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Código Tributário Nacional À luz da jurisprudência Edição atualizada Tribunal Regional Federal – 1ª Região 2008 Ficha catalográfica elaborada pela Divisão de Biblioteca do TRF - 1ª Região Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência / organizado pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região. – [2.] ed. atual. – Brasília : TRF-1ª Região, 2008. 791 p. 1. Código Tributário, Brasil. 2. Código Tributário, jurispru- dência, Brasil. CDD 341.39 Coordenação de Edição Coordenadoria de Jurisprudência e Documentação – Cojud Nelsília Maria Ladeira Luniére de Sousa – Coordenadora Supervisão Divisão de Jurisprudência – Dijur Selena Lôbo de Carvalho – Diretora Revisão Lílian Moreira Peters Daitoku – Dijur Mônica Maria do R. Bandeira dos Reis – Dijur Selena Lôbo de Carvalho – Dijur Pesquisa de Jurisprudência Emérita Regina Cossão Oliveira – SetRev Martha Hormann Oliveira – SetRev Rejane Cristina Rodrigues – SetRev Ana Alice Reis da Costa – Dijur Cristina Maria Brito de Oliveira Mourão – Dijur Flávia Alvares da Silva Velloso Ferreira – Dijur Geison Pereira Pires – Dijur Lílian Moreira Peters Daitoku – Dijur Marcos Aurélio Lustosa de Medeiros – Dijur Mônica Maria do Rêgo Bandeira dos Reis – Dijur Selena Lôbo de Carvalho – Dijur Ana Paula Elias França – Estagiária/Dijur Luciana Pimental Chaves – Estagiária/Dijur Heidy de Abreu e Silva – Estagiária/Dijur Editoração Eletrônica Diedi/Cenag Capa e Projeto Gráfico Diedi/Cenag Distribuição Zilda Maria Regina Dutra Reprodução Divisão de Serviços Gráficos/Cenag Confecção de Fotolitos Color Press Bureau © Tribunal Regional Federal da 1ª Região Coordenadoria de Jurisprudência e Documentação – Cojud Setor de Autarquia Sul, quadra 4, bloco N – Edifício Funasa, 9º andar 70070-040 – Brasília/DF Tel.: (61) 3221-6700 e 3221-6675 – Fax: (61) 3323 - 2874 E-mail: cojud-revista@trf1.gov.br Tribunal Regional Federal – 1ª Região Coordenadoria de Jurisprudência e Documentação Revista do Tribunal Regional Federal da Primeira Região Desembargador Federal Hilton Queiroz – Diretor Composição do TRF-1ª Região Presidente: Desembargadora Federal Assusete Magalhães Vice-Presidente: Desembargador Federal Carlos Olavo Corregedor-Geral: Desembargador Federal Jirair Aram Meguerian Desembargador Federal Tourinho Neto Desembargador Federal Catão Alves Desembargador Federal Carlos Fernando Mathias Desembargador Federal Olindo Menezes Desembargador Federal Mário César Ribeiro Desembargador Federal Luciano Tolentino Amaral Desembargador Federal Cândido Ribeiro Desembargador Federal Hilton Queiroz Desembargador Federal Carlos Moreira Alves Desembargador Federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes Desembargador Federal José Amilcar Machado Desembargador Federal Antônio Ezequiel da Silva Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro Desembargador Federal Luiz Gonzaga Barbosa Moreira Desembargador Federal João Batista Moreira Desembargador Federal Souza Prudente Desembargadora Federal Selene de Almeida Desembargador Federal Fagundes de Deus Desembargador Federal Antônio Sávio de Oliveira Chaves Desembargadora Federal Maria Isabel Gallotti Rodrigues Desembargadora Federal Maria do Carmo Cardoso Desembargador Federal Leomar Amorim Desembargadora Federal Neuza Alves Desembargador Federal Francisco de Assis Betti Apresentação A Diretoria da Revista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região traz a lume nova edição da obra “Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência”, resultado do esforço de atualização desenvolvido pela Divisão de Jurisprudência da Corte e pelos servidores do Gabinete da Revista, garimpando a evolução do entendimento jurisprudencial, quanto à matéria, na faina do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais. As razões que inspiraram a 1ª edição do livro foram expostas na sua apresentação, feita, àquele ensejo, pelo Desembargador Federal Olindo Menezes, então Diretor da Revista. Tais razões continuam presentes, pois a matéria tributária faz parte do dia-a-dia não só dos tribunais, mas, sobretudo, de toda a população do Brasil. Nesta edição, ao tempo em que se buscou preservar o conteúdo original do trabalho, foi outrossim levantada a mudança da jurisprudência a respeito dos artigos do Código Tributário Nacional, quando efetivamente ocorrida, tendo sido transcritos os respectivos julgados, ainda que discrepantes. Quando não houve mudanças, a par dos julgados transcritos na edição anterior, acresceram-se novos, para ilustrar a continuidade do entendimento jurisprudencial. Busca-se, assim, oferecer aos operadores do direito mais um instrumento de trabalho, para o eficaz exercício de seu mister. Bom êxito ao livro! Brasília, 17 de abril de 2008. Desembargador Federal HILTON QUEIROZ Diretor da Revista Apresentação da 1ª Edição A Diretoria da Revista do Tribunal Regional Federal – 1ª Região tem a satisfação de apresentar a obra Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência, fruto do trabalho de pesquisa da Divisão de Divulgação Institucional da Corte, com a finalidade de propiciar ao público uma amostragem da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais sobre a instigante matéria tributária, em torno da qual gravita grande parte, senão a maioria, dos recursos que aportam aos Tribunais. Se a causa em exame versar (também) matéria de fato, o juiz é soberano na sua apreciação, a partir da prova produzida, pouca serventia tendo, em princípio, os precedentes pretorianos, que naturalmente devem ser vistos sempre em função da respectiva moldura fática. Afinal, o direito objetivo (a norma) somente se converte em direito subjetivo quando incide sobre os fatos da vida social (fatos jurídicos). Entretanto, de uma forma ou de outra, e tendo em conta especialmente os casos em que se discute matéria exclusivamente de direito, não há negar-se a utilidade da jurisprudência, compreendida como os julgados dos Tribunais sobre a matéria. O Brasil não adota o sistema do precedente obrigatório – o mecanismo da súmula vinculante ainda está em discussão –, mas é fora de dúvida que o juiz, de qualquer instância, ao decidir uma causa, mesmo não inédita, sempre pesquisa para saber se algum caso da mesma similitude já não foi decidido, especialmente pelos Tribunais, o que deixa evidente a utilidade do conhecimento da jurisprudência, sem falar que, em certas situações, queiram ou não os magistrados mais libertários, os precedentes do Supremo Tribunal Federal têm força vinculante para os demais órgãos do Poder Judiciário. (Cf. art. 102, § 2º - CF e art. 28, parágrafo único – Lei 9.868/99.) Outro aspecto a ser lembrado é que, mesmo podendo o juiz interpretar livremente o Direito, desde que fundamente – de forma persuasiva e racional – a sua decisão, não deve ele esquecer que é um agente do Estado recrutado para resolver problemas, de preferência e maneira rápida, objetiva e, sobretudo, eficaz. Se um tema já está definido pelos Tribunais, em reiterados precedentes, especialmente em matéria de direito, não é recomendável que o juiz, preso ao seu convencimento pessoal, decida de forma diversa, causando transtornos e prejuízos à parte. Pode o hermeneuta, que não é axiologicamente neutro, não concordar com essa ou aquela interpretação contida num precedente, mas não pode deixar de saber que por ali alguém já transitou com êxito e segurança, donde ser importante conhecer a jurisprudência, menos como um fator ossificador do Direito, e mais como um sinalizador nos pedregosos caminhos da interpretação. É esse o leitmotiv (motivo condutor) da presente publicação, naturalmente imperfeita – o interessado seguramente sempre sentirá falta de algum precedente dentro do objetivo específico da sua pesquisa –, mas que tem, pelo menos, a virtude de sair do marasmo e da acomodação. Como já se disse, são mais fecundos os erros daqueles que, cônscios da sua fraqueza, ousam inovar e enfrentar o desconhecido, do que os acertos daqueles que, acomodados, limitam-se a repetir as eternas verdades. A matéria tributária, de importância capital no sistema político – pois o Estado, que, em princípio, não produz riqueza mas sem ela não sobrevive, procura buscá-la junto aos particulares, pelo sistema de tributos –, está sempre em mutações, considerando-se os dois grandes campos da sua dinâmica: de um lado, o contribuinte, que naturalmente busca pagar menos tributos; e, de outro, o Estado, sempre procurando arrecadar mais, quer pelo aumento da carga tributária, quer reduzindo as hipóteses de elisão fiscal. Constantes, por conseguinte, são as mudanças no sistema tributário, em sede constitucional e infraconstitucional, o que faz com que as publicações sobre a matéria, até mesmo as puramente jurisprudenciais, percam atualidade e envelheçam rapidamente; mas, como os juízes têm de decidir a cada dia e a cada momento, até mesmo na constância de mutações já em discussão no Parlamento – as chamadas reformas que, em verdade, não passam de alterações pontuais, na mira de um maior incremente na arrecadação, sem nenhum sentido de sistema –, não deixa de ser útil uma publicação como a presente. Entrega o Tribunal Regional Federal – 