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Câncer de pulmão

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Vitória Monteiro - Clinica Médica
Câncer de pulmão
DEFINIÇÃO:
crescimento celular anormal, incontrolável, que
invade os tecidos vizinhos e a distância
EPIDEMIOLOGIA
• Tipo mais comum de câncer: 200.000 casos
novos/ano (2000) → 52% países desenvolvidos
• Causa mais comum de morte por câncer no
mundo
• Geralmente de diagnóstico tardio pois é muito
difícil ver esse tumor precocemente, para aparecer
no raio x ja tem que estar com muito tempo de
evolução
o Geralmente quando os sintomas começar
já é inoperável
• Pico de incidência: 60 – 70 anos de idade
FATORES DE RISCO
● Susceptibilidade a produtos carcinogênicos
○ mais importante é tabagismo (80 a
90% dos casos)
○ comparados com os não fumantes,
os tabagistas tem 20 a 30x mais
risco de desenvolver ca de pulmão
○ fumante passivo: risco de 1,2 a 1,5
maior que o não exposto
● Agentes ocupacionais
○ asbestos, sílica, radônio
● Predisposição genética
○ risco aumenta 5x se pelo menos um
dos pais teve
● Idade → entre os 50 e 70 anos (abaixo de
40 anos incidência menor que 5%)
CLASSIFICAÇÃO
→ Carcinoma de pequenas células (CPPC)
● agressivo
● cresce centralmente invadindo o mediastino
e os vasos
● tende a estenosar os brônquios por
compressão extrínseca
● geralmente acessíveis à broncoscopia →
crescimento central e endobrônquico
● metastases a distancia
● maior relação com o tabagismo
● com diagnóstico rapido costuma responder
bem a quimioterapia
● invasivo
● mata muito rápido → dentro de 1 ano
→ Carcinoma de não pequenas células (CNPC): 3
TIPOS: células escamosas, adenocarcinoma e
carcinoma de grandes células
→ Adenocarcinoma
● mais comum no mundo de 30 a 35%
● se apresenta mais como um nódulo
periférico na periferia pulmonar
○ aparece mais na TC de rotina
● distribuição periférica
● metástase é mais comum
● acesso a broncoscopia é mais dificil →
muito periférico
● quase assintomático → com exceção de
estar muito grande
→ Carcinoma bronquíolo alveolar
● subtipo do adenocarcinoma
● sob a forma radiologica de nodulo
ou infiltrado difuso, bilateral do tipo
preenchimento alveolar
● expectoração abundante em clara
de ovo
● 2% casos
→ Carcinoma de células escamosas
● é o mais comum no brasil
● cresce na região central → se origina em
brônquios centrais podendo se estender
para hilo e mediastino
● sintomas locais com a tosse e hemoptise
○ obrigatório TOMO se raio x normal e
hemoptise + tabagismo + idade
● endobrônquico
● crescimento lento e metástases tardias
● pode ser acessivel à broncoscopia - central
● cresce dentro do brônquio (ao contrário do
de pequenas células que nasce fora e
invade os brônquios)
● citologia oncótica de escarro pode ser
positiva
→ Carcinoma de grandes células
● 10 a 20%
● periférico
● parecido com adenocarcinoma - nódulo
periférico
● tumores ovais
Apresentação clínica
● Assintomático - pulmão não tem inervação
dolorosa
Vitória Monteiro - Clinica Médica
● Dor apenas se atingir a pleura (tumores
bem periféricos), se tiver no meio do
parênquima dá tosse mas não dor
● Sintomático (40% a 95%)
○ devido a tumor primário: 37
○ devido a metástase: 32%
○ efeitos paraneoplásicos ou
sistêmicos: 34%
OBS: Muitas vezes o paciente convulsiona por um
câncer no cérebro, que depois descobrimos que
era uma metástase do pulmão – pelo fato do
câncer de pulmão muitas vezes ser difícil de
detectar em RX e ser assintomático
→ Efeitos relacionados ao tumor primário: Tosse,
Hemoptise, Dor torácica, Sibilo ou estridor,
Dispneia
→ Efeito metastático:
Rouquidão e paralisia de diafragma
• Derrame pleural
• Coração: dispneia, tosse, pulso paradoxal, estase
