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DIREITO CIVIL II TEORIA GERAL DO CONTRATO AULA 2 Professor Eduardo Galante BRASÍLIA 2015 1 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Leitura obrigatória: Artigos 421 a 480 do Código Civil; Doutrina: livros de qualidade. Sebastião Neto por exemplo. Jurisprudência: - Súmulas STF: - Súmulas STJ: - Informativos STF: - Informativos STJ: 2 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS 3 CLÁUSULAS CONTRATUAIS As cláusulas contratuais classificam-se em essenciais, naturais e acidentais. As cláusulas essenciais são aquelas sem as quais o contrato não pode subsistir. Ex: na compra e venda, essas cláusulas são as referentes ao preço, à coisa e ao consentimento. Cláusulas naturais são as que decorrem da própria natureza do negócio, razão pela qual independem de expressa menção, encontrando-se subentendidas no contrato. Ex: Na compra e venda, essas cláusulas consistem na obrigação de o vendedor entregar a coisa e do comprador pagar o preço. CLÁUSULAS CONTRATUAIS 4 As cláusulas acidentais, por sua vez, são as que visam modificar as consequências naturais do contrato. São as que dizem respeito à condição, termo ou encargo. Só existem quando inseridas expressamente no contrato. Finalmente, vale a pena lembrar das chamadas cláusulas de estilo, que são aquelas proposições invariáveis, comumente impressas nos contratos realizados por escrito. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 5 ELEMENTOS ESSENCIAIS À FORMAÇÃO DO CONTRATO O acordo de vontades é o requisito essencial à existência do contrato. Sem esse mútuo consentimento, o contrato não existe; não se forma o vínculo. Dá-se o mútuo consentimento com a aceitação da proposta. Em regra, portanto, o contrato se forma com a aceitação da proposta. Todavia, os contratos reais exigem ainda mais um requisito, qual seja, a entrega da coisa. No tocante aos contratos solenes, que exigem forma especial, cumpre salientar que a sua existência depende apenas do acordo de vontades, pois a observância da forma atua como requisito de validade do negócio. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 6 A DECLARAÇÃO DE VONTADE A declaração de vontade, isto é, a exteriorização do querer, pode se dar através de forma escrita, falada e mímica. Esta última hipótese verifica-se, por exemplo, em leilão, quando o licitante, com um sinal, revela o seu propósito de oferecer o maior lance. De fato, o art. 107 admite que a declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. Nada obsta, portanto, a declaração de vontade tácita. O silêncio, porém, em regra, não constitui uma declaração de vontade tácita. Sob o prisma jurídico, quem cala não consente. Excepcionalmente, o silêncio vincula a pessoa. É o chamado silêncio conclusivo ou circunstanciado ou qualificado. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 7 O silêncio é conclusivo ou eloquente, isto é, implica em consentimento, quando: a) a lei lhe atribui esse efeito. Tal ocorre, por exemplo, na doação pura, pois, nesse caso, o silêncio do donatário caracteriza aceitação (art. 539). b) as circunstâncias ou os usos lhe atribuem esse efeito. A propósito, dispõe o art. 111 que “o silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.” Exemplo: o comerciante que recebe, de freguês habitual, encomenda de mercadoria de sua especialidade, pelo preço corrente no mercado, com prazo de entrega determinado. Nesse caso, o comerciante deve comunicar de pronto sua recusa ao cliente, sob pena de se haver por aceita a proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 8 FASES DA FORMAÇÃO DO CONTRATO Em regra, os contratos, para se formarem, percorrem três fases, a saber: - negociações preliminares; - proposta ou policitação; - aceitação. Saliente-se, porém, que os contratos reais, para consolidarem sua existência, exigem mais uma fase, qual seja, a entrega da coisa. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 9 NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES Raramente, o contrato surge subitamente, isto é, sem uma conversação prévia. Geralmente, verifica-se um período pré-contratual em que os contratantes realizam sondagens e discussões que, aos poucos, os conduzem ao acordo final. Negociações preliminares ou fase da puntuação ou tratativas são conversações anteriores à proposta, que visam preparar as bases do futuro contrato. É, pois, o período pré-contratual, configurando-se independentemente da minuta. Esta fase não é disciplinada pelo Código Civil. