafos do CPC) 
 
 Art. 162 do CPC Os atos do juiz consistirão em sentenças, 
decisões interlocutórias e despachos. 
 
c) Atos dos órgãos auxiliares da Justiça: Ao receber a petição inicial 
de qualquer processo o escrivãoa autuará, mencionando o juízo, a natureza do 
feito, o número de seu registro, os nomes das partes e as datas de seu início e 
procederá do mesmo modo quanto aos volumes de processo que se forem 
formando. 
 
Exemplificando: São atos processuais praticados pelos auxiliares da justiça: 
a citação, a intimação, a penhora, a autuação ( é a ato de colocar a capa no 
processo), dentre outros. 
 
 
C) Comunicação dos Atos Processuais: A comunicação dos atos 
processuais refere-se ao procedimento de dar ciência à parte quando 
determinado ato processual deva ser praticado ou o aviso de que um ato 
processual foi praticado. 
 
 As formas de comunicação dos atos processuais são: a citação e da 
intimação. 
 
 Citação: É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado 
para se defender (art. 213 do CPC). 
 
� A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa 
a coisa e ainda quando ordenada por juiz incompetente constitui em mora o 
devedor e interrompe a prescrição (art. 219 do CPC). 
 
� O sistema moderno de citação pelo correio, providência instituída para 
imprimir maior celeridade ao processo, não é cabível no processo de execução, 
cuja citação deverá ser feita através de oficial de justiça. 
 
 Intimação: É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e 
termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa 
(art. 234 do CPC). 
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� As intimações no processo do trabalho são feitas em regra pelos correios, 
podendo ocorrer excepcionalmente por oficial de justiça, por publicação do 
edital no Diário oficial ou no órgão que publicar o expediente da justiça do 
trabalho ou por fixação do Edital na sede da Vara de trabalho. 
 
No processo do trabalho o art. 841 da CLT dispõe sobre a notificação 
citatória, que menciona que o servidor público ao receber a petição inicial 
remeta a segunda via em 48 horas para o réu, notificando-o para comparecer 
à primeira audiência desimpedida dentro de cinco dias. 
 
Atenção: É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto-Lei 
779/69, este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em quádruplo 
quando a parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito Federal, bem 
como autarquias e fundações de direito público federais, ou municipais que não 
explorem atividade econômica. 
 
Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou 
chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da 
petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, 
para comparecer à audiência de Julgamento, que será a primeira 
desimpedida, depois de cinco dias. 
 
 
 
Súmula 427 do TST (nova súmula editada em 24 de Maio de 2011). 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas 
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome 
de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a 
inexistência de prejuízo. 
 
 
 
 
A Lei 9.800/99 permite a transmissão de ato processual que dependa de 
petição escrita através de fac-símile (fax), devendo os originais ser entregues 
em até 5 dias contados da recepção dos dados enviados via fax. A Súmula 387 
do TST (inserido inciso IV em 25 de Maio passado) dispõe sobre a possibilidade 
da interposição de recurso, que é um ato processual, por fac-símile (fax). 
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 Observem a nova redação: 
 
 
 
 
 Em relação à prática de ato processual através de e-mail, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em relação à prática de ato processual através de e-mail, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3.2. Nulidades e convalidação dos atos processuais: 
 
Nulidades e uma sanção imposta pela lei, que irá privar o ato processual 
de seus efeitos, quando a forma a ser praticada estabelecida na norma jurídica 
for descumprida. 
 
 Um bom exemplo irá facilitar o entendimento deste conceito! 
 
 A Lei Complementar 75/93, em seu art. 83, XIII, estabelece que o MPT 
(Ministério Público do trabalho) deverá intervir, obrigatoriamente, em todos os 
feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do trabalho quando 
a parte for pessoa jurídica de direito público, Estado estrangeiro ou organismo 
internacional. Caso ele não tenha sido intimado, o processo será nulo, a partir 
do momento em ele deveria ter atuado. 
 
O art. 246 do CPC estabelece que será nulo o processo quando o 
Ministério Público não tiver sido intimado a acompanhar o feito em que deveria 
intervir. O parágrafo único preceitua que o juiz anulará o ato a partir do 
momento em que o MP deveria ter sido intimado. 
 
