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Dossie IX

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FAJE – DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: Teoria do Conhecimento – 2014 – 2
PROFESSOR: ELTON VITORIANO RIBEIRO
	ALUNO: DAVID JOSÉ DOS SANTOS
ENTREGA: 03/12/2014
Dossiê: Teoria do conhecimento: A Epistemologia e a Explicação, Cap. IX.
Esse capítulo inicia com o exame das origens históricas da Epistemologia e propõem avaliar de modo sucinto o caráter distinto do Conhecimento Explicativo. A epistemologia anglo-americana tem início com Bertrand Russel (1872-1970) e G. E. Moore (1873-1958), em Oxford e Cambrige, contra o idealismo kantiano e hegeliano. Segundo Russel o artigo sobre A natureza dos juízos de Moore foi a primeira publicação que demonstrou a contraposição de ambos ao idealismo alemão. O idealismo Britânico também foi combatido por Moore e ele é representado pelos filósofos, H. Bradley e John McTaggart (cf. 181-182).
A epistemologia anglo-americana apoia-se no senso comum e procura um tipo de crença que não se origina nem na filosofia, nem na teologia. Uma das características que controlam as teorias de Moore e Russel é o Empirismo. Apesar do empirismo de Russel ser mais evidente do que o de Moore, ele é moderado por admitir algum tipo de conhecimento a priori. Ele admite que a ciência parte de noções e juízos retirados do senso comum (Causa, espaço, tempo e objetos). Russel aplica a ideia de realismo ingênuo, ou seja, a ideia de que as coisas são o que aparentam. “Russel observa, assim, que “o realismo ingênuo leva à física, e a física, quando é verdadeira, mostra que o realismo ingênuo é falso” (1940, p 15)” (cf. 182 – 186).
Temos nesse capitulo a seguinte pergunta: “Por que motivo devemos tomar a ciência como autoridade suprema em matéria de epistemologia?” (p. 186). Russel não consegue uma reposta suficiente a essa pergunta e ataca os céticos com um argumento ad hominen (cf. p. 186). Logo após o capitulo trata da questão da autojustificação onde ressalva que ela cai num ciclo de que uma premissa é garantia dela mesma (P é garantia de P). Também os Juízos intuitivos e os derivados do senso comum podem ser falsos. Essa seção termina sem encontrar o motivo pelo qual os juízos do senso comum devem ser tomados como autoridade suprema em epistemologia (cf. 186-189).
O conhecimento explicativo é contraposto ao conhecimento descritivo, seria em linhas gerais o conhecimento de por que algo é assim. Carl Hempel (1965) tem a opinião de que o “conhecimento explicativo assemelha-se, em sua estrutura, ao conhecimento previsivo” (p. 192). Nesse trecho é apresentado o papel das explicações causais que não tem um papel determinístico, mas probabilístico (190-194).
A inferência da melhor explicação, aqui se infere ou induz, uma proposição que proporciona melhor explicação disponível desses mesmos dados é também chamada de “inferência abdutiva”, exemplo dado pelo livro a órbita de Urano (cf. p. 194).
É um capitulo muito denso para ser colocado em uma página, porém na conclusão temos a explicação de que as intuições são significativas na epistemologia, mas nem por isso são elas dotadas de suprema autoridade em matéria de epistemologia. O mesmo se aplica aos juízos ponderados do senso comum, estão ambos passíveis de anulação à luz de preocupações teóricas mais amplas. Conclui o capítulo colocando o peso nas explicações, com a seguinte frase: “Para o bem ou para o mal, os seres humanos, na qualidade de sujeitos cognoscentes reflexivos, são sempre explicadores – explicadores incorrigíveis (p. 203)” (cf. p. 201-203).
Referência Bibliográfica
MOSER, P.;MULDER,D.; TROUT, J. A Teoria do conhecimento: Uma introdução temática: São Paulo: Martins Fontes, 2004. P. 181 – 203.

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