1ª Região, portanto, esta obra aos operadores do Direito, e tendo em mira, predominantemente, os magistrados federais sob a sua jurisdição, na esperança de poder contribuir, de alguma forma, para a celeridade nas soluções das questões tributárias. Brasília, março, 12, 2004 Juiz OLINDO MENEZES Índice Sistemático do Código Tributário Nacional (Lei 5.172, de 25/10/66) DISPOSIçãO PRELIMINAR – art. 1º, 11 LIVRO PRIMERO SISTEMA TRIbuTáRIO NACIONAL TíTulo I Disposições Gerais Arts. 2º a 5º, 14/20 TíTulo II Competência Tributária CAPíTULO I – Disposições Gerais – arts. 6º a 8º, 24/31 CAPíTULO II – Limitações da competência tributária – arts. 9º a 15, 32/56 Seção I – Disposições gerais – arts. 9º a 11, 32/40 Seção II – Disposições especiais – arts. 12 a 15, 41/56 TíTulo III Impostos CAPíTULO I – Disposições gerais – arts. 16 a 18, 60/61 CAPíTULO II – Impostos sobre o Comércio Exterior – arts. 19 a 28, 61/86 Seção I – Imposto sobre a Importação – arts. 19 a 22, 61/79 Seção II – Imposto sobre a Exportação – arts. 23 a 28, 81/86 CAPíTULO III – Impostos sobre o Patrimônio e a Renda – arts. 29 a 45, 86/132 Seção I – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – arts. 29 a 31, 86/94 Seção II – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – arts. 32 a 34, 98/106 Seção III – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de direitos a eles relativos – arts. 35 a 42, 108/116 Seção IV – Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza – arts. 43 a 45, 116/132 CAPíTULO IV – Impostos sobre a Produção e a Circulação – arts. 46 a 73, 138/187 Seção I – Imposto sobre Produtos Industrializados – arts. 46 a 51, 138/160 Seção II – Imposto Estadual sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias – arts. 52 a 58, 164/167 Seção III – Imposto Municipal sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias – arts. 59 a 62, 169/170 Seção IV – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Rela- tivas a Títulos e Valores Mobiliários – arts. 63 a 67, 170/183 Seção V – Imposto sobre Serviços de Transportes e Comunicações – arts. 68 a 70, 183/185 Seção VI – Imposto sobre Serviços de qualquer natureza – arts. 71 a 73, 185/187 CAPíTULO V – Impostos especiais – arts. 74 a 76, 187/191 Seção I – Imposto sobre Operações relativas a Combustíveis, Lubrificantes, Energia Elétrica e Minerais do País – arts. 74 e 75, 187/191 Seção II – Impostos extraordinários – art. 76, 191 TíTulo IV Taxas Art. 77 a 80, 191/213 TíTulo V Contribuição de Melhoria Arts. 81 e 82, 216/218 TíTulo VI Distribuições de Receitas Tributárias CAPíTULO I – Disposições gerais – arts. 83 e 84, 222/222 CAPíTULO II – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e sobre a Renda e proventos de qualquer natureza – art. 85, 223 CAPíTULO III – Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios – arts. 86 a 94, 227/241 Seção I – Constituição dos Fundos – arts. 86 e 87, 227/229 Seção II – Critério de distribuição do Fundo de Participação dos Estados – arts. 88 a 90, 229/231 Seção III – Critério de distribuição do Fundo de Participação dos Municípios – art. 91, 232 Seção IV – Cálculo e pagamento das quotas estaduais e municipais – arts. 92 e 93, 237/241 Seção V – Comprovação da aplicação das quotas estaduais e municipais – art. 94, 241 CAPíTULO IV – Imposto sobre Operações relativas a Combustíveis, Lubrificantes, Energia Elétrica e Minerais do País – art. 95, 242 LIVRO SEGuNDO NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIbuTáRIO TíTulo I Legislação Tributária CAPíTULO I – Disposições gerais – arts. 96 a 100, 245/267 Seção I – Disposição preliminar – art. 96, 245 Seção II – Leis, tratados e convenções internacionais e decretos – arts. 97 a 99, 249/263 Seção III – Normas Complementares – art. 100, 267 CAPíTULO II – Vigência da legislação tributária – arts. 101 a 104, 272/275 CAPíTULO III – Aplicação da legislação tributária – arts. 105 e 106, 278/282 CAPíTULO IV – Interpretação e integração da legislação tributária – arts. 107 a 112, 289/310 TíTulo II Obrigação Tributária CAPíTULO I – Disposição gerais – art. 113, 315 CAPíTULO II – Fato gerador – arts. 114 a 118, 321/329 CAPíTULO III – Sujeito ativo – arts. 119 e 120, 334/337 CAPíTULO IV – Sujeito passivo – arts. 121 a 127, 338/360 Seção I – Disposições gerais – arts. 121 a 123, 338/346 Seção II – Solidariedade – arts. 124 e 125, 350/356 Seção III – Capacidade tributária – art. 126, 359 Seção IV – Domicílio tributário – art. 127, 360 CAPíTULO V – Responsabilidade tributária – arts. 128 a 138, 365/438 Seção I – Disposição geral – art. 128, 365 Seção II – Responsabilidade dos sucessores – arts. 129 a 133, 374/395 Seção III – Responsabilidade de terceiros – arts. 134 e 135, 404/413 Seção IV – Responsabilidade por infrações – arts. 136 a 138, 425/438 TíTulo III Crédito Tributário CAPíTULO I – Disposições gerais – arts. 139 a 141, 450/452 CAPíTULO II – Constituição do crédito tributário – arts. 142 a 150, 455/505 Seção I – Lançamento – arts. 142 a 146, 455/478 Seção II – Modalidades de lançamento – arts. 147 a 150, 482/505 CAPíTULO III – Suspensão do crédito tributário – arts. 151 a 155-A, 517/537 Seção I – Disposições gerais – art. 151, 517 Seção II – Moratória – arts. 152 a 155-A, 530/537 CAPíTULO IV – Extinção do crédito tributário – arts. 156 a 174, 542/656 Seção I – Modalidades de extinção – art. 156, 542 Seção II – Pagamento – arts. 157 a 164, 551/573 Seção III – Pagamento indevido – arts. 165 a 169, 579/617 Seção IV – Demais modalidades de extinção – arts. 170 a 174, 622/656 CAPíTULO V – Exclusão do crédito tributário – arts. 175 a 182, 667/688 Seção I – Disposições gerais – art. 175, 667 Seção II – Isenção – arts. 176 a 179, 670/681 Seção III – Anistia – arts. 180 a 182, 686/688 CAPíTULO IV – Garantias e privilégios do crédito tributário – arts. 183 a 193, 688/718 Seção I – Disposições gerais – arts. 183 a 185, 688/694 Seção II – Preferências – arts. 186 a 193, 702/718 TíTulo IV Administração Tributária CAPíTULO I – Fiscalização – arts. 194 a 200, 720/751 CAPíTULO II – Dívida ativa – arts. 201 a 204, 752/773 CAPíTULO III – Certidões negativas – arts. 205 a 208, 781/809 DISPOSIçÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS – arts. 209 a 218, 809/816 Código Tributário Nacional lEI 5.172, DE 25 DE ouTuBRo DE 1966. Dispõe sobre o sistema tributário nacional e institui normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à união, Estados e Municípios. Denominado Código Tributário Nacional pelo art. 7º do Ato Com- plementar 36, de 13/03/67. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta lei regula, com fundamento na Emenda Constitu- cional 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no art. 5º, inciso XV, alínea b, da Cons- tituição Federal, as normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à união, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação Complementar, supletiva ou regulamentar. “Ementa: .... A interpretação dada, pelo acórdão recorrido, ao art. 40 da Lei 6.830/80, recusando a suspensão da prescrição por tempo indefinido, é a única susceptí- vel de torná-lo compatível com a norma do art. 174, parágrafo único, do Código Tribu- tário Nacional, a cujas disposições gerais é reconhecida a hierarquia de lei Complemen- tar.” (STF. RE 106217/SP. Rel.: Min. Octávio Gallotti. 1ª Turma. Decisão: 08/08/86. DJ de 12/09/86, p. 16.425.) “Ementa: .... I. A prescrição e a decadência tributária encontram-se previstas no Código Tributário Nacional, que possui status de lei Complementar, não havendo, as- sim, que se falar em inexistência de regramento legal competente para regular a matéria. ....” (STJ. AGRESp 385733/BA. Rel.: Min. Laurita Vaz. 2ª Turma. Decisão: 06/08/02. DJ de 02/06/03, p. 259.) 12 Tribunal Regional Federal - 1ª Região “Ementa: .... O Código Tributário Nacional constitui o Direito Tributário funda- mental. Encerra princípios e normas gerais desse setor dogmático. O restante da legis- lação respectiva, salvo alteração por lei de igual hierarquia, a ele se adapta.” (STJ. REsp 4310/PR. Rel.: Min. Vicente Cernicchiaro. 2ª Turma. Decisão: 03/09/90. DJ de 09/10/90, p. 10.888.) “Ementa: .... Os Estados também legislam sobre Direito Tributário. A compe- tência da União para legislar normas gerais não exclui a competência Suplementar dos Estados e se não existir lei federal dispondo sobre estas normas, sua competência será plena. ....” (STJ. REsp 49274/PE. Rel.: Min. Garcia Vieira. 1ª Turma. Decisão: 03/08/94. DJ de 12/09/94, p. 23.733) “Ementa: .... II. O CTN, por ter status de lei Complementar, ao não distinguir os casos de aplicabilidade da lei mais benéfica ao contribuinte, afasta a interpretação literal do art. 35 da Lei 8.212/91, que determina a redução do percentual alusivo à multa incidente pelo não-recolhimento do tributo, no caso, de 60% para 40%. ....” (STJ. REsp 464372/PR. Rel.: Min. Luiz Fux. 1ª Turma. Decisão: 15/05/03. DJ de 02/06/03, p. 193.) “Ementa: .... O CTN tem status de lei Complementar, atendendo ao disposto no art. 146 da Constituição Federal. ....” (TRF-2ª Região. AC 2002.02.01.012773-6/ES. Rel.: Des. Federal Frederico Gueiros. 