Súmula 387 do TST RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 
I - A Lei nº 9.800/1999 é aplicável somente a recursos interpostos 
após o início de sua vigência. 
II - A contagem do qüinqüídio para apresentação dos originais de 
recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia 
subseqüente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da 
Lei nº 9.800/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, 
se esta se deu antes do termo final do prazo. 
 Súmula 387 do TST 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de 
notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu 
ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao 
"dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. 
 
IV- A autorização para a utilização do fac-símile, constante do art. 1º 
da Lei 9.800 de 1999, somente alcança as hipóteses em que o 
documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se 
aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
 
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Assim, reafirmando o conceito de nulidade pode-se dizer que: a nulidade 
de um ato processual ocorrerá quando lhe faltar algum requisito que a lei 
considerar necessário para a sua validade. 
 
Os atos processuais não dependem de forma determinada para ser 
praticado, exceto quando a lei expressamente a exigir, assim os atos que 
embora realizados de outro modo, atingir a finalidade essencial serão 
considerados válidos. 
 
A CLT trata da teoria das nulidades em seus artigos 794 ao 798, abaixo 
transcritos e comentados com os destaques para os pontos mais abordados em 
provas. 
 É importante frisar: As nulidades estudadas no direito do trabalho são 
distintas das nulidades estudadas no direito processual do trabalho. 
 
No direito do trabalho, o art. 9º da CLT que consagra o princípio da 
irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, estabelece que serão de nulos de 
pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou 
fraudar as leis trabalhistas. 
 
Ao passo que no Processo do Trabalho, os atos processuais podem ser 
nulos, anuláveis ou inexistentes. O art. 37, parágrafo único do CPC estabelece 
que os atos processuais praticados por advogados que atuam sem instrumento 
de mandato e que não sejam ratificados serão considerados inexistentes. 
 
Os atos nulos (nulidade absoluta) e os atos anuláveis (nulidade relativa), 
sendo os vícios processuais dos atos nulos insanáveis e os dos atos anuláveis 
sanáveis. 
 
Os atos jurídicos em geral e os atos processuais poderão estar com vícios 
ou irregularidades que podem ou não contaminar a sua validade. 
 
Como exemplo de vício que não contamina a nulidade de um ato,podemos citar a ausência de numeração e das folhas dos autos do processo, 
que não contaminam o ato. 
 
Caso o vício processual seja grave haverá uma consequência que se 
classifica em: nulidade absoluta e nulidade relativa. 
 
A nulidade absoluta será declarada toda vez que o ato processual viciado 
violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo juiz. 
 
Como exemplo, podemos citar a incompetência absoluta do juízo, uma 
vez que a Justiça do Trabalho é incompetente materialmente para processar e 
julgar as demandas pertinentes a direito de família. 
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Assim, caso haja pedido referente a uma investigação de paternidade, 
por exemplo, o juiz do trabalho deverá de ofício, sem o requerimento das 
partes, declara-se absolutamente incompetente em razão da matéria. Se ele 
não o fizer ocorrerá a nulidade absoluta da sua sentença. 
 
Quanto à nulidade relativa ou anulabilidade, o vício do ato processual 
viola normas de interesse privado, dependendo sempre da provocação do 
interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo juiz. 
 
Como exemplo de nulidade relativa, citamos a incompetência relativa do 
juízo que caso a parte ré não entre com a Exceção de incompetência relativa 
do juízo ocorrerá a prorrogação de competência e o juiz que anteriormente era 
incompetente para processar e julgar a causa passará a ser competente. 
 
 
 
Princípios Específicos das Nulidades Processuais: Neste ponto 
transcreverei um trecho do meu livro Noções de Direito do Trabalho e Processo 
do Trabalho: 
Dentro da teoria das nulidades podemos destacar os seguintes 
princípios: 
 
a) Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no art. 794 
da CLT, determina que somente, haverá nulidade quando resultar dos atos 
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do 
Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados 
manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
b) Princípio da Instrumentalidade das formas: Previsto nos artigos 
154 e 244 do CPC, determinando que se o ato for praticado de outra forma, 
mas atingir a sua finalidade ele será válido. 
 
c) Princípio da Convalidação ou da Preclusão: Previsto no art. 795 
da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas senão pela 
provocação das partes, às quais deverão arguí-las, na primeira vez em que 
tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da convalidação somente será 
aplicado ás nulidades relativas. 
 