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 10 A fase das negociações preliminares, ainda que já haja uma minuta, não vincula os contratantes, porque o contrato só surge com o ajuste definitivo dos pontos essenciais, ao passo que na minuta há um ajuste parcial sobre pontos não essenciais do contrato. De fato, se houver o ajuste sobre pontos essenciais é porque o contrato já se formou. Acrescente-se também que a parte que abandona as negociações preliminares não tem a obrigação de indenizar a outra, a não ser que a tenha induzido à crença de que o contrato seria celebrado, levando-a a realizar despesas ou a não contratar com terceiro, causando-lhe dano. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 11 Nesse caso, a desistência injustificada dos tratativos acaba gerando uma responsabilidade civil extracontratual. Este dever de indenizar depende de três requisitos: a)induzimento à crença de que o contrato se realizaria; b)prejuízo; c)desistência sem motivo justo. Não obstante a obrigação de indenizar, o desistente não é obrigado a celebrar o contrato, porquanto as negociações preliminares não vinculam as partes. Finalmente, cumpre frisar que nem todo contrato tem negociações preliminares, pois às vezes a proposta surge subitamente. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 12 PROPOSTA OU POLICITAÇÃO OU OBLAÇÃO OU OFERTA Proposta ou policitação é a declaração de vontade dirigida a alguém com quem se quer contratar, contendo todas as cláusulas essenciais do negócio, de modo que com a simples aceitação o contrato já se aperfeiçoa. A proposta, para ser válida, deve ser completa, séria e dirigida a pessoa determinada ou determinável. Com efeito, a proposta deve ser completa, isto é, conter as cláusulas essenciais do negócio. Na compra e venda, por exemplo, a proposta deve descrever a coisa e mencionar o preço. Se não for completa, a proposta é nula. Aquele que declara estar disposto a vender o carro, mas não fixa o preço, a rigor, não fez nenhuma proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 13 A proposta é ato unilateral receptício, porque deve ser dirigida a uma pessoa determinada ou determinável. A proposta aberta ao público é dirigida a pessoa determinável. Tal proposta é a veiculada através de jornal, rádio, televisão, outdoors, folhetos etc. O art. 429 do CC dispõe que “a oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos”. Portanto, a proposta aberta ao público é plenamente válida como qualquer outra proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 14 Por outro lado, a proposta não se confunde com as negociações preliminares. Preliminares não passam de uma sondagem, pois os estudos e discussões porventura realizados não têm caráter definitivo, ao passo que a proposta revela a vontade definitiva de contratar,não estando mais sujeita a estudo e discussões, porque as cláusulas essenciais já foram definidas. Aliás, o iniciador das negociações preliminares não é necessariamente o proponente. Com efeito, considera-se proponente a pessoa que tomou a iniciativa de emitir a declaração contendo as cláusulas essenciais do negócio. O proponente é também chamado de policitante. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 15 PRINCÍPIO DA IRREVOGABILIDADE DA PROPOSTA Em regra, a proposta é obrigatória, isto é, não pode ser revogada unilateralmente pelo proponente. Saliente-se, ainda, que nem a morte ou interdição do proponente tem a condão de revogar a proposta. Em tais situações, os herdeiros ou o curador continuam responsáveis pelo cumprimento da proposta, a não ser quando se tratar de contrato intuitu personae, que encerra uma obrigação de fazer personalíssima, quando, então, a morte e a interdição provocam a extinção da proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 16 O princípio da irrevogabilidade ou obrigatoriedade da proposta comporta algumas exceções. A primeira delas ocorre quando a falta de obrigatoriedade resultar dos próprios termos da proposta, isto é, o policitante ressalva que a proposta não é definitiva (art. 427). No tocante à proposta aberta ao público, preceitua o parágrafo único do art. 429 do CC que “pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada”. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 17 A segunda ocorre quando a falta de obrigatoriedade resultar da natureza do negócio (art. 427). Assim, a proposta aberta ao público, por sua própria natureza, está condicionada à disponibilidade do estoque e à ressalva quanto à escolha da outra parte. A terceira ocorre quando a falta de obrigatoriedade deriva das circunstâncias do caso (art. 427). Tais circunstâncias estão previstas no art. 428 do CC. São as seguintes: a) contrato com declaração consecutiva. Verifica-se esse contrato quando a proposta é feita sem prazo a pessoa presente. Nesse caso, se a proposta não for aceita imediatamente, ela deixa de ser obrigatória. É pegar ou largar, sob pena de a proposta caducar. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 18 Acrescente-se que considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante (art. 428, I, do CC). Convém salientar que se a proposta for feita com prazo, o policitante só se desvincula após o decurso do prazo sem a aceitação. Quanto ao contrato eletrônico, isto é, pela internet, poderá ser entre presentes ou ausentes, conforme o caso concreto. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 19 b) contrato com declarações intervaladas. Verifica-se esse contrato na proposta feita sem prazo a pessoa ausente. Nesse caso, a proposta deixa de ser obrigatória se a resposta não chegar dentro do chamado prazo moral, que é fixado pelo juiz. considera-se ausente a pessoa que contrata por mensageiros ou núncios, isto é, intermediários, outrossim, por correspondência epistolar. Em contrapartida, reputa-se presente aquele que contrata através de procurador com poderes especiais, de modo que não é exigível a presença física, bastando a presença jurídica. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 20 ACEITAÇÃO Aceitação é a adesão total à proposta. É, pois, a resposta afirmativa a uma proposta de contrato. A aceitação, para fechar o ciclo contratual, gerando a formação do contrato, deve ser total e esboçada dentro do prazo estipulado. Com efeito, a aceitação parcial, isto é, que altera os termos da proposta, bem como a integral, mas exteriorizada fora do prazo, a rigor, não são aceitação, e sim contraproposta. Igualmente, a aceitação condicional, equivale a nova proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 21 Se o oblato falecer ou se tornar incapaz, após a aceitação, o contrato já estará formado, de modo que esse fato é irrelevante. Em contrapartida, se o falecimento ou incapacidade ocorrerem antes da aceitação, os herdeiros ou curador não poderão aceitar a proposta, ainda que queiram e lhes restem prazo. Quanto à forma, a aceitação pode ser expressa e tácita. A primeira é a esboçada por escrito ou verbalmente; a segunda consiste na prática de um ato positivo revelador da adesão total da proposta, como, por exemplo, o pagamento da primeira prestação da mercadoria recebida. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 22 O silêncio, isto é, a falta de resposta, em regra, não configura aceitação tácita, a não ser em dois casos (art. 432): a)quando se tratar daqueles negócios em que não se costuma exigir a aceitação expressa. b)quando o proponente tiver dispensado a aceitação. Em tal situação, o silêncio implica em aceitação, se a recusa não chegar a tempo, porque as próprias partes a dispensaram. Em suma, o silêncio implica em aceitação, quando assim o determinar o costume entre as partes ou quando estas a dispensaram expressamente. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 23 Por outro lado, em sendo a proposta alternativa, como ensina Maria Helena Diniz, o oblato, isto é, o aceitante deverá indicar, na resposta, a sua opção, pois do contrário o ofertante poderá entender que consentiu em qualquer delas. Quanto ao prazo para a resposta, se a proposta não o fixou, significa que a aceitação deve ser feita imediatamente, quando se tratar de contrato entre presentes. Em se tratando de contrato entre ausentes, se o proponente não fixou prazo, é porque a aceitação deve ser dada no prazo moral, que é o tempo suficiente para que a resposta chegue ao conhecimento do ofertante. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 24 Saliente-se, porém, que se a aceitação chegar tarde ao conhecimento do proponente, por circunstância imprevista, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos (art. 430). Essa obrigação do proponente comunicar ao aceitante o seu desejo de não contratar, só se faz necessária quando a aceitação é expedida dentro do prazo, mas, por razões imprevistas, acaba chegando fora do prazo. Se foi expedida fora do prazo, o proponente não tem o dever de comunicar ao aceitante o seu propósito de não celebrar o contrato. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 25 No tocante à retratação, em regra não se admite, porque com a aceitação o contrato se aperfeiçoa. Excepcionalmente, porém, o Código a permite, desde que o aceitante se retrate antes ou concomitante à chegada da aceitação ao proponente (art. 433). Em caso de retratação, a aceitação será tida como inexistente. Em suma, com a aceitação, o contrato se aperfeiçoa, salvo: a) se a aceitação chegar tarde ao conhecimento do proponente, embora expedida a tempo; b) se antes da aceitação, ou com ela, chegar ao proponente a retratação do aceitante. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 26 A ACEITAÇÃO NOS CONTRATOS POR CORRESPONDÊNCIA EPISTOLAR OU TELEGRÁFICA Referentemente ao momento da formação do contrato por correspondência epistolar ou telegráfica, desenvolveram-se duas teorias, a saber: a) teoria da informação ou do conhecimento ou cognição. De acordo com essa concepção, o contrato só se aperfeiçoa quando o proponente toma conhecimento do conteúdo da aceitação. b) teoria da declaração ou agnição. De acordo com essa teoria, o contrato se aperfeiçoa no momento em que o aceitante manifesta sua anuência à proposta. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 27 Aludida teoria desdobra-se em três, a saber: b.1) teoria da declaração propriamente dita. Segundo essa concepção, o contratose forma no momento em que a aceitação é redigida. b.2) teoria da expedição ou transmissão. De acordo com essa teoria, o contrato se aperfeiçoa no instante em que a carta de aceitação é expedida, por via postal ou através de outra pessoa. b.3) teoria da recepção. De acordo com essa teoria, o contrato se forma no momento em que a aceitação chega até o proponente, mesmo que este não a leia. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 28 O Código Civil adotou a teoria da expedição, que é um subtipo da teoria da declaração ou agnição. Com efeito, dispõe o art. 434 que os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos, desde que a aceitação é expedida. Assim, não basta escrever a carta de aceitação, pois é mister expedí-la. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 29 LUGAR DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO Dispõe o art. 435 do CC que “reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto”. No plano interno, o lugar do contrato não se reveste de grande relevância, porque, em matéria contratual, o foro competente é o do domicílio do réu (art. 94 do CPC), a não ser que haja foro de eleição, atribuindo a competência ao lugar do contrato, caso em que deverá ser entendido como tal o local de onde emanou a proposta. No plano do direito internacional, porém, a determinação do lugar do contrato é de suma importância. Nesses contratos, em que a proposta é feita num País a pessoa que se encontra noutro país, por meio de carta, o lugar do contrato passa a ser o da residência do proponente. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 30 Em suma, nos contratos celebrados no Brasil, o lugar do contrato é aquele em que houve a proposta. Nos contratos internacionais, o lugar do contrato é o da residência do proponente. QUESTÕES OBJETIVAS 31 01 - Assinale a alternativa correta sobre a formação dos contratos. a) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar de domicílio do proponente. b) Considera-se existente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. c) Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação seja expedida, ainda que o proponente se houver comprometido a esperar resposta. d) A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará na continuação da mesma proposta. e) A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. QUESTÕES OBJETIVAS 32 02 - Cícero enviou proposta de celebração de contrato de prestação de serviços para Célio, estabelecendo um prazo de cinco dias para a resposta. Fez