3ª Turma. Decisão: 1º/04/03. DJ de 08/05/03, p. 549.) “Ementa: .... I. O Código Tributário Nacional, enquanto lei Complementar, criou dentre as hipóteses de suspensão dos créditos tributários, as reclamações e os recursos ‘nos termos das leis reguladoras do processo administrativo’ (art. 151, inciso III). ....” (TRF-2ª Região. AGTAG 2003.02.01.003320-5/RJ. Rel.: Des. Federal Benedito Gonçalves. 4ª Turma. Decisão: 31/03/03. DJ de 29/05/03, p. 171.) “Ementa: .... III. A Constituição não fixou o conceito de ‘normas gerais de Direito Tributário’, enumerando, exemplificativamente, algumas delas no art. 146, sendo certo que nem todas as normas contidas no Código Tributário Nacional podem ser tidas como tais, ainda que inscritas no Livro II deste. Necessidade, portanto, de análise caso a caso do dispositivo. IV. São, contudo, ‘normas gerais’ aquelas que, simultaneamente, estabelecem os princípios, os fundamentos, as diretrizes, os critérios básicos, conformadores das leis que completarão a regência da matéria e que possam ser aplicadas uniformemente em 13Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada todo o País, indiferentemente de regiões ou localidades. Interpretação da expressão constante em diversos artigos constitucionais e abrangendo vários campos do Direito (Administrativo, Tributário, Financeiro, Ambiental, Urbanístico etc.). ....” (TRF-4ª Re- gião. INAC 1998.04.01.020236-8/RS. Rel.: Des. Federal Maria Lúcia Luz Leiria. Corte Especial. Decisão: 28/11/01. DJ de 23/01/02, p. 178.) “Ementa: .... II. De acordo com o art. 18, § 1º, da Constituição Federal de 1967, emendada em 1989, o CTN só é elevado à categoria de lei Complementar no que cuida de normas gerais de Direito Tributário, no que dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e regule as limitações constitucionais ao poder de tributar. No mais, a sua posição hierár- quica é de lei ordinária, assim tendo existência, validade e eficácia. ....” (TRF-5ª Região. AC 89.05.06153-2/PE. Rel.: Des. Federal José Delgado. 2ª Turma. Decisão: 12/09/89. DOE de 21/11/89.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... I. A Lei 5.172/66 (Código Tributário Nacional) foi editada em fun- ção da competência da União para legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 5º, XV, b, da Constituição Federal de 1946), sendo recepcionada com status de lei Complementar pela CF/88 (REsp 3.745/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ de 22/10/90; REsp 114.754/SP, 1ª Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 01/09/97), razão pela qual ‘suas regras só podem ser alteradas pelo processo de lei Complementar’, en- tendimento já consagrado pelo Supremo Tribunal Federal na vigência da Constituição anterior (RE 106.217/SP, 1ª Turma, Rel. Min. Octávio Gallotti, DJ de 12/09/86). ....” (STJ. AGA 936973/SP. Rel.: Min. Denise Arruda. 1ª Turma. Decisão: 06/12/07. DJ de 17/12/07, p. 142.) “Ementa: .... O CTN, antes mesmo do advento da LEF, fora recepcionado como lei de normas gerais de direito tributário, sob reserva de lei Complementar. Prevale- ce, pois, perante a LEF no que diz respeito ao tratamento da prescrição. ....” (TRF-4ª Região. AC 2001.70.04.001241-0/PR. Rel.: Des. Federal Leandro Paulsen. 2ª Turma. Decisão: 23/08/05. DJ de 31/08/05, p. 526.) 14 Tribunal Regional Federal - 1ª Região LIVRO PRIMEIRO SISTEMA TRIbuTáRIO NACIONAL TíTulo I Disposições Gerais Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis Com- plementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das res- pectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em mo- eda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. • Vide Súmula 545 do STF: “Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança con- dicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” “Ementa: .... I. Consoante conceito esposado no Código Tributário Nacional, tri- buto ‘é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.’ (Art. 3º). II. Conseqüentemente, a inscrição em dívida ativa de crédito de infração consis- tente em malversação de dinheiro público, decorrente de apuração em inquérito ad- ministrativo, não se inclui no conceito de tributo, devendo ser afastada, portanto, as prescrições do CTN, notadamente as atinentes à prescrição/decadência de um crédito que, in casu, não é tributário. ....” (STJ. REsp 410395/SC. Rel.: Min. Luiz Fux. 1ª Turma. Decisão: 05/09/02. DJ de 18/11/02, p. 162.) “Ementa: .... II. O argumento do apelante, no sentido de que, a partir da Lei 6.830/80, as contribuições previdenciárias deixaram de ter caráter de tributo, é inacolhí- vel, na medida em que essa lei, que não é Complementar, não definiu contribuições ou tributo, daí que as contribuições continuam subsumidas à definição de tributo contida no art. 3º do CTN, a cujas demais regras, no que pertinentes, encontram-se adstritas. ....”(TRF-1ª Região. AC 1999.01.00.013410-2/MG. Rel.: Des. Federal Hilton Queiroz. 4ª Turma. Decisão: 19/11/02. DJ de 06/02/03, p. 36.) 15Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada “Ementa: .... tributo ‘.... é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada’ (CTN, art. 3º). ....” (TRF-1ª Região. CC 2000.38.00.011267-0/MG. Rel.: Des. Federal Plauto Ribeiro. Corte Especial. Decisão: 25/10/01. DJ de 10/01/02, p. 36.) “Ementa: .... IV. O art. 3º do Código Tributário Nacional, ao estabelecer a inadmis- sibilidade da cobrança de tributo, como prestação pecuniária compulsória, que constitua sanção de ato ilícito, quer, tão-somente, prescrever ser inviável a utilização do tributo com a finalidade extrafiscal de se penalizar a ilicitude, não havendo, portanto, nenhuma antinomia entre referido dispositivo legal e o disposto no art. 118 do mesmo estatuto le- gal, que considera irrelevante a licitude ou não da atividade, de modo a afastar, destarte, a idéia de sanção de ato ilícito. ....” (TRF-3ª Região. RSE 2001.61.81.000122-0/SP. Rel.: Des. Federal Suzana Camargo. 5ª Turma. Decisão: 30/10/01. DJ de 28/05/02, p. 384.) “Ementa: .... I. A multa administrativa não é tributo, sim penalidade administra- tiva baseada no exercício do poder de polícia. Com efeito, tributo, a teor do art. 3º do CTN-66, ‘é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.’ ....” (TRF-4ª Região. AC 96.04.04538-5/ RS. Rel.: Des. Federal Paulo Afonso Brum Vaz. 3ª Turma. Decisão: 03/12/98. DJ de 03/03/99, p. 524.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... I. O direito à quitação da obrigação tributária deve obedecer ao estabelecido no art. 3º do CTN, que, ao definir tributo, configura-o como prestação pecuniária compulsória, em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir. ....” (STJ. AGRESP 738797/RS. Rel.: Min. Francisco Falcão. 1ª Turma. Decisão: 21/06/05. DJ de 03/10/05, p. 150.) “Ementa: .... V. A Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – Cosip tem inequívoca natureza tributária, posto encartada na definição de tributo do CTN, in verbis: ‘Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.’ ....” (STJ. EDRESP 729399/SP. Rel.: Min. Luiz Fux. 1ª Turma. Decisão: 03/05/07. DJ de 31/05/07, p. 334.) 16 Tribunal Regional Federal - 1ª Região “Ementa: .... I. A dação em pagamento, com o oferecimento de títulos da dívida pública, esbarra no art. 3º do CTN, que estipula que ‘tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir’, estando em consonância com o art. 162 do CTN, que determina como será feito o pagamento do tributo – mo- eda corrente, cheque ou vale postal, e nos casos previstos em lei, em estampilha, papel selado, ou processo mecânico. ....” (TRF-1ª Região. AC 2002.38.01.003843-3/MG. Rel.: Des. Federal Leomar Barros Amorim de Sousa. 8ª Turma. Decisão: 17/10/06. DJ de 04/12/06, p. 192.) “Ementa: .... III – O pagamento de tributo, segundo o art. 3º do CTN é ‘toda pres- tação pecuniária ....’, ou seja, só pode ser feito através de dinheiro, moeda corrente. IV – Restando demonstrado que o pedido mediato – utilidade que se quer alcan- çar pela sentença – é compelir a Fazenda Pública a aceitar bem diferente do pecuniário para quitar exações pendentes, não há possibilidade jurídica do pedido. ....” (TRF-2ª Região. AC 2000.02.01.055866-0/ES. Rel.: Des. Federal Poul Erik Dyrlund. 6ª Turma. Decisão: 15/12/04. DJ de 10/01/05, p. 54.) “Ementa: .... II. A taxa anual de registro no Cadastro Técnico Federal foi criada pela Portaria 96, de 30 de outubro de 1996 do Ibama, para as empresas que exerçam atividades definidas como potencialmente poluidoras ou utilizem recursos ambientais. III. Embora esteja entre as finalidades do Ibama o controle e fiscalização das ati- vidades de exploração dos recursos naturais, bem como a preservação destes, conforme previsto na Lei 7.735/89, é inquestionável a constatação de que tal anuidade imposta pelo Ibama enquadra-se no conceito jurídico de tributo, na modalidade de taxa. .... V. Qualquer cobrança de tributo está sujeita ao princípio da legalidade e, nesse contexto, é inconstitucional a exigência prevista na Portaria 96/96 do Ibama. CF/88, art. 150, I e CTN, art. 3º. ....” (TRF-3ª Região. AMS 1999.03.99.077630-4/MS. Rel.: Des. Federal Lazarano Neto. 6ª Turma. Decisão: 14/11/07. DJ de 03/12/07, p. 427.) “Ementa: .... V. A recuperação de crédito tributário, através do devido processo legal, se reveste em interesse geral da coletividade, porque o tributo é uma prestação pecuniária compulsória, instituída por lei, paga pelos cidadãos ao Poder Público para viabilizar e financiar as atividades do Estado em prol do interesse coletivo, o que justi- fica, em caráter excepcional, a constrição de ativos financeiros depositados em institui- ção financeira em nome do executado. ....” (TRF-3ª Região. AG 2006.03.00.105779-0/ SP. Rel.: Des. Federal Lazarano Neto. 6ª Turma. Decisão: 09/05/07. DJ de 04/06/07, p. 368.) 17Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada “Ementa: .... II. A contribuição ao Fusex é uma prestação pecuniária compulsória, que não possui caráter sancionatório, instituída por lei, com destinação específica ao custeio da assistência médico-hospitalar aos militares, cobrada por um órgão estatal vinculado ao Ministério do Exército, enquadrando-se na definição de tributo prevista no art. 3º do CTN. ....” (TRF-4ª Região. AC 2003.70.00.047178-4/PR. Rel.: Des. Federal Joel Ilan Paciornik. 1ª Turma. Decisão: 11/07/07. DE de 24/07/07.) “Ementa: .... I. A contribuição para a pensão militar, majorada pela MP 2.215/01, ajusta-se, em tese, ao conceito de tributo, previsto no art. 3.º do CTN (toda prestação pecuniária compulsória em moeda que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada) ....” (TRF-4ª Região. CC 2005.04.01.057709-7/RS. Rel.: Des. Federal Dirceu de Almeida Soares. 1ª Seção. Decisão: 07/12/06. DE de 24/01/07) “Ementa: .... É sabido que a imunidade recíproca dos entes políticos, prevista no art. 150, VI, a e extensível às autarquias por força do § 2º do mesmo artigo, refere-se a tributos, mais precisamente a impostos. Por seu turno, ‘tributo’, gênero do qual os impostos constituem uma de suas espécies, tem como definição ‘toda prestação pecu- niária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ple- namente vinculada’ (art. 3º do CTN). Ou seja, a imunidade tributária recíproca previs- ta constitucionalmente longe está de abranger as multas, as quais constituem sanção por ato ilícito, que não se enquadram no conceito de tributo.” (TRF-4ª Região. AC 2001.70.00.011599-5/PR. Rel.: Des. Federal Maria Lúcia Luz Leiria. 1ª Turma. Decisão: 25/08/04. DJ de 15/09/04, p. 543.) “Ementa: .... A natureza da multa é distinta do tributo, não podendo ser equipa- dos entre si por força do art. 3º do CTN, porquanto a primeira se vincula a ato ilícito, a segunda, lícito. .... ” (TRF-5ª Região. EIAC 2001.84.00.010068-2/RN. Rel. p/ acórdão: Des. Federal César Carvalho. Pleno. Decisão: 11/07/07. DJ de 18/09/07, p. 517.) “Ementa: .... – É sabido que as contribuições previstas nos arts. 1º e 2º da Lei Complementar 110/01 foram instituídas para gerar recursos para o pagamento da cor- reção monetária das aplicações cumulativas dos expurgos inflacionários nas devassadas contas fundiárias. Forçoso reconhecer, entretanto, que a natureza e aplicação dessas exações se dissociam da natureza da contribuição para o FGTS. – Reconhecido pelo colendo STF o caráter tributário das exações – ante o cum- primento das exigências do art. 3º do CTN para a designação de tributo, é dizer, cons- tituem prestação pecuniária paga em moeda e possuem caráter compulsório, não cons- 18 Tribunal Regional Federal - 1ª Região tituindo sanção por ato ilícito, além de serem instituídas em lei e cobradas mediante atividade administrativa plenamente vinculada –, e a forte conotação social das exações em tela, incluídas no rol das contribuições sociais que se enquadram na sub-espécie ‘contribuições sociais gerais’ (art. 149 da Constituição Federal). .... ” (TRF-5ª Região. AC 2001.81.00.023975-6/CE. Rel.: Des. Federal José Maria Lucena. 1ª Turma. Decisão: 31/05/07. DJ de 28/06/07, p. 690.) Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I. a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II. a destinação legal do produto da sua arrecadação. • Vide Súmula 80 do STJ: “A Taxa de Melhoramento dos Portos não se inclui na base de cálculo do ICM.” • Vide Súmula 124 do STJ: “A Taxa de Melhoramento dos Portos tem base de cálculo diversa do Im- posto de Importação, sendo legítima a sua cobrança sobre a importação de mercadorias de países signatários do Gatt, da Alal ou Aladi.” “Ementa: .... A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato ge- rador da respectiva obrigação. ....” (STF. RE 178144/AL. Rel. p/ acórdão: Min. Maurício Corrêa. Tribunal Pleno. Decisão: 27/11/96. DJ de 28/09/01, p. 48.) “Ementa: .... II. O que define a natureza jurídica do tributo é a sua destinação, sendo irrelevante a identificação de quem seja o órgão arrecadador. ....” (TRF-1ª Re- gião. AC 93.01.32892-5/PA. Rel.: Juiz Alexandre Vidigal de Oliveira (convocado). 4ª Turma. Decisão: 21/05/99. DJ de 11/06/99, p. 496.) “Ementa: .... consoante o disposto no art. 4º do CTN, a natureza específica do tri- buto é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei (inciso I), ou a destinação legal do produto de sua arrecadação (inciso III). ....” (TRF-2ª Região. AC 2000.02.01.017231-9/RJ. Rel.: Des. Federal Chalu Barbosa. 5ª Turma. Decisão: 23/05/00. DJ de 10/08/00.) 19Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada “Ementa: .... I. A natureza jurídica do tributo decorre do seu fato gerador e não do nome que lhe é atribuído (art. 4º do CTN). ....” (TRF-2ª Região. AMS 91.02.06029-9/RJ. Rel.: Des. Federal Maria Helena Cisne. 1ª Turma. Decisão: 02/10/96. DJ de 17/12/96, p. 97.488.) “Ementa: .... III. Nos termos do art. 4º do CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo seu fato gerador, sendo irrelevante a sua denominação. E, mutatis mutandis, a espécie. ....” (TRF-2ª Região. AMS 93.02.06369-0/ES. Rel.: Des. Federal Arnaldo Lima. 3ª Turma. Decisão: 15/06/94. DJ de 15/09/94, p. 51.313.) “Ementa: .... Contribuições de mesma espécie são aquelas que possuem mesma natureza jurídica, que, segundo o art. 4º do CTN, é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação.” (TRF-2ª Região. REO 98.02.28302-9/RJ. Rel.: Des. Federal Fernando Marques. 4ª Turma. Decisão: 16/11/98. DJ de 13/04/00.) “Ementa: .... I. Inconfundíveis, porque revestidos de diversa natureza jurídica, a taxa e o preço público. Distinção sedimentada via da Súmula 545 do STF. II. Caracteriza-se como preço público a cobrança impugnada, insubmissa, portan- to, aos princípios constitucionais informativos da tributação. III. Irrelevante o nomen iuris que se dê, no caso ‘taxa’, para se estabelecer a natu- reza tributária, à luz dos expressos termos do art. 4º, I, do CTN. ....” (TRF-3ª Região. AMS 1999.03.99.007335-4/SP. Des. Federal Salette Nascimento. 6ª Turma. Decisão: 10/04/02. DJ de 21/06/02, p. 765.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... I. Tratando-se de contribuição devida antes da entrada em vigor da atual Constituição, tinha ela natureza jurídica de imposto de aplicação especial, sendo irrelevante a indagação sobre a localização ou a natureza do contribuinte (rural ou ur- bana) para o efeito da determinação de sua exigibilidade (CTN, arts. 4º, I e II; e 16). ....” (TRF-1ª Região. AC 90.01.07900-8/AP. Rel.: Juiz Leão Aparecido Alves (convocado). 3ª Turma Suplementar. Decisão: 13/05/04. DJ de 09/06/04, p. 31.) “Ementa: .... IV. A contribuição ao Incra pode ter por sujeito passivo pessoa que não participa da política agrícola por se tratar de adicional de contribuição social para financiamento da seguridade social, seguindo a natureza de contribuição previdenciária das empresas (art. 3º, Decreto-Lei 1.146/70). V. Irrelevância da destinação legal do produto da arrecadação para qualificar a natureza jurídica específica do tributo (art. 4º, II, CTN) e de seus sujeitos, aplicando- 20 Tribunal Regional Federal - 1ª Região se ao caso concreto a norma do custeio universal da seguridade social. ....” (TRF-3ª Região. AG 2001.03.00.033691-0/SP. Rel.: Des. Federal Therezinha Cazerta. 4ª Turma. Decisão: 03/09/03. DJ de 29/09/04, p. 357.) “Ementa: .... II. A descrição nominal do tributo é despicienda para a sua qualifi- cação, devendo-se ater o julgador na regra hermenêutica contida no art. 4º, I, do Códi- go Tributário Nacional. ....” (TRF-4ª Região. REO 2003.72.04.006411-2/SC. Rel.: Des. Federal Wellington Mendes de Almeida. 1ª Turma. Decisão: 10/08/05. DJ de 24/08/05, p. 702.) “Ementa: .... IV. O art. 4º, I, do CTN, afasta a denominação e demais caracterís- ticas formais adotadas pela lei para qualificar a natureza jurídica específica do tributo.” (TRF-4ª Região. AC 2003.04.01.041621-4/RS. Rel.: Des. Federal Wellington Mendes de Almeida. 1ª Turma. Decisão: 11/05/05. DJ de 25/05/05, p. 577.) “Ementa: .... I. Conforme o art. 4º do CTN, o fato do legislador dar à entidade que cria nome diverso daquele que ela representa não lhe mudará a natureza. ....” (TRF- 4ª Região. AC 2003.71.00.018878-0/RS. Rel.: Des. Federal Maria Lúcia Luz Leiria. 1ª Turma. Decisão: 30/03/05. DJ de 20/04/05, p. 726.) Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de me- lhoria. “Ementa: .... A contribuição pertinente ao Pasep – por qualificar-se como contri- buição social – não se expõe, por efeito de sua própria natureza jurídica, às limitações fundadas na garantia constitucional da imunidade tributária recíproca, que se aplica, unicamente, enquanto espécie de imunidade tributária genérica, aos impostos .... consoante prescreve, em cláusula expressa, a própria Constituição da República (art. 150, VI, a). ....” (STF. AgRPet 2662/PR. Rel.: Min. Celso de Mello. 