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Tratamento_e_Descarte

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Tratamento e Descarte de resíduos perigosos, alterado de Vesilind e Morgan 
(2011). 
 
O tratamento de materiais considerados perigosos é obviamente específico em 
função do material e da situação. Portanto, há várias alternativas que os 
engenheiros podem considerar em tais operações de tratamento. 
 
O tratamento químico é comumente utilizado, especialmente para resíduos 
inorgânicos. Em alguns casos, uma neutralização simples do material perigoso 
tornará a substância inofensiva. Em outros casos, a oxidação é utilizada, como para 
a destruição de cianeto. O ozônio é frequentemente utilizado como agente oxidante. 
Em um caso no qual metais pesados devem ser removidos, a precipitação é o 
método escolhido. A maioria dos metais torna-se extremamente insolúveis a altas 
faixas de pH, portanto, o tratamento consiste na adição de uma base, como cal ou 
soda cáustica, e no assentamento do precipitado. Outros métodos físico-químicos 
empregados na indústria incluem osmose reversa, eletrodiálise, extração de 
solventes e troca iônica. 
 
Se o material perigoso for orgânico e imediatamente biodegradável, em geral o 
tratamento de menor custo e maior confiabilidade é o biológico. No entanto, a 
situação fica interessante quando o material perigoso é um composto antropogênico 
(criado pelos seres humanos). Como essas combinações de carbono, hidrogênio e 
oxigênio são novas na natureza, pode não existir algum microorganismo que possa 
utilizá-las como fonte de energia. Em alguns casos, ainda é possível encontrar um 
microorganismo que utilize essa substância química como fonte de alimento, então 
o tratamento consistiria de um tanque de contato biológico no qual a cultura pura é 
mantida. Além disso, é cada vez mais provável que microorganismos específicos 
possam ser projetados por manipulação genética para atacar resíduos orgânicos 
especialmente difíceis de tratar. 
 
Uma das técnicas de tratamento mais amplamente utilizada para resíduos 
orgânicos, entretanto, é a incineração. Idealmente, incineradores de resíduos 
perigosos produzem dióxido de carbono, vapor de água e cinzas inertes. Na 
 
 
 
 
 
 
 
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verdade, nenhum incinerador atingirá a combustão completa de orgânicos – 
descarregará algumas substâncias químicas nas emissões, concentrará outras nas 
cinzas inferiores e produzirá diversos compostos chamados de produtos da 
combustão incompleta (PCI). Apesar desses problemas, incineradores de resíduos 
perigosos devem atingir altos níveis de eficiência de remoção, frequentemente, de 
99,99% ou mais, comumente referidos como “quatro noves”. Em alguns casos, as 
eficiências de remoção exigem cinco ou seis noves. 
 
O descarte de resíduos perigosos é semelhante, em muitas formas, ao descarte de 
resíduos sólidos não perigosos. Como o descarte nos oceanos é proibido e o no 
espaço sideral ainda é extremamente caro, o lugar de descanso final deve ser em 
terra. 
 
A injeção em poço profundo foi utilizada no passado e ainda é o método preferencial 
na indústria petroquímica. A idéia é injetar os resíduos tão profundamente na crosta 
terrestre que ele não terá a menor chance de reaparecer e causar danos. Esse, 
claro, é o problema: quando está bem no fundo da crosta terrestre, é impossível 
dizer qual será seu destino final e qual lençol freático eventualmente irá contaminar. 
 
Um segundo método de descarte terrestre é espalhar os resíduos no terreno e dar 
aos microorganismos do solo a oportunidade de metabolizar os compostos 
orgânicos. Essa técnica foi amplamente utilizada em refinarias de petróleo e parece 
funcionar excepcionalmente bem. No entanto, a EPA restringiu esta técnica porque 
há pouco controle das substâncias químicas quando elas estão no solo. 
 
O método mais amplamente utilizado para descarte de resíduos perigosos é o aterro 
protegido. Em vez de um revestimento impermeável, aterros protegidos exigem 
diversos revestimentos, e todo o resíduo deve estar estabilizado ou em contêineres. 
Como em aterros sanitários, o chorume é coletado e uma tampa é colocada no 
 
 
 
 
 
 
 
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aterro assim que estiver cheio. Também é necessário ter cuidado contínuo, embora 
a EPA atualmente exija apenas 30 anos de monitoramento. 
 
A maioria dos engenheiros de resíduos perigosos concorda que não existe um aterro 
“protegido” e que, eventualmente, todo o material atingirá o ar ou a água. No 
entanto, o que se está fazendo é apostar que os resíduos nessas bacias de 
armazenamento se degradarão por conta própria, ou que essas bacias 
eventualmente terão que ser escavadas no futuro e o material, então, tratado. 
Acreditamos, no entanto, que não é adequado agir assim atualmente e deixar o 
problema como um legado às gerações futuras.

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