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do mesmo (Medeiros , 2004). Cabe lembrar ainda que as fichas, embora aqui exemplificadas como sendo algo físico (em papel), também podem ser digitais (armazenadas em computador). Atualmente é muito fácil armazenar informações em arquivos eletrônicos, com a vantagem de não precisar ficar limitado às linhas, como no fichamento em papel. Facilita ainda copiar textos, transferir informações de um local para outro e localizar expressões-chave. Comece a organizar as suas fichas. Você verá o quanto este processo contribuirá para seus estudos e elaboração de trabalhos futuramente. 1 Holismo 1.1 Críticas ao holismo OLIVA, A. Ontologia: os descaminhos na busca da substância social. In:______. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre: Edipucrs, 1994. p. 15-41. Defende a tese de que o holismo, historicamente, apenas tem servido como dispositivo de legitimação para o poder exacerbado nas mãos do grupo encastelado no aparato do Estado. Biblioteca Mario Osorio Marques – Unijuí EaD 87 PESQUISA EM A DMINI ST RAÇ ÃO Seção 4.2 Resumo Entendemos por resumo uma miniversão de um artigo ou documento, que deve forne- cer uma síntese de cada uma das principais seções do documento ou texto. Deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, apresentando idéias concisas dos pontos relevantes do documento. Marconi e Lakatos (2003) definem resumo como sendo uma apre- sentação concisa e, freqüentemente, seletiva do texto, em que se destacam os elementos de maior importância e interesse. O resumo é um dos trabalhos acadêmicos mais freqüentemente solicitado pelos profes- sores e tem recebido crescente reconhecimento e integrado a maioria dos trabalhos acadê- micos e artigos além de, com freqüência, se constituir em elemento de análise para aceita- ção/aprovação de artigos em eventos. Um resumo bem preparado permite aos leitores identificar o conteúdo de um docu- mento de forma rápida além de fornecer elementos para que o leitor decida, ou não, consul- tar o texto original. Os requisitos para redação e apresentação de resumos orientam-se pela norma 6028 (2003b, p.1) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A mesma norma define e classifica os resumos em: a) crítico, resenha ou recensão; b) indicativo; c) informativo. Quando não é parte integrante de um documento o resumo é precedido da referência do documento. Deve ser elaborado em uma seqüência de frases concisas formando um único parágra- fo, e formatação com fonte em tamanho 10 ou 12, espaçamento simples (um). Logo abaixo do texto devem constar as palavras-chave, que são apresentadas e sepa- radas entre si por ponto. Para exemplificar, pense em um programa de busca na Internet, como o Google, por exemplo. As palavras-chave seriam aquelas que você digitaria para ob- ter os endereços com assuntos que deseja pesquisar. EaD Eni se Bart h Teixeira – Luci ano Z amb er la n – Pedro C ar los Rasia 88 4.2.1 – RESUMO CRÍTICO, RESENHA OU RECENSÃO O resumo crítico, também chamado de recensão ou resenha crítica, é redigido com análise interpretativa trazendo opinião e julgamento crítico sobre um documento ou obra literária. Será recensão quando analisa apenas uma determinada edição entre várias. A resenha é um texto apreciativo, descritivo e conciso das partes relevantes de um assunto e/ou publicação (livro, artigo, texto, obra, filme, ...). A resenha de natureza crítica, como trabalho acadêmico, provoca o desencadeamento do processo da autêntica investiga- ção no estudante. As experiências práticas, no entanto, demonstram que, se bem orientada, a resenha crítica produz um amadurecimento no acadêmico ao iniciá-lo na verdadeira pes- quisa bibliográfica reflexiva. Ela é também um tipo de atividade em que, se o professor defi- nir o livro ou texto de referência, o acadêmico não vai encontrar o trabalho pronto na Internet e nem vai poder simplesmente copiá-lo de algum lugar. A crítica ocorre quando se formula um julgamento sobre a obra. É a crítica da forma, no que se refere aos aspectos metodológicos, do conteúdo, do desenvolvimento da lógica de demonstração e da técnica de apresentação das idéias principais. Inclusive recomenda-se que não sejam empregadas citações em um resumo crítico (Marconi; Lakatos, 2003). Torna-se imprescindível apresentar o pensamento de alguns autores que se destaca- ram na concepção e na abordagem metodológica da resenha crítica. Severino (2000) defende que as resenhas têm um papel importante na vida científica dos estudantes e até mesmo dos especialistas, pois é por meio delas que se toma conheci- mento prévio do conteúdo e do valor de uma obra, fundando-se nesta informação a decisão de lê-la ou não, seja para o estudo ou para um trabalho em particular. No entendimento de Salvador (1980), para elaborarmos uma resenha crítica devemos considerar alguns requisitos básicos: a) conhecimento completo da obra; b) competência na matéria; c) capacidade de juízo de valor; d) independência de juízo; e) correção e urbanidade; f) fidelidade ao pensamento do autor. EaD 89 PESQUISA EM A DMINI ST RAÇ ÃO Marconi e Lakatos (2003) apresentam um modelo que contém a estrutura básica para a elaboração de uma resenha crítica: 1 – Referência Bibliográfica 2 – Credenciais do autor: Informações gerais sobre o autor; autoridade no campo científico (formação); Quem fez o estudo? Quando? Por quê? Onde? 3 – Resumo da obra (ou digesto): Resumo detalhado das idéias principais; De que trata a obra? O que diz? Possui alguma característica especial? Como foi abordado o assunto? Exige conhecimentos prévios para entendê-lo? 4 – Conclusões do autor: Quais as conclusões a que o autor chegou? Onde foram coloca- das? (final do livro ou dos capítulos?) 5 – Quadro de referências do autor: Modelo teórico; Que teoria serviu de embasamento? Qual foi o método utilizado? 6 – Apreciação (crítica do resenhista): Julgamento da obra; Qual foi a contribuição dada? As idéias são originais? Como é o estilo do autor: conciso, simples, objetivo, claro, preci- so, coerente? A linguagem é adequada? A quem a obra é dirigida? (grande público, espe- cialistas, estudantes?). Enfim, não podemos confundir a resenha com um resumo mais simples. Este é apenas um dos elementos da estrutura da resenha. Um resumo não admite juízo de valor, comentá- rios, críticas; a resenha, por outro lado, exige tais elementos. 4.2.2 – RESUMO INDICATIVO O resumo indicativo (ou descritivo) expõe as principais idéias em torno das quais o texto foi elaborado (adequado à literatura de prospectos, como catálogos de editoras, de bibliotecas) e também é conhecido como descritivo. Veja a seguir um exemplo de resumo indicativo: EaD Eni se Bart h Teixeira – Luci ano Z amb er la n – Pedro C ar los Rasia 90 4.2.3 – RESUMO INFORMATIVO O resumo informativo (ou analítico) apresenta todas as informações, de forma sintética, das quais o autor lançou mão para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: o assunto, o problema e/ou o objetivo do trabalho, métodos e técnicas empregados, as idéias principais em forma de síntese, as conclusões, ressaltando o surgimento de fatos novos, de contradições, da teoria, das relações e dos efeitos novos verificados, bem como precisando valores numéricos brutos ou derivados, se for o caso. Devemos evitar comentários pessoais e juízos de valor neste tipo de resumo. Quanto a sua extensão, este resumo dever ter de 150 a 500 palavras. Há alguns autores que combinam as duas modalidades anteriores, isto é, o resumo indicativo e o resumo informativo. Exemplo de resumo informativo: LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143. Estudar significa o ato de enfrentar a realidade. O