2ª Turma. Decisão: 30/04/02. DJ de 16/08/02, p. 90.) “Ementa: .... II. O Finsocial, na presente ordem constitucional, é modalidade de tributo que não se enquadra na de imposto. É contribuição para a seguridade social, não estando abrangido pela imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Carta Federal. ....” (STF. AgRRE 278636/SP. Rel.: Min. Maurício Corrêa. 2ª Turma. Decisão: 27/03/01. DJ de 1º/06/01, p. 82.) 21Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada “Ementa: .... O Supremo Tribunal Federal, na vigência do ordenamento funda- mental anterior, ao qualificar o PIS como contribuição social, recusou-lhe natureza tri- butária .... Com isso, excluiu a possibilidade jurídico-constitucional de essa exação – que também não se subsumia a noção de finanças públicas – ser veiculada mediante decreto- lei, especialmente ante a taxatividade de que se revestia o rol inscrito no art. 55 da Carta Federal de 1969.” (STF. RE 170403/RS. Rel.: Min. Celso de Mello. 1ª Turma. Decisão: 11/04/95. DJ de 08/09/95, p. 28.372.) “Ementa: .... II. No conceito de tributo não se incluem custas ou emolumentos. Aquelas são devidas aos escrivães e oficiais de justiça pelos atos do processo e estes representam contraprestação pela prática de atos extrajudiciais dos notários e registra- dores. Tributos são as exações do art. 5º do Código Tributário Nacional. ....” (STJ. RHC 8842/SC. Rel.: Min. Fernando Gonçalves. 6ª Turma. Decisão: 16/11/99. DJ de 13/12/99, p. 179.) “Ementa: .... I. A imunidadee prevista no art. 150, inciso VI, da Carta Magna não se aplica às contribuições sociais previstas no art. 195, uma vez que diz respeito apenas aos impostos, os quais têm natureza jurídica diversa daquelas, bem como porque, em relação às contribuições sociais, a Constituição Federal somente admite a imunidade prevista no § 7° do referido art. 195. ....” (TRF-1ª Região. AC 1998.01.00.035106-2/MG. Rel.: Juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz (convocado). 2ª Turma Suplementar. Deci- são: 19/08/03. DJ de 11/09/03, p. 70.) “Ementa: .... X. A expressão tributos e contribuições da mesma espécie, contida no art. 66 da Lei 8.383/91, está assentada na divisão de tributos prevista na Constituição Federal em impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais, bem como na subdivisão em empréstimos compulsórios emer- genciais e sociais e contribuições sociais, interventivas e corporativas. XI. O art. 4º do CTN não tem os tributos finalísticos como destinatários. ....” (TRF-1ª Região. AC 1998.01.00.053428-7/DF. Rel.: Juíza Vera Carla Cruz (convoca- da). 4ª Turma. Decisão: 28/09/00. DJ de 23/11/00, p. 87.) “Ementa: .... I. A Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social – Cofins, instituída pela Lei Complementar 70/91, a contribuição para o Plano de Integra- ção Social – PIS e para o Finsocial, sendo tributos que não se enquadram na modalidade de imposto, não se encontram compreendidas na limitação constitucional inserida no § 3º do art. 155 da Constituição Federal. ....” (TRF-1ª Região. AC 2001.01.00.000400-9/ MG. Rel.: Des. Federal Mário César Ribeiro. 4ª Turma. Decisão: 07/08/01. DJ de 13/09/01, p. 174.) 22 Tribunal Regional Federal - 1ª Região “Ementa: .... I. A contribuição social devida aos conselhos regionais de fiscaliza- ção profissional tem natureza tributária (art. 149 da CF/88). ....” (TRF-1ª Região. AMS 1998.01.00.091330-3/DF. Rel.: Juiz Moacir Ferreira Ramos (convocado). 3ª Turma Su- plementar. Decisão: 10/10/02. DJ de 31/07/03, p. 93.) “Ementa: .... I. A natureza jurídica das contribuições parafiscais é reconhecida a partir de dois elementos essenciais: o caráter finalístico dessas contribuições e a dele- gação da capacidade tributária ativa e, em razão disso, tais imposições não podem ser diferenciadas a partir de seus fatos geradores, mas sim, a partir de suas finalidades, que, segundo o art. 149 da Constituição Federal, podem ser sociais, interventivas ou corporativas. Portanto, desvirtuada a natureza jurídica da Contribuição Social sobre o Lucro, que se constitui em cláusula pétrea como direito individual do contribuinte, de- corre a sua inexigibilidade. ....” (TRF-1ª Região. AMS 1999.01.00.007345-1/MG. Rel.: Juíza Vera Carla Cruz (convocada). 2ª Turma Suplementar. Decisão: 16/10/01. DJ de 22/01/02, p. 21.) “Ementa: .... I. Sendo as contribuições para o Finsocial modalidade de tributo que não se enquadra na categoria de imposto, segundo o sistema tributário da atual Constituição, não estão elas abrangidas pela imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição.” (TRF-2ª Região. AC 96.02.08146-5/RJ. Rel. p/ acórdão: Des. Federal Carreira Alvim. 4ª Turma. Decisão: 14/08/96. DJ de 04/03/97.) “Ementa: .... I. A Constituição Federal distinguiu o sistema tributário nacional e o sistema de seguridade social, atribuindo às contribuições sociais natureza e finalidades específicas, não sendo, por isso, imposto ou taxa, ou contribuição de melhoria, mas espécie diferenciada de imposição de caráter próprio e fim social. ....” (TRF-3ª Região. AC 97.03.014995-2/SP. Rel.: Des. Federal Ramza Tartuce. 5ª Turma. Decisão: 29/04/03. DJ de 12/08/03, p. 604.) “Ementa: I. No § 3º do art. 155 da Constituição Federal, a palavra ‘tributo’ deve ser entendida em sentido estrito, quando muito, abrangendo os impostos, taxas e con- tribuições de melhoria. ....” (TRF-3ª Região. AC 97.03.083741-7/SP. Rel.: Des. Federal Santos Neves. 6ª Turma. Decisão: 28/09/98. DJ de 20/01/99, p. 200.) “Ementa: .... I. Tributo é o gênero a que pertencem às espécies, que pela inflexi- bilidade constitucional estas só podem ser impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições sociais. No que concerne aos impostos é que a Lei Máxima obriga lei de votação qualificada (art. 69 da CF), salvante as exceções que a própria Constituição abre – conforme se vê do art. 34, § 8º, do ADCT, para tratar 23Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada ‘dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes’. ....” (TRF-3ª Re- gião. REO 97.03.041852-0/SP. Rel.: Des. Federal Baptista Pereira. 3ª Turma. Decisão: 12/12/01. DJ de 28/05/03, p. 150.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... II. O voto condutor do acórdão embargado dispôs, quanto à natureza das contribuições, que: ‘a contribuição parafiscal não existe autonomamente como espé- cie de tributo. Daí, dependendo de sua hipótese de incidência a contribuição parafiscal pode se subsumir como taxa ou imposto. Todavia, o STF decidiu que as contribuições parafiscais correspondem a uma modalidade autônoma de tributo, com um tratamento distinto ao dado aos impostos, taxas ou contribuições de melhoria.’ ....” (TRF-1ª Re- gião. EDAMS 2001.38.00.037000-0/MG. Rel.: Des. Federal Selene Maria de Almeida. 5ª Turma. Decisão: 13/09/04. DJ de 04/10/04, p. 62.) “Ementa: .... I. Tendo em vista que a cobrança, pelo serviço de desconto das con- tribuições à Asalaf na folha de pagamento de seus filiados, constitui um tipo de tributo (CTN, arts. 3º e 5º), e que ela foi instituída por um decreto (2.065/96) e não por uma lei, há infração do art. 150, I, da Constituição Federal de 1988. ....” (TRF-1ª Região. AMS 1997.01.00.058310-3/DF. Rel.: Juiz Manoel José Ferreira Nunes (convocado). 1ª Turma. Decisão: 26/11/02. DJ de 16/01/03, p. 82.) “Ementa: .... II. O legislador constituinte tratou, inequivocamente, de inserir as contribuições sociais no regime jurídico-tributário. Não procede a tese que nega a elas a condição de espécie tributária, por enquadrar todas as exações nos conceitos de im- postos, taxas ou contribuições de melhoria. Em sendo tributos, as contribuições sociais de seguridade social se distinguem das demais espécies tributárias pela destinação do produto da sua arrecadação, qual seja, financiamento da manutenção ou expansão da seguridade social. ....” (TRF-3ª Região. AC 2003.61.21.004863-5/SP. Rel.: Des. Federal Márcio Mesquita. 1ª Turma. Decisão: 18/09/07. DJ de 04/10/07, p. 362.) “Ementa: .... I. O pedágio não se caracteriza como tributo, seja na modalidade de taxa, imposto ou contribuição de melhoria. Trata-se de tarifa, tem natureza de contrapres- tação contratual e visa remunerar o serviço público prestado pelas empresas concessioná- rias, trazendo embutida, inclusive, uma certa margem de lucro em seu valor. ....” (TRF-4ª Região. AMS 2000.04.01.143040-0/PR. Rel.: Des. Federal Francisco Donizete Gomes. 3ª Turma. Decisão: 26/11/02. DJ de 04/12/02, p. 443.) 24 Tribunal Regional Federal - 1ª Região TíTulo II Competência Tributária CApíTulo I Disposições Gerais Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária com- preende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. • Vide Súmula 69 do STF: “A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais.” “Ementa: .... III. Sem lei é vedado exigir tributo (arts. 6º, parágrafo único e 97, I e IV, CTN). ....” (STJ. REsp 23147/SP. Rel.: Min. Milton Luiz Pereira. 