jugular e aumento da área cardíaca
• Fígado – aumento do volume e nódulos hepáticos
palpáveis
• Suprarrenal
• Óssea
• SNC – cefaleia, náuseas, vômitos, hemiparesias
• Síndrome de Pancoast
• Síndrome da veia cava superior
Tumor de pancoast
● Localizado posteriormente no ápice do
pulmão, junto ao plexo braquial, causando
sinais e sintomas relacionados com a
infiltração neoplásica das raízes nervosas
(C8, T1 e T2)
○ Muitas vezes o paciente vai no
ortopedista com dor no ombro e é
irradiação
● Dor intensa
● Alteração na temperatura cutânea
● Atrofia da musculatura do ombro e da mão
• Incidência → 4%
Síndrome de Horner
● enoftalmia unilateral, ptose palpebral, miose
e anidrose da face e membro superior
Síndrome de compressão/invasão da veia cava
superior
● Paciente pletórico do rosto pra cima
● tem uma cor bem escura, cianótica da face
● face edemaciada
● cresce na região do mediastino
● responde bem a radioterapia
Sd. paraneoplásica
● ocorre em 10 a 20% dos pacientes, mais
comum em carcinoma indiferenciado de
pequenas células
Testes diagnósticos
Metástase - maior parte no SNC
● SNC em 20-50% → fazer TC de crânio
○ melhor tirar do cérebro do que do
pulmão pois melhora a qualidade de
vida
● osso em até 25% - coluna, bacia costelas e
fêmur
● Fígado: estágios mais avançados
● adrenais: varias de 2 a 21% e na maioria é
assintomático
→ duplicação tumoral
● lentamente → dobra a massa do tumor em
2 meses
● média do tumor dobrar massa é 6 meses
● quando se torna visível em dm (passa de 1
cm é visível ao raio x) pode ter dobrado a
massa 45x
○ por isso a mortalidade é muito alta,
é de crescimento lento e maioria
não visível ao raio x → péssimo
para diagnóstico de CA
Estadiamento do CA de pulmão e métodos não
invasivos
● radiografia do tórax
Vitória Monteiro - Clinica Médica
● TC → melhor para diagnóstico
Tomografia
● imagem irregular a chance de malignidade
é perto de 100 (muito alta)
RM
● não é bom pro pulmão apenas pra ver
parede, pancoast
PET/CT
● diagnóstico e estadiamento
● pra ver metástase
● resolução 7-8mm
● sensibilidade 90% e especificidade de 97%
● sensíveis em metástases mediastinais e
extratorácicas
● pouca definição anatômica
● péssimo para cérebro → consome muita
glicose
● falso positivo em doenças granulomatosas
ex: TB
● falso negativo em CA brônquio alveolar e
carcinoide → cancer maligno não brilha
● valor preditivo negativo alto (90-95%)
● alto custo mas muito eficaz
● serve pra acompanhar PO
não cai estadiamento
PROGNÓSTICO
• A redução na mortalidade, no próximo século,
dependerá primeiramente, da efetividade dos
esforços para reduzir a prevalência do tabagismo
• O estadiamento dos carcinomas não pequenas
células é fator fundamental no prognóstico
• A medida em que progredimos no estadiamento,
menor será a sobrevida em 5 anos
TTO
● Depende do: tipo histológico, estadiamento,
idade, condição clinica, cardiorrespiratória
○ ter pelo menos 70% da capacidade
do pulmão se for retirar um pedaço
TTO cirúrgico
● Não pode ter pego linfonodos
● Ressecção oferece o melhor tempo de
sobrevida (potencial) nos pacientes com
doença localizada
● Controvérsia
○ Ressecção curativa na presença de
linfonodos mediastinais
comprometidas
○ Tratamento dos tumores localmente
avançados
TRATAMENTO
● Carcinoma de pequenas células
○ Quimioterapia e/ou radioterapia
○ Ressecção? + quimioterapia (T1N0,
T2N0)
● Demais carcinomas
○ Ressecção pulmonar – estágios I, II
e IIIa
○ Quimioterapia e/ou radioterapia
adjuvante?
○ Depende muito do caso
AVANÇOS/FUTURO DA QUIMIOTERAPIA
• Novas drogas • Terapias-alvo • Biologia molecular
AVANÇOS/FUTURO DA RADIOTERAPIA
• Melhor planejamento → PET/CT
• Estereotaxia → Cyber-knife

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