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O art. 795 §1º da CLT ao determinar que deverá ser declarada de ofício a 
nulidade fundada em incompetência de foro na verdade quis dizer que a 
incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício pelo juiz. 
 
Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em 
que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na 
mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à 
autoridade competente, fundamentando sua decisão. 
 
d) Princípio da Proteção: Previsto no art. 796 da CLT, determina que 
somente será declarada a nulidade quando for impossível suprir-lhe a falta ou 
repetir-se o ato e quando não for arguida por quem lhe houver dado causa. 
 
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. 
 
e) Princípio da Utilidade: Está previsto no art. 798 da CLT determina 
que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência. 
 
Art. 798 da CLT- A nulidade do ato não prejudicará senão os 
posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência. 
 
f) Princípio da economia processual: Ao declarar a nulidade o juiz 
deverá declarar os atos a que ela se estende com o objetivo de atender ao 
princípio da economia processual, o qual também está incluído no art. 796 da 
CLT 
 
Art. 797 da CLT- O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade 
declarará os atos a que ela se estende. 
 
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. 
 
 
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2.4. Questões FCC sem comentários: 
 
1. (FCC- Advogado - Nossa Caixa – 2011) Mirto, juiz de direito, indignado 
com determinadas situações que estão ocorrendo na empresa Z, gostaria de 
instaurar reclamação plúrima trabalhista. Porém, há um princípio que impede 
que o magistrado instaure de ofício o processo trabalhista. Trata-se 
especificamente do princípio 
(A) da imparcialidade do juiz. 
(B) do devido processo legal. 
(C) do contraditório. 
(D) dispositivo. 
(E) inquisitório. 
 
2. (FCC- DPE-RS – 2011) Princípio dispositivo no Direito Processual Civil. 
Contrapõe-se ao princípio inquisitivo, de modo que ao julgador é vedada 
iniciativa na produção de provas e na investigação dos fatos da causa, sob 
pena de comprometimento da sua imparcialidade, buscando-se, no processo 
civil, apenas a verdade formal, com o reconhecimento do caráter mítico e 
utópico da verdade real. 
 
3. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 4ª Região – 
2011) Em determinada reclamação trabalhista, a empresa reclamada 
apresentou defesa em audiência. Após a apresentação da defesa, o advogado 
do reclamante pretende aditar o seu pedido, neste caso o aditamento 
a) não será mais possível em atenção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis. 
b) não será mais possível em decorrência do princípio da estabilidade da lide. 
c) não será mais possível, obedecendo-se ao princípio da instrumentalidade. 
d) será possível se a parte reclamada for novamente intimada em obediência 
ao princípio do contraditório. 
e) será possível independentemente de nova intimação da parte reclamada, 
em obediência ao princípio da verdade real. 
 
4. (FCC – Técnico Judiciário – área administrativa- TRT 24ª Região – 
2011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os Juízos e 
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão 
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas. Este dispositivo retrata especificamente o 
princípio 
(A) da instrumentalidade. 
(B) dispositivo. 
(C) da estabilidade da lide. 
(D) inquisitivo. 
 
 
 
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5. (FCC – Analista Judiciário - TRT 12ª Região – 2010) O princípio que 
dispõe que a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, 
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente, exceto quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a 
competência em razão da matéria ou da hierarquia, é especificamente o 
princípio 
a) da estabilidade da lide. 
b) da perpetuatio jurisdictiones. 
c) da inafastabilidade de jurisdição. 
d) do devido processo legal. 
e) do Juiz natural. 
 
6. (FCC- PGE-AM-2010) A respeito do processo trabalhista: 
I. Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do 
Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 
II. A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para 
o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
III. É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, desde que 
antes de encerrado o juízo conciliatório. 
IV. Os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios 
de persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
(A) I e III. (B) II e III. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV. 
 