1ª Turma. Deci- são: 10/03/93. DJ de 12/04/93, p. 6.055.) “Ementa: .... I. A competência tributária define-se pela faculdade de instituir tribu- tos e não se confunde com a instituição destes. ....” (TRF-1ª Região. AMS 95.01.30812-0/ MG. Rel.: Juíza Vera Carla Cruz (convocada). 4ª Turma. Decisão: 19/11/99. DJ de 17/03/00, p. 170.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... V. Decorrência do princípio federativo, a repartição constitucional e competências tributárias acarreta duas relevantes conseqüências inafastáveis: a) o não exercício da competência tributária pela pessoa que é dela titular não legitima qualquer outra a exercitá-la; b) é absolutamente vedada a invasão de competência alheia, ainda que de forma dissimulada, para fazer incidir, sobre fatos jurídicos postos sob competência de uma pessoa política, imposto não relacionado diretamente a tais fatos e de competência de outro ente tributante. ....” (TRF-1ª Região. IINAMS 1998.38.00.027179-5/MG. Rel.: Des. Federal Carlos Olavo. Corte Especial. Decisão: 03/05/07. DJ de 03/08/07, p. 1.) 25Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada “Ementa: .... veemente a inconsistência da resistência fazendária ao desejar esten- der a exigência de negativa de débitos tributários não apenas federais, mas municipais, sob o pálido argumento de que se destinaria o produto arrecadado em grau de ITR aos Municípios: ora, a uma, justamente atua o Estado mediante obediência à legalidade de seus atos administrativos, já assim claro o desvirtuamento do Erário, incorrendo em ‘ginástica exegética’ lamentavelmente abusiva, a extravasar de seus limites de atuação; a duas, flagrante que a se cuidar, na espécie, de tributo federal, cuja competência, por- tanto, da União, a em nada se confundir com o tema da partilha ou da repartição de renda, explícito neste sentido o parágrafo único, do art. 6º, CTN, ou seja, um tema a não ter nada a ver com o outro. ....” (TRF-3ª Região. AC 92.03.045326-1/SP. Rel.: Des. Federal Silva Neto. Turma Suplementar da 2ª Seção. Decisão: 28/06/07. DJ de 23/08/07, p. 1.197.) “Ementa: .... IV. A competência tributária define-se pelo poder dado às pessoas jurídicas de direito público de instituir, majorar, arrecadar e administrar tributos. As- sim, cabível é a delegação para estabelecer o percentual da taxa Selic, pois trata-se, no caso, da regulação de juros moratórios, os quais fogem ao âmbito tributário, em que vigora o princípio da estrita legalidade.” (TRF-4ª Região. AC 2005.71.01.000563-0/RS. Rel.: Des. Federal Vilson Darós. 1ª Turma. Decisão: 03/05/06. DJ de 17/05/06, p. 581.) “Ementa: .... II. No tocante à desnecessidade do prévio recolhimento do imposto aos cofres da União para posterior repasse aos cofres dos Municípios (o que se aplica também aos Estados), prima facie chegar-se-ia a uma aparente inexistência do interesse da União, no tocante à cobrança de tais tributos. Entretanto, se é verdade que o produto de tal arrecadação, por dispositivo constitucional, pertence ao Estado ou ao Município, por outro lado não afeta a competência da arrecadação a originária competência do próprio tributo, e a sua não cobrança relacionando-se intrinsecamente à própria insti- tuição do tributo, vez que a quem compete instituir, por exclusão, compete igualmente exigir ou não tal tributo; ....” (TRF-5ª Região. AG 2003.05.00.010347-3/CE. Rel.: Des. Federal Petrucio Ferreira. 2ª Turma. Decisão: 12/04/05. DJ de 27/10/05, p. 894.) Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, con- ferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do art. 18 da Constituição. 26 Tribunal Regional Federal - 1ª Região § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios pro- cessuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. “Ementa: .... Taxa. Classificação de produtos vegetais. DL 1.899/81. I. Hipótese em que se configura exercício do poder de polícia a justificar a insti- tuição da taxa. Capacidade tributária ativa: possibilidade de delegação. A competência tributária, que se distingue da capacidade tributária, é que é indelegável. ....” (STF. AgRAI 133645/PR. Rel.: Min. Carlos Velloso. 2ª Turma. Decisão: 13/11/90. DJ de 14/12/90, p. 15.112.) “Ementa: .... I. O entendimento sobre a legitimidade da delegação de poderes às autarquias e empresas estatais para o exercício de funções descentralizadas consolidou- se na jurisprudência do extinto TFR e do STJ. II. Indelegável é o poder de tributar, isto é, de instituir impostos, taxas, contri- buições e empréstimos compulsórios, reservado ao Estado pela Constituição Federal (art. 145) .....” (STJ. REsp 7828/DF. Rel.: Min. Francisco Peçanha Martins. 2ª Turma. Decisão: 28/03/96. DJ de 03/06/96, p. 19.230.) “Ementa: .... A utilização da Taxa Selic como remuneração de títulos é perfeita- mente legal, pois toca ao Bacen e ao Tesouro Nacional ditar as regras sobre os títulos públicos e sua remuneração. Nesse ponto, nada há de ilegal ou inconstitucional. A balda exsurge quando se transplantou a Taxa Selic, sem lei, para o terreno tributário. Deter- minando a lei, sem mais esta ou aquela, a aplicação da Taxa Selic em tributos, sem preci- sa determinação de sua exteriorização quântica, escusado obtemperar que mortalmente feridos de frente se quedam os princípios tributários da legalidade, da anterioridade e da segurança jurídica. Fixada a Taxa Selic por ato unilateral da Administração, além desses princípios, fica também vergastado o princípio da indelegabilidade de compe- tência tributária. ....” (STJ. REsp 215881/PR. Rel.: Min. Franciulli Netto. 2ª Turma. Decisão: 24/09/02. REPDJ de 12/08/03, p. 206). “Ementa: .... II. A capacidade tributária, na parafiscalidade, é delegada nos ter- mos do caput do art. 7º do CTN, importando na transmissão dos poderes para arreca- 27Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada dar, fiscalizar e executar leis, serviços, atos ou decisão em matéria tributária. ....” (TRF- 1ª Região. Ag 1997.01.00.004785-8/DF. Rel.: Juíza Vera Carla Cruz (convocada). 4ª Turma. Decisão: 30/06/00. DJ de 22/09/00, p. 274.) “Ementa: .... I. Tem a pessoa jurídica delegada para executar as normas legais, por força do disposto no art. 7º do CTN, competência para aplicar multas, por intermédio dos seus fiscais, desde que esta multa, resultante da falta de lançamento, já esteja deter- minada legalmente. Não se trata, no caso, de instituir pena. II. Indelegável é a competência para decretar tributo, designar os sujeitos passi- vos, fixar alíquota, instituir penas, estabelecer base de cálculo. ....” (TRF-1ª Região. AC 90.01.17166-4/MT. Rel.: Des. Federal Tourinho Neto. 3ª Turma. Decisão: 26/11/90. DJ de 17/12/90, p. 30.797.) “Ementa: .... Taxa de licenciamento de importação. .... Legitimidade passiva ad causam da União Federal. .... .... I. Nenhuma responsabilidade ressarcitória pode ser imposta ao Banco do Brasil S/A em face de exercer a função de caixa da exigência, de vez que o cometimento de arrecadação não se confunde com a arrecadação da taxa e com o destino do produto de- corrente da sua arrecadação (CTN, art. 7º, § 3º). Legitimidade que se declara da União Federal, titular da capacidade tributária ativa da exigência. ....” (TRF-1ª Região. AC 1998.01.00.001302-0/MG. Rel.: Juíza Vera Carla Cruz (convocada). 4ª Turma. Decisão: 28/09/00. DJ de 23/11/00, p. 44.) “Ementa: .... a exigência repelida pela Súmula 577 do STF é da competência dos Estados e Distrito Federal, sendo, ainda, no particular, ilegal a INSRF 54/81, por violar o art. 7º do CTN, no qual se diz que a competência tributária é indelegável, com ressal- va de funções de mera arrecadação ou fiscalização, dentre as quais não se contém, de forma alguma, o poder de subordinar a liberação de mercadorias, regularmente despa- chadas, à comprovação de obrigações tributárias estaduais. ....” (TRF-2ª Região. AMS 91.02.13273-7/RJ. Rel.: Des. Federal Alberto Nogueira. 2ª Turma. Decisão: 11/03/92. DJ de 09/04/92.) “Ementa: .... O sistema tributário traz limites explícitos para a instituição ou au- mento de tributos. Não, porém, para a sua redução, o que permite à autoridade admi- nistrativa reduzir o valor a ser cobrado então definido pelo legislador. A Portaria 644/93 estabeleceu isenção parcial da Taxa de Fiscalização e Classi- ficação de Produtos Vegetais, reduzindo seus valores na conformidade do art. 8º do decreto-lei citado. Não instituiu taxa de qualquer natureza. 28 Tribunal Regional Federal - 1ª Região Possibilidade de haver delegação da capacidade tributária ativa, que não se con- funde com a indelegável competência tributária (precedentes do extinto TFR). ....” (TRF-5ª Região. AMS 99.05.08359-6/SE. Rel.: Des. Federal Castro Meira. 1ª Turma. Decisão: 14/10/99. DJ de 03/12/99, p. 1.112.) ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... Taxa de Classificação de Produtos Vegetais .... .... O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o Agravo Regimental do Agravo de Instrumento 133.645/PR, entendeu pela possibilidade de cobrança da referida Taxa sob a égide da Lei 6.305/81, com a regulamentação dada pelo Decreto-Lei 1.899/81, sob o entendimento de que é possível a delegação da capacidade tributária ativa, diferen- temente da competência tributária que, na espécie, não foi objeto de delegação. ....” (STJ. REsp 513746/RS. Rel.: Min. Franciulli Netto. 