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Tópicos Especiais II em Engenharia do Petróleo - Unidade I

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Tópicos Especiais II em Engenharia do Petróleo
Matriz Energética mundial
O que é Matriz Energética:
Matriz energética é toda energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos, é uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região.
A análise da matriz energética é fundamental para a orientação do planejamento do setor energético, que deve garantir a produção e o uso adequado da energia produzida, onde uma das informações mais importantes adquiridas é a quantidade de recursos naturais que está sendo utilizada, para saber se esses recursos estão sendo feitos de forma racional.
No mundo a matriz energética é composta de petróleo (35,7%), carvão (23,3%), gás natural (20,3%), combustíveis renováveis (11,2%), nuclear (6,7%) e água (2,3%). No entanto o panorama no Brasil apresenta uma parcela maior para a utilização de seus recursos hídricos, embora sua principal fonte ainda seja o petróleo e seus derivados (40%).
A dependência desta fonte energética é explicada pelo rodoviarismo implantado como meio de escoamento dos produtos aqui produzidos em direção ao resto do país e aos portos rumo às exportações
Apesar de a mudança dos componentes da matriz energética mundial ser indiscutível, no longo prazo, existem diversos condicionantes (tecnológicos, políticos, culturais, econômicos, sociais, comerciais ou ambientais) que podem apressar ou retardar as mudanças consideradas inexoráveis. Neste particular, deve-se considerar o que se segue:
a. acordos internacionais – como a entrada em vigor do Protocolo de Quioto – ou intrablocos – como a Diretiva para Obtenção de Eletricidade de Fontes Renováveis, do Parlamento Europeu – são poderosos indutores do uso de energias renováveis e criam reservas de mercado para a bioenergia;
b. o apoio intenso, garantido e continuado aos programas de PD&I constituirá a pedra angular para acelerar a taxa de utilização de energias renováveis. Inovações têm o condão de viabilizar técnica e economicamente as fontes renováveis de energia, bem como permitir a exploração comercial, o ganho de escala e a redução de custos;
c. a co-geração de energia se constituirá em um diferencial importante para a viabilização econômica de fontes de bioenergia;
d. a expansão da área de agricultura energética não poderá ocorrer à custa da contração da oferta de alimentos, nem de impactos ambientais acima da razoabilidade, sob pena de forte reação contrária da sociedade, o que inviabilizaria o negócio bioenergia. Ao contrário, entende-se que haverá uma tríplice associação entre energia, alimento e indústria química;
e. o preço dos combustíveis fósseis é crucial para apressar a transição, e, ironicamente, para estender o tempo de duração das reservas, tornando a transição menos turbulenta. Sob um quadro de preços moderados de combustíveis fósseis poucas fontes de energias renováveis são competitivas, como é o caso do etanol, derivado de cana-de-açúcar, já claramente competitivo, ou da energia eólica, em determinadas regiões em que se encontra em estágio pré-competitivo;
f. os custos de obtenção de energia são fortemente ligados às condições locais e os locais de menores custos serão explorados em primeiro lugar. Este fato gera diferenciais competitivos entre as diferentes regiões;
g. o aumento da participação das fontes de energia renovável na matriz energética, em especial nos países ricos, dependerá de apoio decisivo e continuado dos respectivos governos. O suporte é crucial especialmente no início do processo de introdução na matriz, podendo ser reduzido conforme as metas forem atingidas e o processo consolidado.
O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e solar.
 As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. 
Vale lembrar que a matriz energética mundial é composta por 13% de fontes renováveis no caso de Países industrializados, caindo para 6% entre as nações em desenvolvimento.
A energia é um dos principais insumos da indústria. Sua disponibilidade, preço e qualidade são determinantes fundamentais de sua capacidade competitiva.
O custo da energia para o consumidor industrial brasileiro tem, no entanto, crescido sistematicamente acima da inflação. Vários projetos de expansão da geração elétrica permanecem afetados por restrições burocráticas de várias origens. Tais obstáculos comprometem a ampliação do parque gerador, tanto hidroelétrico, como termoelétrico.
A tendência de elevação de preços dos insumos energéticos no mercado mundial, aliada às pressões pela redução das emissões dos gases causadores do “efeito estufa” abre novas oportunidades para o País, devido aos ganhos de competitividade nos setores industriais que usam energia elétrica e ao maior interesse dos investidores por energia limpa.
A participação de energias renováveis na matriz energética brasileira é de 45%, enquanto a média mundial é de apenas 14%. Essa participação tende a crescer, se for mantido o papel de “âncora” da hidroeletricidade e for consolidada a indústria de bioenergia no País
Panorama Energético Mundial
Os principais insumos energéticos usados pela indústria no mundo são o petróleo, o gás natural e o carvão. Esses insumos têm presentado elevadas taxas de crescimento do consumo, devido, principalmente, ao desempenho das economias emergentes, lideradas pela China e pela Índia.
O crescimento acelerado da demanda, aliado à instabilidade política nas regiões produtoras de petróleo e gás natural e às pressões pela redução das emissões dos gases causadores do “efeito estufa”, traz preocupações sobre o equacionamento da oferta de energia e seu impacto nos preços.
Panorama Energético Mundial
Segurança de suprimento e meio ambiente transformaram a energia em tema crítico. Dez países concentram 85% das reservas mundiais de petróleo e boa parte desses países estão envolvidos em turbulências geopolíticas. A gasolina e o óleo diesel são responsáveis por quase toda a energia consumida no setor de transportes que, por sua vez, contribui com 25% das emissões dos gases de “efeito estufa” dos países industrializados
Panorama Energético Mundial
Quanto ao gás natural, 58% das reservas mundiais estão concentradas em apenas três países: Rússia, Catar e Irã. A tendência de “comoditização” do produto, embora contribua para diversificar as fontes de suprimento, faz que os preços de petróleo e do gás tendam a se igualar. Dado que o petróleo ainda é a fonte economicamente dominante, isto significa que a volatilidade dos preços do petróleo tenderá a “contaminar” os preços do gás natural.
Panorama Energético Mundial
O carvão é responsável por 25% do consumo mundial de energia. Desta parcela, dois terços são usados para geração de eletricidade, e quase todo o restante para uso industrial. As reservas mundiais de carvão são gigantescas, quase 3,5 vezes maior que as de petróleo e de gás natural. Cerca de dois terços destas reservas estão localizadas em apenas quatro países: Rússia, Estados Unidos, China e Índia.
Panorama Energético Mundial
A maior vulnerabilidade geopolítica está na área do petróleo. As principais alternativas de redução da dependência do petróleo são: substituição por biocombustíveis e redução do consumo veicular.
A insegurança energética em âmbito mundial deverá persistir ou até piorar, o que poderá elevar os preços do petróleo e do gás natural. Além disso, deverá haver maior pressão pública para medidas de mitigação dos problemas ambientais, tais como a contratação compulsória de energias alternativas e a mistura obrigatória de biocombustíveis aos energéticos tradicionais. Estas medidas deverão aumentar ainda mais os preços da energia.

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