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27/03/2015 1 ÓRTESES: CONSIDERAÇÕES GERAIS E CLASSIFICAÇÃO Profa. Dra. Poliana Penasso Bezerra Fisioterapeuta, Doutora em Ciências – Neurologia pela FMRP/USP Órteses • São dispositivos acrescentados externamente ao corpo para proporcionar melhora funcional e suporte. 27/03/2015 2 Objetivos • Repouso • Imobilização • Proteção • Propriocepção • Correção Materiais usados na confecção • “Ontem”: materiais densos e pesados: metal, couro e tecido • “Hoje”: materiais leves e resistentes: gesso sintético, duralumínio, titânio, fibra de carbono, termoplásticos. 27/03/2015 3 Materiais • Couro • Metais leves (alumínio, duralumínio e titânio) • Termoplásticos (baixa e alta temperatura) • Fibras de carbono • Espumas • Polímeros Metais Metal Vantagens Desvantagens Aço Rígido Alto peso Alumínio Leveza, resistência à corrosão e boa aparência Muito flexível e pouco resistente Duralumínio Grande resistência mecânica Baixa soldabilidade Titânio Metal de liga leve Peso reduzido, alta resistência, boa aparência Alto custo ARTICULAÇÃO METÁLICA EM DURALUMÍNIO 27/03/2015 4 Termoplástico • Polipropileno • Várias espessuras (1mm até mais de 10mm) • Escolha depende da resistência desejada • Termoplásticos de alta temperatura • Moldados sobre moldes positivos em gesso • Termoplásticos de baixa temperatura • Moldados diretamente sobre o membro do paciente • Confecção mais simples e rápida • Ezeform 27/03/2015 5 Fibra de carbono • Material extremamente leve, durável e de grande resistência mecânica, porém apresenta alto custo. • Reforçar órteses termoplásticas que necessitam de maior resistência em regiões de grande estresse. Seleção de materiais para confecção das órteses • Tempo de utilização: temporário ou definitivo • Peso dos materiais: leveza • Durabilidade • Condições financeiras do paciente • Reação alérgica: materiais de forração • Local de moradia e tipo de atividade 27/03/2015 6 Biomecânica • Por meio da área de contato, toda órtese gera vetores de força que são aplicadas em determinada região corpórea. • Quantidade de força e a área de contato - influência direta no conforto e eficácia da órtese. • Sistema de três pontos de fixação • Vetor de reação ao solo Biomecânica • Sistema de três pontos de fixação: 27/03/2015 7 Biomecânica • Vetor de reação ao solo Classificação das órteses de acordo com a Funcionalidade • Órteses estáticas (passivas) • Não tem partes móveis, uso contínuo, mantêm tecidos numa única posição, mantém o alinhamento, evitam deformidade e contratura. • Órteses estáticas seriadas (passivas) • Não tem partes móveis, são remodeladas para obter ganho de movimento. 27/03/2015 8 Classificação das órteses de acordo com a Funcionalidade • Órteses estáticas progressivas (passivas) • Não tem partes móveis com aplicação de componentes inelásticos para obter ganho de movimento. Classificação das órteses de acordo com a Funcionalidade • Órteses dinâmicas (funcionais) • Tem partes móveis, permitem movimentos em uma ou mais articulações • Auxiliar, limitar ou direcionar movimentos • Materiais: flexíveis (AFO dinâmica em termoplástico), com articulações verdadeiras (braces de joelho) ou mecanismo de energia externa (molas ou elásticos) 27/03/2015 9 Classificação das órteses quanto à confecção: • Órteses pré-fabricadas • Fabricada em larga escala e em vários tamanhos • Geralmente em materiais flexíveis • Baixo custo, praticidade • CUIDADO: órteses inapropriadas e que não desempenham as funções propostas Classificação das órteses quanto à confecção: • Órteses pré-fabricadas ajustáveis • Adaptação, aplicação imediata, custo reduzido • Ajustes: tirantes em velcro, reposicionamento de parafusos, ... 27/03/2015 10 Classificação das órteses quanto à confecção: • Órteses confeccionadas sob medida • Indicações específicas, adaptação adequada • Custo maior, tempo de entrega • Diversos materiais • TÉCNICAS • Órteses metálicas: formulário de anotações das medidas • Órteses com gesso sintético ou termoplástico de baixa temperatura: material modelado diretamente no seguimento corpóreo • Órteses com termoplástico de alta temperatura ou laminações de resina acrílica e fibra de carbono: molde em gesso Termoplástico de baixa temperatura •Placas delineadas e recortadas •Aquecidas e manipuladas – termostato 60-80° •Modelagem sobre a região destinada à confecção – verificar a tolerância do paciente à temperatura do material •Após resfriamento – acabamento (forrações, velcros) 27/03/2015 11 Termoplástico de alta temperatura •Sistema de sucção a vácuo •Placas aquecidas em estufa (140°C) •Modelagem em termovácuo – envolvimento do molde gessado (positivo) pelo material termoplástico •Após resfriamento, devem ser recortadas, polidas Terminologia atual AFO (ankle foot orthosis): tornozelo-pé KAFO (knee ankle foot orthosis): joelho- tornozelo- pé HKAFO (hip knee ankle foot orthosis): quadril- joelho-tornozelo- pé 27/03/2015 12 Terminologia atual • TLSO (thoracic lumbar sacral orthosis): tóraco- lombo-sacra • WHO (wrist hand orthosis): punho-mão • EWHO (elbow wrist hand orthosis): cotovelo-punho- mão • RGO (reciprocating gait orthosis): marcha recíproca Terminologia • Acrescentar termos próprios, funções específicas, características da órtese e/ou tipos de componentes utilizados. • AFO de reação ao solo • KAFO com trava em anel • WHO dinâmica extensora • TLSO tipo Boston • Adotado universalmente • Não deve ser traduzido 27/03/2015 13 Prescrição • Definir os segmentos anatômicos que serão envolvidos • Descrever os controles biomecânicos desejados • Especificar o tipo de material a ser utilizado Prescrição • Ortesista deve entender os objetivos da prescrição e confeccionar a órtese desejada • Nos processos licitatórios municipais, estaduais e federais é vetada a descrição da marca do fabricante ou do código do produto na prescrição de prótese e órtese. • Clínicas privadas pode indicar nome dos fabricantes e/ou códigos dos componentes de preferência. 27/03/2015 14 Fatores que influem na aceitação do paciente • Confiabilidade mecânica • Estética • Facilidade de aplicação e controle • Treinamento completo Princípios do treinamento ortótico • Verificação dos aspectos mecânicos e de ajustes • Instruções sobre o nome dos componentes • Cuidados ao colocá-la e removê-la • Tempo inicial de uso • Treinamento dos controles para realizar atividades • Necessidade de recuperação física paralela 27/03/2015 15 Contato E-mail: poliana.bezerra@ufsc.br Telefone: 37216252 (NUPEDS)
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