2ª Turma. Decisão: 07/12/04. DJ de 02/05/05, p. 276.) “Ementa: .... II. O Banco Estadual, agente arrecadador do Fisco, não age em nome próprio, mas como mandatário deste. Art. 7º, § 3º, do Código Tributário Nacional. ....” (STJ. REsp 94962/ES. Rel.: Min. João Otávio Noronha. 2ª Turma. Decisão: 19/10/04. DJ de 06/12/04, p. 241.) “Ementa: .... Determinando a lei, sem mais esta ou aquela, a aplicação da Taxa Selic em tributos, sem precisa determinação de sua exteriorização quântica, escusado obtemperar que mortalmente feridos se quedam os princípios tributários da legalidade, da anterioridade e da segurança jurídica. Fixada a Taxa Selic por ato unilateral da Administração, além desses princípios, fica também vergastado o princípio da indelegabilidade de competência tributária. Se todo tributo deve ser definido por lei, não há esquecer que sua quantificação monetária ou a mera readaptação de seu valor, bem como os juros, devem ser, também, previs- tos por lei. ....” (STJ. REsp 432823/BA. Rel.: Min. Eliana Calmon. 2ª Turma. Decisão: 16/09/04. DJ de 29/11/04, p. 274.) “Ementa: .... Suframa. Remuneração pela anuência aos pedidos de guias de impor- tação. Desembaraço aduaneiro. Controle de internamentos na Zona Franca de Manaus. Natureza jurídica de taxa. Princípio da legalidade. Fixação por portaria. Impossibilidade. Delegação do poder de tributar. Violação aos arts. 150, da CF, 7º e 97, do CTN .... .... IV. Somente a União pode, por lei, fixar as referidas taxas cobradas pela Sufra- ma, embora a arrecadação e a fiscalização sejam a ela delegadas. Não é concebível que 29Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada essas taxas sejam instituídas por portarias. ....” (TRF-1ª Região. AC 2001.32.00.011339-2/ AM. Rel.: Des. Federal Maria do Carmo Cardoso. 8ª Turma. Decisão: 06/10/06. DJ de 17/11/06, p. 118.) “Ementa: .... I. A União não tem legitimidade para figurar no feito, dado que a contribuição prevista no art. 3º, I, da Lei 7.787/89 corresponde a tributo parafiscal, o que implica em uma delegação da capacidade tributária ativa com transferência, ao ente parafiscal, das funções relativas à exigência do tributo, à arrecadação, fiscalização e execução de leis, atos, serviços ou decisões em matéria tributária (art. 7º, CTN). ....” (TRF-1ª Região. AC 2000.36.00.009478-7/MT. Rel.: Des. Federal Antônio Ezequiel da Silva. 7ª Turma. Decisão: 12/04/05. DJ de 16/09/05, p. 134.) “Ementa: .... Guia de importação. Taxa de expedição. .... .... I. Os recolhimentos decorrentes da taxa em referência são feitos ao Tesouro Nacional, como receita orçamentária da União. O Banco do Brasil atua tão-somente como entidade à qual foi delegada a função de recolher a exação, na forma prevista no § 3º do art. 7º do CTN. ....” (TRF-1ª Região. AC 1999.01.00.089277-0/MG. Rel.: Juiz Eduardo José Correa (convocado). 2ª Turma Suplementar. Decisão: 10/06/03. DJ de 03/07/03, p. 257.) “Ementa: .... II. O art. 7º, caput, do CTN limita a delegação da capacidade tributária a pessoas jurídicas de direito público. ....” (TRF-1ª Região. AMS 1997.01.00.050744-3/ BA. Rel.: Juíza Vera Carla Nelson de Oliveira Cruz (convocada). 2ª Turma Suplemen- tar. Decisão: 26/02/02. DJ de 01/04/02, p. 192.) “Ementa: .... I. A Lei 6.496/77 que previu a criação da taxa da ART estabeleceu verdadeira delegação de poder de tributar ao Confea, nos seguintes termos: ‘O Confea fixará os critérios e os valores das taxas da ART ad referendum do Ministério do Traba- lho’, ou seja, definirá o fato gerador, fixará alíquotas, base de cálculo e contribuintes. II. A referida lei viola o disposto no art. 7º do CTN, uma vez que a competên- cia é indelegável e não se confunde a mera função de arrecadar ou fiscalizar tributos conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ....” (TRF-2ª Região. AC 1993.51.01.057700-5/RJ. Rel.: Des. Federal Tânia Heine. 3ª Turma Especial. Decisão: 23/05/06. DJ de 19/06/06, p. 165.) “Ementa: .... O Banco Central, como autarquia federal, tem capacidade tributária (poder de arrecadar, fiscalizar e executar leis, serviços, atos ou decisões em matéria tri- butária), em consonância com o verbete da súmula 23, do STJ e com o disposto no art. 30 Tribunal Regional Federal - 1ª Região 7o e 119, do Código Tributário Nacional, mas não possui competência tributária para instituir tributos. ....” (TRF-2ª Região. AC 96.02.38619-3/RJ. Rel.: Des. Federal Liliane Roriz. 1ª Turma. Decisão: 23/11/04. DJ de 25/01/05, p. 120.) “Ementa: .... I. Traduzindo a competência tributária o poder instituidor do tri- buto, autorização esta da Lei Maior, possível se revela no cotidiano não deseje o ente federado criador do tributo dedicar-se a fiscalizar, arrecadar e administrar tal receita, a este conjunto menor de atribuições se consagrando como ‘capacidade tributária ativa’, assim delegável a terceiro, art. 7º, CTN. ....” (TRF-3ª Região. AC 98.03.101647-4/SP. Rel.: Des. Federal Silva Neto. Turma Suplementar da 2ª Seção. Decisão: 25/10/07. DJ de 05/11/07, p. 636.) “Ementa: .... II. Impossibilidade de delegação em sede de competência tributária, a qual deverá observar aos princípios tributários e ao regramento contido no Código Tri- butário Nacional. ....” (TRF-3ª Região. REOAC 98.03.039561-0/SP. Rel.: Des. Federal Souza Pires. 4ª Turma. Decisão: 18/06/03. DJ de 30/08/07, p. 474.) “Ementa: .... I. A União Federal não é parte legítima para figurar no pólo pas- sivo de ação visando a suspensão da exigibilidade do salário-educação, vez que nada obstante tenha instituído a referida exação, delegou a competência para a cobrança, fiscalização e arrecadação, nos termos do art. 7º do CTN, ao INSS e ao FNDE, au- tarquias federais dotadas de personalidade jurídica própria. ....” (TRF-3ª Região. AC 2003.03.99.010286-4/SP. Rel.: Des. Federal Marli Ferreira. 6ª Turma. Decisão: 11/02/04. DJ de 02/04/04, p. 557.) “Ementa: .... Os gravames instituídos pela Lei 10.438/02 (‘seguro-apagão’: não têm a natureza de preço público, pois não representam a contraprestação do serviço e fornecimento de energia elétrica, e sim o pagamento de investimentos e de gastos concernentes a possíveis necessidades extraordinárias futuras, não se caracterizando, outrossim, como contribuição de intervenção no domínio econômico, por não trazerem ínsitos os inerentes efeitos colaterais à simples vantagem arrecadatória, surpreendíveis da própria instituição do tributo; e, por fim, caso se admitisse tratar-se de contribuições interventivas, igualmente apresentar-se-iam malformadas, porquanto a lei não apresen- tou os elementos todos componentes do tipo tributário, delegando à Aneel (Resolução 249, art. 3º, § 3º) a fixação do quantum da pretensa tarifa, malferindo o art. 7º do CTN. ” (TRF-4ª Região. AG 2002.04.01.044867-3/RS. Rel.: Des. Federal Luiz Carlos de Castro Lugon. Decisão: 02/04/03. DJ de 07/05/03.) “Ementa: .... IV. Competência tributária – que diz com o poder de criar tributos, ‘desenhando o perfil jurídico de um gravame ou regulando os expedientes necessários 31Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada à sua funcionalidade’ (Paulo de Barros Carvalho), não se confundindo com capacidade tributária ativa – não pode ser objeto de delegação, instrumento esse cujo manejo se permite apenas para fins de fiscalização e arrecadação tributária (art. 7º, do CTN). ‘Entende-se por ‘competência tributária’, que o art. 7º esclarece ser indelegável pela necessidade de preservação do próprio sistema fiscal da Constituição, a de decretar tributo, na conformidade do fato gerador do mesmo, segundo o CTN, designando os sujeitos passivos, fixando a alíquota ou o quantum, instituindo penas, base de cálculo, enfim, o essencial da obrigação tributária’ (Aliomar Baleeiro). ‘A competência (tributá- ria) engloba, portanto, um amplo poder político no que respeita a decisões sobre a pró- pria criação do tributo e sobre a amplitude da incidência, não obstante o legislador es- teja submetido a vários balizamentos ...’ (Luciano Amaro). ....” (TRF-5ª Região. INAC 2004.83.00.019585-0/PE. Rel.: Des. Federal Francisco Cavalcanti. Decisão: 19/09/07. DJ de 11/10/07, p. 1.211.) “Ementa: .... I. A Taxa de Serviços Metrológicos foi legitimamente criada, através da Lei 9.933/99, para viabilizar o exercício do poder de polícia, no que tange a atividades de fiscalização, na área de metrologia. II. A competência tributária, ou seja, a de instituir a taxa em questão é indelegável, o que não impede a delegação do dito exercício e do próprio ato material da cobran- ça da exação ao Inmetro e a entidades públicas estaduais com a mesma natureza. ....” (TRF-5ª Região. AC 2000.83.00.004485-4/PE. Rel.: Des. Federal Élio Wanderley de Siqueira Filho. Decisão: 05/08/04. DJ de 30/08/04, p. 724.) Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. “Ementa: .... A fixação, pelo Conselho Monetário Nacional, das alíquotas da con- tribuição e adicional é matéria constitucional. Não houve violação ao art. 8º (do Códi- go Tributário Nacional). Inocorreu delegação de competência, mas transferência de atribuições. ....” (STJ. REsp 183208/AL. Rel.: Min. Garcia Vieira. 