7. (FCC/Analista executor de mandados- TRT 17ª Região/2004) 
Denomina-se jus postulandi 
(A) o direito que tem a parte de ingressar em juízo pessoalmente. 
(B) o direito de postular junto aos órgãos da administração pública. 
(C) o benefício da assistência judiciária gratuita. 
(D) a obrigação de se fazer representar em juízo por advogado. 
(E) a capacidade da parte de estar em juízo 
 
8. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados -TRT 24ª Região 
– 2011) De acordo com o artigo 795 da CLT, as nulidades não serão 
declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las 
à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Neste caso, 
trata-se especificamente do Princípio da 
(A) Estabilidade da Lide. 
(B) Preclusão. 
(C) Eventualidade. 
(D) Concentração. 
(E) Lealdade Processual. 
 
 
 
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09. (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT-
MG/2009) A nulidade fundada em incompetência de foro, referida pela 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) pode ser proclamada de ofício, desde que uma das partes concorde. 
(B) refere-se à incompetência em razão do lugar; por isto, de natureza 
relativa, não pode ser tratada de ofício. 
(C) refere-se à incompetência em razão da matéria e, por isto, pode ser 
tratada de ofício pelo juiz. 
(D) é de competência originária dos tribunais. 
(E) não se submete a recurso imediato, mesmo que seja acolhida em favor de 
outro ramo do Judiciário. 
 
10. (FCC – Analista Judiciário – TRT 11ª Região -2011) Nos processos 
sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade 
(A) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas apenas se 
arguida ex officio pelo Juiz. 
(B) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
(C) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
(D) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores 
que dele dependam, ou sejam consequência. 
(E) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou 
repetir-se o ato. 
 
 
------------------------------------------------------------------------------------ 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
 
01. 05. 09. 
02. 06. 10. 
03. 07. 
04. 08. 
 
----------------------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5. Questões FCC comentadas: 
 
1. (FCC- Advogado - Nossa Caixa – 2011) Mirto, juiz de direito, indignado 
com determinadas situações que estão ocorrendo na empresa Z, gostaria de 
instaurar reclamação plúrima trabalhista. Porém, há um princípio que impede 
que o magistrado instaure de ofício o processo trabalhista. Trata-se 
especificamente do princípio 
(A) da imparcialidade do juiz. 
(B) do devido processo legal. 
(C) do contraditório. 
(D) dispositivo. 
(E) inquisitório. 
 
Comentários: O Princípio da Imparcialidade do Juiz significa que na justa 
composição do conflito de interesses entre as partes o juiz deverá ser imparcial 
em seu julgamento. A Constituição Federal para efetivar esta imparcialidade 
confere à magistratura (art. 95) garantias especiais. 
 
O Princípio do Devido Processo Legal (art. 5º, LIV da CF/88) garante que 
ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal. 
O Princípio do Contraditório (art. 5º, LV da CF/88) implica na 
bilateralidade de ação e do processo. Assim, quando uma parte apresenta uma 
prova, a outra parte poderá manifestar-se sobre a prova apresentada. 
O Princípio Dispositivo ou da Demanda é, também, chamado de princípio 
da inércia da jurisdição porque a parte interessada deverá provocar a tutela 
jurisdicional quando sentir-se lesada ou ameaçada em relação a algum direito. 
 Assim, o juiz não poderá instaurar a ação de ofício, ou seja, ele deverá 
ser provocado pelas partes. 
Considero importante mencionar que este princípio está presente no 
processo civil, porque a FCC, nas últimas provas, como vocês poderão 
observar pelas questões aqui comentadas, abordou princípios do processo civil 
aplicáveis ao processo do trabalho. 
 
Art. 2º do CPC Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a 
parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. 
 
A expressão “nemo iudex sine actore” também reflete o princípio do 
inquisitivo e significa dizer que sem autor não há jurisdição. 
 
 
 
 
 
 
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2. (FCC- DPE-RS – 2011) Princípio dispositivo no Direito Processual Civil. 
Contrapõe-se ao princípio inquisitivo, de modo que ao julgador é vedada 
iniciativa na produção de provas e na investigação dos fatos da causa, sob 
pena de comprometimento da sua imparcialidade, buscando-se, no processo 
civil, apenas a verdade formal, com o reconhecimento do caráter mítico e 
utópico da verdade real. 
 