constar da proposta que o contrato estará celebrado na hipótese de Célio deixar de emitir resposta no prazo assinalado. Caso Célio realmente não responda à proposta, pode- se afirmar que: a) não houve formação do contrato. b)houve formação do contrato em decorrência da manifestação presumida da vontade de Célio. c) houve formação do contrato em decorrência da manifestação tácita da vontade de Célio. d)houve formação do contrato em decorrência da manifestação expressa da vontade de Célio. e) apesar da formação do contrato em virtude da manifestação tácita da vontade, o negócio é relativamente ineficaz perante Célio. QUESTÕES OBJETIVAS 33 03 - Quando da formação do contrato: I. Deixa de ser obrigatória a proposta se, feita sem prazo à pessoa presente, não foi imediatamente aceita; II. Os contratos entre ausentes deixam de ser perfeitos se, antes da aceitação, ou com ela, chegar ao preponente a retratação do aceitante; III. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, mesmo se o preponente não houver ser comprometido a esperar a resposta; IV. A proposta é obrigatória quando, feita com prazo à pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do preponente. São verdadeiras as afirmativas: a) I e II, somente. b) III e IV, somente. c) I, II e III, somente. d) II e III, somente. QUESTÕES OBJETIVAS 34 04 - Com relação à formação dos contratos, é CORRETO afirmar: a) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. b) Considera-se celebrado o contrato no momento em que o proponente tomar conhecimento da aceitação do aceitante. c) A aceitação vincula o aceitante ainda que, juntamente com ela, chegue ao conhecimento do proponente a retratação. d) No tocante ao momento de celebração do contrato, foi adotada pelo Código Civil Brasileiro, como regra geral, a teoria da recepção. QUESTÕES OBJETIVAS 35 05 - No âmbito da formação dos contratos, deixa de ser obrigatória a proposta: a) se, feita com prazo a pessoa presente, foi imediatamente aceita. b) se, feita com prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. c) se, feita a pessoa ausente, tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado. d) se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. QUESTÕES OBJETIVAS 36 06 - A respeito da formação dos contratos, assinale a afirmativa incorreta. a) Considera-se celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. b) A proposta deixa de ser obrigatória se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. c) Será considerada nova proposta a aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações. d) A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. e) Continua sendo obrigatória a proposta mesmo se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. QUESTÕES OBJETIVAS 37 07 - Quanto à formação dos contratos, é INCORRETO afirmar que: a) proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. b)deixa de ser obrigatória proposta se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considerase também presente a pessoa que contrata p or telefone ou por meio de comunicação semelhante. c)reputar-se-á celebrado o contrato no lugar de sua execução. d)considerase inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao pro ponente a retratação do aceitante. QUESTÕES OBJETIVAS 38 08 - De acordo com as disposições do Código Civil e da jurisprudência dos tribunais pátrios, assinale a opção correta no que se refere a contratos, obrigações e capacidade para os negócios jurídicos. a) Constitui requisito especial na formação dos contratos a colheita do acordo de vontades, que deve ser livre e espontâneo, não sendo, em nenhuma hipótese, aceito o silêncio como forma de manifestação tácita. b) Diante de uma obrigação alternativa, deve-se respeitar a vontade dos contratantes e, na falta de estipulação ou de presunção contrária, a escolha entre as alternativas caberá ao credor. c) É válido e irrecobrável o pagamento espontâneo, feito por maior de idade, para cumprir obrigação de dívidas inexigíveis, como as prescritas ou as de jogo. d) É válido o ato praticado por pessoa declarada incapaz caso se comprove que essa pessoa estava lúcida no momento em que praticou o ato. e) Em razão da tradicional proibição do pacta corvina, é defeso aos pais, por ato entre vivos, partilhar o seu patrimônio entre os descendentes. QUESTÕES OBJETIVAS 