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INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira Doenças Diverticulares Considerações Anatômicas Tem emissão de ramos de irrigação e infiltração nas camadas mais internas da musculatura. A musculatura aqui é forte e com “furos”. Fisiopatologia ↓ Fibras → ↑ Pressão → Pulsão em Zona Frágil (artéria) Quanto maior o bolo fecal mais fácil é para o intes- tino empurrar ele pra saída. Não precisa de muita pe- ristalse devido ao tamanho do bolo fecal. O contrário também é verdadeiro, tem-se um sobrecarregamento da musculatura. ↑ Ingesta de fibras - Fezes ↑ - ↓ Contratura Só que quando você tem esse aumento da pres- são, pode ocorrer a formação de “hérnias” da própria parede do intestino, que é chamado de divertículo. Divertículo falso = Quando não tem todas as ca- madas do intestino. Divertículo de Mekel Divertículo verdadeiro = Quando está presente to- das as camadas do intestino. Características Mais comum no sigmoide Acomete mais idosos A maioria é assintomática Diagnóstico Colonoscopia Presença de fecalitos na parede intestinal. Contraste Retrogrado Complicações Inflamação Diverticulite É uma divertículo que virou uma hérnia com carac- terística de inflamação. 1 Clister Opaco INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira Obstrução Devido a presença de fecalito em cólon esquerdo, principalmente em sigmoide. Sangramento Trauma de Arteríola Tracionada Acomete o cólon direito. Diverticulite Aguda Fisiopatologia Acontece de forma semelhante à apendicite. Ponto amarelo na foto → Obstrução devido ao fe- calito → Acúmulo de secreção e proliferação bacteri- ana → Microperfuração e Abscesso pericólico. Inflamação de fora pra dentro. Clínica “Apendicite à esquerda do idoso” Dor Dor localizada da FIE (insidiosa) Vai demorar um pouco para o paciente apresentar a clínica de dor, devido as microperfurações. Diarreia / Constipação Febre Diagnóstico Imagem TC Muito bom para diagnóstico. Obs: Evitar colono e clister no momento da infla- mação → Pode piorar o quadro clínico do paciente. Obs: Na imagem: Presença de gás e Coleção Pe- rintestinal. Colonoscopia Fazer após 4 a 6 semanas para excluir neoplasia intestinal. É o tempo médio que a inflamação vai ter acabado ou diminuído. Complicações Abscesso É a mais comum. Peritonite É a mais grave. Pode ser fecal ou purulenta. Fístula O que está inflamado “cola”, quando cola abre um caminho. Local mais comum é colovesical 2 INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira - Urina fezes - Urina ar (pneumatúria) Dx Diferencial: Doença de Crohn e CA colorretal Obstrução A mais comum que tem é a de delgado, devido à topografia do delgado ser um bolo de intestino próxi- mo ao intestino grosso. Classificação de Hinchey Estágio 1 e 2 → Abscesso Estágio 3 e 4 → Peritonite Tratamento Complicada? Indicação Abscesso ≥ 4 cm Peritonite Obstrução refratária Não Suporte + ATB VO por 7 a 10 dias Cirurgia eletiva se: - Imunodeprimido - Fístula - Incapaz de excluir CA Sim Abscesso ≥ 4 cm - ATB EV + - Drenagem + - Colono em 4 a 6 semanas + - Cirurgia eletiva em 6 a 8 semanas Peritonite / Obstrução refratária - ATB + - Cirurgia de urgência (Hartmann) Opção para o estágio 3 (peritonite purulenta) - Lavagem laparoscópica - Aqui pensa na ideia que como é um quadro com pus, já imagina-se que o próprio quadro já deu uma amenizada na gravidade do quadro. Cirurgia Eletiva Sigmoidectomia com Anastomose 1ª Terminoterminal Cirurgia de Urgência Sigmoidectomia com colostomia terminal e fecha- mento do coto retal (cirurgia à Hartmann). Após alguns meses tem que reconstruir o trânsito intestinal desse paciente, ao contrário da eletiva que faz na mesma cirurgia. Estágio 0 Diverticulose Não Complicada Estágio I Abscesso Pericólico I a: Fleimão I b: Abscesso Pericólico Estágio II Abscesso Pélvico Estágio III Peritonite Purulenta Estágio IV Peritonite Fecal 3 INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira Hemorragia Digestiva Introdução Pensemos que delgado é responsável por uma mínima porcentagem das hemorragias, pois acontece mais frequente acima da junção. Conduta Estabilização Hemodinâmica Hidratação Fazer hidratação vigorosa, sendo a primeira medi- da a ser tomada frente ao quadro de hemorragia di- gestiva. EDA Paciente com vômitos tem que fazer EDA. Afastar - HD alta - Hemorroida Hemorragia Digestiva Baixa Depois de afastada a HD alta e hemorroida Sangramento leve a moderado - Colonoscopia - Diagnóstico e tratamento - Se lesão não visualizada posso partir para angi- ografia ou cintilografia (0,1 ml/min) antes mesmo da angiografia. O último é muito sensível, positivi- dade em sangue de 0,1 ml/min, só que não trata e não identifica onde está a lesão. Sangramento maciço - Angiografia (0,5 a 1 ml/min) - Diagnóstico e tratamento Se nada resolveu… Colectomia HD Alta HD Baixa Ângulo de Treitz (Duodeno-jejunal) Acima Abaixo Clínica Hematêmese Hematoquezia Melena Hematoquezia Frequência 80% dos casos 20% dos casos Causas Úlceras Varizes Divertículo Angiodisplasia CA 4 Características Colonoscopia Contraste Retrogrado Inflamação Sangramento Dor Diarreia / Constipação Febre Imagem Abscesso Peritonite Fístula Obstrução Complicada? Cirurgia Eletiva Cirurgia de Urgência Estabilização Hemodinâmica
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