Comentários: Considero importante trazer esta assertiva de uma prova de 
processo civil para Defensor Público, porque como já disse a FCC está 
abordando o processo civil dentro da prova de processo do trabalho. 
 Nesta assertiva a FCC fala do Princípio do Inquisitivo. Os itens 
destacados estão errados, uma vez que este princípio busca a verdade real. E, 
o Juiz tem ampla liberdade na direção do processo, podendo determinar a 
produção de provas que considerar pertinentes para o julgamento da ação. 
Assim, a assertiva está errada. 
 
3. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 4ª Região – 
2011) Em determinada reclamação trabalhista, a empresa reclamada 
apresentou defesa em audiência. Após a apresentação da defesa, o advogado 
do reclamante pretende aditar o seu pedido, neste caso o aditamento 
a) não será mais possível em atenção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis. 
b) não será mais possível em decorrência do princípio da estabilidade da lide. 
c) não será mais possível, obedecendo-se ao princípio da instrumentalidade. 
d) será possível se a parte reclamada for novamente intimada em obediência 
ao princípio do contraditório. 
e) será possível independentemente de nova intimação da parte reclamada, 
em obediência ao princípio da verdade real. 
 
Comentários: Como já apresentado nos comentários da questão 01 desta 
aula, vejam o conceito do princípio da estabilidade da lide: 
 
 Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, este princípio informa que se o 
autor já propôs a sua demanda e deduziu os seus pedidos, e se o réu já 
foi citado para sobre eles se pronunciar, não poderá mais o autor 
modificar a sua pretensão sem a anuência do réu e, depois de 
ultrapassado o momento de defesa, nem mesmo com o consentimento 
de ambas as partes isto será possível.PACOTE 
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4. (FCC – Técnico Judiciário – área administrativa- TRT 24ª Região – 
2011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os Juízos e 
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão 
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas. Este dispositivo retrata especificamente o 
princípio 
(A) da instrumentalidade. 
(B) dispositivo. 
(C) da estabilidade da lide. 
(D) inquisitivo. 
(E) da perpetuatio jurisdictionis. 
 
Comentários: Trata-se do princípio do inquisitivo consagrado no art. 262 do 
CPC e no art. 765 da CLT. 
 O processo civil começará por iniciativa das partes, mas se desenvolverá 
por impulso oficial. 
 O art. 765 da CLT transcrito no enunciado desta questão estabelece 
ampla liberdade ao juiz na direção do processo. 
É bom lembrar que há outras hipóteses que consagram o Princípio do 
Inquisitivo no processo do trabalho. São elas: a execução promovida de ofício 
pelo juiz (art. 878 da CLT) e a “instauração de instância” pelo juiz presidente 
do Tribunal nos casos de greve (art. 856 da CLT). 
Quanto ao art. 856 da CLT, considero importante mencionar que para o 
jurista Carlos Henrique Bezerra Leite ele está incompatível com os parágrafos 
segundo e terceiro do art. 114 da CF/88. 
 
5. (FCC – Analista Judiciário - TRT 12ª Região – 2010) O princípio que 
dispõe que a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, 
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente, exceto quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a 
competência em razão da matéria ou da hierarquia, é especificamente o 
princípio 
a) da estabilidade da lide. 
b) da perpetuatio jurisdictiones. 
c) da inafastabilidade de jurisdição. 
d) do devido processo legal. 
e) do Juiz natural. 
 
Comentários: O art. 87 do CPC estabelece que a competência será 
determinada no momento em que a ação for proposta, sendo irrelevantes as 
modificações de fato ou de direito supervenientes. Este artigo reflete o 
princípio da perpetuatio jurisdictiones. 
 
 
 
 
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6. (FCC- PGE-AM- 2010) A respeito do processo trabalhista: 
I. Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do 
Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 
II. A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para 
o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
III. É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, desde que 
antes de encerrado o juízo conciliatório. 
IV. Os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios 
de persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) I, II e III. 
(D) I, II e IV. 
(E) II, III e IV. 
 