1ª Turma. Decisão: 17/11/98. DJ de 18/10/99, p. 210.) “Ementa: .... Em matéria de competência o não-exercício por seu titular não con- fere a outra entidade tributante qualidade para utilizá-la (art. 8º do CTN). Ilegítima a cobrança, por Município, de Imposto sobre Telecomunicações, de privativa competên- cia federal. ....” (TRF-2ª Região. REO 91.02.05382-9/RJ. Rel.: Des. Federal Alberto Nogueira. 2ª Turma. Decisão: 29/09/93. DJ de 19/04/94.) 32 Tribunal Regional Federal - 1ª Região ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... V. Decorrência do princípio federativo, a repartição constitucio- nal de competências tributárias acarreta duas relevantes conseqüências inafastáveis: a) o não exercício da competência tributária pela pessoa que é dela titular não legiti- ma qualquer outra a exercitá-la; b) é absolutamente vedada a invasão de competência alheia, ainda que de forma dissimulada, para fazer incidir, sobre fatos jurídicos pos- tos sob competência de uma pessoa política, imposto não relacionado diretamente a tais fatos e de competência de outro ente tributante. ....” (TRF-1ª Região. IINAMS 1998.38.00.027179-5/MG. Rel.: Des. Federal Carlos Olavo. Corte Especial. Decisão: 03/05/07. DJ de 03/08/07, p. 1.) CApíTulo II Limitações da Competência Tributária sEção I Disposições Gerais Art. 9º É vedado à união, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I. instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressal- vado, quanto à majoração, o disposto nos arts. 21, 26 e 65; II. cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda; • Vide Súmula 669 do STF: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.” III. estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou inter- municipais; IV. cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclu- sive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das 33Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela LCp 104, de 10/01/01) d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. • Vide Súmula 657 do STF: “A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.” § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tribu- tárias por terceiros. § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamen- te, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos. “Ementa: .... I. Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imuni- dade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imuni- dade. ....” (STF. RE 203755/ES. Rel.: Min. Carlos Velloso. 2ª Turma. Decisão: 17/09/96. DJ de 08/11/96, p. 43.221.) “Ementa: .... II. É descabida a afirmativa de que sendo admitido recurso extraor- dinário sob alegativa de afronta ao art. 150 da Constituição, deve-se ter por prequestio- nado o art. 9º do Código Tributário Nacional, por repetir, em menor extensão, o teor do já citado art. 150/CF. Ademais disso, a jurisprudência deste Sodalício encontra-se firmada no sentido de que não cabe recurso especial quando o dispositivo de lei federal acusado de violado repete preceito constitucional. ....”(STJ. AGA 256245/SP. Rel.: Min. José Delgado. 1ª Turma. Decisão: 24/02/00. DJ de 20/03/00, p. 56.) “Ementa: .... A imunidade prevista no art. 9º, IV, c, do CTN envolve somente os bens direta e exclusivamente afetados aos objetivos institucionais das entidades de pre- vidência social (art. 14 do CTN).” (STJ. REsp 5611/RS. Rel.: Min. Humberto Gomes de Barros. 1ª Turma. Decisão: 14/10/92. DJ de 30/11/92, p. 22.555.) 34 Tribunal Regional Federal - 1ª Região “Ementa: .... II. É maciça jurisprudência no sentido de que a MP 812/94, conver- tida na Lei 8.981/95, não violou o princípio da anterioridade (art. 9º, II, do CTN). ....” (STJ. REsp 374694/SC. Rel.: Min. Eliana Calmon. 2ª Turma. Decisão: 03/04/03. DJ de 12/05/03, p. 264.) “Ementa: .... III. Por força do contido no art. 9º, inciso II, do Código Tributário Nacional, é vedado às entidades cobrar tributos sem lei instituidora. .... ....VI. Ofende o disposto no art. 9º, inciso II, do Código Tributário Nacional exigir- se tributo com apoio em medida provisória não convertida em lei, como se verifica com a contribuição incidente sobre os proventos do servidor público federal aposentado, instituído pela Medida Provisória 1.415/96, que perdeu eficácia por falta de apreciação pelo Congresso Nacional. ....” (TRF-1ª Região. AC 1999.01.00.009304-9/MG. Rel.: Des. Federal Osmar Tognolo. 3ª Turma. Decisão: 28/04/99. DJ de 10/09/99, p. 262.) “Ementa: .... I. As entidades fechadas de previdência privada são imunes aos im- postos sobre seu patrimônio, renda ou serviços, nos termos do art. 150, inciso VI, letra c, da Constituição Federal. ....” (TRF-1ª Região. AMS 1998.01.00.010071-9/PA. Rel.: Des. Federal Mário César Ribeiro. 4ª Turma. Decisão: 13/05/98. DJ de 18/06/98, p. 84.) “Ementa: .... I. Inexiste afronta ao princípio da legalidade tributária se a lei fixa os elementos essenciais do tributo, deixando para a regulamentação, através de decreto, tão-somente a definição no concernente à atividade preponderante da empresa, para fins de enquadramento, conforme o grau de risco de acidente de trabalho, em uma das alíquotas do tributo. II. Inexiste violação ao art. 150, I, da Constituição Federal e ao art. 9º, I, do Có- digo Tributário se a regularização por decreto não extravasa os limites traçados pela lei. ....” (TRF-2ª Região. AMS 2000.02.01.065276-7/RJ. Rel.: Des. Federal Frederico Gueiros. 3ª Turma. Decisão: 11/12/01. DJ de 24/04/02, p. 368.) “Ementa: .... IPMF. Entidade de previdência assistencial. Lei 8.033/90. Art. 9º e 14 do Código Tributário Nacional. .... .... IV. .... a jurisprudência inclinou-se em sentido oposto e através de reiteradas manifestações quanto ao aspecto de estarem imunes as entidades de assistência e pre- vidência privada, haja vista a eficácia dos arts. 9º e 14 do Códido Tributário Nacional. ....” (TRF-2ª Região. AMS 95.02.11715-8/RJ. Rel.: Des. Federal Julieta Lídia Lunz. 1ª Turma. Decisão: 06/12/95. DJ de 07/03/96.) 35Código Tributário Nacional à luz da jurisprudência – Edição Atualizada ATuAlIzAçõEs “Ementa: .... Imunidade tributária (CF, art. 150, VI, d): filmes destinados à pro- dução de capas de livros. É da jurisprudência do Supremo Tribunal que a imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição, alcança o produto de que se cuida na espécie (Filme Bopp). ....” (STF. AI-AGR 597746/SP. Rel.: Min. Sepúlveda Pertence. 1ª Turma. Decisão: 14/11/06. DJ de 07/12/06, p. 45.) “Ementa: .... I. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. II. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor ar- tístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. III. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil. ....” (STF. RE 221239/SP. Rel.: Min. Ellen Gracie. 2ª Turma. Decisão: 25/05/04. DJ de 06/08/04, p. 61.) “Ementa: .... II. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finali- dades essenciais das entidades. Art. 150, VI, b e § 4º, da Constituição. III. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encon- tram alugados. IV. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços ‘relacio- nados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas’. ....” (STF. RE 325822/SP. Rel.: Min. Ilmar Galvão. 1ª Turma. Decisão: 18/12/02. DJ de 14/05/04, p. 33.) “Ementa: .... II. A imunidade recíproca ou intergovernamental recíproca decorre da essência do sistema federativo pátrio. Por certo, depreende-se da Constituição da República que os entes de Direito Público, quais sejam, União, Estados, Distrito Fe- deral e Municípios não podem instituir impostos sobre diversas entidades, serviços ou renda uns dos outros. (Art. 150, inciso VI, alínea a, da CF). ....” (STJ. ROMS 19711/SC. Rel.: Min. Humberto Martins. 2ª Turma. Decisão: 27/02/07. DJ de 09/03/07, p. 297.) 36 Tribunal Regional Federal - 1ª Região “Ementa: .... II. A previsão constitucional de imunidade tributária para os templos religiosos refere-se à instituição de impostos, não cabendo, assim, a extensão da inter- pretação para a imunidade alcançar também as taxas. ....” (STJ. ROMS 21049/MG. Rel.: Min. João Otávio de Noronha. 2ª Turma. Decisão: 12/09/06. DJ de 09/10/06, p. 272.) “Ementa: .... Art. 9º, II, do CTN e 150, III, b da CF. I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tri- butos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. ....” (STJ. REsp 463549/RS. Rel.: Min. João Otávio de Noronha. 2ª Turma. Decisão: 03/08/06. DJ de 18/08/06, p. 367.) “Ementa: .... III. A previsão contida no art. 195, § 7º, da CF traduz-se em verda- deira imunidade, não isenção. (STF, RMS 22192/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 19/12/1996). IV. Não havendo lei Complementar específica que estabeleça as exigências a se- rem atendidas pelas entidades beneficentes de assistência social para gozar da imunida- de estabelecida, estende-se a aplicabilidade dos arts. 9º e 14 do Código Tributário Na- cional, recepcionado pela Constituição com status de lei Complementar. ....” (TRF-1ª Região. AMS 2004.37.00.007260-5/MA. Rel.: Des. Federal Maria do Carmo Cardoso. 8ª Turma. Decisão: 04/09/07. DJ de 21/09/07, p. 203.) “Ementa: .... I.
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