39 09 - Assinale a opção correta a respeito do contrato preliminar. a) De acordocom entendimento do STF, o compromisso de compra e venda de imóveis não enseja a execução compulsória. b) Nos termos do Código Civil, o contrato provisório constitui avença na qual os contratantes prometem complementar o ajuste futuramente, no contrato definitivo, não se exigindo a outorga uxória de contraentes casados, pois, no contrato provisório, não se perquire a aptidão para validamente alienar. c) Não se exige que o pactum de contrahendo seja instrumentalizado com os mesmos requisitos formais do contrato definitivo a ser celebrado, ainda que se exija, para este último, a celebração por escritura pública. d) De acordo com a jurisprudência pretoriana, para se exigir, perante o outro contraente, pré- contrato irretratável e irrevogável, é imprescindível que este seja levado ao registro competente. e) Tratando-se de compra e venda de imóvel, o adquirente só poderá propor ação de adjudicação compulsória do bem registrado em nome do promitente vendedor se ocorrer o prévio registro do pacto preliminar. QUESTÕES OBJETIVAS 40 10 - Um famoso escritório de advocacia pediu a Heitor, artista plástico conhecido, que fizesse uma escultura a ser colocada no hall de entrada do prédio onde está instalado. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Ainda que não tenha sido formalizado contrato por escrito, é possível presumir o consentimento implícito de Heitor. b) Considerando a natureza do serviço a ser prestado, se não tiver sido estipulada remuneração, presume-se a gratuidade. c) Se a escultura entregue não corresponder à pretensão esperada, o recebedor poderá obstar o pagamento do serviço, ainda que a simples prestação enseje o pagamento. d) Constando do contrato que a remuneração será paga na entrega da obra, mas não tendo sido estipulado o valor, presume-se aceito o preço a ser cobrado pelo artista. e) Caso Heitor não saiba ler nem escrever, o contrato firmado será válido se tiver sido assinado por representante ou procurador. GABARITO 41 01 – E 02 – A 03 – A 04 – A 05 – D 06 – E 07 – C 08 – C 09 – C 10 – A EXERCÍCIOS 42 1) Qual a distinção entre negócios jurídicos unilaterais e bilaterais? 2) O que é contrato? 3) Qual a distinção entre contrato e pacto? 4) Qual é o elemento estrutural do contrato? 5) Em que consiste o elemento funcional do contrato? 6) Disserte sobre o contrato consigo mesmo. Há diferença entre procuração em causa própria e procuração para contrato consigo mesmo? 7) Quais os requisitos de validade do contrato? 8) Os incapazes podem celebrar contratos? 9) O menor pode alienar bens imóveis? 10) O que é legitimação? EXERCÍCIOS 43 11) O estrangeiro pode adquirir imóveis urbanos e rurais no Brasil? Justifique. 12) A impossibilidade física é causa de nulidade absoluta ou relativa do contrato? 13) Em regra, os contratos são formais ou informais? 14) O que é consentimento expresso? 15) O que é consentimento tácito? 16) O silêncio é uma forma de consentimento tácito? 17) Qual a distinção entre forma e prova? 18) A nulidade do instrumento anula o contrato? 19) O que é assinatura autógrafa? 20) O que é assinatura hológrafa? EXERCÍCIOS 44 21) Qual a distinção entre contrato ad solemnitatem e ad probationem tantum? 22) O que são cláusulas essenciais, naturais, acidentais e de estilo? 23) O que é silêncio conclusivo? 24) Quais as fases de formação do contrato? 25) O que são negociações preliminares? 26) Qual a diferença entre proposta e tratativa? 27) A desistência das negociações preliminares gera responsabilidade civil? 28) O que é proposta e quais seus requisitos? 29) O que é proposta aberta ao público? 30) A morte ou a interdição extinguem a proposta? EXERCÍCIOS 45 31) Quais as exceções ao princípio da irrevogabilidade da proposta? 32) O que é contrato com declaração consecutiva? 33) O que é contrato com declaração intervalada? 34) O que é proposta entre ausentes e proposta entre presentes? 35) A proposta admite a retratação? 36) O que é aceitação? 37) A aceitação da proposta pode ser parcial e condicional? 38) Se o oblato falecer antes ou após a aceitação da proposta o contrato estará formado? 39) A aceitação pode ser tácita? 40) Qual o prazo para a aceitação se a proposta não fixou prazo algum? GABARITO 46 47
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