Comentários: I-Correta (art. 764 da CLT). II- Correta (art. 112 da CF/88). 
III- Incorreta (art. 764, parágrafo terceiro da CLT). IV Correta (art. 764, 
parágrafo primeiro da CLT). 
 
7. (FCC/Analista executor de mandados- TRT 17ª Região/2004) 
Denomina-se jus postulandi 
(A) o direito que tem a parte de ingressar em juízo pessoalmente. 
(B) o direito de postular junto aos órgãos da administração pública. 
(C) o benefício da assistência judiciária gratuita. 
(D) a obrigação de se fazer representar em juízo por advogado. 
(E) a capacidade da parte de estar em juízo 
 
Comentários: Letra A (art. 791 da CLT). 
 
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar 
pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas 
reclamações até o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão 
fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, 
ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência 
por advogado. 
§ 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral 
poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a 
requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte 
representada. (Incluído pela Lei nº 12.437, de 2011) 
 
 
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8. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados -TRT 24ª Região 
– 2011) De acordo com o artigo 795 da CLT, as nulidades não serão 
declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las 
à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Neste caso, 
trata-se especificamente do Princípio da 
(A) Estabilidade da Lide. 
(B) Preclusão. 
(C) Eventualidade. 
(D) Concentração. 
(E) Lealdade Processual. 
 
Comentários: Letra B. Dentro da teoria das nulidades, podemos destacar os 
seguintes princípios: 
a) Princípio da transcendência ou do prejuízo: previsto no art. 794 da CLT, 
determina que somente haverá nulidade quando resultar dos atos 
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
b) Princípio da instrumentalidade das formas: previsto nos arts. 154 e 244 
do CPC, determina que, se o ato for praticado de outra forma, mas 
atingir a sua finalidade, ele será válido. 
 
c) Princípio da convalidação ou da preclusão: previsto no art. 795 da CLT. 
 
d) Princípio da proteção: previsto no art. 796 da CLT, determina que 
somente será declarada a nulidade quando for impossível suprir-lhe a 
falta ou repetir-se o ato, e quando esta não for argüida por quem lhe 
houver dado causa. 
 
e) Princípio da utilidade: previsto no art. 798 da CLT, determina que a 
nulidade do ato prejudicará somente os posteriores que dele dependam 
ou sejam conseqüência. 
 
09. (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT-
MG/2009) A nulidade fundada em incompetência de foro, referida pela 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) pode ser proclamada de ofício, desde que uma das partes concorde. 
(B) refere-se à incompetência em razão do lugar; por isto, de natureza 
relativa, não pode ser tratada de ofício. 
(C) refere-se à incompetência em razão da matéria e, por isto, pode ser 
tratada de ofício pelo juiz. 
(D) é de competência originária dos tribunais. 
(E) não se submete a recurso imediato, mesmo que seja acolhida em favor de 
outro ramo do Judiciário. 
 
 
PACOTE 
PROCESSO DO TRABALHO – TÉCNICO JUDICIÁRIO TST 
QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26
Comentários: Letra C. O art. 795 §1º da CLT ao determinar que deverá ser 
declarada de ofício a nulidade fundada em incompetência de foro na verdade 
quis dizer que a incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício pelo 
juiz. 
 
Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em 
que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 1º – Deverá, 
entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente 
determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com 
urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. 
10. (FCC – Analista Judiciário – TRT 11ª Região -2011) Nos processos 
sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade 
(A) não poderá ser declarada mediante provocaçãodas partes, mas apenas se 
arguida ex officio pelo Juiz. 
(B) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
(C) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
(D) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores 
que dele dependam, ou sejam consequência. 
(E) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou 
repetir-se o ato. 
 
Comentários: Letra C (art. 794 da CLT). 
 
Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no art. 794 da CLT, 
determina que somente, haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados 
manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do 
Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados 
manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
 
Bem, a nossa aula chegou ao final! Até a próxima aula!Bons estudos! 
 
Abraços, 
 
Déborah Paiva 
professoradeborahpaiva@blogspot.com 
deborah@pontodosconcursos.com.br

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